Ciência
20/06/2021 às 08:00•2 min de leitura
O Carcharodon carcharias, mais conhecido como "grande tubarão-branco", é um dos maiores peixes predadores da atualidade, podendo atingir até 7 metros e pesar 2,5 toneladas. A espécie vive no meio do oceano e em regiões de águas costeiras.
O tubarão Rosie apareceu pela primeira vez em 1997, quando a família Lukin o atraiu para suas redes de pesca de atum no sul da Austrália. A princípio, o aquário Seal Rocks Sea Life Centre mostrou interesse em comprar o tubarão da família, mas acabou deixando para o Wildlife Wonderland fazer isso.
Uma vez que Rosie estava muito presa nas redes, não havia outra maneira de libertá-la com segurança sem que fosse morta. Quando o Wildlife a transportava para sua nova casa, em Bass, no estado de Victoria, o caminhão refrigerado foi interceptado pelo governo da Austrália do Sul a partir de uma chamada para uma pessoa desaparecida na costa do país.
O veículo foi apreendido e o governo exigiu uma necropsia no tubarão no Museu da Austrália do Sul para se certificar de que o cadáver da mulher não estava dentro do animal.
(Fonte: Crystal World/Reprodução)
Depois disso, o tubarão foi recheado com dacron e preservado em uma solução de formaldeído em um tanque até ser movido para o aquário. “Foi uma enorme operação logística trabalhar com o Museu de Melbourne, e tudo isso nos custou cerca de US$ 500 mil”, relembrou John Matthews, o fundador da Wildlife Wonderland.
Eles ainda tiveram que construir uma sala especial para que o tanque coubesse, tendo que remover o telhado para manter o tubarão esticado antes de colocá-lo em um tanque personalizado.
Com a polêmica de 2012 sobre a operação do Wildlife sem as licenças adequadas, a organização teve que entregar todos os animais à RSPCA Austrália e o Departamento de Sustentabilidade e Meio Ambiente de Victoria, abandonando Rosie em seu tanque. Seis anos depois, o local foi invadido por vândalos após o explorador urbano Luke McPherson publicar um vídeo em seu canal do YouTube, que viralizou ao mostrar as instalações e o tanque com o tubarão abandonado.
(Fonte: Morning Bulletin/Reprodução)
Foi Tom Kapitany quem encarou a obra de restauração do tubarão Rosie quando ele foi transferido para o Crystal Wold Exhibition Centre, substituindo o formaldeído como conservante para glicerol. O custo foi de US$ 60 mil no total com os 19.500 litros de glicerol que foram necessários.
Até hoje o tubarão ainda recebe injeções da substância e sofre processos de restauração devido ao tamanho do dano durante o tempo em que foi abandonado e vandalizado.