Uns chamam de acaso, outros de esforço: afinal, a sorte existe?

21/04/2021 às 03:002 min de leitura

Sou um observador contumaz do comportamento humano, pois para avaliar é necessário trazer observação, bem como a compreensão semântica dos vocábulos utilizados pela linguagem humana. Saber o significado da palavra não nos permite confusão interpretativa já que a razão está determinada num todo e também nas partes. E quando não há um consenso sobre a razão, as estatísticas e a história servem como determinante para concluir “médias”.

No site Significados, sorte é um substantivo que pode significar destino, fado ou um acontecimento casual, que pode ser bom ou mau. A palavra sorte pode ter significados diferentes, usados em diversos contextos. Pensamos em sorte sempre de maneira positiva, mas não podemos esquecer que há também a má sorte. Destrinchando o significado da palavra, posso avaliar que a sorte em si, tem suas vertentes.

O que é sorte?

A sorte é uma consequência de um ato cujo valor está relacionado à eficácia de forma extraordinária. Considero a sorte o resultado comum de ações onde a vontade de obtenção de êxito positivo era grande, considerando um esforço para sua conclusão. Quando você consegue algo muito bom, que faz liberar a dopamina em alta potência, grita: "Como tenho sorte!".

No meu ponto de vista, não foi sorte e sim o fruto de um grande esforço e tentativa. A sorte então seria o melhor resultado como consequência de uma ou mais tentativas e isso exige competência para o melhor resultado. Sorte também é o desdobramento das melhores escolhas; e isso exige inteligência, principalmente, cognitiva.

Mas quando alguém diz que você teve sorte, aí sim torna-se preocupante. Pois se alguém enxerga em seu êxito uma sorte, é porque desdenha da sua capacidade, desqualificando todo seu investimento de energia, reduzindo seus esforços a “um golpe do destino”.

O que isso diz sobre você?

Então, dizer que aquela pessoa teve sorte, desconsiderando a sua competência para a conquistar de seu intento, pode ser uma forma de falta de capacidade própria, tratando o sucesso do outro com descaso e desimportância, apenas para aplacar seus próprios fracassos. Como se fosse vítima do “azar” enquanto o outro foi um contemplado da sorte.

A sorte pode ser, sim, acertar na loteria, jogar uma moeda na fonte e ter realizado seu desejo, mas devemos pensar que se não comprasse o bilhete, se a posição do dedo, a força do arremesso da moeda, não fosse uma ação resultante, então a sorte deixaria de ser um acaso. Para todo o efeito há uma causa.

Eu não desejo boa sorte ao leitor deste artigo. Desejo, sim, que a leitura sirva de reflexão para que auxilie em decisões, para novos comportamentos e assim, como resultado, ter admiração para que possa ser considerado um “homem/mulher de sorte”.

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Fabiano de Abreu Rodrigues, colunista do Mega Curioso, é Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l’Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde na área de Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University; Mestre em psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio, Unesco; Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal; Três Pós-Graduações em neurociência; cognitiva, infantil, inteligência artificial, Pós-Graduação em Psicologia Existencial e Antropologia, todas pela Faveni do Brasil; Especialização em Propriedade Elétrica dos Neurônios em Harvard, Neurociência Geral em Harvard; Especialista em Nutrição Clínica pela TrainingHouse de Portugal; Idealismo Filosófico e Visões do Mundo – Universidade Autônoma de Madrid, Introdução à Filosofia da Passagens Escola de Filosofia, História de La Ética pela Universidad Carlos III de Madrid, MBA em Psicologia Positiva – Autorrealização, Propósito e Sentido de Vida – PUC RS.

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