Pesquisas indicam que uma a cada 100 pessoas sofrem com algum grau de desconforto ao ingerirem glúten. 

Se você já se perguntou de onde vem aquela sensação desagradável após comer pão ou macarrão, temos novidades! Cientistas finalmente descobriram onde a intolerância ao glúten começa no corpo humano, segundo um estudo recente publicado na revista Nature.&nbsp;Pesquisadores da Universidade McMaster, no Canadá, identificaram que a resposta autoimune ao glúten tem início em células específicas do sistema imunológico chamadas células dendríticas. Mas o que isso significa para quem sofre com essa condição?<h2 style="text-align:justify;">Início nas células dendríticas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/14/14205424040001.jpg" alt="Doença celíaca é caracterizada por reação autoimune do corpo ao glúten. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Doença celíaca é caracterizada por reação autoimune do corpo ao glúten. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>As células dendríticas são como os guardiões do sistema imunológico. Elas patrulham o corpo em busca de invasores — como vírus e bactérias —, e soam o alarme quando algo estranho é detectado. No caso da intolerância ao glúten, essas células podem reconhecer a proteína como uma ameaça, levando o corpo a reagir de forma exagerada e causando os sintomas incômodos que, infelizmente, muitos conhecem bem.De acordo com os cientistas, as células dendríticas estão entre as primeiras a entrar em contato com o glúten no intestino. Quando elas identificam essa proteína como uma ameaça, ativam outras células do sistema imunológico para atacar. Essa resposta é descontrolada em pessoas com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113138-doenca-celiaca-pode-estar-ligada-a-exposicao-a-certas-bacterias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doença celíaca</a>, resultando em danos ao intestino delgado. Para investigar esse processo, os pesquisadores utilizaram camundongos geneticamente modificados que possuem uma resposta imunológica semelhante à observada em humanos com a doença celíaca. Esse modelo animal foi fundamental para elucidar como as células dendríticas iniciam a resposta ao glúten.Essa nova constatação abre portas para o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes para a intolerância ao glúten. Com a identificação das células dendríticas como o ponto de partida para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118774-o-que-e-o-sistema-imunologico-e-como-ele-funciona.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">resposta imune</a>, os cientistas agora podem focar em maneiras de acalmar essas células e, potencialmente, impedir que o corpo reaja à proteína. Isso significa que, no futuro, poderemos ter novos tratamentos que aliviem ou até eliminem os sintomas, permitindo que as pessoas voltem a desfrutar de refeições com glúten sem medo.<h2 style="text-align:justify;">Os próximos passos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/14/14205601447007.jpg" alt="Pesquisadores esperam que novos dados possam ser usados para a criação de novos tratamentos. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Pesquisadores esperam que novos dados possam ser usados para a criação de novos tratamentos. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Atualmente, a única forma eficaz de tratar a doença celíaca é a adoção de uma dieta rigorosamente sem <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121852-10-coisas-que-voce-deve-saber-sobre-o-gluten.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">glúten</a>, o que pode ser desafiador, especialmente em situações sociais. A pesquisa sugere que, ao desenvolver medicamentos que visem especificamente as células dendríticas, pode-se revolucionar o tratamento da intolerância ao glúten e melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas.Ainda há bastante para ser descoberto, mas os pesquisadores estão otimistas. Com essa nova informação, eles estão mais perto de&nbsp;entender completamente como a intolerância ao glúten funciona e como combatê-la. Para quem sofre com essa condição, essa é uma notícia que traz a esperança de dias melhores, onde o pão quentinho e um prato de macarronada podem voltar a ser um prazer — e não uma preocupação.Os próximos passos da pesquisa envolvem aprofundar a compreensão sobre como as células dendríticas reconhecem o glúten e como essa resposta imune pode ser modulada. Se os cientistas conseguirem desenvolver um tratamento que impeça a ativação dessas células, isso pode mudar radicalmente — para muito melhor —, a vida de milhares de pessoas afetadas pela intolerância ao glúten ao redor do mundo.&nbsp;

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Cientistas revelam a origem da intolerância ao glúten

Entenda quais motivos podem estar fazendo você acordar rotineiramente às 3 ou 4 horas da manhã. 

Ter uma boa noite de sono é algo fundamental para a saúde física e mental. Porém, já aconteceu com você de passar um tempo acordando sempre no meio da madrugada mesmo querendo <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/126721-como-fazer-sua-mente-relaxar-para-conseguir-dormir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dormir</a> mais? Embora seja algo bastante incômodo, muitas pessoas sofrem com o "hábito" de acordar aleatoriamente às 3 ou 4 da manhã com determinada frequência.Mas por que isso acontece? Segundo estudos, esse é um fenômeno que afeta uma a cada três pessoas e provavelmente se acentuou após a pandemia de covid-19. Para especialistas em sono, o ato está diretamente relacionado com o estresse que sentimos ao longo do dia.<h2>Despertador aleatório</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/12/12185958715324.jpg" alt="Acordar no meio da madrugada pode ser um sinal de excesso de estresse diário. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Acordar no meio da madrugada pode ser um sinal de excesso de estresse diário. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Em um artigo publicado no The Conversation em 2021, o diretor do Centro de Saúde Mental da Universidade de Tecnologia de Swinburne, Greg Murray, disse que acordar no meio da madrugada é um hábito compreensível e muito humano. Contudo, esse não é exatamente um ótimo hábito para se adquirir.Segundo Murray, estar estressado não faz uma pessoa acordar mais vezes durante a noite, mas nos torna mais conscientes de que isso está acontecendo. “Na verdade, acordamos muitas vezes a cada noite, e o sono leve é mais comum na segunda metade da noite”, explicou.De acordo com o especialista, os seres humanos não têm consciência de que estão acordando várias vezes quando estão com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124264-5-mitos-famosos-a-respeito-do-sono.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sono</a> bem regulado. Porém, basta adicionar um pouco de estresse para que acordar no meio da madrugada se torne um estado totalmente autoconsciente. E estresse não é o único fator: falta de padrões de sono ou até mesmo a falta de ar fresco em um ambiente podem deteriorar a higiene do sono para nos acordar durante a noite.<h2>Problemas no ciclo do sono</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/12/12190037063327.jpg" alt="Manter uma lista de tarefas ao lado da cama pode ajudar a diminuir a ansiedade que atrapalha o sono, dizem especialistas. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Manter uma lista de tarefas ao lado da cama pode ajudar a diminuir a ansiedade que atrapalha o sono, dizem especialistas. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Um ser humano passa diferentes períodos em cada estágio de sono conforme a noite avança. Crucialmente, conforme a manhã chega, a quantidade de tempo que passamos no sono REM — onde os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/41931-15-fatos-que-voce-provavelmente-nao-sabe-sobre-os-sonhos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sonhos</a> acontecem — aumenta significativamente. Isso quer dizer que estamos passando cada vez mais tempo em um sono relativamente leve e cheio de imagens.Talvez por isso seja comum o despertar ansioso nesse período. Cientistas suspeitam que tarefas inacabadas repousem em um nível elevado de ativação no cérebro até serem concluídas. Por isso, manter um bloco de notas ao lado da cama e anotar tudo em sua lista de tarefas podem aliviar esse estresse e melhorar o sono.Se isso não funcionar, pesquisadores recomendam que as pessoas busquem especialistas, sobretudo para quem já entrou em um ciclo vicioso de acordar de madrugada há mais de três meses. Nesse sentido, tratamentos como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) pode ajudar a mudar o padrão de comportamento e reestabelecer a higiene do sono.

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Por que algumas pessoas sempre acordam no meio da madrugada?

Testes duvidosos e estranhos ficaram nos livros de história e retratam a busca pela compreensão do cérebro humano

A mente humana é fascinante e ainda não há tecnologia capaz de reproduzi-la perfeitamente – por mais que as inteligências artificiais tentem. E a Psicologia é a ciência que visa desvendar os comportamentos, pensamentos e emoções humanas. &nbsp;Por que agimos de determinadas formas? Até que ponto podemos ser influenciados? Como certas situações interferem em nosso autocontrole? Em busca de respostas para perguntas como essas, diversos experimentos psicológicos foram realizados ao longo da história e nos ajudaram a compreender aspectos importantes sobre a natureza humana. &nbsp;Continue lendo para explorar três desses experimentos que são até hoje considerados marcos, ainda que polêmicos, na área da Psicologia!<h2>1. O Experimento de Conformidade de Asch</h2>Em 1951, o psicólogo polonês Solomon Asch conduziu um experimento com o objetivo de descobrir até que ponto a opinião de um indivíduo pode ser influenciada pela decisão de um grupo, mesmo sabendo que essa decisão está errada.No estudo, grupos de oito participantes – todos homens jovens e brancos – foram convidados para fazer parte de um “teste de percepção visual”. Mas, na verdade, apenas um indivíduo era o objeto real do estudo. Ele, então, era apresentado a cartões com linhas desenhadas e solicitado a comparar o tamanho das linhas. &nbsp;Havia sempre uma resposta clara e simples, a qual o indivíduo sempre acertava. Nas rodadas em grupo, entretanto, os participantes falsos davam respostas erradas. Ao ver que a maior parte do grupo respondia de forma equivocada, o participante, por vezes, escolhia a errada também.O experimento teve cerca de 12 rodadas e 123 homens participaram do estudo, que identificou que apenas 23% dos indivíduos estudados nunca cederam à pressão. Enquanto a maioria entrava em conformidade em alguns momentos, 4,8% dos indivíduos cederam totalmente ao grupo, demonstrando o poder da influência social sobre crenças e opiniões pessoais.<h2>2. O Experimento do Pequeno Albert</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/08/19/19154734546399.jpg" alt="GettyImages-500967660.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/08/19/19154734656403.jpg 234w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/19/19154734640401.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/19/19154734640402.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/19/19154734577400.jpg 1000w," sizes="100vw">Grande interessado no “behaviorismo”, abordagem que estuda o comportamento, John B. Watson, professor da Johns Hopkins University, conduziu um dos estudos mais controversos e marcantes da história da Psicologia: o Experimento de Little Albert. &nbsp;Em 1920, Watson e sua aluna-assistente Rosalie Rayner procuraram fazer com que um bebê humano de nove meses, considerado “emocionalmente estável”, desenvolvesse uma fobia. No experimento, “Albert” foi, primeiro, rapidamente apresentado a animais, como um rato branco, um coelho e um cachorro, e objetos como algodão e lã.A princípio, o menino não demonstrava nenhuma reação de medo aos estímulos, até que, alguns meses depois, Watson e Rayner começaram a assustá-lo com sons altos a cada vez que “Albert” tocava no ratinho. Após um tempo, o bebê começou a ficar “estressado, chorar e tentar se afastar” do animal sempre que o via, mesmo sem o barulho.Ao final do experimento, os pesquisadores perceberam que a criança passou a “transferir” seu medo do rato para outros objetos brancos e fofinhos sem precisar de estímulos sonoros, ao mesmo passo que “Albert” teve apenas uma reação negativa ao cachorro quando o animal latiu muito alto. &nbsp;Embora tenha pavimentado o caminho para o desenvolvimento das Terapias Comportamentais, que ajudam a dessensibilizar pacientes de medos e fobias incapacitantes, o experimento de Watson e Rayner seria considerado completamente antiético e até mesmo criminoso nos dias de hoje. &nbsp;<h2>3. O Experimento da Prisão de Stanford</h2>O experimento de prisão de Stanford é considerado um dos mais polêmicos da Psicologia, por demonstrar resultados assustadores sobre como posições de autoridade e poder são capazes de alterar o comportamento.Em 1971, o professor de Psicologia Philip Zimbardo, da Universidade de Stanford, iniciou um experimento no qual os participantes simulariam o ambiente de uma prisão. Ele selecionou 24 voluntários com características semelhantes: homens, brancos, de classe média, sem antecedentes criminais e psicologicamente saudáveis.Os participantes foram separados de forma aleatória para formarem dois grupos, o dos carcereiros e o dos prisioneiros. A única instrução recebida foi de que os “carcereiros” não deixassem os outros fugirem da “prisão”. O objetivo era que o experimento durasse duas semanas, mas quando a psicóloga Christina Maslach visitou o local no sexto dia, ela insistiu para que Zimbardo finalizasse o estudo imediatamente.Isso aconteceu porque os voluntários designados como carcereiros tornaram-se cada vez mais agressivos e tomaram atitudes consideradas brutais contra os “prisioneiros”, como negar comida, impedir o sono e o uso do banheiro, obrigando os outros participantes a fazer as necessidades em um balde, humilhar publicamente, entre outras situações.Para Zimbardo, o que ocorreu no experimento demonstrou que o abuso de poder era mais decorrente da situação proposta do que da personalidade dos indivíduos. O estudo, embora polêmico, foi utilizado para ilustrar a teoria da Dissonância Cognitiva e resultou em uma mudança no sistema prisional dos EUA, em que adolescentes presos e aguardando julgamento não ficam mais no mesmo ambiente que prisioneiros adultos, para preservar sua integridade. &nbsp;<h2>Venha estudar Psicologia na UNIP</h2>Experimentos como esses, que marcaram a história, ilustram como a pesquisa psicológica pode revelar insights profundos sobre como a mente humana funciona. É claro que a forma como se desenvolve experimentos hoje é muito diferente, seguindo rigorosas metodologias e colocando a ética e a segurança em primeiro lugar.Se você tem interesse em explorar o campo da Psicologia, a graduação da UNIP oferece uma infraestrutura repleta de oportunidades de pesquisa, contando com:<ul><li>Programas de Pesquisa e Extensão;</li><li>Iniciação Científica;</li><li>Laboratório de Análise Experimental do Comportamento;</li><li>Sala de Técnicas de Exame e Aconselhamento Psicológico (Testes Psicológicos).</li></ul>Promovendo uma aprendizagem que vai além da teoria, com formação prática e humanizada, a UNIP prepara seus alunos para enfrentar os desafios do mercado de trabalho e contribuir de maneira significativa para o campo da Psicologia.&nbsp;

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3 experimentos psicológicos controversos que marcaram a história

De acordo com investigadores, o produto derivado do leite de éguas pode ser o caminho para um microbioma intestinal feliz. 

Um novo estudo explorou os possíveis benefícios à saúde de usar o leite de éguas para a produção de sorvetes. Tradicionalmente feito do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/e-verdade-que-tempestades-com-trovoadas-podem-azedar-o-leite" rel="noopener noreferrer" target="_blank">leite</a> de vaca, os pesquisadores descobriram que o leite de cavalo trazia mais das chamadas "bactérias boas" para a fórmula do alimento.Segundo os cientistas envolvidos no estudo, o leite "alternativo" apresentou efeitos terapêuticos que podem ser úteis para o tratamento ou prevenção de distúrbios gastrointestinais e até mesmo do sistema respiratório.<h2>Sorvete saudável</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/08/08203615861007.jpg" alt="Pesquisa indica que sorvetes feitos de leite de égua são excelentes para o intestino. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Pesquisa indica que sorvetes feitos de leite de égua são excelentes para o intestino. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Por ser um doce bem carregado, o sorvete não é exatamente uma das sobremesas mais saudáveis do mundo. Porém, existem alguns métodos para tentar deixá-lo um pouco menos calórico e benéfico para o corpo humano. Uma maneira de fazer isso é através da inulina, um tipo de probiótico que não é digerido no estômago, mas alimenta as bactérias boas no <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/estudo-brasileiro-investiga-relacao-entre-o-autismo-e-a-saude-do-intestino" rel="noopener noreferrer" target="_blank">intestino</a>.Ele é feito de polissacarídeos naturais e é um tipo comum de fibra alimentar adicionada aos alimentos. Ao combinar com outros probióticos que introduzem bactérias boas no corpo humano, como os iogurtes, essa substância pode gerar grandes benefícios para o microbioma intestinal.No caso do estudo, o leite de égua mostrou-se ser uma maneira de introduzir mais valor nutricional ao sorvete, pois contém proteínas e enzimas não encontradas no leite de vaca e tem menos gordura. Os investigadores formularam diferentes misturas de sorvete usando leite de égua, inulina e bactérias de iogurte para ver como isso influenciava na composição do produto final em comparação com os sorvetes tradicionais.<h2>Resultados positivos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/08/08203701293009.jpg" alt="Leite de égua é mais semelhante ao leite de humanos do que o leite de vaca, indica estudo. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Leite de égua é mais semelhante ao leite de humanos do que o leite de vaca, indica estudo. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122901-quem-inventou-o-sorvete.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sorvetes</a> criados por meio do leite de cavalo revelaram que a inulina pode reduzir a acidez e que o produto com probióticos adicionados tinham mais bactérias benéficas em sua composição do que um sorvete comum. Embora a acidez tenha variado a cada amostra, as misturas de sorvete de leite de égua tinham quantidades semelhantes de proteína, gordura e sólidos totais — produzindo um alimento bastante cremoso.Os pesquisadores também sugeriram que a textura do produto poderia ser melhorada ainda mais o misturando com leite de vaca, o que criaria uma alternativa que seria ainda mais baixa em gordura e mais alta em valor nutricional. "O leite de égua é muito mais parecido com o leite humano do que com o leite de vaca. Ele também causa menos alergias do que o leite de vaca", disse a Dra. Katarzyne Skolnicka, principal autora do estudo, em entrevista ao The Telegraph.&nbsp;Segundo a pesquisadora, o leite de égua é uma boa fonte de ácidos graxos poli-insaturados e outras substâncias bioativas, o que significa que ele provavelmente possui efeitos terapêuticos. Sendo assim, sua utilização poderia ser bastante útil para a prevenção de distúrbios gastrointestinais, além de influenciar positivamente a composição da microbiota intestinal.&nbsp;

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Sorvete de leite de cavalo faz bem para a saúde — dá para encarar?

Embora possa ser potencializada por sonolência, embriaguez ou idade avançada, a letológica acontece com a maioria das pessoas.

Quem nunca passou pela experiência de, no meio de uma discussão, ou mesmo de uma apresentação, esquecer a palavra-chave, aquele conceito que estava na “ponta da língua”, mas não conseguiu descer do cérebro à boca? Às vezes esse “branco” é tão sério que nos esquecemos até mesmo o nome do nosso interlocutor.Esse fenômeno linguístico, no qual a palavra que precisamos usar está na memória, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121006-esquecer-pode-ser-sinal-de-uma-memoria-saudavel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mas perdemos temporariamente a capacidade de lembrar dela</a>, tem um nome, que na verdade é um neologismo: “letologia”. E, como se trata de uma palavra diferente, que não vem de nenhum livro médico ou de psicologia, é bem possível que ela própria tenha um efeito letológico na gente.O termo tem origem grega e vem da palavra lethe (esquecimento) e logos (palavra). Quem conhece um pouco dos fundamentos da mitologia grega, vai logo ligar a palavra ao Letes, o rio do mundo dos mortos, onde os recém-falecidos bebiam em seu caminho para o submundo, e esqueciam as memórias da vida mortal.&nbsp;<h2>Como surgiu a palavra "letologia"?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/13/13183151692307.jpg" alt="Não há referência à TOT na psicologia junguiana. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Não há referência à TOT na psicologia junguiana. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Embora muitas vezes se atribua a origem da palavra <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128798-9-fatos-fascinantes-sobre-carl-jung-o-fundador-da-psicologia-analitica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ao fundador da psicologia analítica Carl Gustav Jung</a>, não há referências à letologia em sua obra. Na verdade, a primeira citação conhecida do termo foi em uma edição de 1914 do tradicional Dorland's Illustrated Medical Dictionary, que a define como a "incapacidade de lembrar a palavra correta".Em sua edição online, o Dicionário Michaelis, define "letologia" como "relativo ao esquecimento de palavras, sem que haja comprometimento dos órgãos fonadores ou da inteligência".Embora esse conceito esteja muito próximo da definição de "anomia" dada pela Associação Americana de Psicologia, a letologia não é uma condição contínua, mas apenas um evento ocasional que se insere ao espectro das vivências humanas.<h2>Letologia vista pela psicologia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/13/13183556977310.jpg" alt="X. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Psicólogos não sabem qual a origem da letologia. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>O que os psicólogos sabem, assim como todos nós, é que a letologia acontece quando algum problema não identificado nos impede de recuperar palavras do cérebro, mas eles não têm ideia de como funciona esse processo ou qual a sua causa.&nbsp;Por isso, na falta de uma terminologia científica apropriada, pesquisadores que investigam o fenômeno criaram um apelido pouco acadêmico, porém muito adequado: síndrome da ponta da língua, ou TOT, nas iniciais em inglês. A síndrome acontece geralmente quando você está cansado, é idoso ou está bêbado, dizem os estudos.No entanto, embora objeto de estudo em psicologia e neurociência, o fenômeno é uma experiência cognitiva normal e comum, que ocorre eventualmente com a maioria das pessoas. Entre as estratégias para lidar com a TOT estão: relaxamento (sem forçar a lembrança), pensar em palavras relacionadas, revisitar o contexto, usar técnicas de memorização e manter-se mentalmente ativo.<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/126899-6-sintomas-de-alzheimer-que-as-pessoas-nao-conhecem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Se a TOT se tornar muito frequente ou interferir em sua vida diária</a>, procure atendimento médico especializado.&nbsp;<h2>Aprenda mais sobre a mente humana!&nbsp;</h2>Se você tem interesse em entender melhor sobre nossos sentimentos, motivação e até mesmo ações de cérebro, preparamos uma seleção com algumas obras de autores refinados, confira:&nbsp;<ul><li>Livro <a href="https://amzn.to/3Z79wq9 ">O olhar da mente, Oliver Sacks</a></li><li>Livro <a href="https://amzn.to/3X9dpIv">O cérebro com foco e disciplina, Renato Alves</a></li><li>Livro<a href="https://amzn.to/3AJO4gR"> O cérebro que se transforma: Como a neurociência pode curar as pessoas, Norman Doidge</a> &nbsp;</li></ul>&nbsp;&nbsp;

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Como chama mesmo a palavra quando a gente esquece uma palavra?

Um surto que começou como um problema local agora se transforma em uma corrida global pela contenção do vírus, com desafios que vão além da ciência.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou recentemente a Mpox, antes chamada de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121951-monkeypox-o-medo-de-uma-nova-epidemia-de-variola.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">varíola dos macacos</a>, uma emergência sanitária global devido à rápida propagação de uma nova cepa do vírus na África. &nbsp;A situação começou na República Democrática do Congo (RDC), mas rapidamente se espalhou para países vizinhos como Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda, que até então não tinham casos registrados. O que era um surto localizado agora ultrapassou fronteiras.<h2 style="text-align:justify;">Mutação do vírus</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/15/15162451786075.jpg" alt="A mutação do vírus gerou uma cepa com maior potencial de transmissão. (Fonte: GettyImage/ Reprodução)"><figcaption>A mutação do vírus gerou uma cepa com maior potencial de transmissão. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>O vírus Mpox (monkeypox), embora não seja novidade — já que foi identificado pela primeira vez em humanos na década de 1970 na RDC — tem apresentado um comportamento preocupante.&nbsp;A nova cepa, conhecida como clado 1b, parece ser mais transmissível e letal do que as variantes anteriores.&nbsp;Além disso, a doença tem se espalhado principalmente por meio de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125563-como-a-realidade-virtual-pode-impedir-casos-de-traicao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">interações sexuais</a>, o que tem contribuído para sua rápida disseminação. Essa situação trouxe à tona o medo de que a Mpox possa repetir a trajetória da pandemia de 2022, quando um surto global surpreendeu o mundo ao atingir mais de 60 países.Se você já ficou preocupado, saiba que os sintomas da Mpox são semelhantes aos de outras infecções virais, como febre, dores musculares, e fadiga. No entanto, o sinal mais característico da doença é a erupção cutânea que progride para bolhas cheias de pus, as quais, após se romperem, deixam cicatrizes.&nbsp;Embora a maioria dos infectados se recupere em duas a quatro semanas, o vírus pode ser fatal, especialmente para crianças pequenas, gestantes e pessoas com sistemas imunológicos comprometidos, como portadores do vírus HIV.<h2 style="text-align:justify;">Ação internacional&nbsp;</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/15/15162812586077.jpg" alt="Ações na República Democrática do Congo buscam diminuir o avanço da doença. (Fonte: World Health Organization/ Divulgação)"><figcaption>Ações na República Democrática do Congo buscam diminuir o avanço da doença. (Fonte: World Health Organization/ Divulgação)</figcaption></figure></figure>A OMS e os Centros Africanos para Controle de Doenças destacam a necessidade de uma resposta internacional coordenada para conter o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118178-quais-sao-as-diferencas-entre-pandemia-epidemia-e-surto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">surto</a>. O Diretor-Geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou sobre o aumento dos casos e a expansão da doença para fora da RDC. Especialistas temem que o número real de casos seja subestimado, devido à dificuldade de testes e rastreamento em áreas remotas da África. Um grande desafio na luta contra a Mpox é a disponibilidade e acessibilidade das vacinas. Apesar de existirem vacinas eficazes, a distribuição desigual entre países dificulta o controle. A OMS busca acelerar a aprovação e distribuição, especialmente em países de baixa renda, mas o processo é complexo, e o financiamento inicial necessário é de US$ 15 milhões.É importante lembrar que o&nbsp;histórico negligenciado da Mpox na África é um dos fatores que contribuíram para a atual crise. A doença, que há décadas afeta a <a href="https://www.megacurioso.com.br/produto/128700-vacina-contra-malaria-comeca-a-ser-aplicada-em-populacao-africana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">população africana</a>, foi ignorada em grande parte pelo resto do mundo até que começou a se espalhar globalmente em 2022.&nbsp;A resposta inicial à pandemia daquele ano foi marcada por campanhas de vacinação e conscientização, mas a atenção global logo se desviou, deixando países como a RDC desprotegidos enquanto os casos continuavam a aumentar. Agora, com o surgimento de uma nova cepa mais perigosa, o mundo precisa agir rapidamente para evitar que a história se repita.

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Alerta global: nova cepa de Mpox acende sinal vermelho da OMS

Pesquisadores constataram que a presença de BPA no útero causa alterações no nível de estrogênio dos bebês.

O <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/a-ciencia-pode-explicar-a-ligacao-entre-o-autismo-e-os-jogos-de-tabuleiro" rel="noopener noreferrer" target="_blank">transtorno do espectro autista</a> (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por vários fatores, como o desenvolvimento atípico e manifestações ligadas às interações sociais.&nbsp;Ainda há muito a se descobrir sobre o autismo. E, recentemente, um estudo propôs uma associação entre o plástico e o desenvolvimento de autismo.<h2>O BPA e o autismo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/12/12230224427020.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>O alto nível de BPA no útero de gestantes pode indicar aumento das chances do diagnóstico de autismo em meninos. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O estudo se concentrou na análise na presença do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108855-saiba-por-que-tomar-cafe-em-copos-plasticos-pode-ser-perigoso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">BPA</a> (sigla para Bisfenol A, um componente presente em plásticos duros) no útero de gestantes e sua relação com o desenvolvimento do autismo em meninos.A pesquisa não sugere que plásticos que contêm BPA causem autismo, mas levanta a hipótese de que esse componente pode ter um papel importante no nível de estrogênio dos bebês e meninos na primeira infância, o que poderia aumentar as chances de que ele tenha o diagnóstico de autismo.Os seres humanos têm baixa exposição ao BPA, mas ele gera preocupações nos médicos, que acreditam que o componente possa imitar os efeitos do hormônio estrogênio em nosso corpo. Por conta disso, países como a Austrália proibiram a presença do BPA em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116557-bebes-estao-ingerindo-milhoes-de-microplasticos-em-suas-mamadeiras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mamadeiras</a>.<h2>O que foi encontrado pela pesquisa?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/12/12230157372018.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Estudo analisou a enzima aromatase no cordão umbilical dos bebês. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O estudo, feito por pesquisadores australianos, analisou um grupo de 1074 de crianças, sendo que metade delas eram meninos. Eles depois descobriram que 43 crianças (29 meninos e 14 meninas), entre sete e 11 anos, tinham o diagnóstico de autismo.Os cientistas também coletaram a urina de 847 mães para medir a quantidade de BPA. Em seguida, eles seguiram a análise nas amostras que tinham as quantidades mais altas de BPA. Por fim, coletaram sangue do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/por-que-algumas-pessoas-possuem-o-umbigo-para-dentro" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cordão umbilical</a> dos recém nascidos para avaliar a atividade da enzima aromatase, que está associada aos níveis de estrogênio. Crianças com alterações genéticas que podem indicar níveis mais baixos de estrogênio. O fenômeno é chamado de aromatase.Com isso, a equipe disse ter encontrado uma ligação entre os altos níveis maternos de BPA e um maior número de diagnósticos de autismo em meninos com baixa atividade de aromatase. Segundo relataram no estudo, havia poucas meninas com diagnóstico de autismo e baixos níveis de aromatase para analisar, o que limitou a análise aos meninos.Além disso, os pesquisadores também avaliaram os efeitos da exposição do BPA também em camundongos, e notaram um aumento do comportamento de higiene (o que pode indicar comportamento repetitivo) e diminuição do comportamento de abordagem social (que indica interação social reduzida). Também notaram mudanças na região da amígdala do cérebro nesses animais, que é associada ao processamento de interações sociais.Contudo, os pesquisadores esclarecem que todos esses resultados são prévios e não se pode presumir que o que foi observado nos ratos se reflete nos humanos. “Nem todos os camundongos receberam BPA usando o mesmo método. Alguns foram injetados sob a pele, outros comeram BPA em uma geleia açucarada. Isso pode influenciar os níveis de BPA que os camundongos realmente receberam ou como ele foi metabolizado”, pontuam.<h2>Quer se aprofundar no assunto? Confira sugestões de livros!&nbsp;</h2><ul><li>Livro <a href="https://amzn.to/47eYb9C">O Cérebro Autista, Temple Grandin</a></li><li>Livro <a href="https://amzn.to/3ZbPElS">The Way I See It: A Personal Look at Autism &amp; Asperger's, Temple Grandin</a></li><li>Livro <a href="https://amzn.to/47k9oGa">Primavera Silenciosa, Rachel Carson</a></li><li>Livro <a href="https://amzn.to/4e8JaZh">Mentes Inquietas, Ana Beatriz Barbosa Silva</a></li></ul>&nbsp;&nbsp;

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Pesquisa sugere relação entre autismo e componente de plásticos

Segundo ensinamentos da época, quanto mais violenta a morte de uma pessoa, maiores seriam os benefícios do musgo do seu crânio.

A usnea, também conhecida como líquen de barba, é um grupo de musgos verde-acinzentados e pálidos que gostam de crescer em absolutamente qualquer tipo de coisa, desde cascas e galhos até lápides e crânios de pessoas falecidas. Mas o mais curiosos de tudo é que, no final da Idade Média, todo tipo de musgo que crescia no crânio de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/afinal-cadaveres-afundam-ou-flutuam-na-agua" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cadáver</a> era essencialmente valioso.Inclusive, médicos daquela época receitavam esse tipo de musgo para o tratamento de uma série de enfermidades e a natureza da morte do dono do crânio era considerada como ditadora da potência do suposto "remédio".<h2>Uso de crânios na medicina</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/11/11211216220005.jpg" alt="Crânios eram propositalmente colocados em lugares úmidos para desenvolver musgos. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Crânios eram propositalmente colocados em lugares úmidos para desenvolver musgos. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>A usnea é um tipo de líquen que pode crescer em um crânio se ele for abandonado em um ambiente frio e úmido, como o Reino Unido. Na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128202-idade-das-trevas-afinal-a-idade-media-foi-realmente-tao-sombria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade Medieval</a>, diversas batalhas renderam múltiplas cabeças derramadas pelo solo britânico, o que também era perfeito para que esses crânios virassem uma fonte preciosa do musgo.Registros escritos indicam que o uso dessa substância para fins médicos surgiu em 1493 pelas mãos do médico suíço Philippus Aureolus von Hohenheim. Em 1590, outras obras já mostravam o musgo craniano sendo cultivado por alguns especialistas. De acordo com os relatos, as pessoas deixavam os crânios em locais propositalmente úmidos para cultivar o musgo.&nbsp;Para os povos medievais, a cabeça era uma parte do corpo com maior interesse, especialmente em casos de pessoas estranguladas ou enforcadas, pois se acreditava que isso espremia a força vital para dentro da cabeça — beneficiando os ossos do crânio. Sendo assim, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116335-larva-de-mariposa-tem-disfarce-perfeito-de-galho-com-musgo-veja-o-video.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">musgo</a> absorveria essa fonte vital e poderia ser usada para criar medicamentos que salvariam pessoas.<h2>Consumo de musgo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/11/11211321078007.jpg" alt="Povos medievais acreditavam que musgo craniano transmitia vitalidade dos mortos. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Povos medievais acreditavam que musgo craniano transmitia vitalidade dos mortos. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Na Idade Média em Londres, era comum que vitrines exibissem crânios adornados com musgo. Isso era visto como um símbolo de riqueza e status. Os consumidores pegavam esses crânios e raspavam para obter o líquen "medicinal". Então, a substância era moída e usada para promover a cicatrização de feridas, tratar coqueluche e controlar epilepsia.O musgo craniano também era o ingrediente principal da chamada "pomada para armas". A prática envolvia curar ferimentos aplicando um tratamento à arma que o infligiu em vez de tratar diretamente a ferida aberta. “A arma podia estar localizada muito longe do ferido e, às vezes, podia até ser diferente daquela que causou o ferimento, desde que tivesse formato semelhante; podia até ser uma pedra, um pedaço de pau ou um punhal”, escreveu o pesquisador Paolo Modenesi em uma obra sobre musgos cranianos.&nbsp;Obviamente, avanços tecnológicos comprovaram que tais práticas não possuíam qualquer eficácia no tratamento de qualquer problema médico e acabou desaparecendo com o tempo. Portanto, você deve agradecer à ciência por não ter que consumir musgo de um crânio nos dias de hoje.&nbsp;

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Musgo craniano era usado como remédio por médicos medievais

Produtos vendidos como naturais muitas vezes não passam por um controle de qualidade e também não são testados para comprovar sua eficácia. 

Muitas pessoas estão colocando sua <a href="https://www.megacurioso.com.br/produto/127837-4-riscos-para-a-saude-em-viagens-de-aviao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">saúde em risco</a> sem perceber, e você pode ser uma delas. Um estudo da Universidade de Michigan revelou que cerca de 18,6 milhões de americanos usam regularmente suplementos herbais que podem ser prejudiciais ao fígado. No entanto, esses produtos não estão restritos aos Estados Unidos; no Brasil, muitos produtos vendidos como "naturais" também podem estar levando a saúde do nosso fígado para o buraco.Apesar de considerados naturais e seguros, suplementos naturais estão ganhando popularidade, tanto que hoje estão presentes em qualquer farmácia que você entre. Mas os perigos do consumo excessivo ou desinformado são cada vez mais evidentes.Suplementos como cúrcuma, chá-verde, Garcinia cambogia e até mesmo o menos conhecido kratom (Mitragyna speciosa) — uma planta asiática que tem causado mortes nos Estados Unidos pelo seu uso indiscriminado — são amplamente utilizados por suas supostas propriedades benéficas. No entanto, quando consumidos em formas concentradas, como cápsulas, esses produtos podem sobrecarregar o fígado e levar a danos sérios.&nbsp;<h2 style="text-align:justify;">Sem regulamentação e sem evidências</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/13/13133604253140.jpg" alt="Muitos remédios vendidos como naturais podem não só ser ineficazes, como também causar danos à saúde do paciente. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Muitos remédios vendidos como naturais podem não só ser ineficazes, como também causar danos à saúde do paciente. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Embora muitas pessoas recorram a suplementos para tratar condições como <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124548-colesterol-alto-evite-ingerir-esses-5-alimentos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">colesterol alto</a>, depressão, dor, ou para melhorar a saúde geral, nem sempre essas escolhas são feitas com a devida orientação médica.&nbsp;Estudos mostram que os usuários desses produtos tendem a ser mais velhos, com maior nível educacional e renda, e muitas vezes com condições médicas crônicas, como artrite e diabetes. Esses fatores fazem com que o uso de suplementos pareça uma escolha informada, mas a falta de regulamentação adequada e a falta de evidências científicas sobre a segurança e eficácia desses produtos colocam os consumidores em uma situação delicada.Nos EUA, os riscos são agravados pela falta de supervisão por parte da Food and Drug Administration (FDA), a agência reguladora deles. Mas em todo o mundo a fiscalização desse tipo de produto é bastante deficiente. Ao contrário dos medicamentos convencionais, os suplementos herbais não passam por testes rigorosos antes de serem comercializados.&nbsp;No Brasil, qualquer medicamento, inclusive os naturais, precisam seguir as regras da Anvisa. Contudo, um estudo feito pela Unicamp já demonstrou que vários desses remédios tidos como naturais podem apresentar substâncias que só devem ser vendidas com receitas retidas, como a fluoxetina (usado para depressão) e a sibutramina (indicado para perda de peso).Isso significa que a eficácia e a segurança desses produtos não são bem estabelecidas,&nbsp;e muitas vezes o que é anunciado no rótulo não corresponde ao que realmente está dentro das embalagens. Esse cenário cria um ambiente perigoso onde os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121367-dia-do-consumidor-como-surgiu-e-porque-e-importante-para-o-mercado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">consumidores</a> podem estar ingerindo doses muito maiores do que o recomendado ou até mesmo compostos diferentes dos que acreditam estar consumindo.<h2 style="text-align:justify;">O fígado sofre</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/13/13134043105143.jpg" alt="Doenças no fígado podem ser silenciosas e muito nocivas. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Doenças no fígado podem ser silenciosas e muito nocivas. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119744-hepatite-conheca-os-6-tipos-de-inflamacao-no-figado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lesões hepáticas</a> podem ser difíceis de diagnosticar até que o problema já tenha se tornado grave, com sintomas como fadiga extrema, perda de apetite, perda de peso e até mesmo icterícia, uma condição que deixa a pele amarelada devido ao acúmulo de bilirrubina no sangue.Os especialistas vêm reforçando a necessidade de uma conversa aberta entre médicos e pacientes sobre o uso de suplementos.&nbsp;Muitas pessoas não informam seus médicos sobre o uso desses produtos, o que pode complicar diagnósticos e tratamentos.&nbsp;Para aqueles que ainda assim optam por usar suplementos herbais, a recomendação é clara: informe seu médico e faça um uso consciente, sempre respeitando as doses recomendadas e optando por produtos de fontes confiáveis.&nbsp;A própria Anvisa disponibiliza em seu site um campo para que você possa pesquisar se um determinado produto tem ou não registro e liberada a sua comercialização. É melhor dar uma pesquisada rápida do que sofrer depois com algo mais sério.No fim das contas, é sempre mais seguro obter os nutrientes necessários por meio de uma alimentação balanceada. E se você está considerando adicionar algum suplemento à sua rotina, não deixe de buscar <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/105065-cirurgiao-assume-ter-assinado-figado-de-pacientes-durante-transplante.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">orientação médica</a>. Afinal, o que parece ser uma solução simples e natural pode, na verdade, trazer complicações sérias para sua saúde.

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Milhões de pessoas estão sob risco hepático devido a remédios naturais

Tecnologia inovadora acelera a recuperação de feridas em testes com animais e promete uma alternativa acessível aos tratamentos existentes.

A cicatrização de feridas crônicas representa um desafio significativo na medicina moderna, especialmente para pacientes com condições como <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128566-diabetes-novos-remedios-regeneram-producao-de-insulina-em-24-horas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">diabetes</a>, que podem levar a complicações graves, como amputações. No entanto, um novo avanço promete transformar esse cenário: curativos elétricos.A tecnologia foi desenvolvida por uma equipe de pesquisadores da Universidade Estadual da Carolina do Norte (NCSU) e da Universidade de Columbia. O estudo, publicado na Science Advances, é parte de um projeto da DARPA, a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa dos EUA, e contou com o apoio da National Science Foundation.<h2>Inovação na tecnologia de curativos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/13/13102623769036.jpg" alt="Foto de um curativo movido a água e sem eletrônicos (WPED). (Fonte: NCSU/Reprodução)"><figcaption>Foto de um curativo movido a água e sem eletrônicos (WPED). (Fonte: NCSU/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os pesquisadores desenvolveram um novo tipo de curativo movido a água sem eletrônicos, conhecido como WPED (Water-powered, electronics-free dressings). Esse curativo utiliza eletrodos e uma bateria biocompatível para criar um campo elétrico que acelera a cicatrização das feridas. O destaque da tecnologia está na simplicidade e no baixo custo, custando apenas alguns dólares por unidade.O WPED é aplicado diretamente na ferida e ativado com uma gota de água, gerando um campo elétrico que promove a recuperação celular e a formação de novos vasos sanguíneos. A conformidade do curativo com a superfície irregular das feridas crônicas é fundamental, pois permite que o campo elétrico atue de maneira eficiente, desde a periferia até o centro da ferida.<h2>Resultados promissores</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/13/13103014339044.jpg" alt="Testes realizados em ratos de laboratórios demonstraram que o curativo elétrico acelerou a cicatrização mais rápido do que métodos convencionais. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Testes realizados em ratos demonstraram que o curativo elétrico acelerou a cicatrização. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os testes realizados em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127866-embrioes-de-camundongos-sao-cultivados-com-sucesso-no-espaco-pela-primeira-vez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">camundongos</a> diabéticos mostraram que o WPED pode acelerar a cicatrização em cerca de 30% em comparação com curativos tradicionais. Além dos resultados rápidos, a tecnologia oferece uma solução prática para os pacientes, pois permite o tratamento em casa e mantém a mobilidade. Essa facilidade promete aumentar a adesão ao tratamento e reduzir a necessidade de visitas frequentes a clínicas.Os próximos passos incluem otimizar a tecnologia para reduzir flutuações no campo elétrico e aumentar sua duração. Os pesquisadores estão se preparando para ensaios clínicos, que poderão validar a eficácia do WPED em um ambiente clínico real. À medida que a pesquisa avança e novos testes são realizados, espera-se que essa tecnologia se torne uma ferramenta valiosa no combate a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127900-cientistas-criam-gel-que-cura-feridas-diabeticas-3-vezes-mais-rapido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">feridas crônicas</a>, marcando um passo importante para a medicina e a saúde pública.As bandagens elétricas representam um avanço significativo na cicatrização de feridas, oferecendo uma solução inovadora e acessível que pode transformar o tratamento de condições graves como úlceras diabéticas. Com o apoio de instituições como a National Science Foundation e a DARPA, a pesquisa está avançando para trazer essa inovação ao mercado e beneficiar milhões de pacientes.

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