6 fatos curiosos sobre escorbuto, a 'praga dos mares'

18/01/2022 às 08:003 min de leitura

Você já ouviu falar em escorbuto? Conhecida como a "praga dos mares", essa doença acabou sendo associada a viagens épicas, má alimentação e piratas. O primeiro registro da doença foi feito em 1515 a.C. pelos egípcios, mas os primeiros tratamentos só foram surgir em 1750 d.C. pelas mãos de médicos gregos.

Mesmo assim, a origem da doença só foi de fato ser identificada em pleno século XX. Pensando nisso, nós fizemos uma lista com seis fatos sobre escorbuto para você ter um conhecimento mais aprofundado sobre a doença. Preste bem atenção!

1. Deficiência em vitamina C

(Fonte: Freepik)(Fonte: Freepik)

Ao longo da evolução humana, nós perdemos a habilidade de sintetizar a vitamina C internamente, provavelmente porque os primeiros hominídeos comiam muita carne crua, frutas e vegetais ricos no nutriente. Consequentemente, os seres humanos precisam estar constantemente suprindo a demanda dessa vitamina para não apresentar um quadro de deficiência.

A quantidade diária de vitamina C recomendada para um adulto é de 75 miligramas para mulheres e 90 miligramas para homens. Depois de alguns meses, a falta de vitamina C pode se manifestar como escorbuto.

2. Principais sintomas

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

Com a falta de vitamina C, os nossos tecidos conjuntivos começam a desmoronar. Isso significa que os principais sintomas de escorbuto incluem gengivas inchadas, enegrecidas ou sangrando e dentes soltos. Além disso, erupções cutâneas podem aparecer pelo corpo e o processo de cicatrização fica deficitário. 

Letargia extrema, depressão e fadiga geralmente acompanham os sintomas físicos. Os estágios mais avançados de escorbuto são ainda mais preocupantes: enfermos podem ter inchaço nas pernas e articulações dolorosas, sangramento espontâneo, febre e convulsões que eventualmente terminam em morte.

3. Problema nas viagens em alto mar

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

Cerca de 2 milhões de marinheiros morreram vítimas de escorbuto durante a Era dos Descobrimentos, um período que durou entre 1490 e 1850. Inclusive, os capitães navais contratavam mais marinheiros do que precisavam porque esperavam perder muitos deles para o escorbuto durante suas viagens.

Um dos piores casos aconteceu durante a viagem do Capitão George Anson ao redor do mundo em 1740. Sua tripulação começou a apresentar sintomas alguns meses depois da expedição, mesmo com uma ração específica para controlar a doença. Quando voltaram para a Inglaterra, cerca de 1,4 mil dos 1,9 mil tripulantes originais haviam morrido de escorbuto ou fome.

4. Tentativas de cura

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

Evidências mostram que muitos marinheiros optavam por frutas e vegetais frescos para se prevenir do escorbuto durante as expedições. Entretanto, esse tipo de alimento dificilmente resiste longas viagens. Por isso, muitos realizavam diferentes tipos de "experimento" em busca de uma cura.

Algumas embarcações carregavam consigo vinagre, picles e chucrute, e médicos navais administrariam uma série de medicamentos para aliviar os sintomas da tripulação. Alguns até prescreviam exercícios, já que se pensava que a preguiça era a causa da doença. Mesmo assim, nenhum desses tratamentos parecia ter ajudado.

5. Expansão do Império Britânico

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

Foram necessários 45 anos até que a Marinha Real Britânica fosse convencida de que o experimento feito por James Lind em 1747, o qual sugeria o consumo de laranja e limão, era algo a ser seguido. Em 1795, as embarcações britânicas passaram a ser carregadas com suco de limão. 

Um estudo de 2009 publicado na Nutrition Reviews indica que cerca de 6 milhões de litros desse suco foram distribuídos entre 1795 e 1814. Isso causou uma incrível redução nas taxas de mortalidade por escorbuto e impulsionou o Reino Unido para vitórias em grandes batalhas marítimas, como a Batalha de Waterloo em 1815.

6. Cenário atual

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

Atualmente, escorbuto é uma doença bastante rara em países desenvolvidos. As pessoas que correm maior risco de deficiência de vitamina C são idosos, aqueles com condições de saúde que reduzem o apetite e aqueles com transtornos alimentares ou de abuso de substâncias.

Um estudo de 2006 descobriu que 11 pacientes diagnosticados com escorbuto na Mayo Clinic entre 1976 e 2002 também tinham doenças gastrointestinais, abusavam do álcool ou seguiam dietas absurdas.

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