Estilo de vida
17/01/2014 às 08:07•4 min de leitura
Seja por achar que assim é possível viver de forma mais saudável, seja por querer se adequar aos padrões de beleza que dizem que só é bonito que é magro, o fato é que não falta gente por aí disposta a fazer qualquer coisa para perder peso. E isso ainda é mais verdade quando o assunto são métodos rápidos, eficientes e, de preferência, que envolvam a menos quantidade possível de esforço físico.
Não é preciso olhar muito longe para ver como incontáveis pessoas preferem depositar sua fé em regimes milagrosos ao invés de ter que se preocupar com o estabelecimento de uma alimentação saudável constante e exercícios regulares – é só você ligar a TV e lá estão os famosos “shakes” e barras de cereais. Isso sem falar nas revistas femininas que prometem perda de gordura localizada, o que já vimos que não existe de verdade.
Mas por mais que achemos que já vimos de tudo quando o assunto é escapar da academia e tentar emagrecer ao mesmo tempo em que se come como uma cópia em carne e osso da Magali, a criatividade humana insiste em nos surpreender. A seguir, listamos as 10 mais famosas dietas bizarras que já surgiram.
A dieta da toranja (mais conhecida por seu nome em inglês, grapefruit) ganhou popularidade a partir da década de 1930. O regime defende a ingestão de carne (ou outros alimentos ricos em proteínas e gordura, ao invés de carboidratos) acompanhada da fruta. Como as toranjas possuem a capacidade intensa de queimar gordura, comer os dois alimentos juntos resultaria em tudo o que você precisava para ter aquele corpinho sarado que sempre desejou.
Fonte da imagem: Reprodução/The Telegraph
Se você já leu o clássico livro de Roald Dahl “A Fantástica Fábrica de Chocolates” (que inspirou o filme homônimo), deve se lembrar que a miserável família Bucket sobrevivia com uma alimentação baseada no consumo de sopa de repolho, um vegetal barato e nutritivo. Por volta da década de 1950, a ideia pegou e muita gente abraçou a ideia na tentativa de perder peso, sem saber que o regime na verdade pode causar danos a longo prazo.
Fonte da imagem: Reprodução/The Telegraph
“Não fale de boca cheia” devia ser uma regra de ouro da residência de Horace Fletcher, um norte-americano que no final do século XIX começou a divulgar uma técnica que levava seu nome, o Fletcherismo. A prática rendeu ao seu idealizador o título de “o grande mastigador” e uma fortuna considerável.
A ideia era mastigar cada porção de comida colocada na boca pelo menos 32 vezes – ou até que estivesse em forma líquida – antes de a engolir, atitude que o criador acreditava que ajudaria as pessoas a perder peso e evitar doenças. A melhor parte? Uma pesquisa recente da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, indica que a técnica pode funcionar de verdade – mas não adianta fazer isso com um monte de brigadeiros e achar que vai emagrecer.
Fonte da imagem: Reprodução/The Telegraph
Popularizadas por celebridades como Beyoncé, os regimes de desintoxicação envolvem ficar sem comer por períodos curtos, substituindo as refeições por uma mistura de limão e água temperada com xarope de bordo e pimenta caiena – tudo isso seguido de um “apetitoso” laxante antes de ir pra cama. Mais absurdo que isso só o fato de que, segundo o pesquisador Simon Brookes da Universidade Flinders, da Austrália, esse tipo de regime não adianta nada.
Fonte da imagem: Reprodução/The Telegraph
O veneziano Luigi Cornaro se tornou famoso ao publicar, em 1558, o livro “The Art of Living Long”, dos primeiros títulos best-seller de dieta do mundo. Em meados dos seus 30 anos de idade, o autor passou a restringir sua alimentação a 400 gramas e até 500 ml de vinho por dia. Alguns anos depois, no entanto, Cornaro passou a um regime ainda mais radical, litando-se a comer diariamente apenas um ovo – e ainda assim chegou à surpreendente marca de 98 anos.
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Ainda que o número de fumantes pelo mundo afora continue bem grande, hoje em dia todos nós sabemos que os cigarros fazem mal para a saúde. No entanto, até a década de 1950 não era incomum vermos anúncios em que os fabricantes afirmavam que o fumo era na verdade algo benéfico para o seu corpo.
O principal argumento era de que eles ajudam na perda de peso, como dizia um anúncio de 1929 da marca Lucky Strike: “Acenda uma Lucky e você nunca mais vai ter que ficar sem aproveitar os doces que engordam”. O embasamento científico para essa afirmação, obviamente, era inexistente.
Fonte da imagem: Reprodução/The Telegraph
O famoso poeta do Romantismo da era vitoriana Lord Byron sempre foi famoso por seu forte desejo de manter uma aparência elegantemente magra e pálida, o que o levou a passar boa parte da vida indo de uma dieta bizarra para a próxima – consumindo alimentos que iam desde biscoitos duros com água gaseificada até batatas cobertas por vinagre. O escritor chegou a pesar aproximados 55 kg em seu momento de maior magreza, sendo rapidamente imitado por seus admiradores espalhados pelo país.
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Criada pelo reverendo norte-americano George Malkmus nos anos 90, a dieta do Aleluia é para cristão nenhum botar defeito – especialmente os veganos. O regime se baseia nos alimentos que teriam sido consumidos por Adão e Eva no jardim do Éden – que em grande parte se resumiam a frutas, legumes e cerais integrais. A dúvida que não quer calar: maçãs estão liberadas?
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O rei do rock sempre foi tido como um fã do regime conhecido como “dieta da Bela Adormecida”, que ao invés de incentivar o autocontrole nas horas das refeições e mais exercícios físicos se resume a incentivar que os praticantes durmam alguns dias seguidos por vez sob o efeito de sedativos.
A justificativa é que você não consegue comer doces e alimentos que engordam enquanto estiver fora do ar. Não se sabe se Elvis ainda era praticante das sonecas prolongadas quando passou a exibir seu pronunciado peso de fim de carreira.
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Por mais que algumas dietas acima sejam bastante estranhas, nenhum dos regimes aqui citados consegue ser mais bizarro do que a extrema prática de ingerir uma tênia para emagrecer. O raciocínio é o seguinte: se o parasita comer todo o alimento que você consumir, é impossível ganhar peso. Reza a lenda que a cantora de ópera Maria Callas só conseguiu passar por uma impressionante perda de quilos na década de 1950 porque engoliu propositalmente o verme.
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E você, conhece algum outro método de perder peso que beira a insanidade? Deixe sua opinião nos comentários.