Imagem de 6 curiosidades sobre o dragão-de-Komodo no megacurioso

Conhecido como o maior lagarto do mundo, o dragão-de-komodo é um predador voraz e vive em áreas de conservação

O drag&atilde;o-de-komodo &eacute; o maior lagarto existente na Terra atualmente, podendo chegar at&eacute; 3 metros de comprimento e pesar 68 kg ou mais. Mesmo que esse enorme r&eacute;ptil n&atilde;o possa voar ou soltar fogo pela boca, o nome "drag&atilde;o" pode n&atilde;o ser t&atilde;o absurdo assim e existem alguns motivos para isso.
Por isso, n&oacute;s separamos uma lista com seis curiosidades sobre essas magn&iacute;ficas criaturas que voc&ecirc; provavelmente n&atilde;o sabia at&eacute; agora. Ent&atilde;o, preste bem aten&ccedil;&atilde;o!
<h2 class="uk-text-justify">1. Nativos da Austr&aacute;lia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/07/07183318307645.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Embora os drag&otilde;es-de-komodo tenham ficado famosos por Komodo, uma ilha na Indon&eacute;sia, esses gigantes lagartos foram descobertos na <a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/42622-medo-e-morte-19-fotos-que-provam-que-a-natureza-na-australia-e-assustadora.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Austr&aacute;lia</a>. De acordo com registros de f&oacute;sseis, a esp&eacute;cie (Varanus komodoensis) saiu da Oceania e seguiu para as ilhas da Indon&eacute;sia, chegando &agrave; Ilha de Flores h&aacute; cerca de 900 mil anos.
Segundo um estudo feito em 2009, os drag&otilde;es-de-komodo desapareceram da Austr&aacute;lia h&aacute; cerca de 50 mil anos, o que coincide com a chegada dos seres humanos no continente. Atualmente, essas criaturas entraram para a lista da Uni&atilde;o Internacional para a Conserva&ccedil;&atilde;o da Natureza de esp&eacute;cies amea&ccedil;adas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/44406-conheca-7-dos-mais-incriveis-animais-ja-extintos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extin&ccedil;&atilde;o</a>.
<h2 class="uk-text-justify">2. Animais venenosos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/07/07183321542646.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Por muito tempo, acreditava-se que a mordida do drag&atilde;o-de-komodo era especialmente letal porque carregava as muitas bact&eacute;rias presentes na boca desse animal. A verdade, no entanto, s&oacute; apareceu em 2009 gra&ccedil;as a um estudo conduzido pelo pesquisador Bryan Fry, da Universidade de Melbourne.&nbsp;
Esses lagartos tamb&eacute;m s&atilde;o venenosos, mas ao contr&aacute;rio do que acontece com as cobras, o veneno do drag&atilde;o-de-komodo n&atilde;o &eacute; injetado na pele de suas v&iacute;timas. Nesse caso, o animal derrama o l&iacute;quido em feridas maiores que foram abertas ap&oacute;s um ataque.
<h2 class="uk-text-justify">3. Predador voraz</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/07/07183324479647.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Aproveitando seu tamanho avantajado, n&atilde;o &eacute; surpresa para ningu&eacute;m que o drag&atilde;o-de-komodo consiga enfrentar v&iacute;timas um tanto quanto mais largas. Por esse motivo, &eacute; comum que esses lagartos sejam vistos se alimentando de javalis, veados e b&uacute;falos de &aacute;gua.
Para conseguir capturar suas prezas, eles dependem principalmente de armar emboscadas. Como sua colora&ccedil;&atilde;o se mistura bem com a terra, permanecem parados at&eacute; algum animal azarado cruzar seu caminho. Depois disso, correm para o ataque e utilizam seu veneno para n&atilde;o deixar a v&iacute;tima escapar.
<h2 class="uk-text-justify">4. Armadura resistente</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Universidade do Texas/Divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112100-pele-dos-dragoes-de-komodo-esconde-armadura-digna-de-uma-guerra.htm"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/07/07183040135640.jpg" alt="(Fonte: Universidade do Texas/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Universidade do Texas/Divulga&ccedil;&atilde;o)
De baixo da sua camada de pele, cada <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120074-indonesia-destroi-habitat-de-dragoes-de-komodo-para-construir-resort.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">drag&atilde;o-de-komodo</a> tem centenas de pequenos ossos que formam uma estrutura de armadura. Mas do que essas criaturas precisariam se proteger? Segundo um estudo conduzido pela Universidade do Texas, nos Estados Unidos, a &uacute;nica criatura que realmente pode assustar um drag&atilde;o-de-komodo em seu h&aacute;bitat &eacute; outro ser de sua esp&eacute;cie.
Por isso, eles desenvolvem dep&oacute;sitos &oacute;sseos em suas peles, conhecidos como osteodermos, uma vez que essas estruturas n&atilde;o s&atilde;o de nascen&ccedil;a. Por fim, os osteodermos tamb&eacute;m podem ser usados pelos pesquisadores para estimar a idade de um drag&atilde;o-de-komodo e observar seu crescimento.
<h2 class="uk-text-justify">5. Refei&ccedil;&otilde;es pesadas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/07/07183328010648.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Na hora que a fome bate, um drag&atilde;o-de-komodo consegue devorar cerca de 80% do peso do seu corpo em uma &uacute;nica sentada. Ap&oacute;s esse banquete, &eacute; comum que eles se direcionem at&eacute; o sol, visto que o calor ajuda com o seu processo digestivo. Por fim, os r&eacute;pteis costumam regurgitar uma "pelota g&aacute;strica".&nbsp;
Essa pelota cont&eacute;m chifres, cabelos, dentes e outros peda&ccedil;os da presa que n&atilde;o podem ser digeridos. Como o metabolismo do drag&atilde;o-de-komodo &eacute; bastante lento e eles comem bastante coisa de uma vez s&oacute;, eles podem sobreviver 1 m&ecirc;s inteiro com uma &uacute;nica refei&ccedil;&atilde;o.
<h2 class="uk-text-justify">6. Criaturas &aacute;geis</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/07/07183331088649.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
E se voc&ecirc; pensa que um lagarto desse tamanho seria devagar, voc&ecirc; n&atilde;o poderia estar mais errado. Por serem bastante musculosos, os drag&otilde;es-de-komodo conseguem alcan&ccedil;ar velocidades bastante razo&aacute;veis para sua esp&eacute;cie. Em m&eacute;dia, esses animais podem chegar at&eacute; 19 km/h.
Para m&eacute;todos de compara&ccedil;&atilde;o, um ser humano m&eacute;dio costuma correr a 24 km/h. Portanto, caso voc&ecirc; se depare com um deles, corra como se a sua vida dependesse disso, mesmo que as estat&iacute;sticas estejam a seu favor &mdash; apenas 4 pessoas foram mortas por drag&otilde;es-de-komodo nos &uacute;ltimos 41 anos.&nbsp;

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6 curiosidades sobre o dragão-de-komodo

Imagem de 5 animais pré-históricos inacreditáveis que vagaram pela Terra no megacurioso

Conheça algumas das criaturas mais diferenciadas que já habitaram a Terra por milhões de anos antes de serem extintas

A Terra nem sempre foi habitada pelas mesmas criaturas que conhecemos atualmente. Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120523-6-mitos-sobre-dinossauros-que-existem-ate-hoje.htm" target="_blank">dinossauros</a> s&atilde;o exemplos cl&aacute;ssicos de animais que deixaram de existir com o passar dos anos, mas est&atilde;o longe de ser os &uacute;nicos a terem sido extintos na hist&oacute;ria do planeta. Mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas, a ca&ccedil;a e surtos de doen&ccedil;a continuam sendo uma amea&ccedil;a todos os anos.
Ent&atilde;o criamos uma lista para falar sobre cinco esp&eacute;cies que vagaram pelo planeta durante o per&iacute;odo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110468-o-que-matou-o-gigante-tubarao-pre-historico-megalodon.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pr&eacute;-hist&oacute;rico</a> e simplesmente n&atilde;o existem mais. Confira um pouco mais sobre a caracter&iacute;stica de cada uma delas e depois nos conte qual surpreendeu mais.
<h2>1. Glyptodon</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/06/06170328618100.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Entre 5,3 milh&otilde;es de anos e 12 mil anos atr&aacute;s, uma criatura muito peculiar chamada Glyptodon andava na Terra. Medindo cerca de 3 metros de comprimento e pesando 180 kg, essa esp&eacute;cie de &ldquo;tatu gigante&rdquo; existiu no que hoje seriam as Am&eacute;ricas do Norte e do Sul.&nbsp;
Apesar de terem o tamanho de um carro, eram herb&iacute;voros e costumavam viver uma vida bastante pac&iacute;fica. Mas isso n&atilde;o significa que n&atilde;o sabiam se defender. Sua cauda poderosa poderia esmagar um cr&acirc;nio humano, e seu dorso em formato de concha oferecia uma defesa forte contra inimigos ou Glyptodon rivais.
<h2>2. Titanoboa</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/06/06174835480145.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Se voc&ecirc; tem medo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120171-as-7-cobras-mais-velhas-ja-registradas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cobras</a>, a Titanoboa seria seu verdadeiro pesadelo. Com 13 metros de comprimento e pesando 1,25 tonelada essa criatura tenebrosa rastejava sobre o nosso planeta <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119915-asteroide-que-matou-os-dinossauros-pode-ter-privilegiado-as-cobras.htm" target="_blank">h&aacute; 60 milh&otilde;es de anos</a>. Ap&oacute;s a extin&ccedil;&atilde;o dos dinossauros, ela disparou na cadeia alimentar e rapidamente dominou as selvas tropicais da atual Am&eacute;rica do Sul.
E mesmo com seu tamanho avantajado, essas cobras eram bastantes sorrateiras. As Titanoboa provavelmente esperavam na &aacute;gua rasa para que uma presa se aproximasse. Quando isso acontecia, o infeliz animal tomaria o bote do predador e teria seu corpo esmagado at&eacute; a morte.
<h2>3. Deinosuchus</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://pt.wikipedia.org/wiki/Deinosuchus#/media/Ficheiro:Deinosuchus_hatcheri_-_Natural_History_Museum_of_Utah_-_DSC07251.JPG"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/06/06170544977106.jfif" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Em termos de animais pr&eacute;-hist&oacute;ricos amedrontadores, poucos s&atilde;o t&atilde;o aterrorizantes para n&oacute;s quanto o Deinosuchus, um g&ecirc;nero extinto de crocodilo que podia medir at&eacute; 10 metros e tinha presas do tamanho de uma banana &mdash; s&oacute; que mais afiadas. Esses animais habitaram a Am&eacute;rica do Norte durante o fim do Per&iacute;odo Cret&aacute;ceo, h&aacute; 75 milh&otilde;es de anos.
Os crocodilos gigantes comiam principalmente tartarugas marinhas e crust&aacute;ceos, mas &agrave;s vezes poderiam entrar em confrontos &eacute;picos com os primos do T. Rex: os Appalachiosaurus montgomeriensis e Albertosaurus.&nbsp;Mesmo com a desvantagem de altura, os Deinosuchus n&atilde;o deixavam nada a desejar em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; agressividade e for&ccedil;a.
<h2>4. Megalania Prisca</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/06/06170645821107.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Se um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120074-indonesia-destroi-habitat-de-dragoes-de-komodo-para-construir-resort.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">drag&atilde;o-de-komodo</a> pode pesar at&eacute; 68 kg, eles s&atilde;o considerados min&uacute;sculos quando comparados ao seu ancestral Megalania Prisca, que poderia crescer at&eacute; quase 2 toneladas. De acordo com os arque&oacute;logos, essa &eacute; a maior esp&eacute;cie de lagarto que j&aacute; habitou a Terra.
Entre 2 milh&otilde;es de anos e 40 mil anos atr&aacute;s, essas gigantes criaturas apareciam no topo da cadeia alimentar na Austr&aacute;lia. Utilizando seus mais de 7 metros de comprimento, elas provavelmente se banqueteavam com uma grande variedade de animais, incluindo cangurus, elefantes pigmeus e tartarugas.
<h2>5. Smilodon</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/06/06170800212108.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Uma das criaturas pr&eacute;-hist&oacute;ricas mais famosas de todos os tempos facilmente &eacute; o Smilodon, popularmente chamado de tigre-dente-de-sabre. Eles viviam entre 2,5 milh&otilde;es de anos e 12 mil anos atr&aacute;s, dominando as florestas das Am&eacute;ricas do Sul e do Norte.
Esses felinos variavam bastante de tamanho entre si, com a maior esp&eacute;cie sendo o Smilodon populator, que poderia pesar at&eacute; 450 kg. No entanto, a caracter&iacute;stica mais marcante dessas criaturas &eacute;, de longe, suas presas frontais. Seus enormes caninos perfurantes eram usados para matar bis&otilde;es, pregui&ccedil;as, mamutes, cavalos, porcos e lhamas. Em outras palavras, ca&ccedil;avam o que tivesse pela frente.&nbsp;

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5 animais pré-históricos inacreditáveis que vagaram pela Terra

Imagem de Por que devemos parar de chamar algumas espécies de "invasoras"? no megacurioso

Por conta das constantes mudanças climáticas, alguns animais estão sendo forçados a migrar para outro hábitat

O termo "esp&eacute;cie invasora" &eacute; algo regularmente utilizado para se referir a grupos de animais que foram inseridos em um h&aacute;bitat diferente do seu original. Dessa forma, a Terra seria dividia entre esp&eacute;cies nativas e invasoras, n&atilde;o sobrando espa&ccedil;o para um meio-termo nessa qualifica&ccedil;&atilde;o.
Embora essa defini&ccedil;&atilde;o seja &uacute;til para classificar alguns animais que foram inseridos em um determinado ecossistema e causam dist&uacute;rbio no equil&iacute;brio ecol&oacute;gico, como &eacute; o caso dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120232-hipopotamos-de-pablo-escobar-sao-esterilizados-na-colombia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hipop&oacute;tamos de Pablo Escobar</a> na Col&ocirc;mbia, ela tamb&eacute;m pode ser altamente injusta com outras criaturas que est&atilde;o apenas lutando por sobreviv&ecirc;ncia. Entenda o caso.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/30/30185724234494.jpg" alt="(Fonte: Leandra Felipe/G1)" />(Fonte: Leandra Felipe/G1)
<h2 class="uk-text-justify">Efeitos das mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas</h2>
Em 2016, a ecologista marinha Piper Wallingford avistou uma esp&eacute;cie curiosa durante uma de suas pesquisas de campo em Laguna Beach, nos Estados Unidos. Tratava-se do caracol Mexacanthina lugubris, predador que perfura a concha dos mexilh&otilde;es e injeta uma enzima capaz de liquefazer sua carne.
Acontece que essa criatura &eacute; natural do M&eacute;xico, e n&atilde;o do estado da Calif&oacute;rnia, onde foi encontrada, mas tem migrado aos poucos pela costa oeste do continente americano durante as &uacute;ltimas d&eacute;cadas em busca de um novo h&aacute;bitat. Em sua jornada, esses carac&oacute;is t&ecirc;m deixado um rastro de presas pelo caminho.
Por&eacute;m, que culpa eles t&ecirc;m se sua "terra natal" j&aacute; n&atilde;o serve mais? Ali&aacute;s, essa est&aacute; longe de ser a &uacute;nica esp&eacute;cie pelo planeta que est&aacute; se mudando por causa do clima. Criaturas como o cariacu, lagostas, tatus e at&eacute; mesmo esp&eacute;cies &aacute;rvores, como o bordo, entraram em processo de migra&ccedil;&atilde;o.
<h2 class="uk-text-justify">Readequa&ccedil;&atilde;o dos ecossistemas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/30/30185500905493.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Na vis&atilde;o de ecologistas, &eacute; dif&iacute;cil prever como as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111582-animais-nao-estao-conseguindo-se-adaptar-as-mudancas-climaticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas</a>&nbsp;v&atilde;o reorganizar os ecossistemas, com algumas criaturas realmente precisando se locomover para sobreviver. As migra&ccedil;&otilde;es s&atilde;o cr&iacute;ticas para a capacidade das esp&eacute;cies de suportar temperaturas mais altas.
Em geral, esse processo &eacute; considerado ben&eacute;fico para a biologia, mas nem tanto na vis&atilde;o do p&uacute;blico. Gra&ccedil;as &agrave; vis&atilde;o t&atilde;o "preto no branco" sobre as esp&eacute;cies invasoras, n&oacute;s aprendemos a julgar a maneira como os ecossistemas deveriam funcionar e criamos nossas pr&oacute;prias regras para mexer na natureza.
Ao longo da hist&oacute;ria, essas criaturas foram ca&ccedil;adas das maneiras mais terr&iacute;veis poss&iacute;veis. Portanto, o ideal &eacute; que o ser humano tente interferir o m&iacute;nimo poss&iacute;vel no andamento da natureza, exceto pelos casos em que as tais "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119351-o-que-sao-especies-invasoras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esp&eacute;cies invasoras</a>" realmente ameacem a exist&ecirc;ncia de diversas outras criaturas.
<h2 class="uk-text-justify">Palavra amaldi&ccedil;oada</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/06/06153553972571.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Conforme apresentado em reportagem produzida pela Vox, a ecologista&nbsp;Arian Wallach, da Universidade Tecnol&oacute;gica de Sydney, acredita cada vez mais que o termo "esp&eacute;cies invasoras" &eacute; apenas um conjunto de palavras "amaldi&ccedil;oadas" para "demonizar" esp&eacute;cies inteiras e livrar os seres humanos da culpa por suas a&ccedil;&otilde;es.
Dessa forma, animais s&atilde;o bombardeados, ca&ccedil;ados, envenenados e seja l&aacute; o que for necess&aacute;rio para deixarem de existir em tal regi&atilde;o. Para Wallach, entretanto, muitos se esquecem de levar em considera&ccedil;&atilde;o os benef&iacute;cios que tais esp&eacute;cies podem eventualmente oferecer e o contexto atual onde vivemos.
Um exemplo disso acontece com o dingo, uma esp&eacute;cie de c&atilde;o selvagem que foi introduzida na Austr&aacute;lia s&eacute;culos atr&aacute;s. Desde ent&atilde;o, eles se tornaram os principais predadores de felinos e raposas que ca&ccedil;am alguns dos marsupiais mais ic&ocirc;nicos do pa&iacute;s: o bandicoot-listrado-Oriental.
Em outros casos, as chamadas "esp&eacute;cies invasoras" s&atilde;o consideradas amea&ccedil;adas em seu h&aacute;bitat natural e s&atilde;o alvos de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas em seus novos lares, como acontece com o cervo-porco-indiano, um pequeno veado nativo do Sul da &Aacute;sia. Assim, Wallach defende que espa&ccedil;os n&atilde;o nativos tamb&eacute;m podem servir de ref&uacute;gio para criaturas que j&aacute; n&atilde;o t&ecirc;m mais subsist&ecirc;ncia em seu ecossistema natural.&nbsp;

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Por que devemos parar de chamar algumas espécies de 'invasoras'?

Imagem de Cobra-urutu: a brasileira com um dos venenos mais fortes do mundo no megacurioso

Serpente tem boa distribuição geográfica e costuma causar muitos acidentes

A cobra urutu-cruzeiro&nbsp;(Bothrops alternatus), tamb&eacute;m chamada de cruzeira, pode ser encontrada em v&aacute;rias regi&otilde;es do Brasil &mdash; como no Centro-Oeste, no Sudeste e em estados do Sul. Esse animal &eacute; uma das serpentes mais conhecidas do nosso pa&iacute;s, sendo que sua ampla distribui&ccedil;&atilde;o geogr&aacute;fica a torna uma das principais respons&aacute;veis por acidentes envolvendo humanos.
Assim, o que chama mesmo a aten&ccedil;&atilde;o nesse animal n&atilde;o &eacute; sua apar&ecirc;ncia ou seu tamanho, mas sim o poder do seu veneno. Afinal, estamos falando de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/46799-as-9-cobras-mais-bizarras-ja-conhecidas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">serpente capaz de matar</a> uma vaca de 600 kg!
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte:Samuel Maria/Arquivo Pessoal/G1)&nbsp;" data-fonte-url="https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/noticia/2019/03/27/perigosa-urutu-cruzeiro-e-temida-pelo-poder-do-veneno.ghtml"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/30/30102752266080.jpg" alt="(Fonte:Samuel Maria/Arquivo Pessoal/G1)" />(Fonte:Samuel Maria/Arquivo Pessoal/G1)
<h2 class="uk-text-justify">&Eacute; perigosa?</h2>
As serpentes do g&ecirc;nero Bothrops, do qual a urutu faz parte, respondem por cerca de 90% dos acidentes com serpentes no Brasil. Isso pode ter contribu&iacute;do para a m&aacute; fama e popularidade de perigosa da urutu.
Mas calma, n&atilde;o &eacute; bem assim. Embora tenhamos registros de mortes de animais grandes, como vacas e seres humanos, devido a picadas dessa esp&eacute;cie, o veneno da cobra-urutu n&atilde;o &eacute; t&atilde;o perigoso quando comparado ao de outras serpentes.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Samuel Maria/Arquivo Pessoal / G1)&nbsp;" data-fonte-url="https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/noticia/2019/03/27/perigosa-urutu-cruzeiro-e-temida-pelo-poder-do-veneno.ghtml"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/30/30102921360081.jpg" alt="(Fonte: Samuel Maria/Arquivo Pessoal / G1)" />(Fonte: Samuel Maria/Arquivo Pessoal / G1)
Por ter pouco veneno ativo em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s propriedades enzim&aacute;ticas, a sua picada n&atilde;o tem efeitos necrosantes significativos ou causadores de hemorragia, por exemplo.
Sobre a composi&ccedil;&atilde;o do <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/72928-8-cobras-que-se-deram-muito-mal-por-terem-a-boca-maior-do-que-o-estomago.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">veneno de uma serpente</a> h&aacute; v&aacute;rios aspectos que devem ser considerados: quest&otilde;es sazonais, sexuais e geogr&aacute;ficas; como se d&aacute; a mistura de polipept&iacute;deos e enzimas &eacute; outro ponto que influencia na toxidade. Al&eacute;m disso, existem varia&ccedil;&otilde;es entre esp&eacute;cies, g&ecirc;neros e fam&iacute;lias.
Embora a cobra-urutu n&atilde;o tenha um veneno t&atilde;o poderoso, &eacute; melhor ter cuidado, j&aacute; que h&aacute; dados que apontando que a toxidade dele tende a ser semelhante em todas as regi&otilde;es onde serpente se encontra.
<h2 class="uk-text-justify">Caracter&iacute;sticas da cobra-urutu</h2>
A cobra urutu-cruzeiro &eacute; uma esp&eacute;cie de serpente que pertence ao mesmo grupo da jararaca. Ela tem h&aacute;bitos noturnos e gosta de viver em regi&otilde;es &uacute;midas e abertas. Al&eacute;m do Brasil, ela pode ser encontrada no Paraguai, na Argentina e no Uruguai.
O nome dela &eacute; inspirado nas formas encontradas em sua cabe&ccedil;a, que lembram uma cruz. Mas dependendo do lugar, tamb&eacute;m &eacute; chamada de cotiara, boicotiara ou de jararaca-rabo-de-porco.
A urutu &eacute; um animal <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120171-as-7-cobras-mais-velhas-ja-registradas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pe&ccedil;onhento e muito agressivo</a>. Por isso, &eacute; essencial que uma pessoa picada por ela seja levada ao hospital para receber o soro antiof&iacute;dico o mais r&aacute;pido poss&iacute;vel. Dito isso, veja alguns fatos r&aacute;pidos sobre essa serpente:
<ul class="uk-text-justify">
<li>a m&eacute;dia de vida da urutu-cruzeiro &eacute; de 20 anos;</li>
<li>&eacute; um animal de h&aacute;bitos noturnos, sendo que j&aacute; no final da tarde come&ccedil;a a se mostrar ativa;</li>
<li>quando se sente amea&ccedil;ada fica muito agressiva, al&eacute;m disso seu bote &eacute; muito r&aacute;pido, impossibilitando que boa parte de suas presas consiga escapar;</li>
<li>quando adulta, a urutu-cruzeiro pode atingir 1,60 metro de comprimento &mdash; embora n&atilde;o seja muito comprida, o peso dela torna sua locomo&ccedil;&atilde;o um pouco restrita;</li>
<li>diferentemente de sua cabe&ccedil;a com desenhos em formato de cruz, seu corpo tende a apresentar formas de ferraduras;</li>
<li>a pele dessa serpente pode ter at&eacute; tr&ecirc;s colora&ccedil;&otilde;es distintas: bege, castanho-claro e castanho-escuro &mdash; entre elas, o castanho-claro &eacute; a que predomina;</li>
<li>assim como outras serpentes, a urutu-cruzeiro &eacute; carn&iacute;vora, e o card&aacute;pio preferido dessa cobra envolve mam&iacute;feros, como capivaras e gamb&aacute;s.</li>
</ul>
Por fim, &eacute; importante destacar que a cobra-urutu tem um papel fundamental para o ecossistema onde vive. Por isso, n&atilde;o se deve mat&aacute;-la, nem mesmo quando algu&eacute;m &eacute; picado, visto que se sabe a esp&eacute;cie da cobra, &eacute; desnecess&aacute;rio fazer isso. Al&eacute;m disso, h&aacute; outros m&eacute;todos de identifica&ccedil;&atilde;o, como fotografar o animal.

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Cobra-urutu: a brasileira com um dos venenos mais fortes do mundo

Imagem de 6 coisas impressionantes que os animais são capazes de fazer no megacurioso

Os animais dom&eacute;sticos e selvagens s&atilde;o dotados de particularidades que os fazem interagir com o meio ambiente e outros seres de forma &uacute;nica, baseando seu comportamento em in&uacute;meras vari&aacute;veis que os tornam ainda mais especiais e integrados a uma complexa natureza. E assim como os seres humanos, as criaturas adaptam seu racioc&iacute;nio, instinto e sensa&ccedil;&otilde;es de forma a utiliz&aacute;-las ao m&aacute;ximo dentro de suas limita&ccedil;&otilde;es, possibilitando que feitos incr&iacute;veis e surpreendentes sejam realizados.
Confira abaixo algumas coisas impressionantes que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119849-7-animais-que-sao-capazes-de-se-automedicar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animais</a> s&atilde;o capazes de realizar para sobreviver:
<h2>1. Criar la&ccedil;os improv&aacute;veis</h2>
<iframe width="683" height="384" src="https://www.youtube.com/embed/pRuPi4vk02c" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
De acordo com pesquisadores, animais formam amizades improv&aacute;veis devido &agrave;s hostilidades presentes em um ecossistema completo, utilizando os la&ccedil;os com outros colegas de natureza para se defender de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120296-pulga-do-mar-o-parasita-que-devora-a-lingua-de-peixes-ainda-vivos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">parasitas</a>, evitar o ataque desprevenido de predadores, buscar alimentos e ter um local para descansar ou criar filhotes.
Dessa forma, indiv&iacute;duos das mais diversas esp&eacute;cies, independente de seus nichos ecol&oacute;gicos, t&ecirc;m condi&ccedil;&otilde;es de se aproximar, de modo a aproveitar benef&iacute;cios que apenas a confiabilidade m&uacute;tua consegue oferecer.
<h2>2. Quebrar expectativas</h2>
<iframe width="683" height="384" src="https://www.youtube.com/embed/eW7UxSGBaNM" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Definitivamente os animais n&atilde;o s&atilde;o feitos para serem julgados por suas apar&ecirc;ncias. Assim como os humanos, os seres selvagens e dom&eacute;sticos subvertem &agrave;s expectativas com muita frequ&ecirc;ncia. As lontras, por exemplo, apesar de serem fofas, liberam um cheiro forte e desagrad&aacute;vel de suas gl&acirc;ndulas anais e t&ecirc;m um coc&ocirc; especialmente fedorento devido &agrave; dieta, enquanto os tubar&otilde;es n&atilde;o s&atilde;o t&atilde;o perigosos e, muitas vezes, atacam pessoas por confundi-las com focas.
<h2>3. Solucionar problemas com criatividade e cogni&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/26/26062643043000.jpg" alt="(Fonte: Hypeness / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Hypeness / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Com grande capacidade mental, os animais conseguem desenvolver solu&ccedil;&otilde;es pr&aacute;ticas para problemas utilizando suas principais caracter&iacute;sticas cognitivas. Alguns exemplos not&oacute;rios de comportamento inteligente de animais s&atilde;o as vacas e os porcos que conseguem, respectivamente, decorar rotas de locais de comida mesmo ap&oacute;s mais de um ano escondida, e estimular atitudes mais amig&aacute;veis a partir de exerc&iacute;cios de racioc&iacute;nio peri&oacute;dicos como entretenimento e ocupa&ccedil;&atilde;o durante longos per&iacute;odos de ociosidade.
<h2>4. Higienizar-se com perfei&ccedil;&atilde;o</h2>
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Cada animal apresenta basicamente sua pr&oacute;pria maneira de se lavar e os mecanismos de higiene variam com as mais diversas caracter&iacute;sticas, desde condi&ccedil;&otilde;es anat&ocirc;micas at&eacute; o meio de locomo&ccedil;&atilde;o no ambiente dominado.
Abelhas, por exemplo, retiram o p&oacute;len acumulado de seus corpos durante o bater das asas nos voos, enquanto elefantes e rinocerontes tomam banho de lama, galinhas tomam banho de poeira e macacos-prego despejam formigas, centopeias e subst&acirc;ncias baseadas em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119386-6-fatos-curiosos-sobre-limao-que-voce-provavelmente-nao-sabia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lim&atilde;o</a> e cebola no corpo para manter parasitas afastados.
<h2>5. Ca&ccedil;ar furtivamente com camuflagem</h2>
<iframe width="683" height="384" src="https://www.youtube.com/embed/zyfWfx0Tkr4" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Devido &agrave; aus&ecirc;ncia de ossos e &agrave; exist&ecirc;ncia de esqueletos feitos de cartilagem fibrosa, as arraias conseguem se esconder perfeitamente em todo tipo de local e conseguem rastrear silenciosamente suas presas atrav&eacute;s de odores e eletrorreceptores.
J&aacute; crisop&iacute;deos e o louva-a-deus conseguem se misturar ao meio ambiente, enquanto cobras-rato e tartarugas-jacar&eacute; usam partes dos pr&oacute;prios organismos para simular outros seres vivos e realizar um jogo de sedu&ccedil;&atilde;o com seus futuros alimentos.
<h2>6. Fazer m&uacute;sica</h2>
<iframe width="683" height="384" src="https://www.youtube.com/embed/bjheZouRCuk" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Habilidade restrita a indiv&iacute;duos machos, v&aacute;rios seres da natureza t&ecirc;m dons distintos para cantar, entoando sons harmoniosos em conjunto de percuss&otilde;es em que os instrumentos s&atilde;o suas pr&oacute;prias articula&ccedil;&otilde;es e partes do corpo. No reino animal, o ato de cantar &eacute; mais conhecido como uma particularidade dos grilos, sendo executado como uma forma de resistir &agrave;s altera&ccedil;&otilde;es de temperatura durante os diferentes hor&aacute;rios do dia; em noites mais quentes, por exemplo, o barulho &eacute; mais alto.

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6 coisas impressionantes que os animais são capazes de fazer

Imagem de Conheça a única espécie de sapo que tem dentes no megacurioso

Estudos revelam que apenas 1 entre as 7 mil espécies de sapo existentes atualmente têm dentes verdadeiros na parte inferior da boca

Desde que foi descoberto, em 1882, o sapo Gastrotheca guentheri chamou a aten&ccedil;&atilde;o de pesquisadores por ter algo que parecia ser um conjunto completo de dentes em forma de adaga nas partes inferiores e superiores da sua boca, algo que seria extremamente raro entre esses anf&iacute;bios.
Em geral, dentes s&atilde;o compostos de tecidos espec&iacute;ficos, como a dentina e o esmalte, e s&atilde;o dif&iacute;ceis de ser encontrados em animais como <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/45727-9-sapos-e-seus-superpoderes-incriveis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sapos</a> e r&atilde;s pelo tamanho diminuto desses animais. Sendo assim, essa seria a &uacute;nica esp&eacute;cie de sapo, entre as mais de 7 mil existentes atualmente, com dentes verdadeiros identificados em sua anatomia na regi&atilde;o da mand&iacute;bula.
<h2>Descoberta dos dentes</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/29/29150223532340.jpg" alt="(Fonte: Daniel Paluh/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Daniel Paluh/Divulga&ccedil;&atilde;o)
"Eles s&atilde;o t&atilde;o pequenos que t&ecirc;m o tamanho aproximado de um gr&atilde;o de areia", disse o pesquisador Daniel Paluh, da Universidade da Fl&oacute;rida, a respeito dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120060-quais-os-riscos-de-dormir-sem-escovar-os-dentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dentes</a> dos G. guentheri.&nbsp;Segundo o cientista, a identifica&ccedil;&atilde;o de dentes em sapos &eacute; um processo extremamente delicado e necessita de t&eacute;cnicas de imagens em alta resolu&ccedil;&atilde;o.
A aus&ecirc;ncia de dentes nesses anf&iacute;bios era algo que parecia muito concreto desde os primeiros registros hist&oacute;ricos datados de 200 milh&otilde;es de anos. Uma &uacute;nica esp&eacute;cie viva com uma denti&ccedil;&atilde;o completa, portanto, parecia improv&aacute;vel na melhor das hip&oacute;teses e contradizia uma teoria biol&oacute;gica de longa data, chamada Lei de Dollo, a qual afirma que, se uma caracter&iacute;stica complexa &eacute; perdida em um organismo, ela nunca retorna.
Por outro lado, os sapos s&atilde;o famosos por driblar essas regras quando o assunto &eacute; denti&ccedil;&atilde;o. Embora a forma e a anatomia b&aacute;sicas do corpo tenham permanecido praticamente inalteradas desde o per&iacute;odo Jur&aacute;ssico, Paluh e seus colegas identificaram que esses animais perderam e recuperaram a arcada dent&aacute;ria mais de 20 vezes ao longo de sua linhagem evolucion&aacute;ria.&nbsp;
<h2>Arcada dent&aacute;ria entre sapos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/29/29150256173342.webp" alt="(Fonte: Daniel Paluh/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Daniel Paluh/Divulga&ccedil;&atilde;o)
Esp&eacute;cies de sapos que se alimentam de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113702-formigas-gigantes-provam-que-a-evolucao-pode-retroceder.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">formigas</a> e cupins costumam n&atilde;o ter dentes, dependendo exclusivamente de suas l&iacute;nguas pegajosas para capturar suas presas. J&aacute; entre as esp&eacute;cies desses anf&iacute;bios que costumam ca&ccedil;ar presas maiores, existe uma fileira de dentes na parte superior da boca para evitar que o alimento escape.
Em casos muito raros, alguns sapos desenvolveram algumas presas &oacute;sseas que se projetam da mand&iacute;bula inferior e se assemelham a dentes verdadeiros, mas n&atilde;o t&ecirc;m a dentina reveladora e os tecidos de esmalte. Assim, ao contr&aacute;rio de uma denti&ccedil;&atilde;o original, essas presas s&oacute; crescem uma vez e n&atilde;o s&atilde;o substitu&iacute;das.
<h2>Espera por resultados</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/29/29145620123331.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Durante d&eacute;cadas, ningu&eacute;m esteve certo se as estruturas encontradas na boca dos G. guentheri eram de fato dentes ou ossos. Haviam dois problemas para fechar essa equa&ccedil;&atilde;o: encontrar um sapo da esp&eacute;cie e confirmar a presen&ccedil;a da dentina e do esmalte.
Nativa das florestas nebulosas da Col&ocirc;mbia e do Equador, a &uacute;ltima observa&ccedil;&atilde;o registrada de G. guentheri foi feita em 1996, gerando temores de que a esp&eacute;cie poderia estar extinta. Apesar de alguns esp&eacute;cimes estarem preservados em museus, os pesquisadores temiam prejudicar essas amostras durante os estudos.
Para a sorte de todos, Paluh conseguiu utilizar um embri&atilde;o preservado como amostra em vez de um adulto em tamanho normal. Depois de uma s&eacute;rie de tomografias computadorizadas, foi poss&iacute;vel constatar que as estruturas encontradas na parte inferior da mand&iacute;bula eram, de fato, dentes verdadeiros.&nbsp;

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Conheça a única espécie de sapo que tem dentes

Imagem de Por que o veneno de Viúva-negra é tão potente? no megacurioso

Estudo indica que espécie de aranha tem se adaptado para conseguir se alimentar de presas cada vez maiores

Conhecida pela pr&aacute;tica do canibalismo sexual, as aranhas vi&uacute;vas-negras t&ecirc;m uma mordida poderosa e extremamente letal, que inclusive vem evoluindo com o passar do tempo. De acordo com um novo estudo, as aranhas dom&eacute;sticas comuns produzem compostos t&oacute;xicos semelhantes em seus organismos.
A diferen&ccedil;a, entretanto, &eacute; que o veneno das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/106169-o-que-acontece-com-quem-e-picado-por-uma-aranha-viuva-negra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vi&uacute;vas-negras</a> f&ecirc;meas &eacute; t&atilde;o potente que essas criaturas passaram a desenvolver teias mais fortes para lidar com presas cada vez maiores. O estudo foi apresentado na confer&ecirc;ncia anual de 2015 da Sociedade de Biologia Integrativa e Comparada em Palm Beach, nos Estados Unidos.
<h2>Ataque ao sistema nervoso</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/30/30134256190253.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
A neurotoxina mais poderosa presente no veneno de uma vi&uacute;va-negra se chama latrotoxina, a qual, inclusive, d&aacute; nome ao grupo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120510-as-5-aranhas-mais-bonitas-do-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aranhas</a> chamadas cientificamente de Latrodectus. A latrotoxina mais poderosa &eacute; batizada de alfa-latrotoxina, respons&aacute;vel por &ldquo;sequestrar&rdquo; o sistema nervoso de uma nova v&iacute;tima.
Isso significa que uma presa atingida por uma vi&uacute;va-negra ter&aacute; a alfa-latrotoxina viajando pelas regi&otilde;es pr&eacute;-sin&aacute;pticas de seus neur&ocirc;nios &mdash; jun&ccedil;&atilde;o entre a sinapse de um neur&ocirc;nio e suas c&eacute;lulas musculares. Esse processo faz com que as ves&iacute;culas do neur&ocirc;nio despejem seus neurotransmissores, o que causa um sentimento de dor muito intenso no ser vivo atingido pelo veneno.
De acordo com a equipe de pesquisadores que trabalhou no estudo, a apari&ccedil;&atilde;o de latrotoxinas entre aracn&iacute;deos &eacute; muito mais comum do que a ci&ecirc;ncia previamente imaginava. A maioria das esp&eacute;cies produz esse tipo de toxina para ajudar durante a ca&ccedil;ada, mas as demais vers&otilde;es s&atilde;o t&atilde;o dilu&iacute;das que dificilmente oferecem um perigo t&atilde;o grande para os seres humanos.
<h2>Cuidados m&eacute;dicos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/30/30134403987254.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Se as <a href="https://www.megacurioso.com.br/biologia/39670-as-11-aranhas-mais-perigosas-e-venenosas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aranhas</a> que aparecem em domic&iacute;lios regularmente n&atilde;o costumam oferecer muitos riscos a n&oacute;s, as vi&uacute;vas-negras n&atilde;o funcionam bem assim. As f&ecirc;meas aprenderam a desenvolver um veneno t&atilde;o concentrado de toxinas que facilmente conseguiriam abater um ser humano adulto.
Estima-se que a cada ano cerca de 2,2 mil pessoas s&atilde;o mordidas por uma vi&uacute;va-negra, mas a maioria consegue se recuperar no prazo de 24 horas ap&oacute;s receber tratamento m&eacute;dico. Muitas das v&iacute;timas n&atilde;o desenvolvem nenhum tipo de sintoma de intoxica&ccedil;&atilde;o, dado que as aranhas podem n&atilde;o introduzir o veneno na corrente sangu&iacute;nea.
Entretanto, &eacute; essencial que qualquer pessoa picada busque por aux&iacute;lio m&eacute;dico para evitar colocar a pr&oacute;pria vida em risco. Casos de envenenamento por vi&uacute;vas-negras que demoram muito tempo para ser atendidos podem gerar complica&ccedil;&otilde;es graves de sa&uacute;de e eventualmente o &oacute;bito do indiv&iacute;duo em quest&atilde;o.
<h2>Expans&atilde;o da dieta</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/30/30134430097256.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Em geral, as vi&uacute;vas-negras n&atilde;o s&atilde;o aranhas muito agressivas e tendem a demonstrar uma atitude hostil somente quando s&atilde;o provocadas. Por esse motivo, os seres humanos n&atilde;o precisam se preocupar tanto assim caso n&atilde;o provoquem uma rea&ccedil;&atilde;o. Mas ent&atilde;o, qual o motivo dessa esp&eacute;cie ter desenvolvido um veneno t&atilde;o forte?
Na vis&atilde;o de Jessica Garb, autora do estudo e pesquisadora da Universidade de Massachusetts, tudo passa por uma expans&atilde;o da dieta dessas criaturas. Al&eacute;m das t&iacute;picas presas menores, as vi&uacute;vas-negras tamb&eacute;m conseguem se alimentar de pequenos mam&iacute;feros e alguns r&eacute;pteis.
Como o nome sugere, as f&ecirc;meas tamb&eacute;m t&ecirc;m o h&aacute;bito de se alimentar de seus &ldquo;maridos&rdquo; ap&oacute;s o acasalamento. Portanto, parece que elas n&atilde;o apresentam nenhum tipo de avers&atilde;o alimentar. Os pesquisadores tamb&eacute;m descobriram que o veneno da aranha cont&eacute;m um coquetel de outras toxinas que aumenta a efic&aacute;cia da alfa-latrotoxina.
Ao compreender como funciona esse <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/69548-4-usos-potencialmente-medicinais-para-o-veneno-de-cobras-e-aranhas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">veneno</a>, os cientistas esperam encontrar maneiras mais eficazes de criar novos tratamentos para as mordidas, sem contar que alguns pesquisadores acreditam que as toxinas podem ser usadas para o tratamento de outras doen&ccedil;as humanas, como Alzheimer, c&acirc;ncer, dor e at&eacute; problemas sexuais.

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Por que o veneno de viúva-negra é tão potente?

Imagem de As 5 aranhas mais bonitas do Brasil no megacurioso

Saiba quais são as espécies de aranha mais encantadoras e charmosas existentes em território brasileiro

Embora a <a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/71842-animais-e-situacoes-bizarras-que-voce-so-encontrara-na-australia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Austr&aacute;lia</a> seja conhecida mundialmente como a casa das esp&eacute;cies mais ex&oacute;ticas de animais no mundo todo, o Brasil n&atilde;o fica muito atr&aacute;s quando o assunto &eacute; diversidade de fauna. Inclusive, o pa&iacute;s oce&acirc;nico pode at&eacute; ter criaturas muito atraentes e curiosas, mas a quantidade de animais exuberantes em territ&oacute;rio brasileiro &eacute; impressionante &mdash; at&eacute; mesmo em termos de aracn&iacute;deos.
Pensando nisso, n&oacute;s criamos uma lista com cinco das esp&eacute;cies mais fenomenais de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119136-aranhas-capturam-cobras-30-vezes-maiores-que-elas-e-as-devoram.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aranhas</a> que podemos encontrar ao redor do Brasil. Veja s&oacute; o que separamos sobre essas maravilhosas criaturas de oito patas.
<h2>1. Nycerella aprica</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/25/25143641826308.jpg" alt="(Fonte: Rafael Mariante)" />(Fonte: Rafael Mariante)
Pertencente &agrave; fam&iacute;lia Salticidae, a aranha Nycerella aprica faz parte das chamadas aranhas-saltadoras ou papa-moscas. Podem ser encontradas principalmente no sul do Brasil e em outros pa&iacute;ses, como a Argentina e o Paraguai. Embora possam aparecer em uma maior variedade de cores, costumam apresentar tons mais pr&oacute;ximos do preto e do marrom.
Essas encantadoras criaturas s&atilde;o bem pequenas e n&atilde;o oferecem nenhum tipo de risco para os seres humanos. Normalmente podem ser encontradas vivendo em folhas de algumas plantas ou em lugares escuros de uma casa. Seu olhar penetrante &eacute; uma das caracter&iacute;sticas mais not&aacute;veis nas fotos aproximadas da esp&eacute;cie.
<h2>2. Acragas trimaculatus</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/29/29122449047177.jpg" alt="(Fonte: Rafael Mariante)" />(Fonte: Rafael Mariante)
Assim como a Nycerella aprica, a aranha Acragas trimaculatus tamb&eacute;m se enquadra como uma aranha-saltadora. Mesmo que o nome cient&iacute;fico seja derivado do nome grego Agrigento, uma antiga cidade na Sic&iacute;lia, as aranhas desse g&ecirc;nero s&atilde;o normalmente encontradas na Am&eacute;rica Central e Sul, incluindo o Brasil.
Chamam muita aten&ccedil;&atilde;o pela sua colora&ccedil;&atilde;o bastante forte, que passa do amarronzado para alguns tons de verde bem vibrantes. Essa &eacute; inclusive uma caracter&iacute;stica que facilita para que elas se camuflem nas folhas e consigam devorar suas presas.&nbsp;
<h2>3. Epicadus heterogaster</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Zuleica Beirute&nbsp;" data-fonte-url="https://64.media.tumblr.com/654016d509d5ebbcf88079338d92cd66/8a5e1bc4f859e82f-45/s500x750/99aae18bdc99e521ddd2c9d04171783526aeea87.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/25/25145139113317.jpg" alt="(Fonte: Zuleica Beirute)" />(Fonte: Zuleica Beirute)
A aranha Epicadus heterogaster,&nbsp;popularmente chamada aranha-flor,&nbsp;pode ser considerada uma das mais intrigantes, fatais, e belas da fam&iacute;lia Thomisidae, tamb&eacute;m chamadas de aranhas-caranguejo. Com cerca de 4 cm de comprimento, essas criaturas t&ecirc;m uma colora&ccedil;&atilde;o que varia em tr&ecirc;s escalas: branco, amarelo e lil&aacute;s.
Seu abd&ocirc;men tem um formato bastante peculiar, lembrando muito o formato de uma flor. Vale ressaltar que essas aranhas tamb&eacute;m s&atilde;o fluorescentes em luz ultravioleta, o que facilita na ca&ccedil;a de <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais-sinistros/29416-insetos-infectados-por-bacterias-podem-devorar-o-proprio-cerebro-e-genitais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">insetos</a> que enxergar em UV e visitam plantas que repelem esse comprimento de onda. &nbsp;
<h2>4. Ilargus coccineus</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/25/25150306492336.jfif" alt="(Fonte: Jo&atilde;o Lucas Chavari)" />(Fonte: Jo&atilde;o Lucas Chavari)
Descoberta em 1901, a aranha Ilargus coccineus &eacute; mais uma representante das papa-moscas na lista. Seu local de origem &eacute; na Regi&atilde;o Sul, principalmente nos estados de Santa Catarina e Paran&aacute;. Uma caracter&iacute;stica marcante sobre sua anatomia &eacute; ter a cabe&ccedil;a bastante redonda e o abdome comprido e empinado.
Normalmente, apresentam uma listra colorida que atravessa o corpo. Alguns esp&eacute;cimes costumam surgir com cores bastante vibrantes, como &eacute; o caso das que t&ecirc;m esse tom verde-piscina com mancha vermelha.
<h2>&nbsp;5. Frigga quintensis&nbsp;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/25/25151110274346.jfif" alt="(Fonte: Receba Lima)" />(Fonte: Rebeca Lima)
E como o Brasil parece ser casa para as esp&eacute;cies de aranha-saltadoras mais bonitas do mundo, nada como finalizar a lista com mais uma delas &mdash; s&atilde;o quatro apari&ccedil;&otilde;es em cinco vagas. Nesse caso, podemos observar um esp&eacute;cime de&nbsp;Frigga quintensis,&nbsp;uma pequena papa-moscas que habita os estados de S&atilde;o Paulo e Minas Gerais.
Esses s&atilde;o animais bem min&uacute;sculos e dif&iacute;ceis de observar, mas apresentam bastante gra&ccedil;a. Podem ser vistas nos mais variados tipos de cor, inclusive em tons de branco que quase a fazem parecer transparente.&nbsp;

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As 5 aranhas mais bonitas do Brasil

Imagem de Teiú, o lagarto que se tornou praga em Fernando de Noronha no megacurioso

Considerado um risco para outras espécies nativas, o teiú também prejudica o ecossistema e pode transmitir doenças para os seres humanos

O Arquip&eacute;lago Fernando de Noronha, localizado a 350 km da costa do nordeste brasileiro, tem sofrido com uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119351-o-que-sao-especies-invasoras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esp&eacute;cie invasora</a>: o tei&uacute;. Esses r&eacute;pteis, al&eacute;m de serem uma verdadeira amea&ccedil;a para as esp&eacute;cies nativas que vivem nas ilhas, tamb&eacute;m causam grandes estragos no ecossistema e podem acarretar problemas de sa&uacute;de para os seres humanos.
Al&eacute;m disso, essas criaturas se reproduzem no lugar sem qualquer tipo de controle. Isso significa que sua popula&ccedil;&atilde;o pode se expandir caoticamente em um curto per&iacute;odo. Pensando nisso, entenda de onde surgiram essas criaturas, como elas se tornaram um problema para a regi&atilde;o e o que pode ser feito para o futuro.
<h2>Primeira apari&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/22/22102838609099.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Em sua tese de doutorado, o analista ambiental Carlos Roberto Abrah&atilde;o, da Universidade de S&atilde;o Paulo (USP), fez um levantamento de dados sobre a popula&ccedil;&atilde;o de tei&uacute;s que vivem nas ilhas do arquip&eacute;lago e prop&ocirc;s algumas estrat&eacute;gias de manejo do animal para solucionar os problemas que a regi&atilde;o vem enfrentando.
Segundo o estudo, os primeiros registros da presen&ccedil;a de um tei&uacute; em Fernando de Noronha datam para o in&iacute;cio da d&eacute;cada de 1950. Nessa &eacute;poca, essas criaturas foram levadas pelos homens at&eacute; o local para fazer o controle de ratos trazidos pelos europeus no passado. Por&eacute;m, o &ldquo;tiro acabou saindo pela culatra&rdquo;.
Atualmente, a popula&ccedil;&atilde;o estimada de tei&uacute;s &eacute; de 7 a 12 mil <a href="https://www.megacurioso.com.br/exploracao-espacial/36270-russos-mandaram-ratos-lagartos-e-outros-animais-para-o-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lagartos</a> adultos somente na ilha principal. Pesando at&eacute; 15 kg, o r&eacute;ptil &eacute; considerado o maior lagarto da Am&eacute;rica do Sul e pode chegar a 2 metros de comprimento.
<h2>Perigo para outras esp&eacute;cies</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/22/22102909687100.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Por serem animais bastante &aacute;geis, os tei&uacute;s se tornaram um predador natural para algumas esp&eacute;cies amea&ccedil;adas de extin&ccedil;&atilde;o no arquip&eacute;lago ou exclusivas da regi&atilde;o, como a tartaruga-verde (Chelonia midas), o lagarto-de-noronha (Trachylepis atlantica), a anfisbena-de-noronha (Amphisbaena ridleyi) e o caranguejo-amarelo (Johngarthia lagostoma).
Em conjunto, a popula&ccedil;&atilde;o de ratos e gatos tamb&eacute;m &eacute; um verdadeiro problema nesse cen&aacute;rio. Acredita-se que algumas popula&ccedil;&otilde;es de aves tiveram uma sa&iacute;da for&ccedil;ada da ilha principal devido ao surgimento descontrolado de eventuais predadores. E como se n&atilde;o bastasse, cerca de 50% dos tei&uacute;s de <a href="https://www.megacurioso.com.br/viagem/79482-mergulho-a-seco-em-fernando-de-noronha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Fernando de Noronha</a> s&atilde;o portadores da bact&eacute;ria Salmonella enterica, causadora da salmonela.&nbsp;
A possibilidade de contamina&ccedil;&atilde;o pelas fezes do r&eacute;ptil ou pelo consumo direto da sua carne, vista como uma &ldquo;iguaria&rdquo; no arquip&eacute;lago, resulta em uma amea&ccedil;a s&eacute;ria ao turismo da regi&atilde;o, dado que a contamina&ccedil;&atilde;o provoca diarreia grave &mdash; principalmente para os visitantes da ilha principal que n&atilde;o desenvolveram uma resist&ecirc;ncia &agrave; bact&eacute;ria.
<h2>Controle da esp&eacute;cie invasora</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/22/22102947203102.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Em seu trabalho, Abrah&atilde;o sugere que um plano de a&ccedil;&atilde;o seja tra&ccedil;ado com a popula&ccedil;&atilde;o local para tentar conter os riscos oferecidos pelos tei&uacute;s ao arquip&eacute;lago. Como medida, o pesquisador acredita que a utiliza&ccedil;&atilde;o de armadilhas simples e baratas podem ajudar a coletar os lagartos espalhados pelo lugar. Como esse &eacute; um problema que s&oacute; pode ser resolvido a longo prazo, estrat&eacute;gias efetivas precisam ser bem consideradas.&nbsp;
No continente, os tei&uacute;s costumam ser predados por grandes mam&iacute;feros. Por&eacute;m, a introdu&ccedil;&atilde;o de novas esp&eacute;cies em Fernando de Noronha para solucionar essa situa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o &eacute; nem um pouco recomendada, visto que s&atilde;o rar&iacute;ssimos os casos em que isso realmente funciona &mdash; normalmente essa atitude gera ainda mais problemas.

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Teiú, o lagarto que se tornou praga em Fernando de Noronha

Imagem de 5 pessoas que conseguiram escapar de ataques de tubarão no megacurioso

Embora ataques de tubarão ocorram de forma violenta, algumas pessoas conseguem sobreviver — e muitas vezes sem qualquer sequela

Se estar "no bico do urubu" &eacute; uma express&atilde;o que significa uma pessoa em apuros, imagine estar na boca de um tubar&atilde;o.&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120294-estudo-diz-que-tubaroes-atacam-seres-humanos-por-engano-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ataques do peixe gigante</a> podem n&atilde;o ser t&atilde;o mortais quanto os filmes de Hollywood, mas s&atilde;o extremamente violentos, podendo deixar sequelas permanentes em suas v&iacute;timas.
Embora apenas uma d&uacute;zia das 400 a 500&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119914-tubarao-com-cara-de-porco-e-encontrado-em-ilha-italiana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esp&eacute;cies conhecidas de tubar&atilde;o</a> seja respons&aacute;vel por ataques, os sobreviventes desses encontros assustadores podem ser considerados como as pessoas mais sortudas do mundo. Veja abaixo alguns v&iacute;deos emocionantes dessas experi&ecirc;ncias.
<h2>1. Amor ou coragem?</h2>
<iframe width="645" height="363" src="https://www.youtube.com/embed/HujFl-BqYTg" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Chantelle Doyle e seu marido, Mark Rapley, decidiram aproveitar o dia ensolarado para surfar em Shelly Beach, uma praia tranquila em Sydney, na Austr&aacute;lia. De repente, na &aacute;gua l&iacute;mpida surgiu&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119249-tubarao-branco-por-que-e-impossivel-te-los-em-cativeiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um tubar&atilde;o-branco</a>, com cerca de 3 metros, que abocanhou a perna da cientista ambiental. 
Sem pensar, Rapley remou rapidamente at&eacute; o local, pulou nas costas do peixe assassino, deu socos na cabe&ccedil;a e no olho do animal, at&eacute; que ele soltou Chantelle &mdash; que j&aacute; estava com graves lacera&ccedil;&otilde;es na perna direita &mdash; e fugiu. O casal trabalha atualmente em um projeto de conserva&ccedil;&atilde;o... de tubar&otilde;es.
<h2>2. Um story perturbador</h2>
<iframe width="645" height="363" src="https://www.youtube.com/embed/Q3-JwdnR6xk" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Em 2015, Braxton Rocha, um praticante de pesca submarina, foi atacado por um tubar&atilde;o-tigre a 60 metros da costa da Ilha Grande do Hava&iacute;, nos Estados Unidos. Com a perna dentro da bocarra do bicho, Rocha instintivamente deu um chute forte na cabe&ccedil;a dele at&eacute;&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/99935-se-os-tubaroes-nao-querem-nos-comer-por-que-eles-nos-atacam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">conseguir se soltar</a>. Sangrando muito, o jovem nadou at&eacute; a praia com a perna quase decepada e foi resgatado por um colega.
O v&iacute;deo com os ferimentos viralizou nos Stories do Instagram e tamb&eacute;m no YouTube. As imagens s&atilde;o extremamente perturbadoras.
<h2>3. Surfe e luta livre</h2>
<iframe width="645" height="363" src="https://www.youtube.com/embed/cgD3LT76LyU" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
O tricampe&atilde;o de surfe <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/73033-ataque-de-tubarao-a-surfista-mick-fanning-e-exibido-ao-vivo-pela-tv-video.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mick Fanning</a>, de 35 anos, esperava sua primeira onda na etapa de Jeffrey Bay, na &Aacute;frica do Sul, quando foi atacado por um tubar&atilde;o-branco. As imagens da performance do surfista foram substitu&iacute;das por uma luta pela vida, na qual Fanning socou violentamente o peixe nas costas e conseguiu se desvencilhar do ataque.
O experiente esportista foi logo retirado da &aacute;gua pela equipe de resgate, junto de seu principal competidor, o australiano Matt Wilkinson. A competi&ccedil;&atilde;o naquele ano foi vencida pelo brasileiro Adriano de Souza, o Mineirinho.
<h2>4. A ajuda veio do c&eacute;u</h2>
<iframe width="709" height="363" src="https://www.youtube.com/embed/2drdnIG-ogY" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Cinco anos ap&oacute;s o incidente descrito no item anterior, o mesmo Matt Wilkinson estava surfando em Sharpes, tamb&eacute;m na Austr&aacute;lia, palco de 18 dos 57 ataques de tubar&atilde;o ocorridos no mundo naquele ano, no qual o campeonato foi cancelado devido &agrave; pandemia da covid-19. Remando tranquilamente em cima da prancha, o surfista ouviu um barulho na &aacute;gua, mas n&atilde;o viu nada.
Por sorte, um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/110733-7-imagens-insolitas-capturadas-atraves-de-drones.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">operador de drones</a> chamado Beau Monks estava inspecionando a &aacute;gua e viu o tubar&atilde;o "nos calcanhares" do surfista e o alertou. Wilkinson retornou &agrave; praia sem saber do risco que corria. Al&eacute;m do aviso, o peixe pode ter sido afastado pelo barulho do drone, pois seu sentido de audi&ccedil;&atilde;o tem grande sensibilidade &agrave;s vibra&ccedil;&otilde;es.
<h2>5. Um sobrevivente muito jovem</h2>
<iframe width="645" height="363" src="https://www.youtube.com/embed/ENRmcwD7PhE" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Mas n&atilde;o s&atilde;o apenas os surfistas que sofrem ataques de tubar&atilde;o. Em 2018, um jovem mergulhador de 13 anos chamado Keane Webre-Hayes procurava lagostas nas &aacute;guas tranquilas da praia protegida de Beacon, na Calif&oacute;rnia, quando foi v&iacute;tima de um tubar&atilde;o-branco.
Socorrido por pescadores pr&oacute;ximos, Webre-Hayes foi levado &agrave;s pressas para a costa e transportado de avi&atilde;o para o Rady Children's Hospital em San Diego, onde foi submetido a uma cirurgia e se tornou um dos mais jovens sobreviventes a ataques de tubar&atilde;o.

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