'Wunderwaffe': as armas gigantes — e impossíveis — dos nazistas

28/03/2022 às 02:002 min de leitura

A Segunda Guerra Mundial ficou marcada como o período mais bélico da História, principalmente devido à evolução tecnológica dos conflitos armados, em contraste com a Primeira Guerra Mundial, em que o mundo assistiu explosões de minas, tanques de guerra, gases venenosos e lança-chamas sendo usados ostensivamente nos campos de batalhas — uma característica ainda muito marcante dos conflitos pré-industriais.

Em 1940, ficou claro para os países que integravam as alianças Eixo e Aliados que um deles só sairiam vencedores se apostassem alto na produção de armamento cada vez mais avançado. Foi assim que os Estados Unidos, por exemplo, chegaram na confecção de uma bomba nuclear que selou a guerra com destruição e milhares de mortos em Hiroshima e Nagasaki.

Ainda que a Alemanha nazista de Adolf Hitler tenha tido seus planos de construir uma bomba frustrados pelos americanos durante a Operação Gunnerside, o Reich tentou construir as intituladas Wunderwaffe, ou “Armas Maravilhosas”, com o intuito de fazê-los ganhar a guerra. E apesar do plano ambicioso, como todos os aspectos do governo nazista, não foi bem assim que aconteceu.

Pensando grande

(Fonte: History Totally Naked/Reprodução)(Fonte: History Totally Naked/Reprodução)

A princípio, como traço do governo nazista, a arma deveria causar um choque e admiração no inimigo, que contemplaria o apogeu tecnológico dos alemães. E foi provavelmente todo esse sorteio e ambição para escolher a melhor arma que pode ter contribuído em alguns aspectos para que a Alemanha perdesse a guerra.

Mas também é importante notar que havia um descompasso entre esses novos projetos e outras tecnologias necessárias para que eles efetivamente acontecessem. Um exemplo disso foram os mísseis V-2 (Vengeance Weapon Two), que não podiam ser derrubados e criavam crateras imensas no alvo, porém eram imprecisos devido aos sistemas de orientação serem muito ruins.

(Fonte: All That's Interesting/Reprodução)(Fonte: All That's Interesting/Reprodução)

Nessa longa lista de dispositivos muito ambiciosos para serem úteis, havia tanques, aviões, bombas, mísseis, munições, tipos de combustíveis, instalações e armas. Mas era necessário os meios tanto em logística, como em mão de obra, além dos equipamentos e muito dinheiro para financiar esses empreendimentos.

Mas a Alemanha nunca foi um país rico em recursos, não importasse o quanto o Terceiro Reich maquiasse os dados, e ela lutou para manter sua produção durante a Segunda Guerra Mundial, por isso que existem histórias como a do Lago Toplitz, em que os nazistas roubaram toneladas de ouro. 

Quanto mais o Reich se expandia, mais seco o país ficava. Segundo o We Are the Mighty, só em 1938, a Alemanha consumiu 44 milhões de baris de petróleo, mas produziu apenas 3,4 milhões deles.

Indo longe

(Fonte: Historica Collectibles/Reprodução)(Fonte: Historica Collectibles/Reprodução)

Contudo, isso não impediu que os nazistas fossem adiante e confeccionassem suas "Armas Maravilhosas". Afinal, ainda que elas fossem impraticáveis em guerra, serviram como uma ótima ferramenta de propaganda, destinadas a inspirarem confiança em seus aliados e despertar o medo entre os inimigos. 

Josef Goebbels, o ministro da propaganda do Terceiro Reich, se incumbiu de fazer o trabalho certinho para que as armas superdimensionadas e monstruosas fossem colocadas de modo como se os nazistas tivessem superado qualquer tipo de problema técnico.

Eles fizeram isso com a Karl-Gerät, um morteiro apelidado de "Thor", que era "do tamanho de uma baleia-azul", cerca de 30 metros de comprimento, e tão desajeitado e lento quanto uma para transportar. A máquina foi usada apenas em algumas batalhas, como a Batalha das Ardenas, em 1944.

Outro exemplo da ambição dos nazistas foi o "Grande Gustav", o maior canhão ferroviário já criado na História. Desenvolvido no final da década de 1930 pela Krupp, a arma possuía 47 metros de comprimento, pesava cerca de 1.344 toneladas e podia disparar projéteis de até 7 toneladas a uma distância superior a 37 km. Mas apesar de toda essa força, o canhão teve pouca efetividade em guerra e acabou descartado.

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