Doença do silicone: o que os médicos não te contam sobre o procedimento

22/04/2022 às 09:002 min de leitura

Cada vez mais mulheres têm aderido ao movimento de retirada de seus implantes de silicone dos seios, por meio do "explante mamário". Isto tem atraído atenção para uma discussão sobre os possíveis prejuízos deste tipo de cirurgia plástica. Dentre os problemas relatados por algumas mulheres, estão a chamada doença do silicone (ou doença do implante mamário) e a síndrome autoimune induzida por adjuvantes (ASIA).

O termo "doença do silicone" nomeia uma gama de sintomas que podem ocorrer depois que uma pessoa coloca o implante de silicone. Já a ASIA tende a acontecer com pessoas com pré-disposição genética à disfunção. A palavra adjuvante designa as substâncias estranhas ao organismo (no caso, as próteses), que provocam uma reação imunológica de rejeição do corpo.

Sintomas da doença do silicone

(Fonte: Shutterstock)(Fonte: Shutterstock)

Há muitos relatos de pessoas que sofreram sintomas tão incômodos que as levaram a retirar as próteses dos seios. Dentre os que foram registrados, estão os seguintes: 

  • Fadiga crônica;
  • Dores de cabeça;
  • Dores musculares e articulares;
  • Dificuldades respiratórias;
  • Perda de cabelo e erupções cutâneas;
  • Boca e olhos secos;
  • Perda de memória;
  • Sintomas de depressão e ansiedade;
  • Insônia;
  • Calafrios;
  • Sensibilidade à luz;
  • Alterações hormonais.

Estes sintomas podem se manifestar após a colocação de qualquer implante mamário, independente do tipo — como os preenchidos com silicone, com soro fisiológico, com superfície lisa ou texturizada, etc. Vale lembrar que, embora seja chamada "doença do silicone", ela ainda não está categorizada oficialmente pela medicina, nem tem um código na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID).

Tenho prótese de silicone. E agora?

(Fonte: Shutterstock)(Fonte: Shutterstock)

O assunto é especialmente importante porque esta é a cirurgia estética mais popular entre todas, representando 15% dos procedimentos realizados anualmente em todo o mundo. Estima-se que 300 mil americanas façam a cirurgia a cada ano, enquanto no Brasil são cerca de 320 mil.

O conhecimento acerca da doença do silicone ainda está em desenvolvimento. Em 2019, a Food and Drug Administration (FDA), a agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, emitiu um comunicado em que falava que a doença ainda está sendo estudada, para garantir que "as mulheres tenham todas as informações de que precisam para tomar decisões informadas, seja para obter implantes mamários ou para remover os já existentes em um esforço para reverter os sintomas sistêmicos".

Ainda não há dados consolidados sobre os números de pessoas que desenvolvem estes sintomas, que podem ocorrer pouco tempo após a colocação das próteses ou anos depois. Por enquanto, a orientação é que as mulheres que manifestarem algum (ou alguns) dos sintomas listados neste texto procurem um médico para fazer uma avaliação. 

O tratamento para a doença normalmente consiste na retirada dos implantes, o que costuma resolver os sintomas para boa parte das pessoas.

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