Se você é um amante do mundo aquático e visita vários aquários, já deve ter percebido que nenhum deles possui um tubarão-branco. O tubarão-branco ou Carcharodon carcharias é uma espécie de tubarão, sendo o maior predador de dimensões existentes na atualidade. Essa espécie pode atingir até 7 metros de comprimento e pesar até 2,5 toneladas.
O tubarão-branco vive no meio do oceano, principalmente, nas águas costeiras dos oceanos e se alimenta de tartarugas e focas. O grande tubarão-branco é reconhecido em todo planeta e seria uma bela espécie para se ter em qualquer aquário. Seria se eles não morressem imediatamente quando colocados em outro habitat ou se tornassem totalmente agressivos.
Por que os tubarões-brancos não vivem em cativeiro?
Financeiramente, essa seria uma ótima atração para grandes aquários de todo o mundo. Porém, nunca houve um tubarão-branco vivendo em cativeiro por muito tempo.
Na década de 1970, vários tubarões foram introduzidos em aquário, mas em nenhum dos casos a experiência foi positiva. (Fonte: Pixabay/Reprodução)
O período mais longo que isso ocorreu foi de 198 dias, no Aquário de Monterey Bay, construído para peixes de mar aberto, contendo 3,78 milhões de litros de água e profundidade de 10,6 metros enquanto o tubarão tinha apenas 1,2 metros. O tubarão teve que ser solto, pois ele continuava atacando outros tubarões e peixes que dividiam o espaço com ele.
Além de se tornar agressivo, muitos deles morrem horas depois de serem colocados em tanques, simplesmente por não aceitarem a mudança de habitat. Os que não morrem imediatamente, podem se recusar a comer ou atacar outros peixes, forçando a soltura.
Em um dos casos conhecidos, um tubarão morreu após três dias em cativeiro, em que passou todo o tempo dando cabeçada no tanque em que estava preso. No caso em questão, foi apontado que o tubarão passou pela sensação de eletrorrecepção que foi afetada pelo vidro e acabava o confundindo.
Tubarões-brancos caçam animais maiores, como focas e tartarugas marinhas — uma alimentação relativamente difícil de se dar a um animal em cativeiro. (Fonte: So Cientifica/Reprodução)
Ao contrário do que se pensa, o tamanho não é problema, pois há animais maiores, como tubarões-baleia e orcas que vivem bem em cativeiros. A conclusão encontrada pela ciência é de que essa é uma espécie nômade e que está adaptada para viajar longas distâncias em um período curto de tempo.
Como isso não é possível em aquários, os animais se projetam nas paredes e são afetados psicologicamente, inclusive bebês, mostrando que é algo instintivo e inato à espécie.