
Estilo de vida
14/08/2024 às 20:00•3 min de leituraAtualizado em 14/08/2024 às 20:00
Muitas pessoas estão colocando sua saúde em risco sem perceber, e você pode ser uma delas. Um estudo da Universidade de Michigan revelou que cerca de 18,6 milhões de americanos usam regularmente suplementos herbais que podem ser prejudiciais ao fígado. No entanto, esses produtos não estão restritos aos Estados Unidos; no Brasil, muitos produtos vendidos como "naturais" também podem estar levando a saúde do nosso fígado para o buraco.
Apesar de considerados naturais e seguros, suplementos naturais estão ganhando popularidade, tanto que hoje estão presentes em qualquer farmácia que você entre. Mas os perigos do consumo excessivo ou desinformado são cada vez mais evidentes.
Suplementos como cúrcuma, chá-verde, Garcinia cambogia e até mesmo o menos conhecido kratom (Mitragyna speciosa) — uma planta asiática que tem causado mortes nos Estados Unidos pelo seu uso indiscriminado — são amplamente utilizados por suas supostas propriedades benéficas. No entanto, quando consumidos em formas concentradas, como cápsulas, esses produtos podem sobrecarregar o fígado e levar a danos sérios.
Embora muitas pessoas recorram a suplementos para tratar condições como colesterol alto, depressão, dor, ou para melhorar a saúde geral, nem sempre essas escolhas são feitas com a devida orientação médica.
Estudos mostram que os usuários desses produtos tendem a ser mais velhos, com maior nível educacional e renda, e muitas vezes com condições médicas crônicas, como artrite e diabetes. Esses fatores fazem com que o uso de suplementos pareça uma escolha informada, mas a falta de regulamentação adequada e a falta de evidências científicas sobre a segurança e eficácia desses produtos colocam os consumidores em uma situação delicada.
Nos EUA, os riscos são agravados pela falta de supervisão por parte da Food and Drug Administration (FDA), a agência reguladora deles. Mas em todo o mundo a fiscalização desse tipo de produto é bastante deficiente. Ao contrário dos medicamentos convencionais, os suplementos herbais não passam por testes rigorosos antes de serem comercializados.
No Brasil, qualquer medicamento, inclusive os naturais, precisam seguir as regras da Anvisa. Contudo, um estudo feito pela Unicamp já demonstrou que vários desses remédios tidos como naturais podem apresentar substâncias que só devem ser vendidas com receitas retidas, como a fluoxetina (usado para depressão) e a sibutramina (indicado para perda de peso).
Isso significa que a eficácia e a segurança desses produtos não são bem estabelecidas, e muitas vezes o que é anunciado no rótulo não corresponde ao que realmente está dentro das embalagens. Esse cenário cria um ambiente perigoso onde os consumidores podem estar ingerindo doses muito maiores do que o recomendado ou até mesmo compostos diferentes dos que acreditam estar consumindo.
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Os especialistas vêm reforçando a necessidade de uma conversa aberta entre médicos e pacientes sobre o uso de suplementos. Muitas pessoas não informam seus médicos sobre o uso desses produtos, o que pode complicar diagnósticos e tratamentos.
Para aqueles que ainda assim optam por usar suplementos herbais, a recomendação é clara: informe seu médico e faça um uso consciente, sempre respeitando as doses recomendadas e optando por produtos de fontes confiáveis.
A própria Anvisa disponibiliza em seu site um campo para que você possa pesquisar se um determinado produto tem ou não registro e liberada a sua comercialização. É melhor dar uma pesquisada rápida do que sofrer depois com algo mais sério.
No fim das contas, é sempre mais seguro obter os nutrientes necessários por meio de uma alimentação balanceada. E se você está considerando adicionar algum suplemento à sua rotina, não deixe de buscar orientação médica. Afinal, o que parece ser uma solução simples e natural pode, na verdade, trazer complicações sérias para sua saúde.
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