Artes/cultura
30/01/2022 às 09:00•2 min de leitura
Durante décadas, a medicina evitou olhar atentamente para o que acontecia com o desejo sexual ao avançar da idade. Profissionais até presumiam que o sexo simplesmente deveria sumir da vida da pessoa com o tempo e que isso nem faria falta para ela. Hoje, com estudos mais amplos e sólidos sobre esse assunto, é possível afirmar que as coisas não são bem assim.
(Fonte: ANTONI SHKRABA/Pexels)
Com o avanço da idade, é comum que as pessoas percam o interesse pelo sexo e todas as suas vantagens pelos mais diversos motivos. Por exemplo, problemas físicos podem tornar a prática incômoda e dolorosa ou a libido pode simplesmente desaparecer.
Também é preciso considerar que um corpo de 60 ou 70 anos não é o mesmo que um de 30. As mudanças próprias do envelhecimento são inevitáveis e afetam tanto homens quanto mulheres. É por isso que quanto mais velhos ficamos, de mais tempo e de toques precisamos para sentir prazer.
É claro que boa parte da "culpa" é dos hormônios: com a idade, a produção de testosterona, hormônio que ajuda a provocar o desejo sexual em mulheres e homens, diminui. Além disso, o corpo feminino perde estrogênio, sendo outra alteração biológica que pode interferir no desejo sexual.
Curiosamente, mesmo com a queda de hormônios, existe uma "máquina sexual" que permanece ativa: o cérebro. Pode-se até dizer que ele é o maior órgão sexual do corpo humano. Além disso, a visão e o peso relacionado à prática sexual podem influenciar a forma como o cérebro lida com o sexo. Por exemplo, há mulheres que na pós-menopausa dizem sentir mais interesse pelo sexo do que antes, especialmente por não precisarem se preocupar se vão ou não engravidar.
(Fonte: Nadezhda Moryak/Pexels/Reprodução)
Sem dúvidas, pode ser embaraçoso discutir o assunto; no entanto, se o objetivo é envelhecer mantendo essa parte da vida ativa, é essencial conversar com profissionais médicos sobre as preocupações, mesmo que seja apenas prevenir um eventual problema.
Especialistas podem verificar os níveis hormonais por meio de exames de sangue, recomendar ações preventivas e medicamentos e até orientar sobre como lidar com o sexo na terceira idade de forma tranquila.
Os anos vão passando e tendemos a olhar para trás, e não para o que está à frente. Esse pode ser um fator de complicação, pois, além dos próprios problemas decorrentes da idade, a pessoa ainda se martiriza lembrando a vida sexual que tinha aos 20, 30 ou 40 anos. Em vez disso, a melhor coisa a se fazer é pensar no presente e encontrar maneiras que melhorem a experiência sexual na atual fase da vida.
(Fonte: RODNAE Productions/Pexels/Reprodução)
A saúde sexual é importante em qualquer idade, e o desejo de manter relações é atemporal. Mesmo que o sexo não seja o mesmo, homens e mulheres podem descobrir novas perspectivas que tornem a prática ainda mais gratificante.