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Vasili Arkhipov: o homem que salvou o mundo de uma guerra nuclear

Vasili Alexandrovich Arkhipov nasceu em 30 de janeiro de 1926 em uma família de camponeses que moravam na cidade de Staraya Kupavna, localizada a cerca de 23 km a leste de Moscou, na Rússia. A sua escolarização na Escola Naval Superior do Pacífico já indicava que ele seguiria a carreira militar, visto que naquela época os pobres não tinham muitas opções para prosperar na vida.



Depois que participou da Guerra Soviética-Japonesa, ele se transferiu para a Escola Naval do Cáspio e conseguiu se formar em meados de 1947. Em 4 de julho de 1961, Arkhipov se tornou vice-comandante do K-19, um dos primeiros submarinos soviéticos equipados com mísseis balísticos nucleares.&nbsp;



Ao lado do capitão Nikolai Zateyev, eles conduziram uma operação na costa sudeste da Groenlândia quando aconteceu um vazamento crítico, que levou à falha no sistema de refrigeração do reator da embarcação. Em poucos minutos, o calor da decomposição dos produtos de fissão produzidos ao longo da operação normal do reator superaqueceu-o.



Com as linhas de comunicação afetadas por causa de uma pane elétrica no controle geral do submarino, eles não conseguiram contatar ninguém em Moscou. Então, o comandante Zateyev ordenou que a equipe de engenheiros encontrasse uma solução, o que significava expô-los a níveis mortais de radiação.&nbsp;



Eles conseguiram evitar que o núcleo do reator derretesse, mas toda a tripulação foi exposta à radiação. Em 3 semanas, oito tripulantes morreram de síndrome aguda da radiação. Depois de 30 dias, Arkhipov viu todos os engenheiros morrerem.



<h2>"Armagedom" nuclear</h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/11/11192053856515.jpg" alt="(Fonte: Iowa Source/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Iowa Source/Reprodução)</figcaption></figure></div>



Em maio de 1960, o ex-primeiro-ministro soviético Nikita Krushchev prometeu aos seus aliados comunistas defender Cuba de qualquer tipo de ameaça, usando armas soviéticas. Por volta de julho de 1962, eles chegaram a um acordo para colocar mísseis balísticos e armas nucleares em Cuba para reforçar a capacidade de ataque contra os Estados Unidos, uma vez que o país recentemente colocara mísseis na fronteira com a Turquia. Os cubanos aceitaram o acordo principalmente porque queriam impedir que os norte-americanos tentassem outra invasão à ilha, como a que aconteceu em abril de 1961, na Baía dos Porcos.



A instalação desses mísseis a cerca de 144 km do leste dos Estados Unidos significava que um ataque poderia explodir o país em poucos minutos. No ápice da tensão da Guerra Fria, os EUA foram informados em julho de 1962 que a União Soviética estava enviando mísseis para Cuba. Em 14 de outubro, aviões U.S U-2 do governo norte-americano sobrevoaram a ilha em uma operação secreta e confirmaram a presença de um míssil balístico SS-4 de médio porte sendo montado em um local de lançamento.



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/11/11192227900516.jpg" alt="(Fonte: Boston Globe/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Boston Globe/Reprodução)</figcaption></figure></div>



A informação foi passada para John F. Kennedy e seus conselheiros em 16 de outubro daquele ano. Apesar de a União Soviética ter posicionado os mísseis sem futuras intenções, o presidente entendeu isso como uma provocação.



Em 22 de outubro, Kennedy entrou em rede nacional para dizer que o governo desconhecia a ação soviética que feria e violava o direito internacional. Seu contra-ataque foi colocar Cuba em uma “quarentena”, estabelecendo um bloqueio ao redor da ilha para impedir que os navios soviéticos a acessassem. O presidente ainda deixou claro que, se os mísseis não fossem removidos, eles atacariam. Moscou tentou resolver as questões diplomáticas, porém ambas as potências já estavam à beira de um Armagedom nuclear.



Enquanto isso, mal eles sabiam que o futuro do mundo estava nas mãos de uma única pessoa.



<h2>A guerra sob a água</h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/11/11192420866517.jpg" alt="(Fonte: RallyPoint/Reprodução)" /><figcaption>Vasili Arkhipov. (Fonte: RallyPoint/Reprodução)</figcaption></figure></div>



Em 27 de outubro, aos 34 anos, Arkhipov estava a bordo do submarino B-59, no mar do Caribe, quando a Marinha dos EUA os encontrou e começou a atingi-los com bombas de baixo impacto para forçá-los a emergir.



No entanto, os norte-americanos não imaginavam que a embarcação estava equipada com um torpedo nuclear de mesma potência que a bomba de Hiroshima. Se os soviéticos atacassem e depois fossem bombardeados significaria o rompimento da Guerra Fria e início de uma guerra nuclear que poderia ter dizimado vários países, visto que ambas as potências estavam em posse de dispositivos nucleares de poder catastrófico.



Apesar de se tratar de um procedimento de emergência para que o submarino emergisse, a maioria dos militares a bordo do B-59 entendeu o que parecia: a guerra havia começado, uma vez que estavam sem comunicação há dias com Moscou.



Com a temperatura do submarino alcançando 100 ºC e o sistema de ar-condicionado arruinado, o capitão Vitali Savitsky entrou em pânico. “Talvez a guerra já tenha começado lá em cima. Nós vamos explodi-los agora! Vamos morrer, mas vamos afundar todos eles! Não vamos desonrar nossa marinha”, disse o comandante, aprovando o lançamento do torpedo.



Mas para que isso acontecesse, ele ainda precisava da aprovação dos outros dois capitães. Ivan Maslennikov disse sim, mas Arkhipov disse não.



<h2>O homem que salvou o mundo</h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/11/11192706599518.jpg" alt="Submarino B-59. (Fonte: Il Post/Reprodução)" /><figcaption>Submarino B-59. (Fonte: Il Post/Reprodução)</figcaption></figure></div>



Arkhipov conseguiu manter a cabeça no lugar e não ceder à pressão dos outros comandantes, que jogaram nele o peso de uma possível desonra e da morte de todos. Depois de muito tempo, ele conseguiu convencer Savitsky de que o ataque era só uma maneira de atraí-los para a superfície. Quando o B-59 emergiu, todos perceberam que de fato uma guerra ainda não havia começado. Eles deram meia-volta e foram embora.



Em 28 de outubro, após uma série de negociações tensas durante 13 dias de crise, os norte-americanos concordaram em retirar seus mísseis da Turquia depois que os soviéticos removessem os seus mísseis de Cuba.



Apesar de ter evitado uma guerra nuclear, Arkhipov foi muito criticado pelos líderes soviéticos. Além disso, ele morreu em 19 de agosto de 1998, aos 72 anos, sem que o mundo soubesse de sua relevância na história moderna, que só foi revelada em 2002 pelo ex-oficial soviético Vadim Orlov.



Enquanto o assassino <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/115756-o-homem-que-comecou-a-guerra-o-incidente-de-gleiwitz.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Alfred Naujocks</a> se tornou “o homem que começou a guerra”, ficou definido por consenso popular de que Vasili Arkhipov foi “o homem que salvou o mundo”.

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Imagem de Fios de cabelo de Abraham Lincoln são vendidos por US$ 80 mil no megacurioso

Item ficou guardado por gerações com a família do médico que examinou Abraham Lincoln após sua morte

<head></head><body>Você pagaria US$ 80 mil por uma mecha de cabelo? Não, né? Dificilmente alguém gastaria essa fortuna por um item tão banal. Mas se a mecha em questão fosse de um dos mais célebres personagens da história... quem sabe?Foi justamente isso que aconteceu em um leilão realizado em Boston, nos Estados Unidos, pela casa <a href="https://www.rrauction.com/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">RRAuction</a>. Um comprador — que prefere se manter anônimo — desembolsou essa quantia para arrematar fios de cabelo (originais!) de ninguém menos que Abraham Lincoln.&nbsp;Lincoln foi o <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Abraham_Lincoln" rel="noopener noreferrer" target="_blank">16º presidente dos Estados Unidos&nbsp;</a>e entrou para a história por ter abolido a escravidão no país em seu mandato. E por também ter sido assassinado no teatro, enquanto assistia a uma peça, ao lado da mulher e de amigos.&nbsp;<h2>Guardados por 155 anos!</h2>Os fios de cabelo, amarelados pelo tempo, permaneceram guardados e desconhecidos do público por 155 anos. A mecha foi cortada da cabeça do presidente um dia após sua <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109521-coincidencias-muito-sinistras-unem-estes-dois-personagens-historicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">morte em 15 de abril de 1865</a>.&nbsp;De acordo com a RRAuction, o cabelo foi dado ao médico Lyman Beecher Todd, primo da primeira-dama Mary Todd Lincoln, que fez o exame do corpo um dia após a tragédia e ficou ao lado do presidente até sua morte.&nbsp;Sem elástico ou vidros disponíveis, Lyman colocou a mecha dentro de um telegrama, que estava em seu bolso.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/15/15200410251143.jpg" alt="O telegrama e a mecha de cabelo de um dos mais famosos presidentes dos Estados Unidos. (Fonte: RRAuciton / Divulgação)">O telegrama e a mecha de cabelo de um dos mais famosos presidentes dos Estados Unidos. (Fonte: RRAuciton / Divulgação)<h2>Relíquia de família</h2>Mas onde estava essa relíquia durante todos esses anos? Em uma carta datada em 12 de fevereiro de 1945, o filho do médico, James A. Todd, descreveu os detalhes da história: "A mecha de cabelo foi cortada e dada a meu pai no exame postmortem&nbsp;e se manteve na família por todos esses anos".&nbsp;Na descrição do item, a casa de leilão deu mais detalhes da história: “O cabelo foi guardado em um telegrama do Departamento de Guerra enviado ao Dr. Todd por George H. Kinnear, seu assistente, na agência de correios da Lexington, Kentucky, e recebido em Washington às 23h do dia 14 de abril de 1865,”.O telegrama também é valioso. Foi enviado minutos após o político ter levado o tiro que o matou horas depois. No papel, o médico escreveu a lápis: "Cabelo de A. Lincoln".&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/15/15204021735146.jpg" alt="A pequena mecha com a letra do médico com os dizeres: &quot;Cabelo de A. Lincoln&quot;. (Fonte: RRAuction / Divulgação)">A pequena mecha com a letra do médico com os dizeres: "Cabelo de A. Lincoln". (Fonte: RRAuction / Divulgação)</body>

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Fios de cabelo de Abraham Lincoln são vendidos por US$ 80 mil

Imagem de Destroços de navio nazista são encontrados na Noruega no megacurioso

O navio de treinamento Karlsruhe estava desaparecido há 80 anos

<head></head><body>Segundo dados apresentados por um veículo subaquático operado remotamente (ROV) pela Statnett, a principal operadora de rede elétrica da Noruega, o navio nazista de treinamento Karlsruhe, que estava desaparecido há quase 80 anos, foi encontrado a cerca de 24 quilômetros da cidade de Kristiansand, naufragado abaixo de 490 metros da superfície do oceano.O <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/114871-titanic-itens-de-heroi-do-naufragio-vao-a-leilao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">naufrágio</a> foi identificado pelo veículo rastreador em 2017, quando havia sido enviado para enviar dados de inspeção da rede de cabos subaquáticos da companhia. Ancorado pelo navio Olympic Taurus, o operador remoto passou anos explorando as profundezas da costa norueguesa, chamando a atenção dos pesquisadores e técnicos após enviar as primeiras imagens de um suposto navio de guerra abatido por torpedos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/14/14134326631126.jpg" alt="(Fonte: Statnett/Reprodução)">(Fonte: Statnett/Reprodução)"Quando os resultados do ROV nos mostraram um navio que foi torpedeado, percebemos que era de guerra", disse o engenheiro Ole Petter Hobberstad. "Conforme os canhões se tornaram visíveis na tela, entendemos que era um enorme navio de guerra."As capturas feitas pela sonda subaquática mostraram, além de duas torretas de canhão incrivelmente bem preservadas, um medalhão de batalha decorado com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115646-autoridades-encontram-artefatos-nazistas-em-antigo-qg-de-hitler.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">suástica nazista</a>. "Karlsruhe é uma visão impressionante", disse o arqueólogo Frode Kvalø, do Museu Marítimo Norueguês, em Oslo . "A maioria dos grandes navios de guerra em águas profundas virou [ao contrário] no caminho para o fundo do mar por causa de sua grande superestrutura, mas o Karlsruhe desceu direto e está apoiado na quilha."<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/14/14134419491127.jpg" alt="(Fonte: Statnett/Reprodução)">(Fonte: Statnett/Reprodução)A identificação dos destroços náuticos deram fim a um mistério de quase 80 anos, visto que a localização do naufrágio da embarcação alemã era desconhecida pela comunidade acadêmica.<h2>O navio de treinamento Karlsruhe</h2>Navio de treinamento de cadetes e de patrulha nas costas espanholas em 1930, o Karlsruhe entrou em reforma no início da <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/115756-o-homem-que-comecou-a-guerra-o-incidente-de-gleiwitz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>, retornando às atividades em 1940, quando foi utilizado como embarcação de emboscada para atingir a cidade de Kristiansand, na Noruega. "O navio foi um ator importante em um momento crucial da história moderna norueguesa", disse Kvalø.Durante a invasão, o navio foi atingido pelos noruegueses e bateu em retirada, sendo novamente alvo de tiroteios e consequentemente destroçado pelos torpedos do submarino britânico Truant. Os soldados que estavam nas instalações imediatamente saltaram para o mar, deixando o Karlsruhe para submergir e desaparecer definitivamente na história do conflito.</body>

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Destroços de navio nazista são encontrados na Noruega

Imagem de Coração de primeiro prefeito belga é encontrado em monumento  no megacurioso

A lenda de Pierre David, primeiro prefeito de Verviers, provou-se verdadeira

Durante uma reforma em um antigo monumento construído para homenagear Pierre David, o primeiro prefeito da cidade de Verviers, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115775-reinfeccao-por-coronavirus-novos-casos-sao-registrados-na-europa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bélgica</a>, trabalhadores encontraram uma caixa misteriosa. feita de zinco e bastante desgastada. que guardava o coração da falecida autoridade. O conteúdo do pequeno baú encerraria, então, uma antiga lenda que ressoava pelos cantos da pequena cidade, confirmando que, de fato, o órgão havia sido sepultado separadamente do corpo de Pierre.“Uma lenda urbana se tornou realidade”, disse Maxime Degey, vereador de Verviers ligado ao setor de obras públicas. “O caixão estava na parte superior da fonte, bem perto do busto de Pierre David, atrás de uma pedra que removemos durante a reforma da fonte”.Bem preservado em um frasco com álcool, o coração do ex-prefeito, retirado em 1839, marcou uma das homenagens a um dos políticos mais influentes da época, responsável por liderar Verviers entre 1800 e 1808, e, posteriormente, à <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115866-conheca-a-weird-history-e-os-fatos-historicos-mais-curiosos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">independência</a> do país, em meados de 1830. Ao ser encontrada, a caixa contendo o precioso item foi levada ao Museu de Belas Artes de Verviers, registrando que havia sido "solenemente colocada no monumento em 25 de junho de 1883", segundo gravação.<div class="fb-post" data-href="https://www.facebook.com/christine.magis/posts/3255225607899908" data-show-text="true" data-width=""><blockquote cite="https://www.facebook.com/christine.magis/posts/3255225607899908" class="fb-xfbml-parse-ignore">Bravo aux équipes en charge des travaux ainsi qu’à toute l’équipe du Musée des Beaux Arts de Verviers. Dans le respect...Publicado por <a href="https://www.facebook.com/christine.magis">Christine Magis</a> em <a href="https://www.facebook.com/christine.magis/posts/3255225607899908">Segunda-feira, 31 de agosto de 2020</a></blockquote></div>"Parabéns aos times responsáveis pelo trabalho e à toda a equipe do Museu de Belas Artes de Alcabideche. No respeito mais estrito e profissional, essas equipes trabalharam para perpetuar nossa riqueza histórica".<h2>Quem foi Pierre David?</h2><div aria-label="Preferências de tradução" tabindex="0">Político referência no cenário belga, Pierre David foi um dos principais nomes envolvidos no desenvolvimento nacional e nas lutas pela independência da Bélgica. Fundador de um dos primeiros <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115811-homem-apaga-incendio-em-sua-casa-na-california-com-latas-de-cerveja.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">corpos de bombeiros</a> do país em 1802, o líder também foi responsável por apaziguar a euforia após a revolução nacional de 1831, restabelecendo um cidade em ascensão em um país recém-independente.</div>Sua morte em 1839 movimentou a população, que financiou um fundo coletivo para realizar as devidas homenagens ao homem que havia permitido que Verviers obtivesse destaque na Bélgica. Porém, apenas em 1883, 44 anos depois, a Fonte de Davi foi construída como túmulo para o herói, que teve seu coração retirado para ser eternizado junto ao monumento.

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Coração de primeiro prefeito belga é encontrado em monumento 

Imagem de O que a História não conta: 5 curiosidades sobre a Independência do Brasil no megacurioso

Plataforma de aprendizagem online Quizlet apresenta lista de estudos interativa sobre a data

O dia 7 de setembro marca a Independ&ecirc;ncia do Brasil, lembrada sempre pelo brado retumbante de D. Pedro I, &ldquo;Independ&ecirc;ncia ou Morte&rdquo;, &agrave;s margens do Rio Ipiranga, em S&atilde;o Paulo. Mas ser&aacute; que aconteceu isso mesmo?&nbsp;Confira abaixo 5 curiosidades da proclama&ccedil;&atilde;o da Independ&ecirc;ncia do Brasil:
<h2>1. O Dia do Fico</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/31/a-31164856876339.jpg" alt="a" />
Quando a nobreza portuguesa decidiu que seria melhor mandar D. Pedro I de volta a Portugal para recolonizar o Brasil, o pr&iacute;ncipe-regente recebeu milhares de assinaturas pedindo que ficasse no pa&iacute;s. Por conta disso, dia 9 de janeiro de 1822, ele teria dito a famosa frase:&nbsp;&ldquo;Se &eacute; para o bem de todos e felicidade geral da na&ccedil;&atilde;o, diga ao povo que fico&rdquo;.
<h2>2. O alerta de Maria Leopoldina</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/31/a-31164926423341.jpg" alt="a" />
A esposa de D. Pedro I teria conseguido alertar previamente o marido sobre a inten&ccedil;&atilde;o de Portugal de recolonizar o Brasil. Na ocasi&atilde;o, enviou uma carta ao pr&iacute;ncipe-regente explicando o ocorrido.
<h2>3. Marquesa de Santos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/31/a-31164958439342.jpg" alt="a" />
Acredita-se que D. Pedro I estava na casa de sua amante, Domitila de Castro, a Marquesa de Santos, quando recebeu a carta de sua esposa. Logo em seguida, iniciou sua viagem para S&atilde;o Paulo.
<h2>4. O pre&ccedil;o da Independ&ecirc;ncia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/31/a-31165220002347.jpg" alt="a" />
Acredita-se que o Brasil teve que pagar 2 milh&otilde;es de libras a Portugal por sua independ&ecirc;ncia.
<h2>5. Quadro Independ&ecirc;ncia ou Morte</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/31/a-31165148705345.jpg" alt="a" />
Produzido pelo pintor Pedro Am&eacute;rico, em 1888 (66 anos ap&oacute;s a data oficial do acontecimento), em Floren&ccedil;a, na It&aacute;lia, &eacute; considerado o retrato oficial da Independ&ecirc;ncia do Brasil e est&aacute;, atualmente, exposto no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro.
*Publicado originalmente em 06/09/2017

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O que a História não conta: 5 curiosidades sobre a Independência do Brasil

Imagem de A Guerra dos Tronos Brasil: as tretas que levaram  à Independência no megacurioso

A História do Brasil de um jeito que você nunca viu

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Independência ou morte! As tretas que separaram o Brasil de Portugal

Imagem de Castle Bravo: a maior bomba nuclear já detonada pelos EUA no megacurioso

Em 1954, o país causou um desastre radiológico quando algo deu errado na explosão do dispositivo nuclear

<head></head><body>Após as cidades de Hiroshima e Nagasaki terem sido mortalmente bombardeadas no final da Segunda Guerra Mundial, a década de 1950 ficou marcada pela corrida armamentista nuclear entre os Estados Unidos e a União Soviética, no intuito de descobrir qual país desenvolveria o próximo dispositivo nuclear que poderia ser imprescindível em algum momento na Guerra Fria.Enquanto os soviéticos trabalhavam em seu <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115768-area-de-testes-de-semipalatinsk-desastre-na-uniao-sovietica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Polígono&nbsp;</a>no meio do deserto do Cazaquistão, os norte-americanos traçavam o escopo da Operação Castelo. Eles elaboravam uma bomba termonuclear, ou bomba de hidrogênio, cujo poder de detonação estava previsto para ser mil vezes mais forte do que as lançadas sobre o Japão. Contudo, um erro fatal durante a sua concepção teve graves consequências.<h2>A bomba Castle Bravo</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Atomic Shadows&nbsp;" data-fonte-url="https://lh3.googleusercontent.com/proxy/IS6BgBAE1xkR0D9DqJ_vIH-rjef3Tx_OCRDrWJyu359RENY0AcAka1IeWHcZwQQQ8Uqcl8VxfCVFiF6HUh-mlyKkoLt7VLrQJpLF_lObrEXfeJCZCmwI3iHl5SBn"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/28/28163003733233.jpg" alt="(Fonte: Atomic Shadows/Reprodução)">(Fonte: Atomic Shadows/Reprodução)A principal diferença entre uma bomba atômica e uma de hidrogênio está em sua composição e processo de detonação. As bombas atômicas liberam uma onda de energia causada pela fissão (separação) dos núcleos de um elemento químico pesado, como o plutônio ou o urânio. Por outro lado, uma bomba de hidrogênio começa com a explosão de uma bomba atômica para que a temperatura de milhões de graus crie energia suficiente para forçar a aproximação de dois núcleos leves, causando a fusão nuclear – nesse caso, de isótopos de hidrogênio.O Laboratório Científico de Los Alamos projetou um invólucro que carregava um cilindro com combustível sólido, ou “seco”, de deutereto de lítio sob uma vela de ignição de plutônio que seria utilizada para “inflamar” a reação de fusão. Assim, ao redor de uma bomba atômica primária de fissão, foi adicionado um casco de urânio.O resultado foi de um dispositivo nuclear que pesava 10,7 toneladas, media quase 5 metros de comprimento e 137 centímetros de diâmetro. Foi chamado de Bravo e era a primeira bomba termonuclear da Operação Castelo.<h2>Impacto profundo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/28/28163101404235.jpg" alt="(Fonte: The Nuclear Secrecy Blog/Reprodução)">(Fonte: The Nuclear Secrecy Blog/Reprodução)Em 1º de março de 1954, os cientistas e os militares do Exército dos Estados Unidos levaram Bravo até o Atol de Bikini, localizado no oceano Pacífico, nas Ilhas Marshall. A bomba foi montada em uma plataforma que possuía um arco de espelhos ao seu redor, onde foram posicionados instrumentos de medição e câmeras.A detonação ocorreu às 6h45 do horário local e formou uma bola de fogo com quase 7,2 quilômetros de diâmetro que pôde ser vista do Atol Kwajalein, a mais de 400 quilômetros de distância de Bikini. Em apenas 1 minuto, a nuvem em formato de cogumelo alcançou 40 quilômetros de altura e teve cerca de 11 quilômetros de diâmetro. Em aproximadamente 10 minutos, a nuvem se expandiu a mais de 100 metros por segundo, totalizando uma velocidade de 360 quilômetros por hora.No local onde a bomba foi posicionada, formou-se uma cratera com 2 mil metros de diâmetro e 76 metros de profundidade. A radiação espalhada contaminou 18 mil quilômetros quadrados do oceano Pacífico.<h2>Ventos mortais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/28/28163235295236.jpg" alt="(Fonte: Insider/Reprodução)">(Fonte: Insider/Reprodução)Cerca de 5 horas após a explosão da bomba, a precipitação radioativa chegou até os habitantes dos atóis vizinhos, em Rongelap, Ailinginae e Utrik. Uma vez que a Operação Castelo era ultrassecreta, os 236 moradores dessas ilhas não foram alertados, tampouco evacuados da área. O resultado da exposição à radiação se manifestou nas pessoas através de vômito, diarreia e queda de cabelo imediata.“Eu estava brincando quando o resíduo venenoso da bomba caiu sobre mim. Sei o que era, mas como parecia neve, eu comecei a brincar com ela, mas de repente meus olhos e minha boca queimaram. Mais tarde, à noite, eu fiquei muito doente, todos ficaram. Minha pele rachou inteira e ficou coberta por feridas, tive queimaduras muito fortes e meu cabelo caiu todo. Ficamos comendo alimentos e bebendo água contaminados até sermos enfim evacuados do local”, relatou em 2012 uma das testemunhas que morava na ilha ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/28/28163737234241.jpg" alt="(Fonte: Bulletin of Atomic Scientists/Reprodução)">(Fonte: Bulletin of Atomic Scientists/Reprodução)A Marinha dos Estados Unidos transferiu os habitantes para receberem tratamento somente 50 horas após a explosão. Quatro dias depois, pessoas que estavam a 500 quilômetros do epicentro ficaram expostas a um índice radioativo entre 14 R e 3,3 mil R (roentgens), sendo que doses de 5 R já são suficientes para causarem doenças e mutações genéticas a longo prazo.No bunker de controle do teste, localizado na Ilha Eneu, a 2,5 quilômetros do marco zero, o deslocamento de ar foi tão desmesurado que uma porta de 20 toneladas feita para isolar a radiação foi lançada contra outra parede a 4,6 metros de distância. Em 15 minutos, o nível de radiação atingiu 40 R.Os 23 tripulantes do navio pesqueiro japonês Daigo Fukuryu Maru (Quinto Dragão da Sorte), que passava a quilômetros do atol quando a Bravo foi detonada, foram altamente contaminados com 300 R de radiação. Isso causou uma crise diplomática internacional com o Japão.<h2>O cálculo imprevisto</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/28/28164642394248.jpg" alt="(Fonte: The Nuclear Secrecy Blog/Reprodução)">(Fonte: The Nuclear Secrecy Blog/Reprodução)Um erro teórico na concepção da bomba Castle Bravo foi o motivo de ela ter explodido com a força de 15 em vez de 6 megatons. Os cientistas consideraram apenas o trítio, o deutério e o lítio-6 como substâncias combustíveis, portanto não se importaram de deixar o lítio-7, que constituía 60% da bomba. O resultado foi uma produção de trítio além do normal, o que aumentou a taxa de fusão nuclear e, consequentemente, a de fissão. O cálculo errado se repetiria com a Castle Romeo, mas a sucessão de erros não parou por aí.&nbsp;A detonação da Bravo foi a maior explosão nuclear já feita na história dos Estados Unidos e causou o pior desastre radiológico nele também. Apesar de os cientistas terem visto na véspera da detonação que os ventos tinham mudado, o que implicava no trajeto da poeira radioativa , o general Percy Clarkson, comandante da força-tarefa militar responsável pela Operação Castelo, e o Dr. Alvin C. Graves, diretor científico do projeto, ordenaram que o teste seguisse como planejado.&nbsp;Como consequência, vestígios radioativos se espalharam até a Austrália, a Índia, o Japão, a Europa e até algumas partes dos Estados Unidos. Milhares de pessoas foram afetadas para sempre.</body>

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Castle Bravo: a maior bomba nuclear já detonada pelos EUA

Imagem de Conheça a "Weird History" e os fatos históricos mais curiosos no megacurioso

Criada por Andrew Rader, gerente de missão da SpaceX, a conta apresenta curiosidades que com certeza não foram apresentadas nas aulas de História

Ficar por dentro de <a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/40023-6-fatos-historicos-embaracosos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fatos hist&oacute;ricos</a> curiosos &eacute; o hobby de muitas pessoas, inclusive dos leitores aqui do Mega Curioso. Mas Andrew Rader, gerente de miss&atilde;o da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115725-spacex-divulga-video-de-barco-capturando-pedaco-de-foguete.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">SpaceX</a> e PHD pelo MIT, levou esse passatempo para outro n&iacute;vel, criando uma p&aacute;gina no <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/104146-23-curiosidades-divertidas-e-interessantes-sobre-o-twitter.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Twitter</a> chamada "Weird History", que apresenta diversos fatos interessantes que com certeza n&atilde;o foram contados nas aulas de Hist&oacute;ria.
Com mais de 145 mil seguidores desde 2011, a conta traz todo o tipo de informa&ccedil;&otilde;es (e at&eacute; memes!). Separamos algumas curiosidades muito legais que podem at&eacute; ser utilizadas para come&ccedil;ar uma conversa com os amigos. Confiram abaixo.
<h2>1. A Rainha Elizabeth II tentando n&atilde;o rir ao passar na frente do marido, Duque de Edimburgo, usando o famoso uniforme da guarda real.</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/31/31104520617096.jpg" alt="(Fonte: Weird History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Weird History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>2. Falando na Rainha, um casal a convidou para seu casamento em 2012 como piada... Bem, ela levou a s&eacute;rio o convite.</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/31/31104630977099.jpg" alt="(Fonte: Weird History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Weird History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>3. Um c&ocirc;nsul japon&ecirc;s salvou mais de 6 mil judeus durante a Segunda Guerra, fornecendo passaportes mesmo quando seu pa&iacute;s era contra.</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/31/31104803978104.jpg" alt="(Fonte: Weird History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Weird History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>4. A cachorrinha Juliana ganhou uma condecora&ccedil;&atilde;o durante a Segunda Guerra por apagar uma bomba incendi&aacute;ria fazendo xixi nela.</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/31/31104930634106.jpg" alt="(Fonte: Weird History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Weird History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>5. Aparentemente, os gatos j&aacute; gostavam de andar em cima do trabalho dos donos desde a Idade M&eacute;dia.</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/31/31105120370107.jpg" alt="(Fonte: Weird History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Weird History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>6. O famoso Benjamim Franklin n&atilde;o p&ocirc;de escrever a Declara&ccedil;&atilde;o da Independ&ecirc;ncia norte-americana por ser piadista demais.</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/31/31105228089108.jpg" alt="(Fonte: Weird History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Weird History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>7. Os Avengers n&atilde;o s&atilde;o s&oacute; um grupo de her&oacute;is famosos, mas tamb&eacute;m o nome de uma equipe de judeus que ca&ccedil;ava nazistas depois da Segunda Guerra.</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/31/31105444449109.jpg" alt="(Fonte: Weird History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Weird History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>8. Jonathan, uma tartaruga, mostrando como viver 118 na maior serenidade.</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/31/31105737435110.jpg" alt="(Fonte: Weird History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Weird History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>9. Criador de Pacman mostrando os desenhos originais do jogo.</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/31/31105842748112.jpg" alt="(Fonte: Weird History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Weird History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>10. A placa mais antiga de "Cuidado com o C&atilde;o", encontrada em Pompeia, na It&aacute;lia.</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/31/31105933670113.jpg" alt="(Fonte: Weird History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Weird History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>11. Um anel de gatinho com 2,7 mil anos, direto do Antigo Egito.</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/31/31110149561116.jpg" alt="(Fonte: Weird History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Weird History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
E a&iacute;, j&aacute; tinham visto algumas dessas informa&ccedil;&otilde;es? Gostaram das curiosidades? Contem para n&oacute;s na se&ccedil;&atilde;o de coment&aacute;rios!

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Conheça a 'Weird History' e os fatos históricos mais curiosos

Imagem de Coelhos e uma má ideia: Thomas Austin quase destruiu a Austrália no megacurioso

Foi em 26 de janeiro de 1788 que a Primeira Frota chegou em Botany Bay, na Austrália, em 11 navios com 1,5 mil britânicos que viajaram durante 252 dia

Foi em 26 de janeiro de 1788 que a Primeira Frota chegou em Botany Bay, na Austr&aacute;lia, em 11 navios com 1,5 mil brit&acirc;nicos que viajaram durante 252 dias at&eacute; desembarcarem em Port Jackson. Entre mulheres, homens e crian&ccedil;as, havia pequenos ladr&otilde;es e outros condenados rejeitados pelos norte-americanos e enviados para estabelecerem uma col&ocirc;nia em uma terra ainda n&atilde;o habitada por eles.
No manifesto da Primeira Frota constavam 1 cavalo, 3 &eacute;guas, 3 potros, 2 touros, 5 vacas, 29 ovelhas, 19 cabras, 49 porcos, 18 perus, 29 gansos, 35 patos, 120 galinhas e 5 coelhos. Essa foi a primeira vez na hist&oacute;ria que coelhos foram colocados em solo australiano, e acredita-se que eles foram criados apenas por tempo suficiente para que fossem abatidos para consumo.
Em 1815, Thomas Austin nasceu em Somerset, na Inglaterra, sendo o filho mais novo de John e Nancy Austin. Foi em 1831 que ele chegou com a fam&iacute;lia em Hobart Town, a capital do estado insular da Tasm&acirc;nia, na Austr&aacute;lia, onde ficou at&eacute; se tornar um rico criador de ovelhas. Em 1837, com o irm&atilde;o, ele cruzou o Estreito de Bass e se estabeleceu na costa norte de Port Phillip.
<h2>Impar&aacute;vel crescimento</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/21/21170726900256.jpg" alt="(Fonte: Curious Historian/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Curious Historian/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Na &eacute;poca, a Austr&aacute;lia n&atilde;o era um pa&iacute;s unificado, por isso acredita-se que Austin tenha se mudado tamb&eacute;m para ajudar a alavancar a agricultura e a pecu&aacute;ria locais. Ap&oacute;s construir uma mans&atilde;o em Barwon Park em uma &aacute;rea de 30 mil acres para cultivar o seu gosto por animais, ele se juntou &agrave; Sociedade de Aclimata&ccedil;&atilde;o de Victoria, que incentivava a introdu&ccedil;&atilde;o de esp&eacute;cies n&atilde;o nativas em v&aacute;rios lugares do mundo na esperan&ccedil;a de que se adaptassem a um habitat que n&atilde;o o seu.
Al&eacute;m de gostar de animais, Austin era fascinado por ca&ccedil;ar e dar luxuosas festas de tiro. Contudo, ele se recusava a usar qualquer esp&eacute;cie que havia se desenvolvido na Austr&aacute;lia nos &uacute;ltimos 70 anos. No in&iacute;cio de dezembro de 1859, ele escreveu ao irm&atilde;o pedindo que lhe enviasse 72 p&aacute;ssaros, 5 lebres e 24 coelhos selvagens ingleses.
Um navio chamado Lightning chegou &agrave; Austr&aacute;lia com os 24 coelhos prontos para reprodu&ccedil;&atilde;o. Com base nos princ&iacute;pios de aclimatiza&ccedil;&atilde;o da sociedade da qual fazia parte, Austin soltou alguns na natureza, porque acreditava que a introdu&ccedil;&atilde;o deles n&atilde;o faria mal algum &agrave; sociedade e poderia at&eacute; dar uma apar&ecirc;ncia mais convidativa para o pa&iacute;s. Os habitantes apoiaram a ideia do homem, achando que poderia ser muito boa para a economia da &eacute;poca.
Mal sabiam eles.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/21/21171045871258.jpg" alt="(Fonte: Wrecksite/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Wrecksite/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A gesta&ccedil;&atilde;o de um coelho dura por volta de 30 dias, nascendo geralmente de 4 a 5 l&aacute;paros por vez, podendo chegar a 9 em uma s&oacute; ninhada. Ap&oacute;s 10 meses, eles atingem a idade adulta e em 1 ano as f&ecirc;meas j&aacute; podem reproduzir. Os animais t&ecirc;m tempo de vida estimado em 5 anos a 10 anos.&nbsp;
Com a r&aacute;pida multiplica&ccedil;&atilde;o dos animais, Austin foi premiado com uma medalha da Sociedade de Aclimata&ccedil;&atilde;o pela introdu&ccedil;&atilde;o bem-sucedida dos coelhos na Austr&aacute;lia, e isso se tornou o seu legado. Em 1867, mais de 14 mil coelhos foram encontrados mortos na propriedade do homem, todos descendentes das primeiras d&uacute;zias que ele importou.
<h2>O problema dos coelhos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/21/21172017650269.jpg" alt="(Fonte: Australian Food Timeline/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Australian Food Timeline/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Naquele mesmo ano, o Pr&iacute;ncipe Alfred, o segundo filho da Rainha Vit&oacute;ria, ficou na mans&atilde;o de Austin durante as f&eacute;rias. Em apenas 1 dia de ca&ccedil;a, os dois homens executaram mais de 1 mil coelhos em cerca de 3 horas. No ano seguinte, o pr&iacute;ncipe voltou e atirou em mais 1,5 mil animais. At&eacute; l&aacute;, as autoridades locais j&aacute; estavam preocupadas com a popula&ccedil;&atilde;o de coelhos, que n&atilde;o parava de crescer.
Austin faleceu em 1871, mas o seu legado de pelos continuou. Sem algu&eacute;m para minimizar o crescimento dos coelhos, eles continuaram a destruir tudo. Planta&ccedil;&otilde;es foram dizimadas pelos animais e n&atilde;o podiam ser recuperar tampouco gerar lucros, visto que os bichos se reproduziam no inverno ameno e comiam ainda mais. Esp&eacute;cies de plantas foram destru&iacute;das e &aacute;rvores morreram de tanto que as criaturas arrancavam lascas das cascas. O gado, as ovelhas e outros animais nativos pereceram sem ter o que comer.
O governo ofereceu recompensas em dinheiro para qualquer pessoa que encontrasse um m&eacute;todo bem-sucedido de exterminar os coelhos. Mais de 1 mil sugest&otilde;es foram enviadas, por&eacute;m a maioria envolvia o uso de venenos e m&eacute;todos de abate generalizado que eram inseguros ou ineficazes no longo prazo. Fur&otilde;es e gatos selvagens foram usados como predadores, por&eacute;m sem muito sucesso.
<h2>Consequ&ecirc;ncias de uma ideia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/21/21172319957270.jpg" alt="(Fonte: The Vintage News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The Vintage News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
S&oacute; em 1901 o governo australiano aprovou a ideia de construir uma cerca com pouco mais de 1 metro de altura feita de madeira ou ferro, coberta com arame farpado e uma rede de arame com 15 cent&iacute;metros de profundidade, estendendo-se da Nova Gales do Sul at&eacute; o sul da Austr&aacute;lia por quase 550 quil&ocirc;metros. O objetivo era impedir que os animais se espalhassem para os territ&oacute;rios ocidentais e tornasse mais f&aacute;cil a tarefa de extermin&aacute;-los. Duas estruturas foram constru&iacute;das, resultando em mais de 1 mil quil&ocirc;metros de conten&ccedil;&atilde;o.
O projeto demorou 7 anos para ficar pronto, no entanto o enorme empreendimento se revelou imposs&iacute;vel de ser mantido e logo acabou se tornando ineficaz contra os animais. Ao longo dos anos, a popula&ccedil;&atilde;o de coelhos causou danos irrecuper&aacute;veis para a pecu&aacute;ria, a economia geral e o ecossistema da Austr&aacute;lia. S&oacute; a ind&uacute;stria agr&iacute;cola perdeu bilh&otilde;es de d&oacute;lares com os efeitos diretos e indiretos da infesta&ccedil;&atilde;o. Esp&eacute;cies de &aacute;rvores e plantas, como a erem&oacute;fila, foram extintas.
No fim das contas, o legado de Thomas Austin e seu lazer de ca&ccedil;a que come&ccedil;ou com 24 coelhos resultou em 2,5 milh&otilde;es de milhas quadradas habitadas por esses animais na Austr&aacute;lia, com uma popula&ccedil;&atilde;o de cerca de 200 milh&otilde;es e mais de 150 anos de preju&iacute;zos ecol&oacute;gicos.

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Coelhos e uma má ideia: Thomas Austin quase destruiu a Austrália

Imagem de Último rinoceronte-lanudo foi comido por canídeo, indica estudo no megacurioso

Um dos últimos exemplares do rinoceronte-lanudo foi devorado por um canídeo que habitava a Era do Gelo, apontou um novo estudo paleontológico sueco. O

Um dos últimos exemplares do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115626-rinoceronte-lanudo-nao-foi-extinto-pelo-homem-mas-pelo-clima.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rinoceronte-lanudo</a> foi devorado por um canídeo que habitava a Era do Gelo, apontou um novo estudo paleontológico sueco. Os restos mortais do animal extinto foram encontrados no estômago de um filhote mumificado após a necrópsia do corpo.
Em primeiro momento, os pesquisadores acreditavam que o pelo amarelado encontrado na barriga era de um Panthera spelaea, uma espécie de leão das cavernas que havia servido como última refeição para o cão glacial.&nbsp;
Porém, a análise laboratorial de DNA da pele demonstrou que a amostra era pertencente ao rinoceronte de nome científico Coelodonta antiquitatis.&nbsp;Os rinocerontes-lanudos foram extintos há 14 mil anos, data que coincide com o material &nbsp;achado no trato digestivo do canídeo.
<h2>Novas informações sobre a domesticação de cães e lobos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/25/25221829138049.webp" alt="(Fonte: Sergej Fedorov)">(Fonte: Sergej Fedorov)
De acordo com a pesquisadora Edana Lord, estudante de doutorado no Centro de Paleogenética da Universidade de Estocolmo, na Súecia, os dados comprovam que o animal se alimentou de um dos últimos rinocerontes-lanudos existentes na Terra.
Depois da descoberta do cadáver mumificado nas remediações da cidade de Tumat, na Sibéria, em 2011, um novo mistério sobre a trajetória dos canídeos foi traçado. Ainda não se sabe ao certo se o filhote com idade entre 3 e 9 meses era um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115300-camera-escondida-flagra-garotinho-indo-dormir-com-seu-cachorro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cachorro</a> ou um lobo.
&#8220;Eu acredito que isso chega ao ponto crucial onde lobos e cachorros começaram a ser domesticados&#8221;, argumentou Lord. Segundo a cientista, esses animais de 18 mil anos de idade vagavam pelo pergelissolo — terra permanentemente congelada no Ártico — e poderiam já ter contato com os seres humanos.
Nesse caso, é possível que a carne do rinoceronte tenha sido partilhada entre homens e seus companheiros animais, que já viviam em harmônia.
<h2>A morte do rinoceronte-lanudo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/25/25221931338051.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)
Apesar de tudo, os pesquisadores têm fortes dúvidas de que os predadores tenham sido a principal causa da extinção dos rinocerontes-lanudos. A resposta estaria em outro fator fundamental no fim da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112763-queda-de-asteroide-pode-ter-causado-era-do-gelo-e-extincoes-na-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Era do Gelo</a>: o aquecimento global.
Após o sequenciamento genético do DNA da grande criatura, os cientistas cravaram que a raça não cruzava entre si e sua diversidade genética atrapalhou a continuidade da espécie. Portanto, conforme o planeta foi aquecendo, o animal que foi moldado para viver em temperaturas extremamente geladas passou a ter dificuldade de se adaptar a nova realidade e morreu aos poucos.

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