Saúde/bem-estar
26/11/2012 às 07:21•2 min de leitura
(Fonte da imagem: Thinkstock)
Segundo o site ars technica, as vacinas são uma das mais importantes armas criadas pela medicina, algumas delas sendo capazes de imunizar populações inteiras — e em muitos casos erradicar doenças completamente — com apenas uma dose. Porém, algumas vacinas precisam de reforços regulares para permanecerem ativas, protegendo-nos de doenças e infecções esporádicas causadas por patógenos já presentes no nosso organismo.
Assim, um dos grandes desafios nesse sentido é desenvolver medicamentos capazes de estimular o nosso sistema imunológico a criar uma memória com relação aos agentes patogênicos, entrando em mobilização cada vez que um desses organismos invade o nosso corpo ou desperta de seu estado latente.
De acordo com a publicação, um grupo de cientistas da Universidade Emory, de Atlanta, está trabalhando no desenvolvimento de vacinas que não precisariam de reforços regulares para continuarem ativas. Elas poderiam ser utilizadas para combater — e até eliminar — vírus presentes no nosso organismo que permanecem inativos a maior parte do tempo, surgindo apenas esporadicamente, como é o caso do herpes e do citomegalovírus.
Citomegalovírus (Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia)
As novas vacinas entrariam em ação estimulando o nosso sistema imunológico cada vez que o nosso organismo entrasse em mobilização para combater infecções, evitando a necessidade de aplicação de novas doses. Parece ideal, não é mesmo? Mas o novo método também conta com algumas complicações.
Conforme explicou o pessoal do ars technica, essas novas vacinas implicam no contágio por agentes patogênicos para que o organismo crie a “memória” imunológica necessária para entrar em ação cada vez que ocorre uma infecção. E, claro, isso significa ter que convencer a população a voluntariamente ser infectada por uma série de vírus.
Além disso, as novas vacinas ainda se encontram em fases iniciais de testes, e os experimentos realizados com animais, embora tenham apresentado resultados bastante promissores e encorajadores, mostraram que as doses alteraram a dinâmica imunológica do rebanho, apontando a necessidade de ajustes.