Imagem de Sapo Wolverine: o sapo peludo que quebra seus ossos para se defender no megacurioso

A espécie de sapo Trichobatrachus robustus tem um dos mecanismos de defesa mais bizarros da natureza, além de criar 'pelos' para acasalar

O título desse artigo parece bem bizarro, né? Mas é isso aí que você leu: existe uma espécie de sapo que, além de ter pelos em todo o corpo, também quebra os próprios ossos como um mecanismo de defesa. A gente explica tudo para você entender.&nbsp;Mais ou menos como os felinos e outros mamíferos usam suas garras para atacar presas e se defender de inimigos, o sapo da espécie Trichobatrachus robustus usa pedaços de seus ossos, que se projetam para fora das patas. A diferença é que enquanto os felinos têm unhas naturais, o sapo precisa quebrar seus ossos para criar essas garras, quando necessário.Esse tipo de comportamento não é tão incomum assim, na classe dos anfíbios: há espécies de salamandra que projetam suas costelas para fora da pele, para criar espinhos quando se sentem ameaçadas. Ainda assim, elas não quebram os próprios ossos para isso.&nbsp;<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123409-9-especies-de-animais-estranhos-que-estao-ameacadas-de-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">9 espécies de animais estranhos que estão ameaçadas de extinção</a></li></ul><h2>Um mecanismo único na natureza</h2>Como dito, não é sempre que o T. robustus exibe suas garras: em repouso, elas ficam sob uma camada de músculos e pele, ligadas aos ossos dos dedos com colágeno. Quando o bicho está sob ameaça, ele contrai os músculos — de modo que a ponta da garra se quebra do osso, fura a pele e se projeta para fora.&nbsp;Na prática, é como um gato que esconde suas garras pela maior parte do tempo e só mostra quando necessário. Porém, esse mecanismo de quebrar parte do osso e cortar a pele é único entre os vertebrados. Até porque a garra do T. robustus é puro osso — não tem uma cobertura de queratina, como a maioria das garras no mundo animal.&nbsp;Os cientistas ainda não sabem o que o sapo faz com o osso quebrado, quando não precisam mais dele para se defender — já que nenhum mecanismo de retração foi encontrado. Porém, a principal hipótese é que o músculo simplesmente relaxe, osso volte para dentro da pata e seus ferimentos se curem naturalmente.&nbsp;<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123900-sapo-de-vidro-conheca-a-especie-que-fica-quase-invisivel-ao-dormir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sapo-de-vidro: conheça a espécie que fica quase invisível ao dormir</a></li></ul><h2>O sapo Wolverine</h2>Como se esse mecanismo de defesa "curioso" não fosse o suficiente, o T. robustus ainda tem outra característica que o diferencia de outros sapos: durante o período de acasalamento, seu organismo produz uma cobertura que lembra pelos. Mas ela é feita de pele vascularizada — e não cabelo, como a maioria dos animais peludos. Acredita-se que isso é uma forma pro animal receber mais oxigênio pela pele e respirar melhor, enquanto cuida de sua prole.Então, sendo um bicho peludo e com garras que se projetam das patas, não fica difícil arranjar um apelido bem popular para o T. robustus: sapo-Wolverine.Só os machos exibem esses dois comportamentos — as fêmeas são mais parecidas com os anfíbios que a gente está acostumado. Aliás, essa é a única, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121376-ra-sapo-ou-perereca-qual-e-a-diferenca-entre-esses-animais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">entre as espécies da família dos sapos</a> (Arthroleptidae), em que os machos são significativamente maiores que as fêmeas: eles chegam aos 11 centímetros, enquanto elas têm no máximo nove.&nbsp;Mas essa estranheza não assusta os camaroneses: no país, é comum que os sapos Wolverine sejam caçados, cozidos e comidos. Quem caça esses sapos usa lanças compridas, para evitar as garras do bicho. Um dos povos nativos da região, os Bakossi, acreditam que os sapos caem do céu — por isso, comer um T. robustus <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121727-sapos-eram-o-melhor-teste-de-gravidez-nos-anos-70.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ajudaria casais inférteis a se reproduzir</a>.E você: tá servido?

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Sapo Wolverine: o sapo peludo que quebra seus ossos para se defender

Imagem de Mapa cerebral de inseto mostra mais de 3 mil neurônios no megacurioso

A pesquisa apontou resultados surpreendentes e pode auxiliar na criação de novas tecnologias e compreensão do cérebro humano

<head></head><body>Cientistas das Universidades de Cambridge e Johns Hopkins, na Inglaterra, divulgaram recentemente a primeira criação completa de um mapa cerebral de um inseto, também conhecido como conectoma. O extenso projeto levou 12 anos para ser construído e revela a localização de todos os 3.016 neurônios no <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124221-nosso-cerebro-e-capaz-de-apagar-memorias-ruins.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a> de uma mosca-das-frutas em sua fase larval.&nbsp;A pesquisa pode identificar as redes através das quais os neurônios de um lado do cérebro enviam dados para o outro, além de classificar 93 tipos distintos dessas células, que diferem em sua forma, função proposta e na maneira como se conectam umas às outras.<h2>Criação e resultados</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/14/14141938161230.png" alt="Conjunto completo de neurônios do cérebro larval de mosca-das-frutas (Fonte: Universidade de Cambridge/Universidade Johns Hopkins/Reprodução)">Conjunto completo de neurônios do cérebro larval de mosca-das-frutas (Fonte: Universidade de Cambridge/Universidade Johns Hopkins/Reprodução)Mais de 80 pesquisadores trabalharam na construção do projeto, que envolveu o fatiamento fino do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124398-cerebros-humanos-vem-diminuindo-de-tamanho-ha-3-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a> de uma mosca-das-frutas em 5 mil seções e a captura de imagens microscópicas de cada fatia, que foram então transformadas um volume em 3D e, então, o constructo tridimensional foi analisado para identificar células individuais, com suas conexões sendo traçadas manualmente.Os resultados do mapeamento surpreenderam os cientistas de várias maneiras. Por exemplo, acredita-se que os neurônios enviam mensagens de saída por prolongamentos longos chamados axônios e as recebem através de outros mais curtos e ramificados chamados dendritos.Porém, a novidade provou que existem exceções a essa regra, apontando diversas conexões entre axônio-axônio e dendrito-dendrito nas sinapses cerebrais das moscas-das-frutas em sua fase larval.Além disso, o conectoma provou que as informações sensoriais recebidas passam por poucos neurônios antes de serem direcionadas a àquele envolvido no controle motor, responsável por fazer o inseto executar um comportamento físico. Esse nível de eficiência só pode ser atingindo por "atalhos" integrados entre as conexões, algo muito semelhante ao apresentado em sistemas de inteligência artificial avançados.<h2>Importância e limitações</h2>Uma melhor compreensão do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124487-como-o-nosso-cerebro-lembra-do-idioma-que-estamos-aprendendo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a> de uma mosca pode parecer insignificante para alguns, mas as implicações da pesquisa podem se estender além do reino animal.&nbsp;O conhecimento adquirido a partir do mapeamento pode ser aplicado em futuras IAs para aumentar sua eficiência energética, afinal, insetos conseguem realizar tarefas cerebrais complexas com um nível de energia bem baixo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/14/14142411396232.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Além disso, o conectoma pode ser um modelo útil para estudar a aprendizagem e a memória. "Os humanos fazem coisas como tomar decisões, aprender, navegar no ambiente, comer. E as moscas também. E há boas razões para pensar que os mecanismos que as moscas têm para implementar essas funções cognitivas também estão presentes nos humanos", explicou Joshua Vogelstein, cocriador do estudo e diretor e cofundador do laboratório de NeuroData da Universidade Johns Hopkins.Infelizmente, essa novidade empolgante para o mundo da ciência também tem suas limitações. Ela ainda não é capaz de capturar quais neurônios são excitatórios, ou seja, que fazem outras células semelhantes dispararem, e quais são inibitórios, aqueles menos propensos a reagirem. E essas reações são muito importantes, pois afetam o modo como as informações fluem pelo cérebro.Porém, o novo conectoma é uma conquista notável no campo de pesquisa de neurociência, que pode ajudar a impulsionar tecnologias, além de fornecer uma base para futuras descobertas e estudos para compreender mais sobre as criaturas que nos cercam e também sobre nós mesmos.</body>

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Mapa cerebral de inseto mostra mais de 3 mil neurônios

Imagem de Óvulos são criados a partir de células de camundongos machos no megacurioso

A pesquisa ainda está em estágio inicial, mas no futuro poderá ser usada para pessoas com problema de fertilidade ou para casais do mesmo sexo terem filhos biológicos

<head></head><body>Katsuhiko Hayashi, professor na Universidade de Osaka, desenvolveu uma técnica para transformar cromossomos sexuais masculinos em femininos. A pesquisa foi realizada com camundongos, mas ele espera que no futuro possa ser utilizada para ajudar pessoas com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120022-spermbot-a-maneira-revolucionaria-de-engravidar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">problema de fertilidade</a> ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123156-o-que-diz-a-constituicao-brasileira-sobre-o-casamento-gay.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">casais do mesmo sexo</a> a terem filhos biológicos.&nbsp;O estudo ainda está em fase inicial e pode levar até uma década para poder ser replicado em humanos com segurança. Mas este ainda não deve ser o próximo passo, pois o processo seria muito mais complexo, segundo George Daley, da Harvard Medical School — que não está envolvido na pesquisa. Como a formação de células reprodutivas em humanos é mais complexa, o resultado também pode gerar embriões com má-formação<h2>Estágio inicial</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/13/13173528985399.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Para conseguir realizar a modificação celular, Hayashi primeiro precisou pegar uma célula da pele de um camundongo macho e depois transformá-la em uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114556-cientistas-produzem-milhoes-de-celulas-tronco-humanas-em-ratos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">célula-tronco</a>. As células masculinas possuem cromossomos XY. Hayashi e sua equipe excluíram o cromossomo Y e duplicaram o cromossomo X, formando um para XX — padrão presente nas células femininas. Esse ajuste permitiu que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/genetica/36585-finalmente-cientistas-conseguem-clonar-celulas-tronco-humanas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">célula-tronco</a> fosse programada para se tornar um óvulo funcional.Porém, o próprio Hayashi comentou durante o evento no qual apresentou os resultados iniciais da sua pesquisa, que o trabalho está em um estágio muito inicial. Segundo ele, os óvulos obtidos eram de baixa qualidade e a técnica não poderia ser usada com segurança em humanos nesta fase.Apesar disso, ele acredita que em uma década a técnica já deverá ter avançado para um estágio mais seguro e possível de ser replicado em humanos. A sua expectativa é que ela possa ser usada como um tratamento de fertilidade para homens e mulheres e também para casais do mesmo sexo, se for comprovado que é seguro usá-lo."Mesmo em camundongos há muitos problemas na qualidade do óvulo", explicou Hayashi. "Portanto, antes de pensarmos em usar em humanos, como um tratamento de fertilidade, temos que superar esses problemas, o que pode levar muito tempo".<h2>Diferenças culturais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/13/13174918960416.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Além das questões biológicas envolvendo o estudo, pesquisadores de outras áreas também apontaram para conflitos culturais que podem impactar ou contribuir para o avanço do trabalho de Hayashi.&nbsp;Segundo Alta Charo, professora de direito na Universidade de Wisconsin Maddison, algumas sociedades acreditam que a descendência genética é importante quando se discute paternidade ou maternidade. Nesses casos, para casais homoafetivos, a técnica desenvolvida por Hayashi poderá representar um avanço importante.Em outros casos, esse pode não ser um elemento importante e a adoção de crianças cumpre a finalidade de constituir famílias. "Para essas pessoas, as famílias são mais sobre o relacionamento pessoal e menos sobre a conexão biológica", explica Charo. Portanto, a pesquisa não traria o mesmo impacto.</body>

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Óvulos são criados a partir de células de camundongos machos

Imagem de Cachorros de Chernobyl são geneticamente diferentes, diz estudo no megacurioso

Após 40 anos do desastre nuclear, pesquisadores usaram amostras de sangue para identificar diferenças genéticas entre cães na zona de exclusão de Chernobyl e nas áreas vizinhas

Centenas de c&atilde;es de rua seguem vagando pela zona de exclus&atilde;o de Chernobyl ap&oacute;s 40 anos do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122870-qual-e-o-lugar-mais-seguro-do-mundo-no-caso-de-uma-guerra-nuclear.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desastre nuclear</a> catastr&oacute;fico que gerou fortes preju&iacute;zos ambientais e humanos para essa regi&atilde;o na Ucr&acirc;nia. Inclusive, muitos desses c&atilde;es j&aacute; s&atilde;o descendentes de animais de estima&ccedil;&atilde;o que foram deixados para tr&aacute;s por fam&iacute;lias que fugiram do desastre.
Sem influ&ecirc;ncia humana na &aacute;rea, esses animais conseguiram prosperar. No entanto, agora pesquisadores querem descobrir quais os efeitos potenciais da radia&ccedil;&atilde;o de longo prazo nesses c&atilde;es. Estudos recentes mostram que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122642-como-seu-cachorro-sabe-que-alguem-esta-chegando.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cachorros</a> que vivem dentro da zona de exclus&atilde;o nuclear s&atilde;o geneticamente distintos de outros c&atilde;es existentes nas &aacute;reas vizinhas. Entenda!
<h2>Estudos em Chernobyl</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/09/09151159254345.jpg" alt="(Fonte: Reposit&oacute;rio de imagens NZN)" />(Fonte: Getty Images)
Embora os cientistas j&aacute; tivessem examinado anteriormente criaturas menores que vivem na regi&atilde;o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124498-5-curiosidades-sobre-os-animais-de-chernobyl.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Chernobyl</a>, como p&aacute;ssaros, insetos e anf&iacute;bios, essa foi a primeira vez que um estudo decidiu examinar os efeitos potenciais da radia&ccedil;&atilde;o em animais de grande porte na &aacute;rea. A equipe de pesquisa acredita que novas descobertas podem ajudar a entender o que a radia&ccedil;&atilde;o de longo prazo significa para os seres humanos.
Publicano na revista Science Advances, o estudo examinou 302 c&atilde;es que viviam a dist&acirc;ncias variadas da usina de Chernobyl, comparando esses resultados com os genes de c&atilde;es que habitam entre 9 e 45 km de dist&acirc;ncia do local. Conforme aponta o documento, foi poss&iacute;vel destacar uma diversidade gen&eacute;tica muito mais baixa entre os c&atilde;es de Pripyat &mdash; uma cidade pr&oacute;xima que foi abandonada ap&oacute;s a cat&aacute;strofe.
Entre c&atilde;es na cidade de Chernobyl, uma &aacute;rea a 15 km da usina, e Slavutych, uma cidade para trabalhadores evacuados da usina a 45 km da regi&atilde;o, a diversidade gen&eacute;tica variou consideravelmente. Sendo assim, o resultado sugere que c&atilde;es de cidades mais distantes raramente procriam com c&atilde;es mais pr&oacute;ximos do lugar da explos&atilde;o.
<h2>Conclus&otilde;es</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/09/09151215049346.jpg" alt="(Fonte: Reposit&oacute;rio de imagens NZN)" />(Fonte: Getty Images)
Apesar do estudo observar que as barreiras f&iacute;sicas entre as cidades da &aacute;rea tamb&eacute;m possam ter contribu&iacute;do para as varia&ccedil;&otilde;es na diversidade gen&eacute;tica dos c&atilde;es, os pesquisadores levantaram a hip&oacute;tese de que a exposi&ccedil;&atilde;o a longo prazo &agrave; radia&ccedil;&atilde;o poderia explicar o porqu&ecirc; dos c&atilde;es na zona de exclus&atilde;o serem geneticamente distintos.
A expectativa &eacute; que estudos futuros possam mostrar efeitos mais definitivos da radia&ccedil;&atilde;o nas popula&ccedil;&otilde;es caninas de Chernobyl e arredores, como suas diferen&ccedil;as gen&eacute;ticas podem afetar sua sa&uacute;de, comportamento e apar&ecirc;ncia ao longo do tempo. Al&eacute;m disso, novos estudos tamb&eacute;m podem ajudar os cientistas a aprender sobre as muta&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas que ajudam os animais a sobreviver esse tipo de desastre.
Como c&atilde;es e humanos tendem a compartilhar espa&ccedil;os e dietas semelhantes, futuros testes feitos em Chernobyl ser&atilde;o extremamente importantes para revelar os efeitos potenciais da radia&ccedil;&atilde;o nas pessoas. Essa, inclusive, &eacute; a primeira vez que uma equipe de pesquisa tem uma oportunidade de fazer um trabalho t&atilde;o significativo sobre um animal que reflete t&atilde;o bem a experi&ecirc;ncia humana quanto os cachorros.&nbsp;
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Cachorros de Chernobyl são geneticamente diferentes, diz estudo

Imagem de Como a camuflagem ajudou na evolução das espécies? no megacurioso

Considerado um recurso essencial de sobrevivência, a camuflagem é uma das melhores técnicas na natureza para escapar de predadores

A evolu&ccedil;&atilde;o das esp&eacute;cies &eacute; algo bastante relativo entre elas. A lei dos mais fortes n&atilde;o necessariamente precisa ser uma verdade, visto que os mais inteligentes saem ganhando em in&uacute;meras situa&ccedil;&otilde;es. Um grande exemplo disso &eacute; a base de animais ao longo da nossa hist&oacute;ria que sobreviveram realizando uma &uacute;nica a&ccedil;&atilde;o: esconder-se.&nbsp;
Fugir dos predadores &eacute; algo t&atilde;o instintivo dos seres vivos que muitos deles desenvolveram um gene de mudan&ccedil;a de cor apenas para conseguirem se misturar &agrave; natureza e enganar seus rivais. Sendo assim, vamos entender um pouco mais sobre a importante fun&ccedil;&atilde;o que o processo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/46916-ninjas-corujas-provam-que-sao-mestres-na-camuflagem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">camuflagem</a> cumpre no mundo selvagem.
<h2>Evolu&ccedil;&atilde;o em cores</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/14/14104905813134.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Um simples detalhe como a cor de um animal pode definir se ele vai viver por mais tempo ou morrer rapidamente. Caso ele seja muito f&aacute;cil de ver pelos predadores, fatalmente se tornar&aacute; um alvo mais f&aacute;cil de uma nova refei&ccedil;&atilde;o. Por isso, muitas criaturas acabam desenvolvendo outros reflexos de defesa em detrimento da cor.
De qualquer forma, a camuflagem &eacute; um dos mais efetivos entre todos. As cores de um animal costumam ser provenientes dos genes de seus pais, ou seja, esse &eacute; um aspecto dentro das esp&eacute;cies que &eacute; altamente direcionado por meio da sele&ccedil;&atilde;o natural. Esp&eacute;cimes com cores mais discretas sobreviver&atilde;o mais e, consequentemente, espalhar&atilde;o seus genes em maior n&uacute;mero.
Por&eacute;m, isso n&atilde;o significa que o mundo animal tenha-se contentado em desenvolver uma palheta de cores padronizada para todas as esp&eacute;cies. Diversas esp&eacute;cies apresentam discrep&acirc;ncia de cores entre si, o que acaba gerando uma disparidade de n&uacute;meros entre os mesmos animais, mas com cores diferentes.
<h2>Sele&ccedil;&atilde;o natural</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/14/14104723405130.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
A sele&ccedil;&atilde;o natural &eacute; um conceito aplicado por Charles Darwin desde 1859, o qual argumentava que a alta fecundidade e a briga por sobreviv&ecirc;ncia na natureza faziam as esp&eacute;cies se moldarem conforme as suas necessidades, e um grande exemplo disso pode ser visto na d&eacute;cada de 1950.
Com o avan&ccedil;o cada vez maior do industrialismo, a fuma&ccedil;a de carv&atilde;o havia escurecido as &aacute;rvores na Inglaterra. Sendo assim, as mariposas apimentadas (Biston betularia), que antes se misturavam bem &agrave; colora&ccedil;&atilde;o da casca das &aacute;rvores, passaram a ficar mais destacadas contra o tom acinzentado que tomou conta da natureza local.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/14/14104805046133.jfif" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Isso foi o suficiente para que a vers&atilde;o mais escura dessa esp&eacute;cie, que era considerada extremamente rara, acabasse se tornando comum. Um estudo feito pela Universidade de Chicago comprova que as mariposas de cor clara se tornaram um alvo muito mais f&aacute;cil para p&aacute;ssaros nos tempos modernos. Sendo assim, a sele&ccedil;&atilde;o natural mais uma vez se demonstrou poderosa.&nbsp;
Por&eacute;m, isso n&atilde;o parara por a&iacute;. No fim do s&eacute;culo, os processos de purifica&ccedil;&atilde;o do ar no Reino Unido fizeram as &aacute;rvores adquirirem uma colora&ccedil;&atilde;o mais clara outra vez. E o resultado? As mariposas apimentadas de tom mais escuro voltaram a ser consideradas mais raras do que as demais. Agora, estudos indicam que elas t&ecirc;m 9% menos chances de sobreviver na natureza do que suas irm&atilde;s de cor clara.
<h2>Adapta&ccedil;&atilde;o ao ambiente</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/14/14104639888129.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Apesar de a distin&ccedil;&atilde;o de cores entre uma esp&eacute;cie poder fazer determinada colora&ccedil;&atilde;o ser mais rara do que outra, a disparidade de cores pode ser um benef&iacute;cio para alguns animais. Por exemplo, os diferentes padr&otilde;es de cores podem fazer uma mesma esp&eacute;cie sobreviver bem em dois tipos de ambientes.
Um exemplo claro disso &eacute; o que ocorre com o Timema cristinae,&nbsp;uma esp&eacute;cie de bicho-pau que vive nas montanhas de Santa B&aacute;rbara, nos Estados Unidos. Segundo os estudos conduzidos por pesquisadores da Universidade de Sheffield, esses insetos t&ecirc;m duas vers&otilde;es: uma de cor verde s&oacute;lida e outra com pequenas listras brancas pelo corpo.
Dependendo do tipo de arbusto que os cientistas analisavam, era poss&iacute;vel identificar uma predomin&acirc;ncia de determinada colora&ccedil;&atilde;o. Como o bicho-pau n&atilde;o tem asas, eles tendem a passar a vida em um mesmo arbusto. Entretanto, novas crias podem acabar migrando para um novo h&aacute;bitat. Em suma, a variedade de cores aumenta as chances de sobreviv&ecirc;ncia de uma esp&eacute;cie desde que estejam no arbusto correto.
<h2>Mudan&ccedil;a de cor</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/14/14104049638121.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Se algumas criaturas dependem de uma palheta fixa de cores para sobreviver na natureza, vale destacar que alguns animais levam a camuflagem muito a s&eacute;rio, como &eacute; o caso dos camale&otilde;es. Para se disfar&ccedil;ar em seus h&aacute;bitats, essas criaturas desenvolveram um mecanismo involunt&aacute;rio que lhes permite simplesmente mudar de cor de acordo com o espa&ccedil;o onde est&aacute; inserido.
Dessa forma, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/40118-8-curiosidades-sobre-os-camaleoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">camale&atilde;o</a> n&atilde;o teria necessariamente uma colora&ccedil;&atilde;o fixa. Mas como esse processo funciona? No caso do camale&atilde;o, essa pode ser uma estrat&eacute;gia tanto de ca&ccedil;a quanto de defesa. Seja para fugir de um predador, seja para n&atilde;o despertar suspeitas em suas v&iacute;timas, eles conseguem controlar a movimenta&ccedil;&atilde;o dos pigmentos que d&atilde;o cores &agrave;s c&eacute;lulas da pele.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/14/14104350951124.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Por&eacute;m, esse processo todo &eacute; involunt&aacute;rio. O c&eacute;rebro do camale&atilde;o recebe a luz que incide na retina e passa a comparar essa luminosidade com aquela refletida no ambiente. Ent&atilde;o, o &oacute;rg&atilde;o transmite horm&ocirc;nios para que as c&eacute;lulas da pele assumam uma cor diferente para o local onde est&aacute;. Dependendo da esp&eacute;cie de camale&atilde;o, as cores que ele pode assumir podem variar entre verde, rosa, amarelo, azul, vermelho, preto e marrom.
<h2>Ca&ccedil;adores camuflados</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/14/14103903935115.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Como citado, a camuflagem n&atilde;o necessariamente &eacute; tida como um mecanismo de defesa. Na realidade, muitas esp&eacute;cies de predadores natos utilizam essa t&eacute;cnica para conseguir pegar suas presas desprevenidas. Isso &eacute; facilmente visto em ambientes mais extremos e que sofrem com a escassez de recursos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/14/14104015341119.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Os ursos, por exemplo, s&atilde;o criaturas que fazem isso com certa habilidade. Principalmente o <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/54516-conheca-alguns-fatos-e-curiosidades-sobre-os-ursos-polares.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">urso polar</a>, que vive em um h&aacute;bitat em constante evolu&ccedil;&atilde;o e que sofre com a a&ccedil;&atilde;o humana; ent&atilde;o, a colora&ccedil;&atilde;o esbranqui&ccedil;ada, que se confunde com o gelo, torna-se uma importante aliada na busca por alimentos.&nbsp;

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Como a camuflagem ajuda na evolução das espécies?

Imagem de Ornitorrinco e outros animais que perderam seus estômagos ao evoluir no megacurioso

Segundo estudos científicos, criaturas como os ornitorrincos abandonaram seus estômagos no processo evolutivo e 'queimaram' todas as instruções genéticas

<head></head><body>Há 450 milhões de anos, grande parte dos seres vivos em nosso planeta evoluíram para ter <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123687-4-dicas-para-evitar-problemas-de-barriga-em-viagens.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estômagos</a> — o órgão digestivo que conhecemos em nossa própria anatomia. No entanto, um estudo feito pela Universidade do Porto demonstrou que algumas criaturas "involuíram" para descartar esse órgão e viver como seus ancestrais.&nbsp;Exemplos vivos disso são os mamíferos que põem ovos, como os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116784-ornitorrincos-brilham-na-luz-negra-e-ninguem-sabe-o-porque.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ornitorrincos</a> e as equidnas espinhosas, e cerca de 25% das espécies de peixe conhecidas por nós. O estômago é um órgão responsável por decompor alimentos e foi se adaptando para digerir blocos maiores de proteína. Então, por que essas espécies regrediram de forma tão impressionante? Veja só o que se sabe até então!<h2>Abandono do estômago</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28010320391601.jpg" alt="(Fonte: Repositório de imagens NZN)">(Fonte: Repositório de imagens NZN)Em entrevista ao National Geographic, o autor do estudo, Ed Yong, destacou alguns pontos importantes que podem ter levado diversos animais a "descartarem" seus estômagos evolutivamente. "Sabemos que os animais desenvolvem conjuntos muito diferentes de genes de pepsinogênio para lidar com as proteínas em suas dietas específicas. Talvez os ancestrais das espécies sem estômago tenham mudado para uma dieta diferente que tornou essas enzimas inúteis", citou.Para Yong, essas espécies acumularam mutações debilitantes com o tempo e que simplesmente não faziam sentido. Os pepsinogênios, enzimas presentes nas proteínas, funcionam melhor em ambientes ácidos. Logo, se eles desaparecerem, esses seres não precisarão de uma câmara ácida a mais para sobreviver sem problemas de saúde.Para se manter ácido, o estômago exige um gasto de energia muito grande das bombas gástricas. A partir do momento que toda essa função não é mais necessária dentro da alimentação de um ser vivo, portar esse órgão só seria um gasto displicente de força que poderia ser usada em outras atividades — o que explica a "involução" com o tempo.<h2>Rastros no DNA</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28010337393603.jpg" alt="(Fonte: Repositório de imagens NZN)">(Fonte: Repositório de imagens NZN)Embora as justificativas dadas por Yong sejam muito plausíveis, todo esse processo ainda é fruto de muita especulação em termos científicos. Outra ideia plausível dada pelos pesquisadores é que alguns animais consomem muitos mariscos e corais, cujas conchas são ricas em carbonato de cálcio — uma substância que neutraliza o ácido no estômago.<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121802-6-dos-tipos-de-peixe-mais-lindos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Peixes</a> que se alimentam no fundo do mar, como os bodiões, recebem bocados dessa substância quando sugam grandes quantidades de sujeira. De maneira resumida, é como se essas criaturas estivessem se empanturrando de antiácidos. Portanto, qual o sentido de acidificar o estômago se todo alimento ingerido desfaz esse trabalho? Isso seria razão para que espécies sem estômago não sofram com isso.Porém, um fato é certo: uma vez que uma espécie perde seu estômago, é consideravelmente improvável que o órgão volte através da evolução. Em todas as espécies sem estômago testadas pelos pesquisadores, exceto o baiacu, os genes que normalmente codificam esse órgão foram completamente apagados de seu genoma. Assim, é quase como se essas criaturas abandonassem o órgão como lixo evolutivo e também queimassem todas as instruções genéticas.&nbsp;</body>

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Ornitorrinco e outros animais que perderam seus estômagos ao evoluir

Imagem de Espécie de besouro fareja fungos para infestar árvores no megacurioso

Segundo biólogos, esses animais são conhecidos por farejar árvores com infecções fúngicas, que serão invadidas e devoradas por dentro

<head></head><body>Com temperaturas anormalmente altas e secas durante o verão, as florestas de coníferas em toda a Europa estão sob constante ameaça de uma criatura muito pequena, mas com impacto ecológico gigantesco: o Ips typographus, também conhecido popularmente como besouro-da-casca-do-abeto-da-eurásia.&nbsp;Esses pequeninos insetos são conhecidos por farejar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121098-sequoia-conheca-as-maiores-arvores-do-mundo.htm#:~:text=Curtiu%3F,nos%20quesitos%20altura%20e%20volume." rel="noopener noreferrer" target="_blank">árvores</a> que estão sofrendo com infecções fúngicas, enterram-se em suas cascas e acabam matando as plantas de dentro para fora. Em julho de 2022, a Comissão Florestal do Reino Unido iniciou um novo programa para tentar lidar com surtos de besouros e combater a propagação futura. Entenda mais sobre esse caso nos próximos parágrafos!<h2>Problemas na Europa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/24/24155430639596.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Além do Reino Unido, citado anteriormente, outras nações europeias têm demonstrado problemas com infestações de besouros. Desde 2018, a Alemanha registrou a perda de meio milhão de hectares de florestas, sendo várias espécies de abetos sendo particularmente atingidas pelos besouros.Na Noruega, esses pequenos bichos se enterram na casca dos abetos, acasalam lá dentro e depositam seus ovos ali mesmo. Como registrado por pesquisadores, os insetos parecem ter preferência pelas árvores já infectadas com um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124104-the-last-of-us-uma-pandemia-zumbi-causada-por-fungos-e-possivel.htm#:~:text=O%20Cordyceps%20existe%20h%C3%A1%20cerca,v%C3%ADtimas%20apenas%20no%20mundo%20animal!" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fungo</a> simbiótico chamado Grosmannia penicillata, que enfraquece as árvores e quebra suas defesas químicas.&nbsp;Isso permite que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123558-5-curiosos-mecanismos-de-defesa-existentes-na-natureza.htm#:~:text=O%20escaravelho%20da%20batata%20%C3%A9,desagrad%C3%A1vel%20%E2%80%94%20ajudando%20a%20afastar%20predadores." rel="noopener noreferrer" target="_blank">besouros</a> se reproduzam com sucesso dentro da casca sem sofrer qualquer tipo de retaliação. Uma pesquisa publicada na revista PLoS Biology descobriu que os fungos decompõem os monoterpenos — substâncias químicas presentes na resina da casca da árvore — em novos compostos, incluindo cânfora e tujanol. Por sua vez, as antenas dos besouros são excelentes captadoras dessas substâncias, o que explica o fato deles serem completamente "viciados" em árvores com infecções fúngicas.<h2>Estratégias para o futuro</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://en.wikipedia.org/wiki/European_spruce_bark_beetle#/media/File:Kuuse-kooreurask_ja_tegutsemisjaljed_Ips_typographus.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/24/24155502703597.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Segundo os pesquisadores, entender qual o papel que os novos compostos químicos exercem nos ataques de besouros em árvores europeias precisa ser o primeiro passo para ajudar na criação de melhores estratégias de manejo de pragas. Dessa forma, seria possível proteger as coníferas europeias de futuros surtos epidêmicos.“Os besouros da casca que atualmente matam milhões de abetos todos os anos na Europa são apoiados em seus ataques por fungos associados”, declarou o coautor do estudo Jonathan Gershenzon, bioquímico do Instituto Max Planck de Ecologia Química, em comunicado aberto.De acordo com Gershenzon, os pesquisadores estão otimistas que identificar os compostos que atraem os besouros para as cascas das árvores será uma enorme etapa para criar iscas mais eficazes. Atualmente, os cientistas têm optado por um coquetel de feromônios para tentar atrair os besouros para uma armadilha em massa, mas o método "não tem tido tanto sucesso no ciclo de surtos que começou nos últimos 10 anos".&nbsp;A última esperança, então, é que a adição dos compostos recém-descobertos e relacionados a fungos às armadilhas será o suficiente para aumentar sua eficácia e fornecer um maior sistema de proteção aos ecossistemas europeus para as próximas décadas.&nbsp; </body>

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Espécie de besouro fareja fungos para infestar árvores

Imagem de Seu cão entende palavras mais complexas do que você imagina no megacurioso

Estudos com cachorros mostraram que eles entendem vocábulos mais complexos do que comandos simples ou seus próprios nomes

<head></head><body>Muita gente tem o costume de conversar com seus cães, falando frases inteiras e relatando ideias complexas para os bichinhos. Outras pessoas acreditam que eles não entendem nada, então falar qualquer coisa além de "senta" ou "rola" seria perda de tempo...&nbsp;Na verdade, pode ser que os cachorros não compreendam ideias complexas, mas eles ouvem mais do que muitas pessoas imaginam. Eles são capazes de detectar que conjuntos de sílabas formam palavras — enquanto sons avulsos provavelmente não significam nada. A ciência sabia que bebês de oito meses podiam fazer isso, antes de aprender a falar, mas a novidade é saber que os cachorros têm a mesma capacidade.Essa descoberta é resultado de um trabalho da Universidade Eötvös Loránd, da Hungria. Uma das autoras da pesquisa, Mariana Boros, afirma: "Essa é a primeira vez que mostramos que um animal não-humano pode fazer isso. Eles podem aplicar os mesmos cálculos que bebês usam para segmentar a fala". Interessante, não?<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122642-como-seu-cachorro-sabe-que-alguem-esta-chegando.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como seu cachorro sabe que alguém está chegando?</a></li></ul><h2>Cães na ressonância magnética</h2>Para descobrir isso, os cientistas trouxeram os animais para máquinas de eletroencefalograma e ressonância magnética. E sim, os cães participantes eram <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121621-seu-cachorro-precisa-sair-sempre-na-coleira-entenda-a-importancia-dela.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">treinados</a> para ficar sentadinhos e bem-comportados na hora do teste — o que já seria um desafio para a maioria dos bichos que a gente conhece, né?Com o eletroencefalograma, os pesquisadores deixaram os cães brincar com seus tutores, enquanto monitoravam sua atividade cerebral. Além disso, tocaram sons gravados para ver qual seria a resposta.Para começar, eles tocavam uma fala com <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122843-alto-valiriano-de-game-of-thrones-linguas-ficticias-e-sua-criacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">palavras inventadas</a>, variando a frequência dessas palavras. Essa fala era intercalada com sílabas isoladas. Depois, eles também tocaram essas palavras, isoladamente, e as sílabas.&nbsp;Em resumo, o monitoramento mostrou que os cães conseguiam diferenciar as falas frequentes e isoladas, além de entender o que eram palavras completas e o que eram apenas silabas. Tal diferenciação é bem mais complexa e surpreendente.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28181457723576.jpeg" alt="Fonte: Grzegorz Eliasiewicz/Universidade Eötvös Loránd">Fonte: Grzegorz Eliasiewicz/Universidade Eötvös Loránd<h2>Processamento semelhante ao dos humanos</h2>Na ressonância magnética, os cães ouviram gravações de palavras repetidas em um padrão e de sílabas separadas dessas palavras. A ideia, aqui, era entender qual área do cérebro deles era ativada para fazer a diferenciação. E o resultado foi ainda mais interessante.De modo geral, os gânglios basais respondiam às sílabas aleatórias, enquanto o córtex auditivo respondia às palavras estruturadas. Essa é uma área bem mais desenvolvida do cérebro — e a mesma que nós, humanos, usamos nesses processos. "Foi interessante ver que, também para os cães, o córtex auditivo tem papel importante na segmentação de palavras", afirma Boros.Outros estudos ainda serão necessários para responder como os cachorros desenvolveram essa habilidade e se essa capacidade ainda pode evoluir na espécie. De qualquer maneira, é muito interessante saber que nossos amigos são tão inteligentes e capazes de compreender tantas coisas.&nbsp;<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123262-6-posicoes-que-os-caes-dormem-e-o-que-elas-significam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 posições que os cães dormem e o que elas significam</a></li></ul></body>

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Seu cão entende palavras mais complexas do que você imagina

Imagem de Conheça 9 animais exclusivos do território brasileiro no megacurioso

Biodiversidade encontrada em nosso país faz com que algumas regiões sejam lares de criaturas únicas em todo o mundo

<head></head><body>O Brasil é um país com climas e ambientes bem distintos entre si, o que favorece (e muito!) a vida de várias <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124292-5-especies-invasoras-do-brasil-que-causam-desequilibro-ambiental.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espécies de animais</a>. Nesse sentido, é sempre importante lembrar que alguns desses bichos são exclusivos e encontrados em nosso país.Caso esteja curioso para conhecer alguns destes animais que só podem ser vistos no Brasil, confira a seguir uma lista especial preparada pela equipe do Mega Curioso.<h2>1. Macaco cuxiú-preto</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28235710315687.jpg" alt="(Fonte: Biólogo/Reprodução)">(Fonte: Biólogo/Reprodução)Esse tipo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123082-infinitos-macacos-podem-mesmo-escrever-shakespeare.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">macaco</a>, infelizmente ameaçado de extinção, pode ser visto na floresta Amazônica e em áreas de proteção ambiental, como a Reserva de Tapindaré, na região de Igarapé Gelado e na Floresta Nacional de Tapirapé.Um dado curioso é que seu nome científico não é dos mais amigáveis para alguém muito religioso: Chiropotes satanas. Entretanto, ele está bem longe de ser uma criatura demoníaca.<h2>2. Arara-azul</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28235510434686.jpg" alt="(Fonte: Escola Kids/Reprodução)">(Fonte: Escola Kids/Reprodução)As araras-azuis fizeram bastante sucesso e ganharam destaque mundial com a animação <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/210761-disney-fecha-blue-sky-studios-criador-gelo-rio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rio</a>. Elas são seres originárias do pantanal que, como o próprio nome dá a entender, tem entre as suas principais características a predominância das penas azuis.Amates de castanhas, frutas, verduras e legumes, elas possuem a habilidade de imitar sons humanos e de outros animais, além de adotarem a monogamia dentro do bando (ou seja, uma vez que duas aves se unem, permanecem assim até o fim da vida).<h2>3. Tatu-bola</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/01/01000010106688.jpg" alt="(Fonte: Eu Amo Meus Animais/Reprodução)">(Fonte: Eu Amo Meus Animais/Reprodução)O tatu-bola ganhou mais notoriedade mundial ao ser escolhido como mascote da Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil.Habitante da caatinga nordestina, ele está ameaçado de extinção e recebeu esse nome por conta da habilidade de se enrolar no formato de uma bola para se defender dos predadores.<h2>4. Seriema</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/01/01000138710689.jpg" alt="(Fonte: Agro 20/Reprodução)">(Fonte: Agro 20/Reprodução)Essa ave pode ser encontrada em regiões de cerrado, tendo como principal características o fato de comer pequenas cobras. É tida por muitos como guardiãs de fazendas, pois conseguem emitir sons de alerta ao fazer contato visual com qualquer intruso.<h2>5. Mico-leão-dourado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/01/01000246453690.jpg" alt="(Fonte: Myskle/Reprodução)">(Fonte: Myskle/Reprodução)Outra espécie de macaco que só pode ser encontrada no Brasil, mais especificamente em São Paulo, Paraná e Bahia.&nbsp;Apesar de quase ter sido extinto, atualmente sua espécie conta com mais de 2.500 indivíduos na APA da bacia do rio São João.<h2>6. Ouriço-preto</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/01/01000433461691.jpg" alt="(Fonte: Biofaces/Reprodução)">(Fonte: Biofaces/Reprodução)O ouriço-preto pode ser visto nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Sergipe, sendo um dos mais importantes mamíferos endêmicos da Mata Atlântica. É considerado um roedor da família dos porcos-espinhos, e até o ano 2000 havia apenas dez representantes da espécie na natureza.<h2>7. Guaruba</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/01/01000625971692.jpg" alt="(Fonte: Passaro.org/Reprodução)">(Fonte: Passaro.org/Reprodução)Símbolo do Parque Nacional da Amazônia, essa ave tem como principal característica o forte tom amarelado e verde de suas penas, as cores predominantes da bandeira no Brasil.&nbsp;No passado, chegou a valer o preço de dois escravos, mostrando que o apreço por essa espécie não é algo recente.<h2>8. Caranguejo-amarelo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/01/01000719288693.jpg" alt="(Fonte: Meio Ambiente Culturamix/Reprodução)">(Fonte: Meio Ambiente Culturamix/Reprodução)Encontrado em regiões como Fernando de Noronha e Trindade e Martim Vaz, é habitante de tocas escondidas na vegetação.Uma de suas principais características, como o próprio nome dá a entender, é a coloração amarela, tornando-o uma espécie bem diferente de seus outros parentes próximos.<h2>9. Soldadinho-do-araripe</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/01/01000923155694.jpg" alt="(Fonte: Wikipedia/Reprodução)">(Fonte: Wikipedia/Reprodução)Ave encontrada no Ceará, tem como principal característica a presença de um estiloso topetinho vermelho, visto apenas nos machos.Curiosamente, é um tipo de ave que demarca o território com seu canto, e persegue com bicadas e outras agressões àqueles que invadem a região em que habitam.</body>

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Conheça 9 animais que só existem no Brasil

Imagem de Feromônios: como funcionam e será que humanos também possuem? no megacurioso

Será que os feromônios podem explicar alguns comportamentos humanos?

<head></head><body>Já pensou como seria o efeito de uma espécie de superpoder sensorial capaz de auxiliar na busca por comida e mesmo na escolha da pessoa amada, além de atuar na proteção, evitando a exposição a possíveis perigos no dia a dia? Seria uma função instintiva para lá de impressionante, não é mesmo? É exatamente isso o que define os feromônios.A expressão feromônio vem do grego e significa "que transmite excitação". Ou seja, são moléculas que desempenham uma função de mensageiro, presente em diversas espécies animais, atuando tanto na comunicação quanto no seu comportamento.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27094700322136.jpg" alt="No mundo animal, feromônios permitem que se saiba mais sobre a saúde e personalidade de outro animal e estabelecendo a comunicação. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">No mundo animal, feromônios permitem que se saiba mais sobre a saúde e personalidade de outro animal e estabelecendo a comunicação. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Os feromônios no mundo animal</h2>Nos cachorros, por exemplo, eles desempenham um papel ativo na socialização, explicando o motivo de vermos volta e meia os doguinhos cheirando a urina de outros por aí. Esse comportamento, apesar de soar um pouco estranho para a gente, para eles é a oportunidade de conhecer melhor algumas características do outro animal.Nas formigas, por outro lado, os feromônios auxiliam também em tarefas rotineiras, como alerta para outras acerca de uma determinada informação, provocando a fuga. Para diversas espécies, o cheiro dos feromônios é a base da comunicação, orientando várias decisões.E claro, se há algum equívoco, o preço pode ser alto: se uma dessas formigas acaba confusa e libera a substância, pode acabar passando uma informação errada para outras da colônia, que são orientadas pelos feromônios.Uma vez que não consigam encontrar um caminho, elas ficam rodando em círculos, na chamada <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/110346-conheca-o-fenomeno-que-leva-milhares-de-formigas-a-marcharem-ate-morrer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">"espiral da morte"</a>, que geralmente culmina com elas morrendo de exaustão.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27094812719137.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Mas afinal, será que os humanos também são influenciados pelos feromônios?</h2>Naturalmente, também há bastante especulação se os feromônios estariam presentes na vida humana e muito se especula sobre o seu poder de influenciar estados de espírito e de mesmo atrair a pessoa desejada. Há até mesmo feromônios vendidos em frascos com as mais variadas funções.Por outro lado, alguns estudos já se debruçaram sobre essa questão. Um deles, publicado na Royal Society Open Science em 2017, analisou o comportamento de adultos na presença de esteroides especulados como feromônios humanos, como a urina.E por incrível que pareça, nenhum comportamento diferente foi observado nos participantes, impossibilitando que os feromônios fossem apontados como motivo para gerar atração em um potencial parceiro de forma similar à observada em outros animais.No final das contas, até o momento, nenhum estudo conseguiu provar que de fato existam feromônios humanos ou que alguma substância tenha tal poder de impactar ações, quanto mais a <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/39893-o-corpo-fala-conheca-5-sinais-fisicos-da-atracao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">atração humana</a>, que é tão subjetiva.Seguimos sem culpados para apontar, mas sabemos que um bom perfume permanece sendo essencial na hora da conquista! Por ora, essa química presente em nossa mente vai continuar sendo um mistério, talvez um pouco mais do que gostaríamos, mas talvez seja esse o motivo dela ser tão intrigante ainda hoje.</body>

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