Ciência
09/03/2022 às 08:14•2 min de leitura
A compulsão alimentar é um tipo de transtorno psicológico que afeta muitos brasileiros de maneira sorrateira. Segundo dados fornecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 4,7% dos brasileiros sofre com algum tipo de transtorno alimentar — número que sobe para 10% entre os adolescentes.
Em outras palavras, cerca de 10 milhões de brasileiros precisam lidar diariamente com um distúrbio alimentar, o que se tornou algo ainda mais complicado durante a época de isolamento social devido à pela pandemia. Então, vamos entender um pouco mais desse problema de saúde e de que maneira tratá-lo!
(Fonte: Shutterstock)
A compulsão alimentar é um transtorno psicológico que pode ser desencadeado por crises de ansiedade, problemas hormonais ou dietas muito restritivas. Isso faz que a pessoa sinta a necessidade de comer em grandes quantidades, em períodos reduzidos e, por vezes, escondida — tudo isso às vezes sem estar com fome.
Um indivíduo que sofre de compulsão alimentar pode ter ganho de peso e desenvolver outros transtornos psicológicos, como depressão e bulimia. Embora pareça um problema simples, esse tipo de distúrbio alimentar exige acompanhamento profissional para adequar a rotina de alimentação do paciente.
Mesmo assim, esse é um problema de saúde que pode ser curado por meio de suporte psicológico e nutricional. O psicólogo pode encontrar o gatilho que desencadeou o transtorno, e o nutricionista ajuda a manter uma dieta equilibrada e a controlar os impulsos alimentares sem ter medo de engordar.
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Um indivíduo que sofre de compulsão alimentar pode observar seu problema de saúde por meio de alguns sintomas. São eles:
Caso o paciente perceba alguns desses sintomas listados acima, é importante se consultar com um especialista para obter um diagnóstico e iniciar o acompanhamento. O tratamento desse quadro costuma envolver uma equipe multidisciplinar, pois eles poderão entender a causa do problema e trabalhar em conjunto na situação.
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Após o diagnóstico, a compulsão alimentar deve ser tratada em etapas. De acordo com a Supervisora de Nutrição e Dietética do São Cristóvão Saúde, Cintya Bassi, “primeiro vem a etapa educacional, quando o paciente vai aprender informações sobre a doença e suas consequências, tirar dúvidas e conhecer o que é alimentação saudável. A segunda fase é a experimental, quando o foco será a mudança de comportamento”, explicou a especialista.
Segundo a nutricionista, dietas para pessoas que sofrem de compulsão alimentar nem sempre serão baseadas em alimentos que aumentam a saciedade, mas sim em uma alimentação saudável e diversificada. Bassi garante que o exagero na compulsão não está relacionado à fome física, mas na necessidade de suprir uma demanda emocional.
Portanto, o objetivo do tratamento não é regular o quanto o paciente come, mas criar uma relação saudável com a comida e a sua imagem corporal. Dessa forma, a pessoa poderá transformar sua vida de uma vez por todas.