Para as mulheres, um bom olfato pode levar a mais orgasmos

Fonte: Thinkstock

Como anda o seu relacionamento embaixo dos lençóis? E a sua sensibilidade olfativa está em dia? A relação entre essas duas perguntas pode não ser tão clara, porém a ciência explica que um bom olfato pode representar mais orgasmos entre as mulheres, conforme noticia o jornal Folha de São Paulo.

A pesquisa que chegou a tais conclusões foi realizada na Universidade Karlova, em Praga, na República Tcheca, e foi apresentada na 21ª Conferência Bienal de Etologia Humana, em Viena, na Áustria. Em entrevista ao jornal, Lenka Novakova, doutoranda da instituição responsável pelo estudo, disse: “Encontramos relações positivas entre várias medidas de sensibilidade olfativa e relatos da frequência de orgasmo feitos pelas mulheres".

Os testes foram realizados com 90 mulheres, como idades entre 20 e 30 anos, que não faziam o uso de pílulas anticoncepcionais e tinham um relacionamento estável de, no mínimo, seis meses. Depois de responder a um questionário com perguntas sobre sua vida sexual, as voluntárias tiveram que cheirar tubos com diferentes materiais.

Todas as amostras continham a mesma substância, porém em diferentes diluições. Um dos compostos utilizados no teste era um feromônio da família das androstenodionas. Segundo o jornal, esse é um esteroide liberado pelas glândulas sebáceas e presente na urina, sendo responsável por alguns dos odores que temos no corpo.

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O objetivo era identificar quais mulheres conseguiam reconhecer certos cheiros, mesmo em amostras bastante diluídas. Os resultados apontam que aquelas que se mostraram mais sensíveis também deram respostas em seus questionários que sugeriam a presença de um maior número de orgasmos em sua relação amorosa.

Além da sensibilidade olfativa apontar para uma maior frequência de orgasmos, os pesquisadores também observaram que o sentido está relacionado à excitação, ao desejo e à satisfação sexual mais intensos. Por outro lado, Novakova destaca que as mulheres que se declaravam incapazes de sentir qualquer cheiro se mostravam muito insatisfeitas na cama.

A pesquisadora acredita que o olfato esteja diretamente ligado ao instinto que existe em muitas espécies e é responsável por ajudar as fêmeas a escolher os melhores parceiros. O mesmo aconteceria com os seres humanos: "As mulheres mais sensíveis à androstenodiona talvez sejam mais capazes de escolher e manter parceiros mais compatíveis", explica a doutoranda.

A próxima etapa do estudo é verificar quais são os mecanismos fisiológicos responsáveis pelo olfato relacionado à sexualidade. Ainda, a equipe pretende analisar quais são os benefícios evolutivos que poderíamos derivar desse tipo de comportamento.