Ciência
29/09/2017 às 02:00•3 min de leitura
Envelhecer bem e de maneira saudável é a preocupação de muitas pessoas, especialmente de quem já chegou à vida adulta e percebeu que não apenas a juventude não dura para sempre; o ânimo dos 18 anos jamais será o mesmo aos 28. A revista Time reuniu uma série de hábitos que fazem parte da vida de pessoas que envelheceram bem. Confira:
Você já reparou que a maioria das pessoas têm pavor de morrer cedo e que, quando envelhecem, ficam mais assustadas ainda? Ora, envelhecer significa que alguém se livrou de uma morte prematura e, portanto, deveria ser uma coisa boa, não é mesmo?
A verdade é que pensar na velhice como algo positivo não é apenas uma questão de ponto de vista, mas também de saúde: as pessoas que recebem a velhice numa boa têm 40% a mais de chances de se recuperarem de alguma doença quando comparadas com aquelas que enxergam a velhice como um fardo.
De acordo com o médico Dr. Jeffrey Benabio, pesquisas recentes indicam que, para envelhecer com uma boa qualidade de saúde, é preciso evitar alimentos ricos em açúcar e consumir frutas, vegetais frescos, grãos integrais e carnes magras.
Nesse sentido, as recomendações incluem o consumo de peixe pelo menos duas vezes por semana, a diminuição do sal e a preferência por alimentos naturais. Dessa forma, diminui-se o risco de desenvolver doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais e mortes prematuras de um modo geral. Para uma pele visivelmente saudável e com aspecto mais jovem, recomenda-se consumir alimentos ricos em ômega-3 e, claro, beber muita água.
Comer demais é um dos fatores relacionados à redução da expectativa de vida, além do aumento dos riscos de doenças cardíacas e da diabetes tipo 2. De acordo com este guia nutricional, o ideal é que uma pessoa adulta tenha uma dieta diária composta por dois copos de vegetais, um copo e meio de frutas, 170 gramas de grãos, três copos de laticínios e 140 gramas de carne.
É claro que essa é uma recomendação geral, e, para saber exatamente as recomendações ideais para o seu tipo de corpo, é sempre bom marcar uma consulta com um nutricionista.
Manter o corpo em movimento é fundamental para quem quer ter uma vida longa e saudável, então é melhor você parar de arrumar desculpas e descobrir alguma atividade física que combine com você. Sabia que as mulheres perdem, em média, 23% de massa muscular entre os 30 e os 70 anos de idade?
Exercícios de musculação são ideais, portanto, pois podem diminuir esse prejuízo e, inclusive, aumentar a força muscular de uma maneira geral, o que é sempre uma boa ideia. Se ainda não é suficiente para você, saiba que aquelas horas na academia vão também reduzir as chances de que você desenvolva problemas de memória com o avanço da idade.
De acordo com Fabio Comana, que trabalha como instrutor esportivo, até 70% dos casos doenças degenerativas que acometem pessoas da terceira idade são provocadas pelo Mal de Alzheimer. Comana explica que, se todos se exercitassem regularmente, esse percentual estatisticamente cairia para 25%. A relação entre exercícios físicos e saúde mental se dá porque essas atividades físicas estimulam o hipocampo, região cerebral associada à aprendizagem.
Um dos fatores que colaboram para uma vida longa é, sem dúvida, a relação que se tem com amigos e familiares. Já foi comprovado cientificamente que as pessoas que têm amigos e uma vida social movimentada têm 50% a mais de chances de viver mais em relação àquelas pessoas que não saem de casa.
Usar filtro solar é uma forma notavelmente conhecida de evitar o envelhecimento precoce da pele. Quem se expõe demais aos raios solares sem o milagroso creme de proteção tem mais chances de desenvolver rugas, manchas e, óbvio, câncer de pele.
A exposição ao sol é, contudo, recomendada para que o nosso corpo absorva a vitamina D, essencial para a saúde óssea. Benabio explica que, depois de alguns minutos de exposição, nosso corpo para de produzir essa vitamina. Então nada de desculpas: se o caso for a vitamina D, contente-se com alguns minutos de exposição ao sol sem protetor – de preferência apenas se seu médico recomendar – e consuma mais salmão e ovos.
Dormir bem é fundamental – aqui você aprende a quantidade de sono indicada para cada faixa etária. O que muita gente não sabe é que dormir pouco contribui para o aumento de peso, a chance de desenvolver doenças cardíacas e, inclusive, diabetes.
Já é comprovado também que cochilar durante o dia melhora a qualidade da nossa memória e ajuda quem sofre de insônia a dormir melhor à noite. Aquela ideia de “sono de beleza” faz todo o sentido: já se sabe que, enquanto dormimos, nosso corpo libera hormônios que restabelecem níveis de colágeno e elastina, substâncias responsáveis por uma boa pele.
De acordo com Benabio, alguns estudos mais recentes chegam a relacionar casos de insônia com o envelhecimento precoce do cérebro: “Muitos de nós tratam o sono como um luxo em vez de uma necessidade. Se eu tivesse que incentivar as pessoas a fazer uma mudança saudável esse ano, seria dormir mais”, resume. Caso você seja do tipo que tem dificuldades para pegar no sono, tente esta tática e depois nos conte se funcionou.
*Publicado em 09/09/2015