Imagem de Armas nucleares táticas: as bombas atômicas pequenas e perigosas no megacurioso

Versões menores e de alcance inferior às tradicionais, as armas nucleares táticas foram construídas para proteção de um ataque soviético na década de 1960

<head></head><body>No dia 24 de março, exatamente um mês após <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121719-campos-de-filtragem-o-metodo-russo-para-roubar-ucranianos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a Rússia lançar sua invasão militar à Ucrânia</a>, a Casa Branca anunciou a formação de uma equipe de especialistas para informar à OTAN sobre planos de contingência em caso de acionamento de qualquer tipo de "armas nucleares táticas". Mas, o que são exatamente esses artefatos que, mais de 30 anos após o fim da Guerra Fria, ainda persistem nos arsenais tanto dos EUA quanto da Rússia?Uma reportagem publicada no The New York Times dá uma pista do que são essas “pequenas” bombas atômicas. Segundo a publicação, são “armas de curto alcance, geralmente com pequenos rendimentos”. Construídas na mesma época em que eram desenvolvidas ogivas poderosas para ataques nucleares de longo alcance, essas armas nucleares de menor alcance formariam uma superartilharia contra eventual ataque soviético à Europa.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/06/06214910359001.jpg" alt="Canhão atômico M65, o &quot;Atomic Annie&quot;. (Fonte: myself, Mark Pellegrini/Wikimedia Commons/Reprodução.)">Canhão atômico M65, o "Atomic Annie". (Fonte: myself, Mark Pellegrini/Wikimedia Commons/Reprodução.)<h2>Como surgiram as armas nucleares táticas?</h2>Pesados investimentos feitos pelos EUA e Rússia desde o início da Guerra Fria na década de 1940 até a década de 1980 ultrapassaram milhares de vezes o poder de destruição da bomba atômica americana que destruiu Hiroshima em agosto de 1945. A perspectiva de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119983-holocausto-nuclear-como-seria-a-aniquilacao-da-civilizacao-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma potencial destruição mútua garantida</a>, conhecida como MAD, gerou uma barreira psicológica na qual que eventuais ataques nucleares de grande porte se tornaram impensáveis. &nbsp;Quando a OTAN começou a se organizar, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121681-3-experimentos-militares-considerados-absurdos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nas décadas de 1950 e 1960</a>, a distância física das forças armadas norte-americanas fragilizava os países europeus que, em sua maioria, fazia fronteira com as nações do Pacto de Varsóvia. A solução encontrada para evitar uma iminente invasão soviética foi&nbsp;a implantação de armas nucleares táticas de curto alcance no caminho de qualquer avanço da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). &nbsp;<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Vitaly V. Kuzmin/Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/2f/Army2016demo-075.jpg/1599px-Army2016demo-075.jpg?20161012041734"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/06/06235642994000.jpg" alt="A base de lançamento móvel 9K720 Iskander para mísseis balísticos está sendo usada na guerra da Ucrânia. (Fonte: Vitaly V. Kuzmin/Wikimedia Commons/Reprodução.)">A base de lançamento móvel 9K720 Iskander para mísseis balísticos está sendo usada na guerra da Ucrânia. (Fonte: Vitaly V. Kuzmin/Wikimedia Commons/Reprodução.)<h2>Antigas e novas ameaças</h2>Uma das primeiras armas nucleares táticas implantadas na Europa foi a "Atomic Annie', uma grande peça de artilharia que, em 1950, podia disparar uma ogiva nuclear de 15 quilotons (o equivalente à bomba de Hiroshima) a uma distância de mais de 29 quilômetros. Mas havia armas menores, como a ogiva Dacy Crockett, de apenas 20 toneladas de TNT com alcance de quatro quilômetros e a Munição de Demolição Atômica Especial, que ficava em uma mochila.Mais tarde, o Exército dos EUA substituiu essas peças de artilharia por ogivas nucleares em foguetes de curto alcance. Ao tornar essas armas nucleares menores, porém com direcionamento mais preciso, seu uso acaba se tornando mais factível. No entanto, se ilude quem pensa que um “pequeno rendimento” de 0,3 quilotons produziria pequenos danos. Os mesmos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121618-pilulas-de-iodeto-de-potassio-ajudariam-em-caso-de-ataque-nuclear.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">horrores de Hiroshima</a> estariam presentes, embora em menor escala.</body>

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Armas nucleares táticas: as bombas atômicas pequenas e perigosas

Imagem de Falsos valores espartanos foram absorvidos por extremistas políticos no megacurioso

Desde o século passado, a romantização e hipervalorização dos ideais dos guerreiros espartanos têm causado problemas na sociedade e na política

<head></head><body>Se o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120592-bushido-o-codigo-de-honra-samurai-usado-ate-hoje.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">código de conduta japonês</a> dava ênfase em aspectos que construíam a moral de um guerreiro, como coragem, honra e a morte com dignidade —, os espartanos foram forjados sob a força mitológica indestrutível e a tenacidade militar pela qual ficaram conhecidos desde a Batalha das Termópilas, em 480 a.C., quando uma pequena força de soldados espartanos ficou para trás para lutar até a morte contra um exército persa bem superior.Devido a isso, até hoje a palavra espartano é sinônimo de um lutador de grande habilidade, indiferente à dor e ao medo. Não é para menos que treinamentos físicos de alto impacto e rendimento ganharam o nome de “atividade espartana”, bem como dietas que visam transformar o corpo de uma pessoa em um ideal de um guerreiro daquele tempo.E foi exatamente essa ideia inspiradora por trás da imagem de um espartano, que os ideais foram romantizados e absorvidos por extremistas políticos para se lançarem em um futuro utópico de resistência e sobrevivência a todo custo.<h2>Uma mentira problemática</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/10/10112702068127.jpg" alt="(Fonte: The Delta Statement/Reprodução)">(Fonte: The Delta Statement/Reprodução)Assim como os japoneses, os guerreiros espartanos foram criados sob um sistema educacional e de treinamento chamado <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/100583-como-os-espartanos-eram-treinados-para-se-transformar-em-guerreiros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Agoge</a>, que visava fazer os jovens desenvolverem força, resistência e solidariedade, características que compunham as virtudes militares. Para isso, eles foram submetidos a métodos tão extremos que alcançaram níveis de crueldade, sacrificando as condições mentais e emocionais dos meninos, no que hoje seria considerado uma experiência traumática.Além disso, o treinamento começava aos 7 anos, quando os meninos eram avaliados logo após o nascimento por anciãos espartanos e apenas os mais robustos e saudáveis eram permitidos viver, enquanto os demais eram deixados no sopé de uma montanha para morrer.Para Myke Cole, escritor de A Mentira de Bronze: Quebrando o Mito do Poderoso Espartano, para The New Republic, todo esse mito do poderoso estado-guerreiro que seduz as sociedades há milhares de anos se tornou um fetiche e câncer social, criando uma mania chamada "laconofilia", proveniente da Lacônia, região onde os espartanos vieram.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Rolling Stone&nbsp;" data-fonte-url="https://rollingstone.uol.com.br/noticia/gerard-butler-diz-que-canalizava-o-rei-leonidas-atraves-de-um-portal-esquisito-durante-filmagens-de-300/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/10/10112854209128.jpg" alt="(Fonte: Rolling Stone/Reprodução)">(Fonte: Rolling Stone/Reprodução)“Em meu livro, analisei o histórico militar completo de Esparta e provo que eles não eram os super-guerreiros que diziam ser, e que a maioria das pessoas acredita que foram, se baseando no filme 300 de Frank Miller, o que transformou essa ideia ainda maior”, disse Cole no episódio 407 do podcast Geek’s Guide to the Galaxy.O filme 300 (2006) estrelado por Gerard Butler e Rodrigo Santoro, dirigido por Zack Snyder e Noam Murro, ajudou a mitificar ainda mais o papel do espartano na Batalha das Termópilas, inclusive a frase apócrifa e desafiadora do rei Leônidas ao persa Xerxes: Molon labe&nbsp;("Venha e pegue"), à exigência do inimigo persa para que os espartanos entregassem suas armas. Isso estampou camisetas, bandeiras e adesivos, colocando os guerreiros invencíveis — que estavam longe disso — em posição de ainda mais poder na sociedade.A frase se tornou um hino aos defensores das armas e do Brexit em 2019, à qualquer percepção exagerada ao uso indiscriminada delas. O grupo de 28 pessoas se autodenominou "espartanos" por sua vontade obstinada de resistir e se sacrificar em obediência às próprias convicções.<h2>Contaminando tudo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/10/10113305318136.jpg" alt="(Fonte: Pittsburgh City Paper/Reprodução)">(Fonte: Pittsburgh City Paper/Reprodução)Toda a posição de Cole nesse cenário recebeu muitas críticas, principalmente pelo seu artigo à The New Republic&nbsp;e seus dois livros que discutem sobre como a narrativa de espartano poderoso e vitorioso foi absorvida pela extrema-direita como ideal de luta.“Mas isso só me mostrou que estou realmente minerando uma veia aqui que precisa ser explorada”, disse ele em entrevista ao podcast.No entanto, ele não parece estar sozinho em sua visão, visto que vários historiadores o apoiam em como o mito espartano entrou como um problema na sociedade desde o século passado, como ressaltou Emma Aston, especialista em estudos clássicos e catedrática da Universidade de Reading, no Reino Unido, em matéria à BBC.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/10/10113456990138.jpg" alt="(Fonte: New Trajectory/Reprodução)">(Fonte: New Trajectory/Reprodução)Aston pontuou que se faz necessário considerar alguns aspectos antes de aceitar os espartanos como um ícone perfeito dos nossos valores modernos, porque podem e já foram apropriados por extremistas, como aconteceu na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121500-hitler-tinha-planos-de-aniquilar-a-etnia-polonesa-em-ate-20-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alemanha de Adolf Hitler</a>, em 1930, quando os espartanos serviram de inspiração militar e estética para o Terceiro Reich. Eles também representaram uma referência para o que seria a ancestralidade mestra da raça ariana, legitimando o antissemitismo e outras formas de xenofobia.Além disso, o modelo espartano de masculinidade aprovava as relações sexuais entre homens, porém as repudiava no contexto social, ou seja, no momento de compor famílias, quando eles terminavam o Agoge,&nbsp;aos 30 anos. Durante todo esse período, eles aprendiam a reprovar a emoção, o indivíduo e enaltecer o Estado, se distanciando de tudo o que o homem precisa ser na atual sociedade que caminha para um futuro.</body>

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Falsos valores espartanos foram absorvidos por extremistas políticos

Imagem de Pílulas de iodeto de potássio ajudariam em caso de ataque nuclear no megacurioso

Mas existe um plano governamental para sua distribuição?

<head></head><body>Só entre 1950 e 1990, o mundo teve que segurar a respiração por pelo menos 14 vezes diante a um iminente ataque nuclear que poderia causar mil vezes o estrago testemunhado no final da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112268-entenda-como-comecou-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial&nbsp;</a>com a&nbsp;Little Boy&nbsp;e&nbsp;Fat Man devastando <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119302-taramae-e-matsuo-duas-sobreviventes-de-hiroshima-e-nagasaki.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hiroshima e Nagasaki</a>, respectivamente.Com as armas nucleares permeando todos os aspectos da Guerra Fria, com as tensões esticadas a ponto de ruptura, sempre estivemos perigosamente próximos ao temido <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119983-holocausto-nuclear-como-seria-a-aniquilacao-da-civilizacao-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">apocalipse nuclear</a>. Mas será que existe um plano para distribuir pílulas de iodo para proteger as pessoas do raio de impacto da radiação?Essa questão entrou mais em debate com o lançamento da minissérie da HBO Chernobyl&nbsp;(2019), em que a física nuclear soviética Ulana Khmyuk toma uma pílula de iodo assim que vê a queima de material radioativo escapando do reator 4 da usina. Ela ainda encoraja outras pessoas que encontra pelo seu caminho a fazerem o mesmo, visto que a pílula muda a maneira como seu corpo se comporta com a radiação, visando reduzir o risco que os materiais representam, ainda que não os repila ou crie uma espécie de resistência para o seu organismo.<h2>Procurando uma solução</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30134224952303.jpg" alt="(Fonte: Miracle 2 of Utah/Reprodução)">(Fonte: Miracle 2 of Utah/Reprodução)Fontes da Newsweek&nbsp;informaram que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121222-russia-e-ucrania-teremos-uma-3-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">invasão da Ucrânia pela Rússia</a>, em fevereiro desse ano, e o anúncio de que Vladimir Putin havia colocado seu imenso arsenal nuclear em alerta máximo para bombardear qualquer país que intervisse militarmente em ajuda ao seu inimigo — fizeram as pessoas correrem farmácias não só para estocar produtos básicos, como também para tentar encontrar as pílulas de iodeto de potássio.Também chamado KI, o iodeto de potássio é útil apenas na prevenção dos efeitos nocivos da radiação no que se refere à tireoide. As pílulas bloqueiam a absorção de radioiodeto se tomadas imediatamente antes ou após a exposição.A glândula da tireoide precisa de uma dose adequada do iodeto de potássio, em média 130 miligramas para um adulto, para absorver o suficiente do iodeto não radioativo e não consiga absorver nada do radioiodeto radioativo. Ou seja, com a tireoide absorvendo tudo o que precisa da pílula, o iodo radioativo não será absorvido pelo corpo, mas excretado principalmente pela urina, reduzindo os ricos de câncer de tireoide.<h2>Uma questão controversa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30134312171308.jpg" alt="(Fonte: Universo Racionalista/Reprodução)">(Fonte: Universo Racionalista/Reprodução)Foi no acidente de nuclear da usina de Three Mile Island, na Pensilvânia, em 28 de março de 1979, que as pílulas de iodeto de potássio foram usadas como proteção da tireoide contra a radiação, quando um dos reatores sofreu um colapso parcial e pequenas quantidades de radiação foram liberadas no ar.Conforme a Comissão Reguladora Nuclear dos Estados Unidos, não houve efeitos detectáveis na saúde dos trabalhadores da fábrica ou dos moradores próximos. O caso serviu para alertar as autoridades sobre o quão necessárias as pílulas poderiam ser em caso de incidentes ou desastres futuros envolvendo radiação, porém a quantidade de iodeto de potássio disponível no mercado não era meramente suficiente para abarcar a população.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/31/31084946952051.jpg" alt="(Fonte: WHYY/Reprodução)">(Fonte: WHYY/Reprodução)A Food and Drug Administration (FDA) supervisionou a fabricação e armazenamento de iodeto de potássio suficiente para proteger até 1 milhão de pessoas no caso de um incidente nuclear em larga escala, porém isso é ínfimo perto de ameaças maiores, como um ataque balístico nuclear.Alguns especialistas criticam que, mesmo em face a esse tipo de cenário perigoso, nunca houve um plano de mobilização por parte das agências de saúde para ao menos instruir a população acerca dos benefícios das pílulas de iodeto de potássio, tampouco uma produção em escala um pouco maior para ser estocada.</body>

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Pílulas de iodeto de potássio ajudariam em caso de ataque nuclear

Imagem de Uma guerra espacial pode estar próxima, mas como ela seria? no megacurioso

Segundo Michael Schmitt, especialista da Universidade de Exeter, é absolutamente inevitável que uma guerra espacial aconteça

<head></head><body>De acordo com Michael Schmitt, professor de Direito Internacional Público e especialista em guerra espacial — isso mesmo! — da Universidade de Exeter, no Reino Unido, é absolutamente inevitável que aconteça uma guerra espacial.Desde 1999 as pessoas lotam salas de cinema para assistir ao conflito intergaláctico retratado na saga Star Wars enquanto há séculos a humanidade testemunha guerras terrenas. Mas já existe a ideia de que tudo o que foi retratado nas telas de Hollywood, nas páginas de livros ou HQs há muito deixou de ser apenas fruto da adorada ficção científica deve se tornar uma realidade iminente — ainda que futura.Na década de 1960, o homem travou uma batalha intensa pelo poderio do espaço durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119953-como-foi-decidido-o-fim-da-corrida-espacial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Corrida Espacial</a>, depois disso os Estados Unidos exploraram meios de destruição usando o espaço, como por meio de suas "Varas de Deus". Quando outras potências começaram a fazer o mesmo, o Tratado do Espaço Sideral surgiu como uma maneira de atenuar a proporção do sentimento bélico crescente entre os governos. Portanto, uma guerra fora da Terra é só uma questão de tempo.<h2>A guerra digital</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30220308104617.jpg" alt="(Fonte: Space News/Reprodução)">(Fonte: Space News/Reprodução)Na matéria da BBC, o analista militar Peter Singer, da New America Foundation, disse que se acontecer uma guerra espacial, provavelmente será focada em coisas que importam muito para a vida na Terra e para os governos, como os satélites.Isso porque, atualmente, um soldado de guerra espacial da linha de frente não seria algum tipo de astronauta fuzileiro, mas sim um hacker administrado pelo Estado tentando desligar, confundir ou invadir os satélites de um governo inimigo.Então, provavelmente, esqueça as naves espaciais atacando umas às outras. O conflito aconteceria por trás de um terminal de computador em uma sala muito bem protegida de algum órgão de inteligência.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30220422542618.jpg" alt="(Fonte: Crediful/Reprodução)">(Fonte: Crediful/Reprodução)Os satélites são componentes cada vez mais cruciais na maneira como o ser humano leva a sua vida, visto que ajudam a ver as horas, sacar dinheiro, usar o celular ou fazer qualquer tipo de operação governamental e militar, como o posicionamento estratégico de armas. Além disso, as forças armadas modernas usam satélites para tudo, desde expiação até enviar um soldado para o topo de uma montanha usando navegação remota.Tendo isso em vista, fica claro que em qualquer guerra um lado tentará privar o outro de sua capacidade de funcionar. Atualmente, isso significa atacar os satélites. Um blecaute neles poderia transformar em realidade todo o caos imaginado durante um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120704-evento-carrington-a-tempestade-solar-que-hoje-pode-nos-destruir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Evento Carrington</a> em questão de minutos. Esses corpos artificiais formam o "sistema nervoso" militar nos EUA, usado em 80% das comunicações.<h2>O perigo iminente</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30220714432619.jpg" alt="(Fonte: Geospatial World/Reprodução)">(Fonte: Geospatial World/Reprodução)A leve tensão de uma guerra espacial surgiu ainda em 1983, quando o então presidente dos EUA, Ronald Reagan, lançou sua Iniciativa de Defesa Estratégica, conhecida como "Guerra nas Estrelas", com intuito de desenvolver armas baseadas no espaço para se defender contra mísseis soviéticos.Em seguida, a União Soviética começou a pensar em maneiras de atacar os satélites americanos em caso de guerra, com intuito de deixá-los no escuro em um piscar de olhos.O mesmo medo que assomou Reagan ressurgiu, recentemente, em 2015, quando o general John Hyten, do Comando Espacial dos EUA, expressou seu alarme com os testes realizados pelos chineses. Em 2007, eles destruíram um de seus próprios satélites meteorológicos, o FY-1C, que estava a uma altitude de 865 km, usando um míssil lançado da Terra que viajou a 8 km/s.&nbsp;Em 2013, a China voltou a lançar um míssil que chegou a cerca de 36 mil km acima da Terra, próximo da órbita geoestacionária, onde ficam os satélites projetados para proteger as comunicações, inclusive detectar qualquer ameaça de ataque nuclear.“Temos que descobrir como defender esses satélites. E vamos fazer isso, rápido”, disse Hyten à CBS News,&nbsp;até então&nbsp;no que foi considerado a maior declaração de medo sobre a possibilidade de uma guerra espacial.</body>

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Uma guerra espacial pode estar próxima, mas como ela seria?

Imagem de Trinity: o teste da bomba atômica que matou dezenas nos EUA no megacurioso

Antes de fazer os famosos ataques em Hiroshima e Nagasaki, os americanos lançaram bombas atômicas em seu próprio território

Essa história você provavelmente já conhece: em agosto de 1945, o exército dos EUA lançaram duas bombas atômicas sobre as cidades de <a href="http://Fotos%20mostram%20Hiroshima%20antes%20e%20depois%20da%20explos%C3%A3o%20da" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hiroshima e Nagasaki</a>, deixando um rastro enorme de destruição, matando milhares de pessoas e colocando um ponto final à Segunda Guerra Mundial.&nbsp;O que muitos não sabem é que, antes disso, os norte-americanos também soltaram as temidas bombas em seu próprio território. O objetivo não era atingir alvos, destruir coisas, muito menos matar pessoas inocentes, mas, sim, fazer um teste. Mesmo assim, essas coisas horríveis acabaram acontecendo nos vilarejos próximos ao local do teste "Trinity".<h2>O caos na manhã de 16 de julho</h2>Os militares envolvidos no "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119975-projeto-manhattan-cientistas-injetaram-plutonio-em-pacientes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">projeto Manhattan</a>", que criou a bomba atômica, precisavam de um local para fazer uma detonação de teste — e observar a real dimensão da arma que criaram. O local precisava ser no próprio território dos EUA, mas distante de tudo, para não gerar nenhuma destruição, nem "estragar o segredo".Entre opções na Califórnia, Texas e Novo México, eles acabaram se decidindo por este último estado, marcando o teste para julho de 1945, em meio ao deserto de "Jornada del Muerto". Ali não havia nenhuma cidade... Porém, a alguns quilômetros, existiam alguns vilarejos rurais, com famílias que viviam das próprias plantações e animais.&nbsp;Essas poucas famílias foram pegas completamente de surpresa por um estouro ensurdecedor, um clarão mais forte que o sol e muita fumaça nos céus. Era o começo da manhã de 16 de julho de 1945. Nos dias seguintes, uma substância branca começou a cair — teve quem achasse que era neve, mesmo o local sendo muito quente. Mas era cinza <a href="https://www.megacurioso.com.br/radiacao/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">radioativa</a>.<h2>Sem qualquer aviso ou evacuação</h2>Ao contrário das pessoas em Hiroshima e Nagasaki, que foram dizimadas instantaneamente pelo impacto colossal da bomba atômica, os atingidos pelo teste Trinity levaram décadas para saber o que estava matando suas famílias.&nbsp;Isso porque eles nunca foram evacuados nem ao menos comunicados sobre o que tinha ocorrido na região. Havia preocupação de que o projeto da bomba atômica acabasse "vazando" para os adversários dos Estados Unidos — e este era o maior trunfo do país, na guerra. Então, a história oficial era de que um depósito de munições havia explodido.Porém, a enorme bomba era a responsável por chamas 10 mil vezes mais quentes que o sol, uma nuvem de fumaça com 20 km de altura e uma onda de choque que quebrou janelas até 150 km do local da explosão. Os relatórios do teste Trinity afirmam que apenas 1,2 dos 6 kg de plutônio na bomba sofreu fissão — o restante se dispersou em cinzas pelo ambiente.Mesmo com o perigo de contaminação, os moradores da região do teste Trinity continuaram vivendo normalmente: consumiram a mesma água das cisternas, mataram os mesmos animais e colheram das mesmas plantações cobertas de partículas radioativas. &nbsp;<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/fJRP4TCA4Q8" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe><h2>A morte lenta de famílias inteiras</h2>Apesar da negligência do governo em não avisar sobre o teste e inventar histórias, a verdade é que mesmo a ciência não tinha noção dos efeitos em longo prazo da radiação no organismo. Por isso, também não houve tanto acompanhamento para os atingidos pelo teste.Contudo, nos anos e décadas seguintes, as consequências foram muito claras. A incidência de câncer nos moradores da região é extremamente maior, com famílias inteiras dizimadas por ele desde então. Genoveva Purcella contou à rede britânica BBC que seu pai e sua mãe morreram de câncer cerca de dez anos depois do teste Trinity, assim como oito de seus nove irmãos, nas décadas seguintes. Ela própria teve um câncer de mama, mas conseguiu se tratar.Outra mulher entrevistada pela reportagem conta que sobreviveu a um tumor na tireoide, mas viu seu pai, sua mãe, uma irmã, duas tias e um primo enfrentarem algum tipo de câncer.&nbsp;Foi só nos anos 2000 é que as extensões do dano causado pelo teste Trinity começaram ser notadas pela mídia e pelas autoridades. Até hoje, as famílias dessa região não foram incluídas no programa de compensação, que indenizou mais de 45 mil pessoas envolvidas em testes e fabricação de bombas nucleares. São as vítimas mais desconhecidas dessa arma.

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Trinity: o teste da bomba atômica que matou dezenas nos EUA

Imagem de 6 armas que parecem criadas pela ficção científica no megacurioso

Não tem sabre de luz, mas garantimos a vocês que todas as armas daqui são surpreendentes e existem no mundo real

O cinema, em especial o do g&ecirc;nero fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica, j&aacute; apresentou muitas armas &agrave; humanidade, dos mais variados tipos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112879-da-ficcao-para-as-ruas-manifestantes-usam-armas-laser-contra-policia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">com raios laser</a>, sabres de luz, capaz de invisibilidade... Todo mundo tem em mente algum dispositivo que tenha chamado sua aten&ccedil;&atilde;o.
E muitos deles, aparentemente, sa&iacute;ram do reino da imagina&ccedil;&atilde;o para se tornarem reais. Calma, n&atilde;o tem nenhum sabre de luz de Star Wars &agrave; venda por a&iacute;. Entretanto, outras armas est&atilde;o em uso e foram, ao que tudo indica, inspiradas pela s&eacute;tima arte. Duvida? Ent&atilde;o confira essas seis armas que parecem fruto da fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120224-como-armas-cenograficas-podem-dar-tiros-letais.htm" target="_blank">Como armas cenogr&aacute;ficas podem dar tiros letais?</a>
<h2>1. Corner Shot</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/15/15100954420109.jpg" alt="(Fonte: CornerShot)" />(Fonte: CornerShot)
Inventado pelo tenente-coronel do ex&eacute;rcito israelense, Amos Golan, a CornerShot &eacute; uma arma projetada para uso em situa&ccedil;&otilde;es hostis, especialmente as que envolvem terroristas e ref&eacute;ns.
Foi desenvolvida para atingir at&eacute; 100 metros, como uma pistola .40, e 200 metros com efic&aacute;cia de um rifle .22. Seu perfil futurista chama bastante a aten&ccedil;&atilde;o, em especial por vir com um monitor LCD, lanterna e c&acirc;mera, que permitem operar dia e noite, sem o risco de exposi&ccedil;&atilde;o.
<h2>2. Quantum Stealth</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/15/15101130123112.jpg" alt="(Fonte: Quantum Stealth)" />(Fonte: Quantum Stealth)
N&atilde;o &eacute; a capa do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120537-como-harry-potter-mudou-o-mundo-do-cinema-e-da-literatura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Harry Potter</a>, mas at&eacute; que poderia ser. Uma empresa canadense conseguiu desenvolver um escudo de invisibilidade. Na realidade, o que o produto da Hyperstealth faz &eacute; criar um painel de camuflagem, que esconde tudo que est&aacute; atr&aacute;s dele.
&Eacute; feito de um material fino como papel, barato e n&atilde;o requer nenhuma fonte de energia. Assim que um objeto ou pessoa se posiciona atr&aacute;s do Quantum Stealth, ele permanecer&aacute; invis&iacute;vel a uma certa dist&acirc;ncia.
<h2>3. Sistema de Nega&ccedil;&atilde;o Ativo (ADS)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/15/15101423686114.jpg" alt="(Fonte: Unlisted USAF personnel)" />(Fonte: Unlisted USAF personnel)
O Sistema de Nega&ccedil;&atilde;o Ativa &eacute; uma arma de energia n&atilde;o-letal criada por militares dos Estados Unidos. Tamb&eacute;m conhecido como "raio de calor" ou "raio de dor", o ADS &eacute; projetado para uso em seguran&ccedil;a de per&iacute;metros e controle de multid&otilde;es.
Ele &eacute; acoplado a um ve&iacute;culo, emitindo um feixe de ondas do tipo radia&ccedil;&atilde;o eletromagn&eacute;tica, que produz uma sensa&ccedil;&atilde;o de queima&ccedil;&atilde;o na pele quando atinge um alvo humano. Para voc&ecirc; entender melhor, imagine que o ADS funciona com um sistema semelhante ao de um forno de micro-ondas.
<h2>4. The Mosquito</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/15/15101605061115.jpg" alt="(Fonte: Sunmist/Wikimedia Commons)" />(Fonte: Sunmist/Wikimedia Commons)
Conhecido como The Mosquito ou Mosquito, esse dispositivo &eacute; um alarme utilizado para reduzir comportamentos considerados anti-sociais, como vandalismo, uso e distribui&ccedil;&atilde;o de drogas.
O que ele faz &eacute; emitir um som em alta frequ&ecirc;ncia, projetado de maneira que seja ouvido, principalmente, por pessoas mais jovens. O nome &eacute; refer&ecirc;ncia ao zumbido que o dispositivo emite.
<h2>5. Proj&eacute;til de Energia Pulsada (PEP)</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;US Army/Popular Mechanics&nbsp;" data-fonte-url="https://hips.hearstapps.com/hmg-prod.s3.amazonaws.com/images/screen-shot-2018-11-14-at-11-16-10-am-1542212190.png?resize=980:*"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/15/15101856279116.jpg" alt="(Fonte: US Army)" />(Fonte: US Army)
Criado no in&iacute;cio da d&eacute;cada de 1990 por meio de um projeto liderado por pesquisadores atrelados ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120583-pentagono-liberou-relatorio-ultrassecreto-de-17-anos-sobre-ovnis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pent&aacute;gono</a>, o Proj&eacute;til de Energia Pulsada (PEP) &eacute; um laser infravermelho capaz de interceptar um alvo ao induzir uma dor excruciante, t&atilde;o grande que &eacute; capaz de causar uma paralisia.
A ideia inicial era desenvolver uma arma n&atilde;o-letal mais eficaz para atingir um alvo. Em virtude de seu tamanho, necessitava ser acoplada a um ve&iacute;culo. Apesar de seu car&aacute;ter inicial ser n&atilde;o-letal, verificou-se que ela poderia matar, ou at&eacute; mesmo ser utilizada como m&eacute;todo de tortura, raz&otilde;es pelas quais deixou de ser utilizada no final da primeira d&eacute;cada dos anos 2000.
<h2>6. Boeing Laser Avenger</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/15/15101943545117.jpg" alt="(Fonte: Boieng)" />(Fonte: Boieng)
Desenvolvido pela Boeing, gigante da avia&ccedil;&atilde;o, o Boeing Laser Avenger &eacute; um sistema de laser infravermelho, com pot&ecirc;ncia de at&eacute; 10 kW, capaz de destruir aeronaves sem expor sua localiza&ccedil;&atilde;o aos inimigos.
Sua tecnologia de rastreamento &eacute; repleta de camadas, permitindo a detec&ccedil;&atilde;o de drones que viajam em baixas e m&eacute;dias altitudes, bem como UAVs, avi&otilde;es pilotados por controle remoto. Uma de suas vantagens &eacute; atingir alvos sem disparar um &uacute;nico tiro, isto &eacute;, um eventual erro de mira n&atilde;o causaria danos a outras superf&iacute;cies.

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6 armas que parecem criadas pela ficção científica

Imagem de Se a Rússia iniciar uma guerra nuclear, qual arma ela pode usar? no megacurioso

Terrivelmente, o país possui as 'melhores' opções

<head></head><body>Em 27 de outubro de 1962, o vice-comandante<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/116183-vasili-arkhipov-o-homem-que-salvou-o-mundo-de-uma-guerra-nuclear.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;Vasili Arkhipov</a> estava no mar do Caribe a bordo do B-59, um submarino soviético equipado com um torpedo nuclear da mesma potência da bomba <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115482-bomba-de-hiroshima-completa-75-anos-e-ameaca-nuclear-ainda-assombra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Little Boy lançada em Hiroshima em 1945</a>, quando impediu que acontecesse uma guerra nuclear entre os Estados Unidos e a então União Soviética apenas por não ceder à pressão do capitão Vitali Savitsky.Em 1983, outra guerra nuclear quase aconteceu durante a realização do exercício de Able Archer, feito pelas forças militares da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que visava simular um ataque comunista na Europa Ocidental, ao qual a OTAN responderia com um ataque nuclear sobre a União Soviética e os países do Pacto de Varsóvia.Mas naquele ano, os soviéticos se armaram fortemente porque imaginavam que não seria apenas um exercício, como acontecia anualmente, mas sim um ataque surpresa. Eles entraram em alerta geral, reforçando postos de comando em todo o bloco, suspendendo voos de rotina e até colocando uma bomba nuclear em cada esquadrão de caça-bombardeiros, que deveriam atacar em 30 minutos assim que recebessem o sinal, em caso de traição da OTAN.Em 24 de fevereiro desse ano, com a invasão da Rússia na Ucrânia, após as declarações do presidente russo Vladimir Putin de que "reagiria a qualquer ajuda militar de qualquer país" e o alinhamento perigoso da China com ele — é inevitável passar pela cabeça a possibilidade de uma Terceira Guerra Mundial, assim como um conflito nuclear, por se tratar das três potências com maior reserva de dispositivos nucleares do mundo.Mas em quais circunstâncias essas armas de destruição em massa podem ser usadas e quais são as chances?<h2>A mais provável</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/17/17224044854434.jpg" alt="(Fonte: DW/Reprodução)">(Fonte: DW/Reprodução)De acordo com Alexandra Bell, especialista nuclear do Centro de Controle de Armas e Não-Proliferação em entrevista à Vox, as chances de as armas de destruição em massa serem usadas não são zero porque elas existem. “O dano seria incalculável. Basta apenas um ataque para matar centenas de milhares de pessoas em minutos e talvez milhões nos próximos dias, semanas e anos”, ressaltou Bell.Um ataque nuclear causa um efeito dominó na natureza, destruindo ecossistemas, plantações, podendo levar à fome generalizada; alteração de vários aspectos do clima, como causar um resfriamento rápido em todo o globo devido aos detritos acumulados na atmosfera da Terra, longe do alcance das chuvas, bloqueando o Sol e causando uma noite de 24 horas. As consequências podem ser ainda piores porque outros países, como a China e Coreia do Norte, poderiam entrar no conflito com suas armas.Acredita-se que se a Rússia for usar algum tipo de arma de destruição em massa será uma arma química, visto que possui o maior estoque dela do mundo, contando com dispositivos com cápsulas de agentes nervosos como Sarin, VX e o gás tóxico fosgênio.<h2>Destruição sem precedentes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/17/17230342831000.jpg" alt="(Fonte: NPR/Reprodução)">(Fonte: NPR/Reprodução)As autoridades de inteligência e proteção americanas e aliadas suspeitam que Putin possa estar planejando ou considerando valer mão de uma "operação de bandeira falsa", como <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118008-unity-mitford-a-britanica-obcecada-por-adolf-hitler.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Adolf Hitler</a> fez em 1 de setembro de 1939 durante a invasão à Polônia, após o <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/115756-o-homem-que-comecou-a-guerra-o-incidente-de-gleiwitz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Incidente de Gleiwitz</a>.Isso seria o suficiente para Putin alegar que os ucranianos os atacaram primeiro para poder usar, possivelmente, uma pequena parte de suas forças de armas químicas para "justificar" uma resposta ou coibir a ação inimiga.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/17/17230502846003.jpg" alt="(Fonte: History/Reprodução)">(Fonte: History/Reprodução)Ou ainda, ele pode forjar um estoque de armas químicas ucranianas e usar uma justificativa de invasão post-hoc (causa e efeito: se um evento aconteceu após o outro, acredita-se que um é a causa do outro), como os EUA fizeram para endossar a invasão do Iraque na Segunda Guerra do Golfo, em 2003.Ainda que seja especulação, o risco é grande, principalmente pela possibilidade de utilização de armas nucleares táticas ou estratégicas. A Rússia detém o maior arsenal desse tipo de dispositivo do mundo, com um total de 4.447 armas nucleares, das quais 1.912 são consideradas táticas.As armas táticas são usadas apenas no campo de batalha, implantadas usando sistemas de curto alcance, como artilharia, mísseis balísticos de curto alcance, aeronaves ou mísseis de cruzeiro. Por outro lado, as armas estratégias são programadas para destruir alvos específicos, como cidades.A única diferença entre elas é o impacto e nível de destruição.</body>

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Se a Rússia iniciar uma guerra nuclear, qual arma ela pode usar?

Imagem de 'Wunderwaffe': as armas gigantes — e impossíveis — dos nazistas no megacurioso

Elas eram tão bizarramente imensas que serviram apenas para intimidar o inimigo

<head></head><body>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117281-germania-o-plano-de-hitler-de-destruir-a-arquitetura-de-berlim.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a> ficou marcada como o período mais bélico da História, principalmente devido à evolução tecnológica dos conflitos armados, em contraste com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119905-como-teria-sido-o-mundo-sem-a-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial,</a> em que o mundo assistiu explosões de minas, tanques de guerra, gases venenosos e lança-chamas sendo usados ostensivamente nos campos de batalhas — uma característica ainda muito marcante dos conflitos pré-industriais.Em 1940, ficou claro para os países que integravam as alianças Eixo e Aliados que um deles só sairiam vencedores se apostassem alto na produção de armamento cada vez mais avançado. Foi assim que os Estados Unidos, por exemplo, chegaram na confecção de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121185-as-perturbadoras-sombras-criadas-pela-bomba-atomica-de-hiroshima.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bomba nuclear</a> que selou a guerra com destruição e milhares de mortos em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119302-taramae-e-matsuo-duas-sobreviventes-de-hiroshima-e-nagasaki.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hiroshima e Nagasaki</a>.Ainda que a Alemanha nazista de Adolf Hitler tenha tido seus planos de construir uma bomba frustrados pelos americanos durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119410-operacao-gunnerside-destruiu-os-planos-nucleares-dos-nazistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Operação Gunnerside</a>, o Reich tentou construir as intituladas Wunderwaffe, ou “Armas Maravilhosas”, com o intuito de fazê-los ganhar a guerra. E apesar do plano ambicioso, como todos os aspectos do governo nazista, não foi bem assim que aconteceu.<h2>Pensando grande</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;History Totally Naked&nbsp;" data-fonte-url="https://historytotallynaked.files.wordpress.com/2020/12/fdaa6-bundesarchiv_bild_146-1975-117-26_marschflugkorper_v1_vor_start.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/14/14161426541155.jpg" alt="(Fonte: History Totally Naked/Reprodução)">(Fonte: History Totally Naked/Reprodução)A princípio, como traço do governo nazista, a arma deveria causar um choque e admiração no inimigo, que contemplaria o apogeu tecnológico dos alemães. E foi provavelmente todo esse sorteio e ambição para escolher a melhor arma que pode ter contribuído em alguns aspectos para que a Alemanha perdesse a guerra.Mas também é importante notar que havia um descompasso entre esses novos projetos e outras tecnologias necessárias para que eles efetivamente acontecessem. Um exemplo disso foram os mísseis V-2 (Vengeance Weapon Two), que não podiam ser derrubados e criavam crateras imensas no alvo, porém eram imprecisos devido aos sistemas de orientação serem muito ruins.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/14/14163425323188.jpg" alt="(Fonte: All That's Interesting/Reprodução)">(Fonte: All That's Interesting/Reprodução)Nessa longa lista de dispositivos muito ambiciosos para serem úteis, havia tanques, aviões, bombas, mísseis, munições, tipos de combustíveis, instalações e armas. Mas era necessário os meios tanto em logística, como em mão de obra, além dos equipamentos e muito dinheiro para financiar esses empreendimentos.Mas a Alemanha nunca foi um país rico em recursos, não importasse o quanto o Terceiro Reich maquiasse os dados, e ela lutou para manter sua produção durante a Segunda Guerra Mundial, por isso que existem histórias como a do<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121091-lago-toplitz-pode-guardar-toneladas-de-ouro-roubado-pelos-nazistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;Lago Toplitz</a>, em que os nazistas roubaram toneladas de ouro.&nbsp;Quanto mais o Reich se expandia, mais seco o país ficava. Segundo o&nbsp;We Are the Mighty, só em 1938, a Alemanha consumiu 44 milhões de baris de petróleo, mas produziu apenas 3,4 milhões deles.<h2>Indo longe</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Historica Collectibles&nbsp;" data-fonte-url="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSM5U8h8mu8i9eNna11FPrPGGyhiJ-JunQh5mVN56PqXtk2PdmFdH_9wNaljp0XW09Yu5s&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/14/14163810557199.jpg" alt="(Fonte: Historica Collectibles/Reprodução)">(Fonte: Historica Collectibles/Reprodução)Contudo, isso não impediu que os nazistas fossem adiante e confeccionassem suas "Armas Maravilhosas". Afinal, ainda que elas fossem impraticáveis em guerra, serviram como uma ótima ferramenta de propaganda, destinadas a inspirarem confiança em seus aliados e despertar o medo entre os inimigos.&nbsp;Josef Goebbels, o ministro da propaganda do Terceiro Reich, se incumbiu de fazer o trabalho certinho para que as armas superdimensionadas e monstruosas fossem colocadas de modo como se os nazistas tivessem superado qualquer tipo de problema técnico.Eles fizeram isso com a Karl-Gerät, um morteiro apelidado de "Thor", que era "do tamanho de uma baleia-azul", cerca de 30 metros de comprimento, e tão desajeitado e lento quanto uma para transportar. A máquina foi usada apenas em algumas batalhas, como a Batalha das Ardenas, em 1944.Outro exemplo da ambição dos nazistas foi o "Grande Gustav", o maior canhão ferroviário já criado na História. Desenvolvido no final da década de 1930 pela Krupp, a arma possuía 47 metros de comprimento, pesava cerca de 1.344 toneladas e podia disparar projéteis de até 7 toneladas a uma distância superior a 37 km. Mas apesar de toda essa força, o canhão teve pouca efetividade em guerra e acabou descartado.</body>

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'Wunderwaffe': as armas gigantes — e impossíveis — dos nazistas

Imagem de Gruinard: a ilha britânica da morte da 2ª Guerra Mundial no megacurioso

Até hoje, ninguém acredita que o local seja totalmente seguro

<head></head><body>Localizada entre Gairloch e Ullapool, na Escócia, a Ilha Gruinard foi mencionada pela primeira vez pelo clérigo Dean Munro, que viajou para a área em meados do século XVI, e a denominou como "um território cheio de florestas, um ótimo refúgio para prender rebeldes e ladrões". No entanto, desde 1945, nada mais vive no local, inclusive as plantas, em seus 2 quilômetros de comprimento.Ainda hoje, é difícil Gruinard receber visitantes, isso porque têm sido uma zona proibida por quase 80 anos após ter se tornado um centro secreto do Reino Unido durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112268-entenda-como-comecou-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a> para testar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119826-bioterrorismo-qual-a-sua-origem.htm#:~:text=As%20armas%20biol%C3%B3gicas%20s%C3%A3o%20compostas,matar%20ou%20ferir%20as%20pessoas." rel="noopener noreferrer" target="_blank">armas biológicas</a>.<h2>Uma ameaça</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/14/14222537792003.jpg" alt="(Fonte: Press and Journal/Reprodução)">(Fonte: Press and Journal/Reprodução)Quando os russos sitiaram a Ilha Vozrozhdeniya, atualmente dividida entre o território do Cazaquistão e Uzbequistão, para darem início a experimentos com bombas de patógenos que causam a doença antraz, os britânicos já estavam ocupados fazendo testes em Gruinard.Tudo começou em 1942, quando a cepa virulenta do antraz, a Vollum 14578, foi usada para encher bombas. Os cientistas do Exército sabiam que a mesma nuvem de poeira marrom mortal que fizeram chover sobre um rebanho de ovelhas poderia facilmente contaminar as cidades alemãs a ponto de torná-las inabitáveis por décadas.Em seu livro&nbsp;Biological Weapons, o autor Sharad S. Chauhan ressalta como o poder do antraz fez crescer os olhos dos cientistas quando as ovelhas do primeiro teste em Gruinard começaram a morrer 3 dias após a exposição, deixando claro o nível de destruição daquele tipo de dispositivo.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Scotsman&nbsp;" data-fonte-url="https://www.scotsman.com/images-e.jpimedia.uk/imagefetch/http://www.scotsman.com/webimage/Prestige.Item.1.75022100!image/image.jpg?width=640"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/14/14222640432005.jpg" alt="(Fonte: Scotsman/Reprodução)">(Fonte: Scotsman/Reprodução)O relatório enviado para o governo também demonstrava certa preocupação com o bem-estar dos envolvidos, visto que os arranjos para biossegurança eram mínimos, surpreendendo até mesmo em como houve poucas ou nenhuma baixas humanas que conduziam o experimento.Os testes na ilha foram abandonados pelo time de 50 cientistas do Exército britânico nos momentos finais da guerra, e foi então que o problema começou.<h2>Infestação</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Discover Magazine&nbsp;" data-fonte-url="https://images.ctfassets.net/cnu0m8re1exe/4dSkTddoSkFqDMkFQb2pZ8/076311340929afb4fe274ce2f5ebfec3/gruinard_anthrax_sheep1-copy.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/14/14222930948007.jpg" alt="(Fonte: Discover Magazine/Reprodução)">(Fonte: Discover Magazine/Reprodução)No mesmo ano em que os testes foram encerrados, o Ministério do Abastecimento reconheceu que a ilha Gruinard estava totalmente contaminada, portanto, não poderia ser desapropriada até que fosse considerada segura.Em 1946, o governo britânico concordou em adquirir a ilha e assumir responsabilidade por ela, com os herdeiros e o proprietário podendo recomprá-la por 500 euros quando fosse declarada adequada para habitação de homens e animais. No entanto, apenas marcadores foram colocados ao redor da costa alertando que o local era uma zona proibida, mas nenhum trabalho de limpeza foi feito.Quando uma ovelha infectada com antraz apareceu no continente, em 1979, um grupo de protestantes autodenominado "Operação Colheita Negra" começou a enviar porções de solo da ilha para instalações governamentais em todo o Reino Unido, exigindo que ela fosse limpa.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Scotsman&nbsp;" data-fonte-url="https://www.scotsman.com/images-e.jpimedia.uk/imagefetch/http://www.scotsman.com/webimage/Prestige.Item.1.75022131!image/image.jpg?width=640"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/14/14223020776009.jpg" alt="(Fonte: The Scotsman/Reprodução)">(Fonte: The Scotsman/Reprodução)Mais tarde foi descoberto que as amostras de terra não continham antraz, porém o terror psicológico teve efeito. Em 1986, o governo começou a limpar Gruinard, pulverizando todo o local com uma solução de formaldeído e água do mar. Então foram transportadas ovelhas diariamente do continente para pastar na ilha por um ano e garantir que estivesse segura.Em 1997, a história do projeto foi desclassificada pela primeira vez para o público, e o governo enviou o Ministro da Defesa Michael Neubert para posar para câmeras removendo os pinos de alerta da costa. Logo depois, a ilha foi recomprada pelo herdeiro do proprietário original pelo preço inicial de venda de 500 euros.Até hoje, ninguém acredita que a ilha seja realmente segura, portanto, nada se aproxima dela.</body>

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Gruinard: a ilha britânica da morte da 2ª Guerra Mundial

Imagem de 2 ideias absurdas que governos tiveram para usar bombas atômicas no megacurioso

Em 16 de julho de 1945, aconteceu a Experi&ecirc;ncia Trinity, o primeiro teste de arma nuclear da hist&oacute;ria, realizado pelos Estados Unidos perto de Alamogordo, Novo M&eacute;xico. Quando o dispositivo de plut&ocirc;nio, cuja explos&atilde;o era equivalente a cerca de 20 quilotons de trinitrotolueno (TNT), arrebentou, dando in&iacute;cio &agrave; <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114962-turismo-atomico-testes-nucleares-na-las-vegas-de-1950.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">era at&ocirc;mica</a>, a menos de 1 m&ecirc;s dos horrores de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119302-taramae-e-matsuo-duas-sobreviventes-de-hiroshima-e-nagasaki.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hiroshima e Nagasaki</a>, Robert Oppenheimer, f&iacute;sico dirigente do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119975-projeto-manhattan-cientistas-injetaram-plutonio-em-pacientes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Projeto Manhattan</a>, soube que o mundo nunca mais seria o mesmo &mdash; e ele tinha raz&atilde;o.
Apesar de a popula&ccedil;&atilde;o mundial passar quase 1 d&eacute;cada encolhida de medo da possibilidade de uma guerra nuclear que destruiria de vez a civiliza&ccedil;&atilde;o humana, com o pr&oacute;prio governo dos EUA pedindo paz e tentando ressignificar o uso da energia nuclear, isso n&atilde;o impediu que cientistas continuassem apresentando ideias absurdas para poder usar uma bomba at&ocirc;mica.
<h2>Bombas e galinhas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/20/20033128243014.jpg" alt="(Fonte: History Army/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: History Army/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Temendo a amea&ccedil;a dos EUA e que os sovi&eacute;ticos invadissem a Europa Oriental, os brit&acirc;nicos projetaram bombas nucleares para enterrar na Alemanha Oriental. Com a Guerra Fria, as tens&otilde;es com os alem&atilde;es estavam muito altas, tendo em vista a economia ocidental em guerra contra o comunismo sovi&eacute;tico, e o pa&iacute;s acabou dividido ao meio: os aliados capitalistas apoiaram o ocidente, enquanto os orientais eram controlados pelos sovi&eacute;ticos.
As bombas foram chamadas de Pav&otilde;es Azuis e pesavam cerca de 7 toneladas de puro plut&ocirc;nio, podendo produzir explos&otilde;es equivalentes a 10 mil toneladas de TNT que tornariam a Alemanha Oriental inabit&aacute;vel para as for&ccedil;as sovi&eacute;ticas &mdash; e para qualquer tipo de vida.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/20/20033228681015.jpg" alt="(Fonte: Britannica/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Britannica/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Para impedir que as temperaturas do inverno interferissem na estabiliza&ccedil;&atilde;o das bombas, os cientistas as colocaram em ninhos de galinhas com sementes suficientes para 10 dias, mantendo-as aquecidas para a contagem regressiva de 8 dias, seguindo a l&oacute;gica de que um frango m&eacute;dio tem temperatura de 42 &shy;&deg;C, o equivalente a mil BTU por hora de calor.
Em 1958, o projeto foi abandonado pelo governo, que estava preocupado que as galinhas pudessem danificar acidentalmente as bombas e explodir metade da Alemanha em um momento inoportuno.
<h2>Programa Plowshare</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/20/20033352868017.jpg" alt="(Fonte: NewRezume/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: NewRezume/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Enquanto os cidad&atilde;os norte-americanos se acuavam, o governo trabalhava com empenho para poder usar o arsenal de tecnologia que poderia produzir com as f&oacute;rmulas de uma bomba at&ocirc;mica.
A Opera&ccedil;&atilde;o Plowshare nasceu em 1958, depois que o Egito nacionalizou o Canal de Suez, com os pol&iacute;ticos querendo saber se era vi&aacute;vel construir um segundo canal usando dispositivos nucleares. Os cientistas envolvidos queriam entender quais problemas poderiam resolver com uma explos&atilde;o nuclear, n&atilde;o qual era a melhor solu&ccedil;&atilde;o para um problema.
Visando usar as armas para fins pac&iacute;ficos de constru&ccedil;&atilde;o, 31 ogivas foram detonadas em 27 testes separados, come&ccedil;ando pelo primeiro experimento, apelidado de Sedan. Os cientistas criaram uma cratera no deserto de Nevada ao deslocar 12 milh&otilde;es de toneladas de terra, transformando o local em uma &aacute;rea altamente radioativa. Demorou 7 meses para que uma pessoa pudesse pisar na cratera sem prote&ccedil;&atilde;o.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/20/20033537352019.jpg" alt="(Fonte: Tumblr/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Tumblr/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Os cientistas n&atilde;o pensaram muito no &iacute;ndice de radia&ccedil;&atilde;o, apenas no sucesso do projeto, formulando todos os tipos de teste de engenharia civil para usar a nova p&aacute; at&ocirc;mica, que mudaria a linha de empreendimentos no pa&iacute;s. O governo queria criar um porto artificial no Alasca com uma explos&atilde;o de 2,4 megatons de armamento nuclear, formando um reservat&oacute;rio terrestre de profundidade suficiente para navios e uma conex&atilde;o a um canal para o mar. Chamado Projeto Chariot, ele esteve bem perto de ser executado, mas acabou cancelado em 1962 devido &agrave; oposi&ccedil;&atilde;o massiva e ao valor militar e econ&ocirc;mico.
Outras propostas surgiram, mas os impactos ambientais tornaram quase todos os projetos imposs&iacute;veis. Ainda assim, o Plowshare ajudou a criar uma ind&uacute;stria tur&iacute;stica em expans&atilde;o em Las Vegas, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114962-turismo-atomico-testes-nucleares-na-las-vegas-de-1950.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">turismo at&ocirc;mico</a>, com a quantidade de bombas que explodiram, apesar de nunca terem conseguido produzir resultados que tornassem mais pr&aacute;tico o desafio de aproveitar a fiss&atilde;o para escava&ccedil;&atilde;o direta.

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