Radiação gama pode causar problemas no cérebro de passageiros de aviões

01/02/2023 às 06:302 min de leitura

O avião é considerado o meio de transporte mais seguro do mundo, no entanto, uma nova descoberta aponta que passageiros em voos podem ser atingidos por radiação, o que pode gerar uma série de problemas de saúde.

Segundo a American Geophysical Union (AGU; associação internacional que tem como objetivo promover descobertas sobre a Terra e o espaço), os chamados "raios negros" ou "relâmpagos escuros" podem expor temporariamente passageiros de aviões a níveis perigosos de radiação.

Os raios são desencadeados por tempestades que — com os relâmpagos — produzem campos elétricos, gerando assim uma estimulação dos elétrons e fazendo-os se movimentarem em altas velocidades, colidindo  com moléculas do ar e produzindo os raios gama.

Esses raios, segundo a cientista atmosférica Melody Pallu, surgem em altitudes de cerca de 15 quilômetros, justamente o espaço aéreo onde ocorrem os voos comerciais. E que se forem realizados a pelo menos 200 metros de distância do ponto de início dos "raios negros" podem expor todos os seus integrantes a 0,3 sieverts de radiação, enquanto o nível máximo considerado seguro seria de 0,2 sieverts durante um ano.

Essa exposição a níveis tão elevados de radiação em um curto espaço de tempo pode gerar diversos efeitos negativos no cérebro, como o aumento do risco de desenvolver doenças neurodegenerativas e câncer na região da cabeça, alterações nas ondas cerebrais e morte neuronal.

Diante desses riscos, é fundamental que sejam realizadas pesquisas mais profundas sobre o fenômeno, seus efeitos a longo prazo à saúde e formas de evitar ou minimizar o contato com esse tipo de radiação.

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Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, é PhD em Neurociências, mestre em Psicologia, pós-graduado em Neuropsicologia entre outras pós-graduações, licenciado em Biologia e em História, tecnólogo em Antropologia, jornalista, especializado em programação Python, Inteligência Artificial e tem formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, e professor e investigador cientista na Universidad de Santander.

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