Ciência
27/11/2021 às 06:00•2 min de leitura
Se estar "no bico do urubu" é uma expressão que significa uma pessoa em apuros, imagine estar na boca de um tubarão. Ataques do peixe gigante podem não ser tão mortais quanto os filmes de Hollywood, mas são extremamente violentos, podendo deixar sequelas permanentes em suas vítimas.
Embora apenas uma dúzia das 400 a 500 espécies conhecidas de tubarão seja responsável por ataques, os sobreviventes desses encontros assustadores podem ser considerados como as pessoas mais sortudas do mundo. Veja abaixo alguns vídeos emocionantes dessas experiências.
Chantelle Doyle e seu marido, Mark Rapley, decidiram aproveitar o dia ensolarado para surfar em Shelly Beach, uma praia tranquila em Sydney, na Austrália. De repente, na água límpida surgiu um tubarão-branco, com cerca de 3 metros, que abocanhou a perna da cientista ambiental.
Sem pensar, Rapley remou rapidamente até o local, pulou nas costas do peixe assassino, deu socos na cabeça e no olho do animal, até que ele soltou Chantelle — que já estava com graves lacerações na perna direita — e fugiu. O casal trabalha atualmente em um projeto de conservação... de tubarões.
Em 2015, Braxton Rocha, um praticante de pesca submarina, foi atacado por um tubarão-tigre a 60 metros da costa da Ilha Grande do Havaí, nos Estados Unidos. Com a perna dentro da bocarra do bicho, Rocha instintivamente deu um chute forte na cabeça dele até conseguir se soltar. Sangrando muito, o jovem nadou até a praia com a perna quase decepada e foi resgatado por um colega.
O vídeo com os ferimentos viralizou nos Stories do Instagram e também no YouTube. As imagens são extremamente perturbadoras.
O tricampeão de surfe Mick Fanning, de 35 anos, esperava sua primeira onda na etapa de Jeffrey Bay, na África do Sul, quando foi atacado por um tubarão-branco. As imagens da performance do surfista foram substituídas por uma luta pela vida, na qual Fanning socou violentamente o peixe nas costas e conseguiu se desvencilhar do ataque.
O experiente esportista foi logo retirado da água pela equipe de resgate, junto de seu principal competidor, o australiano Matt Wilkinson. A competição naquele ano foi vencida pelo brasileiro Adriano de Souza, o Mineirinho.
Cinco anos após o incidente descrito no item anterior, o mesmo Matt Wilkinson estava surfando em Sharpes, também na Austrália, palco de 18 dos 57 ataques de tubarão ocorridos no mundo naquele ano, no qual o campeonato foi cancelado devido à pandemia da covid-19. Remando tranquilamente em cima da prancha, o surfista ouviu um barulho na água, mas não viu nada.
Por sorte, um operador de drones chamado Beau Monks estava inspecionando a água e viu o tubarão "nos calcanhares" do surfista e o alertou. Wilkinson retornou à praia sem saber do risco que corria. Além do aviso, o peixe pode ter sido afastado pelo barulho do drone, pois seu sentido de audição tem grande sensibilidade às vibrações.
Mas não são apenas os surfistas que sofrem ataques de tubarão. Em 2018, um jovem mergulhador de 13 anos chamado Keane Webre-Hayes procurava lagostas nas águas tranquilas da praia protegida de Beacon, na Califórnia, quando foi vítima de um tubarão-branco.
Socorrido por pescadores próximos, Webre-Hayes foi levado às pressas para a costa e transportado de avião para o Rady Children's Hospital em San Diego, onde foi submetido a uma cirurgia e se tornou um dos mais jovens sobreviventes a ataques de tubarão.