O que gêmeos idênticos podem nos dizer sobre a dieta vegana?

13/12/2023 às 06:302 min de leitura

Um novo estudo realizado pelo Centro de Pesquisa de Prevenção de Stanford, nos Estados Unidos, monitorou de perto irmãos gêmeos idênticos para determinar o que pode ser mais saudável para a vida de um ser humano: uma dieta onívora ou uma dieta vegana.

Há muito tempo sabe-se que um consumo menor de carne está associado a uma melhoria na saúde cardiovascular dos seres humanos, mas provar causalidade — e não apenas correlação — era um verdadeiro desafio. Portanto, os pesquisadores tiveram que ser bastantes criativos para encontrar novas respostas.

Estudando gêmeos

(Fonte: GettyImages)(Fonte: GettyImages)

Para a confecção do seu estudo, os pesquisadores de Stanford contaram com um recurso inestimável à sua disposição: o Stanford Twin Registry. Esse é o nome de uma base de dados de gêmeos fraternos e idênticos que concordaram em participar de uma série de pesquisas. Foi assim que os cientistas conseguiram recrutar 22 pares de gêmeos idênticos para participar do projeto.

Ao analisarem dois indivíduos com a mesma genética, os investigadores puderam remover impactos significativos da influência dos genes e da educação nas respostas humanas. Basicamente, é como se o estudo estivesse executando os dois lados de um experimento em uma única pessoa ao mesmo tempo, trazendo dados mais conclusivos sobre o tema. 

“Este estudo não apenas forneceu uma maneira inovadora de afirmar que uma dieta vegana é mais saudável do que a dieta onívora convencional, mas também foi uma loucura trabalhar com os gêmeos”, afirmou o autor sênior Christopher Gardner em comunicado oficial. Segundo Gardner, a pesquisa sugere que qualquer pessoa que escolha uma dieta vegana pode melhorar sua saúde a longo prazo em apenas dois meses.

Análise de dados

(Fonte: GettyImages)(Fonte: GettyImages)

Para garantir que todos os participantes desfrutassem de uma alimentação saudável e balanceada durante o estudo, os pesquisadores utilizaram um serviço de refeições durante as primeiras quatro semanas de estudo, ofertando café da manhã, almoço e jantar todos os dias. Depois disso, os participantes foram encarregados de preparar suas próprias refeições, embora um nutricionista credenciado estivesse lá para apoiá-los.

Os resultados foram extremamente positivos para os veganos. Exames de sangue para níveis de insulina, colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL-C) e pesagens foram realizados em três momentos do estudo. Depois de um dos gêmeos se tornar vegano, todos os três marcadores foram significativamente reduzidos. Por exemplo, o nível ideal de LDL-C é inferior a 100 e, após oito semanas, a dos participantes veganos caiu para 95,5 enquanto a dos gêmeos onívoros subiu para 116,1.

Em geral, os gêmeos veganos também perderam em média 4,2 kg a mais do que seus irmãos ao longo do estudo.  “Uma dieta vegana pode conferir benefícios adicionais, como aumento de bactérias intestinais e redução da perda de telômeros, o que retarda o envelhecimento do corpo”, disse Gardner. Porém, nem tudo são notícias ruins para o outro lado da moeda.

Segundo os pesquisadores, os gêmeos onívoros também observaram melhorias na saúde por meio de uma dieta balanceada — embora menos dramáticas. De acordo com os pesquisadores, independente de ser vegano ou não, o estudo ressalta a importância de incluir mais alimentos vegetais em uma dieta. 

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