Velas podem causar câncer e outros problemas de saúde?

26/01/2024 às 09:002 min de leitura

Utilizadas na decoração, para perfumar o ambiente, em momentos de relaxamento ou por motivos religiosos, as velas estão cada vez mais presente nas residências. Com o crescimento do uso delas, também aumentaram as discussões sobre um tema polêmico: as velas fazem mal à saúde?

Em entrevista ao site Inverse no dia 15 de janeiro, o professor de engenharia civil e ambiental da Duke University (EUA), Michael Bergin, observa que a queima das velas, comuns ou aromatizadas, adiciona substâncias diferentes ao ar que respiramos. Elas liberam dois tipos de adulterantes.

O Material Particulado (PM) é um deles, incluindo partículas sólidas e líquidas suspensas no ar, como a fuligem. Quando inalados, esses poluentes minúsculos podem chegar aos órgãos, contribuindo para o aumento da inflamação, e há ainda os compostos orgânicos voláteis capazes de irritar pulmões e vias respiratórias.

(Fonte: Getty Images/Reprodução)(Fonte: Getty Images/Reprodução)

“Acho que seria quase impossível não causar algum tipo de poluição interna com qualquer tipo de vela”, disse o especialista à publicação. Para ele, qualquer tipo de vela, perfumada ou não, adiciona esses materiais ao ambiente.

Uso em locais fechados é problemático

Não há muitas informações a respeito dos efeitos dessas substâncias no corpo. Segundo o professor de saúde ambiental e ocupacional da Universidade Rutgers (EUA), Jeffrey Laskin, a ampla variedade de materiais com os quais as velas são produzidas dificulta a realização de estudos.

Elas podem ser feitas de parafina, cera de soja ou de abelha, por exemplo, trazendo pavio produzido com cânhamo, madeira ou algodão, além dos diferentes aromas. Isso proporciona diversas combinações de compostos orgânicos voláteis e PMs liberados, que podem afetar as pessoas de diferentes maneiras.

(Fonte: Getty Images/Reprodução)(Fonte: Getty Images/Reprodução)

Com a queima desses materiais, formam-se gases nocivos ao organismo e ao meio ambiente. E quando a vela é acesa em locais fechados, as substâncias tóxicas ficam ainda mais concentradas, havendo a possibilidade de danos à saúde a longo prazo.

A inalação contínua dos gases pode levar ao surgimento de sintomas como garganta seca, tosse, irritação nos olhos e dores de cabeça, principalmente quando utilizadas aquelas com aromas e em locais pouco ventilados. Os problemas se assemelham aos surgidos com a exposição ao cigarro.

Asmáticos devem diminuir a exposição

Se os especialistas ainda não chegaram a uma decisão sobre a possibilidade de a vela causar câncer e outros problemas de saúde, há algo em que eles concordam: pessoas com asma devem ficar longe dela, assim como de qualquer coisa queimando ou liberando cheiros fortes. A exposição pode desencadear ou piorar os sintomas da doença.

Outras práticas importantes para minimizar os riscos de se expor às substâncias tóxicas são acender velas em locais abertos e bem ventilados, limitar o número de velas acesas de uma vez ou reduzir o tempo de queima. Também é interessante diminuir o tamanho do pavio das velas aromáticas para uma menor quantidade de fuligem.

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