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A história da humanidade mostra como diferentes sociedades utilizaram armaduras como sistema de defesa corporal

<head></head><body>A gente se acostumou tanto a assistir aos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122095-como-o-super-homem-se-tornou-um-dos-super-herois-mais-populares.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">super-heróis</a> na TV e no cinema que pode até se esquecer que, em um longo período da humanidade, os guerreiros utilizavam armaduras reais. Tudo bem, elas não tinham os apetrechos da roupa do Homem de Ferro, nem eram resistentes como a do <a href="https://www.megacurioso.com.br/quadrinhos/34257-a-evolucao-do-simbolo-do-batman-em-30-designs.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Batman</a>, mas isso não diminui seu valor histórico.Ao longo da trajetória humana, várias sociedades utilizaram alguma espécie de armadura corporal, dos mais variados materiais. Tecido, couro e até madeira já serviram de instrumento de defesa, sempre mudando conforme as civilizações aprendiam a trabalhar com diferentes materiais, como os metais.Vamos mergulhar no passado e relembrar algumas dessas armaduras que marcaram a história. Confira.<h2>1. Armadura de Filipe II da Macedônia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/26/26222621940002.jpg" alt="(Fonte: All That's Interesting/Reprodução)">(Fonte: All That's Interesting/Reprodução)Filipe II foi responsável pelo início da conquista da Grécia pela Macedônia, transformando sua nação na maior potência da antiga Grécia. Pai de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/104773-confira-20-fatos-aleatorios-relacionados-com-alexandre-o-grande.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alexandre, o Grande</a>, foi ele quem criou as bases para a expansão Helênica. Sua armadura é símbolo desse poderio. Seu túmulo foi descoberto em 1977 pelo arqueólogo grego Manolis Andronikos.Entre os achados estava uma impressionante armadura, que de acordo com a forma corporal do rei descrita em textos antigos, provavelmente pertencia ao seu acervo pessoal. Atualmente, a armadura está em exibição no Museu Arqueológico de Aigai.Ela é feita de ferro e contem sete placas anatômicas conectadas por dobradiças longas. Na área frontal, ostenta o emblema do Sol de Vergina.<h2>2. Armadura de soldado grego do século IV a.C.</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/26/26222810372004.jpg" alt="(Fonte: All That's Interesting/Reprodução)">(Fonte: All That's Interesting/Reprodução)Em exibição no Museu de Arte Metropolitana, o Met, esta é uma armadura grega feita de bronze, datada do século IV a.C., que de acordo com historiadores fazia parte do conjunto utilizado por <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/100583-como-os-espartanos-eram-treinados-para-se-transformar-em-guerreiros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">guerreiros gregos.</a> Integra o acervo do museu, juntamente com outras peças do período, desde 1992.Soldados costumavam carregar armaduras que podiam pesar até trinta quilos. Era usada principalmente para proteger o corpo durante a guerra, usadas juntamente com caneleiras de bronze e capacete. Esse modelo em questão foi feito incluindo detalhes dos músculos do abdômen e do umbigo. Originalmente, contava com uma parte traseira.<h2>3. Armadura segmentada de legionário romano</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/26/26223348085008.jpg" alt="(Fonte: All That's Interesting/Reprodução)">(Fonte: All That's Interesting/Reprodução)Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/48158-mais-5-classes-de-guerreiros-de-elite-que-ja-existiram-na-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">legionários romanos&nbsp;</a>eram soldados que faziam parte de uma legião, isto é, uma unidade militar do exército. Eram conhecidos por serem bem treinados e muito organizados, geralmente sendo cidadãos romanos, entre 17 e 46 anos de idade, que ficavam em serviço por, aproximadamente, 25 anos.Sua armadura era segmentada, composta de 26 segmentos de metal, que protegiam o abdômen, tórax, costas e ombros. Ela não era uma peça inteira, o que lhe conferia maior flexibilidade sem perder a capacidade de proteção. Esta da foto foi encontrada em 1964, na Inglaterra, e sua datação foi definida como entre o fim do século I e início do século II d.C.<h2>4. Armadura romana de couro de crocodilo</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Archaeologist&nbsp;" data-fonte-url="https://images.squarespace-cdn.com/content/v1/6047d405b02148755fb6e601/bfe15e49-3a3f-4619-9e7f-172c95ce28d3/8c55ee89bcb67d319a9ad73757580e4c.jpg?format=1500w"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/27/27010924996000.jpg" alt="(Fonte: The Archaeologist/Reprodução)">(Fonte: The Archaeologist/Reprodução)A armadura feita de couro de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121785-5-fatos-sobre-o-crocodilo-do-nilo-o-maior-predador-africano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crocodilo</a> foi utilizada por legiões do exército romano por volta do século III d.C. Sem registros que atestem se o material concedia algum tipo de bônus na defesa, denota, sem dúvida, como os romanos nutriam respeito e admiração pela cultura egípcia.O povo egípcio não foi a única civilização a usar o couro de crocodilo em roupas e armaduras, mas foi o primeiro a fazer isso de modo mais significativo. A desta foto foi encontrada em Manfalut, no Egito, preservado em uma gruta.<h2>5. Armadura do-maru</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/27/27080624776007.jpg" alt="(Fonte: Met Museum/Reprodução)">(Fonte: Met Museum/Reprodução)A do-maru é uma armadura originalmente utilizada pela pelos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121847-samurais-como-os-guerreiros-japoneses-treinavam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">samurais</a> do Japão feudal. Ela surgiu inicialmente no século XI, mas foi se tornar um item comum a partir da Guerra do Genpei, no século XII, conflito que colocou em lados opostos os clãs Taira e Minamoto e estabeleceu, com a vitória do segundo, um governo liderado por samurais.Ela era feita de vários materiais, como ferro, couro e seda. De posse do Museu Metropolitano de Arte, o Met, essa armadura é do século XV, foi encontrada em 1893 e integrou a coleção pessoal da artista Kawasaki Chitora, até ser doada ao museu, em 1914.</body>

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As 5 armaduras mais fascinantes da história da humanidade

Imagem de O que significa a nova ameaça de guerra nuclear de Putin? no megacurioso

Resistência do exército ucraniano à invasão russa pode forçar presidente a tomar medidas drásticas

Ap&oacute;s vivenciar uma forte resist&ecirc;ncia ucraniana &agrave; invas&atilde;o, o presidente da R&uacute;ssia Vladimir Putin pode acionar armas nucleares como pr&oacute;ximo passo do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121166-ucrania-e-russia-as-origens-de-um-conflito-de-quase-um-seculo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">conflito</a>. Em fevereiro deste ano, o presidente russo ordenou publicamente que o departamento de Defesa do pa&iacute;s entrasse em estado de &ldquo;prontid&atilde;o especial de combate&rdquo;, sugerindo respostas imediatas a qualquer na&ccedil;&atilde;o que ouse interferir em sua opera&ccedil;&atilde;o militar.
Agora, na quarta-feira, dia 21, Putin voltou a fazer amea&ccedil;as nucleares contra o Ocidente. Como isso poderia impactar a Europa, caso se concretizasse?
<h2>A reviravolta no conflito</h2>
A crise militar na Europa foi impulsionada ap&oacute;s Joe Biden, presidente dos EUA, e outras na&ccedil;&otilde;es ensaiarem uma interfer&ecirc;ncia no conflito, com aeronaves da OTAN derrubando avi&otilde;es russos e incitando um ato de guerra esclarecido, com forte potencial para escalada. Mesmo com Putin divulgando uma s&eacute;rie de amea&ccedil;as, nada impediu que Washington e mais governos relativos ao tratado contribu&iacute;ssem com o sucesso do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky &mdash; tudo sem entrar em combate direto com os advers&aacute;rios.
Essas medidas incluem a doa&ccedil;&atilde;o de milh&otilde;es de d&oacute;lares em armas &mdash; sistemas de defesa a&eacute;rea e m&iacute;sseis antitanque avan&ccedil;ados &mdash; e fornecimento de intelig&ecirc;ncia de suporte, segundo Scott Sagan, codiretor do Centro de Seguran&ccedil;a e Coopera&ccedil;&atilde;o Internacional da Universidade de Stanford. Rapidamente, os ucranianos conseguiram reverter os ataques russos e for&ccedil;aram Putin a reavaliar seus objetivos, que visavam &ldquo;libertar&rdquo; o Donbas no leste da Ucr&acirc;nia e possivelmente anex&aacute;-lo ao seu territ&oacute;rio.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/21144519047296.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Com essa reviravolta, Putin declarou uma "mobiliza&ccedil;&atilde;o parcial" de suas tropas nesta quarta-feira (21), renovando amea&ccedil;as sobre o uso de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122870-qual-e-o-lugar-mais-seguro-do-mundo-no-caso-de-uma-guerra-nuclear.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">armas nucleares</a>. Essa campanha &eacute; uma resposta a supostos coment&aacute;rios oriundos de na&ccedil;&otilde;es do outro lado do conflito, que, segundo o presidente, alegaram o uso de armas destrutivas em larga escala contra o pa&iacute;s. &ldquo;Os cidad&atilde;os da R&uacute;ssia podem ter certeza de que a integridade territorial de nossa p&aacute;tria, nossa independ&ecirc;ncia e liberdade ser&atilde;o asseguradas &mdash; enfatizo novamente &mdash; com todos os meios &agrave; nossa disposi&ccedil;&atilde;o&rdquo;, disse ele.
<h2>Integridade territorial como fator cr&iacute;tico</h2>
De acordo com um relat&oacute;rio do <a href="https://thebulletin.org/premium/2022-02/nuclear-notebook-how-many-nuclear-weapons-does-russia-have-in-2022/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bulletin of the Atomic Scientists</a>, estima-se que a R&uacute;ssia armazene 4.477 ogivas nucleares. Tais armas s&oacute; poderia ser usadas em um ataque direto, incluindo a territ&oacute;rios que tamb&eacute;m foram anexados &agrave; na&ccedil;&atilde;o de Putin. Com isso, entende-se, implicitamente, que qualquer tentativa ucraniana de reconquistar mais espa&ccedil;os pode ser recebida com uma resposta nuclear.&nbsp;
Desde os primeiros momentos do combate, Putin comenta sobre consequ&ecirc;ncias incompar&aacute;veis para todos os participantes externos. Dessa forma, pa&iacute;ses que antes se solicitaram a ajudar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120964-russia-e-ucrania-entenda-o-conflito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ucr&acirc;nia</a> foram dissuadidos a se retirarem e passaram a atuar com hesita&ccedil;&atilde;o e preocupa&ccedil;&atilde;o, mesmo com nada sendo concretizado. Por&eacute;m, em termos pr&aacute;ticos, apesar do rival de Zelensky n&atilde;o parecer estar blefando, o uso dessas armas teria pouca utilidade pr&aacute;tica, teoricamente falando.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/21144645000297.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Os equipamentos de propor&ccedil;&otilde;es nucleares s&atilde;o mais eficazes para destruir uma densidade de for&ccedil;as blindadas e intranspon&iacute;veis &mdash; algo inexistente no contexto da invas&atilde;o. Outra quest&atilde;o seria a forma como esses dispositivos afetariam a infraestrutura local, mas isso poderia garantir um cruzamento do "limiar aceit&aacute;vel", digamos assim. Dessa forma, um ataque em larga escala prejudicaria a R&uacute;ssia de v&aacute;rias formas, destruindo acordos negociados e tornando alian&ccedil;as neutras, como no caso da China.
<h2>Amea&ccedil;as que podem se tornar perigosas</h2>
As amea&ccedil;as de Putin, caso se provem ver&iacute;dicas, podem se voltar contra ele mesmo. Apesar de parte da na&ccedil;&atilde;o clamar por um conflito nuclear, ver os impactos de ogivas e o resultado da destrui&ccedil;&atilde;o em massa pode fazer com que o governo perca sua base de apoio dentro do pa&iacute;s, antes mesmo que outros povos respondam.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/21144845005301.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Historicamente falando, esse movimento "desesperado" tamb&eacute;m n&atilde;o vem com boas li&ccedil;&otilde;es e o p&oacute;s-guerra ensina muitas coisas, como no caso da falha na "bomba conjunta" sugerida pelo ministro da Defesa alem&atilde;o Franz Josef Strauss, em 1957. Esse acordo contaria com a alian&ccedil;a de Paris e Roma a fim de tornar a Europa independente do guarda-chuva nuclear dos EUA. Por&eacute;m, a ambi&ccedil;&atilde;o da Fran&ccedil;a e o desenrolar de outras estrat&eacute;gias gerou mais rivalidades do que resolu&ccedil;&otilde;es, com algumas delas perdurando at&eacute; os dias atuais.
Apesar disso, quando Putin fala sobre &ldquo;todos os meios &agrave; nossa disposi&ccedil;&atilde;o&rdquo; ele pode estar pensando em outras op&ccedil;&otilde;es. Na S&iacute;ria, o regime apoiado pela R&uacute;ssia utilizou armas qu&iacute;micas com sucesso, indicando um conhecimento na manipula&ccedil;&atilde;o de produtos t&oacute;xicos. Por&eacute;m, um impacto militar e nuclear parece ser cada vez menos prov&aacute;vel, refor&ccedil;ando tanto o isolamento do presidente quanto as frustra&ccedil;&otilde;es causadas pela resist&ecirc;ncia ucraniana.

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O que significa a nova ameaça de guerra nuclear de Putin?

Imagem de O que acontece com os tiros para o alto? no megacurioso

Saiba o que acontece com os projéteis disparados para o alto e como eles podem ser nocivos a quem está aqui embaixo

<head></head><body>Você provavelmente já viu cena parecida em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120224-como-armas-cenograficas-podem-dar-tiros-letais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filmes, séries de TV</a> ou até mesmo presenciou a coisa toda acontecendo ao vivo, em tempo real: alguém, por algum motivo, dispara uma&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122021-posse-de-armas-um-problema-que-destroi-a-sociedade-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">arma de fogo</a>&nbsp;apontando para o alto. Seja como um "tiro de aviso" ou sendo parte de algum tipo de comemoração, ou homenagem, a verdade é que atirar para cima não é uma prática assim tão incomum.Mas o que acontece com essas balas disparadas para o alto? Elas continuam subindo até chegar ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122706-6-fenomenos-mais-espantosos-que-ocorrem-no-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espaço</a>? Ou será que caem de volta em direção ao chão? Como diz o ditado...<h2>Tudo o que sobe, desce!</h2>Ok, a frase não necessariamente engloba tudo o que sobe em direção aos céus. <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122827-programa-artemis-a-missao-da-nasa-para-enviar-humanos-de-volta-a-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Foguetes</a>, por exemplo, sobem e saem do planeta em direção ao espaço. Mas a coisa é diferente em relação a projéteis de armas de fogo: neste caso, infelizmente, o dito popular está correto.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/02/02142940708318.jpg" alt="Projéteis disparados para cima não conseguem sair da atmosfera e sempre acabam descendo">Projéteis disparados para cima não conseguem sair da atmosfera e sempre acabam descendoPois quando disparada apontada diretamente para cima, uma arma pode ejetar uma bala que vai subir até uma altura de cerca de 3 km. Durante a subida, o projétil vai perdendo velocidade até parar e começar a cair, novamente ganhando velocidade. Por sorte, graças à resistência do ar, a bala volta em direção ao solo com apenas uma pequeníssima fração de sua velocidade original — mas ainda assim representa perigo para quem está lá embaixo.<h3>O perigo do tiro para o alto</h3>Imagine, por exemplo, que alguém dê um tiro para cima usando um rifle AK47. Ao deixar o cano da arma, a bala viaja a uma velocidade de aproximadamente 2412 km/h, quase duas vezes a velocidade do som. Na horizontal este tiro poderia ser fatal, mas e na vertical?Mesmo com tanta velocidade, um tiro para o alto é incapaz de deixar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121901-onde-a-terra-termina-e-comeca-o-espaco-sideral.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">atmosfera terrestre</a> e, consequentemente, é puxado de volta para baixo por conta da gravidade. Ao chegar lá em cima, parar e começar a cair novamente, mas a queda vem com apenas cerca de 10% da velocidade original do disparo e possui somente 1% da energia de uma bala recém-disparada.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/02/02143053419319.jpg" alt="Mesmo caindo bem mais devagar, projéteis disparados também são muito perigosos">Mesmo caindo bem mais devagar, projéteis disparados também são muito perigososSeria isto o suficiente para causar dano a uma pessoa lá embaixo? Sim. Infelizmente, mesmo com impacto muito mais fraco, o projétil ainda tem poder o suficiente para causar bastante dano a alguém que por infelicidade esteja no caminho de sua queda.Ainda que a chance de ser atingido seja baixa, caso aconteça, o evento pode ser ainda mais fatal do que um disparo na horizontal. Afinal, enquanto um tiro em condições normais poderia atingir, por exemplo, um braço ou uma perna, o tiro que cai na vertical tem grandes chances de acertar diretamente a cabeça.<h3>Busque proteção</h3>Conhecendo os perigos de ficar na linha de fogo de uma bala disparada para o alto, o que devemos fazer caso alguém atire para cima nas proximidades? Como se estima que um projétil disparado para cima leve algo entre 20 segundos e 2 minutos para subir e descer, o melhor a se fazer é procurar abrigo e esperar uns minutinhos só por precaução.Afinal, ainda que a probabilidade seja baixa, é possível sim ser atingido por um tiro para o alto — que pode ser fatal.</body>

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O que acontece com os tiros para o alto?

Imagem de Bomba intacta da Segunda Guerra Mundial é encontrada na Itália no megacurioso

Forças militares evacuaram cerca de 3 mil pessoas no vilarejo de Borgo Virgilio para que o explosivo fosse detonado em segurança

<head></head><body>Um fato inusitado chamou a atenção dos moradores de Borgo Virgilio, uma comuna italiana na Lombardia, no dia 25 de julho de 2022. Na época, a seca extrema provocada por temperaturas recordes na Europa fez com que uma bomba não detonada da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112268-entenda-como-comecou-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a> fosse revelada ao longo das margens do rio Pó.A descoberta foi feita por um grupo de pescadores da região, que logo identificaram a bomba fabricada nos Estados Unidos — objeto que estaria lá por mais de 70 anos. De acordo com especialistas militares, o explosivo pesava quase 450 kg e foi necessário evacuar os cercas de 3 mil civis que vivem nas proximidades da vila para que ele foi detonado.<h2>Seca reveladora</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Flavio lo Scalzo/Reuters&nbsp;" data-fonte-url="https://s2.glbimg.com/7RRAZ1ZJ-RinIv-auCaqVA00onw=/0x0:5500x3667/1000x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/L/Q/AqbEthRxyPWKrO52EXqA/2022-08-07t112049z-1666733719-rc2krv9qxrks-rtrmadp-3-europe-weather-italy-drought-bomb.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/16/16032405021000.jpg" alt="(Fonte: Flavio lo Scalzo/Reuters)">(Fonte: Flavio lo Scalzo/Reuters)Por muitos anos, o rio Pó serviu de lar para um explosivo intacto sem que nenhuma pessoa tivesse ideia de que isso fosse possível. Entretanto, os níveis de água da região — sendo o rio mais longo de toda a Itália — diminuíram significativamente no verão europeu por conta das múltiplas ondas de calor com temperaturas recordes que atingiram essa área do planeta.Com isso, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/113419-o-misterio-de-tybee-onde-esta-a-bomba-de-hidrogenio-desaparecida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bomba</a> perdida da Segunda Guerra Mundial mostrou sua cara ao mundo e também despertou um grande medo nos moradores de Borgo Virgilio. Para lidar com a situação, militares cortaram o fusível da bomba e a levaram para uma pedreira a cerca de 45 km de distância do rio.&nbsp;Nesse novo local, o explosivo foi destruído em uma detonação controlada. Por sorte dos envolvidos e eficiência das autoridades, nenhuma pessoa foi ferida durante esse processo e nenhum tipo de dano à região foi relatado. Para a realização da operação, o espaço aéreo da região foi fechado, sem contar a navegação ao longo daquele trecho do rio e o tráfego na linha ferroviária, que também foram interrompidos.<h2>Estado de emergência</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Exército Italiano/Reprodução&nbsp;" data-fonte-url="https://s2.glbimg.com/lRAmhEmvTvBVmoDz_7dkGikqSkQ=/0x0:1024x683/1000x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/s/o/DZNdvbSZGUmAygxJQNRw/2022-08-07t172824z-745203445-rc2trv9qxoam-rtrmadp-3-europe-weather-italy-drought-bomb.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/16/16032501709001.jpg" alt="(Fonte: Exército Italiano/Reprodução)">(Fonte: Exército Italiano/Reprodução)Nos últimos meses de verão, grande parte do Hemisfério Norte foi atingida por ondas de calor extremas, que segundo pesquisadores só devem se tornar ainda mais comuns por conta das mudanças climáticas em andamento que afetam o nosso planeta. No fim de junho, Roma registrou a temperatura mais alta de sua história: 40,5 °C.&nbsp;Nesse mesmo período, o rio Tibre secou tanto que as ruínas de uma antiga ponte construída pelo antigo imperador Nero — governante do Império Romano entre 54 e 58 d.C. — tornaram-se claramente visíveis no fundo do rio. Segundo os especialistas, esse tipo de descoberta só foi possível por conta da grande <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121433-seca-de-quase-75-da-agua-do-pantanal-indica-escassez-do-bioma.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">seca</a>.Porém, isso está longe de ser um sinal positivo. Por conta da atual situação climática, a Itália declarou estado de emergência no último mês para a maioria das áreas ao redor do rio Pó, onde cerca de um terço de toda a produção agrícola do país acontece. Conforme divulgado por pesquisadores, essa já é a pior seca observada pelos italianos nos últimos 70 anos.&nbsp;</body>

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Bomba intacta da Segunda Guerra Mundial é encontrada na Itália

Imagem de Por que Hiroshima e Nagasaki foram alvo de bombas atômicas? no megacurioso

Entenda por que as cidades japonesas foram alvos dos armamentos atômicos nos ataques que tiraram a vida de mais de 200 mil pessoas

<head></head><body>Em 1945, o mundo foi testemunha do poder destrutivo da&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121185-as-perturbadoras-sombras-criadas-pela-bomba-atomica-de-hiroshima.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bomba atômica</a>. Mais especificamente no dia 6 de agosto daquele ano, os Estados Unidos lançaram uma bomba atômica sobre&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/103176-fotos-mostram-hiroshima-antes-e-depois-da-explosao-da-bomba-atomica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hiroshima</a>, no Japão, praticamente tirando a província do mapa. Dias depois seria a vez de outra cidade, Nagasaki.Hoje (9), 77 anos depois dos ataques ao território japonês, muita gente ainda se pergunta por que os EUA cometeram tamanha violência, tirando a vida de mais de 200 mil pessoas, além do motivo que levou o país a escolher as cidades japonesas como alvos.<h2>Bomba atômica: por que Hiroshima e Nagasaki?</h2>Meses antes dos bombardeios, os Estados Unidos vinham <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121544-trinity-o-teste-da-bomba-atomica-que-matou-dezenas-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">testando suas novas e poderosas armas</a>: as bombas atômicas, frutos da pesquisa no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119975-projeto-manhattan-cientistas-injetaram-plutonio-em-pacientes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Projeto Manhattan</a>. Após determinarem que a nova arma estava pronta, cientistas liberaram seu uso para os militares, que queriam pôr um fim na Segunda Guerra Mundial.<a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/98801-ha-alguma-verdade-por-tras-destes-9-mitos-sobre-hitler.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hitler</a> já havia sido derrotado, mas o Japão continuava combatendo os Aliados. Foi então que a atenção destes países se voltou para o Oceano Pacífico, na esperança de conseguir a rendição dos japoneses — que foi sumariamente recusada pelo Imperador Hirohito. Restava, então, continuar recorrendo ao combate.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/09/09102953604082.jpg" alt="Avião B29 sobrevoando o território japonês em 1945">Avião B29 sobrevoando o território japonês em 1945Buscando uma forma de acabar com a Segunda Guerra da maneira mais rápida possível, os EUA então decidiram que hora de demonstrar força não apenas para o Japão, mas também para o resto do mundo. Era hora de usar as bombas atômicas.Um comitê foi criado para escolher os potenciais alvos dos mísseis, que selecionou lugares como Kokura, Yokohama, Hiroshima, Nilgata e Quioto — esta última sendo removida da lista por ter grande importância cultural, sendo então substituída por Nagasaki. No fim das contas, ficou decidido que o alvo principal seria Hiroshima, com Kokura sendo o alvo secundário.<h3>Bombardeio</h3>Foi então que no dia 6 de agosto de 1945 o bombardeiro B-29 da Força Aérea norte-americana conhecido como&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/75285-conheca-os-homens-que-lancaram-as-bombas-atomicas-sobre-o-japao-ha-70-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Enola Gay</a> sobrevoou Hiroshima e lançou o míssil Little Boy, que matou aproximadamente 70 mil pessoas instantaneamente. Milhares viriam a morrer posteriormente, vítimas de ferimentos e doenças causadas pela radiação.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/09/09103611760086.jpg" alt="Nuvem de cogumelo causada pela explosão da bomba atômica em Nagasaki">Nuvem de cogumelo causada pela explosão da bomba atômica em NagasakiO alvo seguinte, Kokura, seria atacado três dias depois, no dia 9 de agosto, mas foi poupado graças a condições climáticas. A segunda bomba atômica, apelidada Fat Man, foi então lançada sobre Nagasaki, causando a morte de 40 mil pessoas em alguns instantes. Outros milhares de pessoas feridas e doentes ainda perderiam a vida em seguida.Embora terrível, a demonstração de extremo poder acabou funcionando e seis dias depois o Imperador japonês anunciava a rendição do país, oficializando o acordo semanas depois, no dia 2 de setembro de 1945.</body>

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Por que Hiroshima e Nagasaki foram alvo de bombas atômicas?

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Talvez você estivesse melhor fora de um nos anos 1950

<head></head><body>Abrigos nucleares são daquelas coisas que esperamos ver apenas nos filmes e nunca ter que usar na vida. Mas coisas como a recente <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121529-se-a-russia-iniciar-uma-guerra-nuclear-qual-arma-ela-pode-usar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">guerra entre a Rússia e a Ucrânia</a>, além das preocupações com o clima ou a economia global, podem fazer muita gente começar a pensar na possibilidade de ter um.No entanto, você sabe como eles começaram a ser construídos? E será mesmo que em caso de uma guerra nuclear eles dariam conta do recado?<h2>Abrigos para todos</h2>A ideia de construir abrigos antibombas teve início nos anos 1940, pouco depois dos fatídicos ataques com bombas atômicas dos EUA contra as cidades japoneses de Hiroshima e Nagasaki.Com o passar dos anos cada país se virou como pôde e reagiu culturalmente de forma diferente a perspectiva de uma bomba nuclear ser jogada em seu território. Nos EUA dos anos 1950, a Administração Federal de Defesa Civil achou melhor convencer a população de que poderiam sobreviver a um possível ataque nuclear.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/12/12112816995148.jpg" alt="Diagrama de 1950 de um abrigo para quatro a seis pessoas. (Fonte: Digital Public Library of America/ Reprodução)">Diagrama de 1950 de um abrigo para quatro a seis pessoas. (Fonte: Digital Public Library of America/ Reprodução)Obviamente, o plano era tentar acalmar o povo ante o temor de uma guerra nuclear com a União Soviética.Nesse cenário de tensão no pós-Segunda Guerra Mundial e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120180-quando-o-mundo-quase-entrou-numa-guerra-nuclear-em-1983.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">decorrer da Guerra Fria</a>, o governo estadunidense decidiu criar milhares de abrigos antibombas espalhados dos grandes centros, como Nova York, a cidades do interior.Além disso, tratou de “educar a população” com campanhas e exercícios nas escolas. A bomba nunca chegou e muitos desses abrigos resistem até hoje, alguns desaparecem, outros viraram outras coisas ou servem para turistas.Mas, e se os soviéticos tivessem lançado uma bomba atômica em alguma cidade dos EUA, será que a população estaria segura?<h2>Pura enganação</h2>Ainda hoje não sabemos muito sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121707-bunkers-apocalipticos-o-negocio-que-fatura-milhoes-por-ano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">abrigos construídos pela União Soviética</a>, nem como são a maioria dos existentes em várias das nações de “primeiro mundo”. Mas, nos EUA, os abrigos nucleares viraram uma febre que saber sobre eles é bem fácil, inclusive, a partir de publicações da época.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/12/12113134464151.jpg" alt="O governador Robert Stafford, de Vermont, corta uma fita na frente de um protótipo de abrigo antiaéreo construído em uma casa em Montpelier. (Fonte: Digital Public Library of America/ Reprodução)">O governador Robert Stafford, de Vermont, corta uma fita na frente de um protótipo de abrigo antiaéreo construído em uma casa em Montpelier. (Fonte: Digital Public Library of America/ Reprodução)No auge da Guerra Fria, a população dos EUA viu uma proteção desse tipo pela primeira vez em janeiro de 1962. Foi a partir desse ano que avisos sobre os abrigos começaram a se espalhar pelo país.Mas, os problemas com as construções eram tão gritantes que poucos meses após o início do programa, vários relatos começaram a surgir sobre instalações com vazamentos nos reservatórios de água, enquanto outros nunca foram abastecidos com alimentos.Numa reportagem de 11 de junho de 1963 do New York Times uma moradora do Harlem, um bairro de Manhattan, na cidade de Nova York, questionava quem queria ir para um abrigo desses.A mulher se referia ao porão sujo e fétido destinado às pessoas do cortiço onde morava. Segundo ela, no tal abrigo, os ratos eram tão grandes quanto cachorros. E, caso um ataque ocorresse, ela simplesmente correria.Antes mesmo de serem abertos, a insustentabilidade dos abrigos dos EUA já era de conhecimento público. Em novembro de 1961, o The Washington Post, estampava em sua primeira página uma matéria lamentando que a maioria dos abrigos era um “espaço frio e desagradável, com ventilação ruim e saneamento ainda pior”.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Underwood Archives / Getty Images/ Smithsonianmag/Reprodução)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.smithsonianmag.com/history/digging-up-the-history-of-the-nuclear-fallout-shelter-180979956/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/12/12113606573160.jpg" alt="(Fonte: Underwood Archives / Getty Images/ Smithsonianmag/Reprodução)">(Fonte: Underwood Archives / Getty Images/ Smithsonianmag/Reprodução)Um problema ainda mais grave era a localização dos abrigos nucleares: dois terços deles foram construídos pelo governo em áreas impróprias. Isto é, em bairros tão próximos de possíveis alvos que quem se escondesse neles, provavelmente, morreria grelhado. Aí vem a pergunta: “como não pensaram nisso?”Ao menos as pessoas não demoraram a considerar que, apesar das imagens bonitas e da aparente segurança passada pela publicidade do governo dos EUA na época, boa parte das construções não passava de ilusão.</body>

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Como surgiram os abrigos nucleares? Eles eram seguros?

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Nem só de estratégias impecáveis na teoria vivem as guerras, há espaço para muito truque e gambiarra

<head></head><body>Há um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/69799-30-ditados-e-expressoes-populares-antigos-e-sabios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ditado popular</a> que diz que na guerra e no amor vale tudo. Este texto é uma prova de que a sabedoria popular está correta — ao menos no que diz respeito às guerras. Isso porque nem toda estratégia criada para ser utilizada em um combate é brilhante do ponto de vista teórico.Há muita jogada tática que faz jus às nossas gambiarras do dia a dia, o que não tira o mérito de terem dado certo no campo de batalha. Então, esqueça o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121607-o-famoso-cavalo-de-troia-realmente-existiu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cavalo de Troia</a>, acompanhe-nos nesta jornada e confira cinco vezes em que truques foram usados em guerras para enganar os inimigos e, obviamente, deram certo.<h2>1. Cigarros com ópio</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/11/11215113972000.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O Império Turco-Otomano deu muito trabalho durante a Primeira Guerra Mundial, mas sua derrota ao fim selou o destino da nação. Apesar de vitórias emblemáticas, a derrota na batalha conhecida como Campanha da Síria e da Palestina, diante dos britânicos, foi decisiva nos rumos de toda a guerra.Os britânicos notaram que os otomanos, viciados em tabaco, estavam ficando sem cigarros. Então, enviaram o produto "batizado" com heroína. Enrolaram os maços em propagandas do reino britânico. Ofendidos, os turco-otomanos jogaram os panfletos fora — o cigarro, mantiveram. Só não contavam com o ingrediente extra. Resultado: muitos morreram de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121284-6-alimentos-comuns-que-podem-causar-overdose.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">overdose</a>.<h2>2. Operação Mincemeat</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/11/11215810162001.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Outro truque (ou estratégia) com dedo britânico, a Operação Mincemeat foi colocada em prática durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122330-as-flatulencias-de-hitler-influenciaram-no-fim-da-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>. Tratava-se de uma tática de desinformação criada para fazer com que os alemães acreditassem que os Aliados invadiriam a Sardenha e a Grécia.Para isso, foram plantados documentos falsos em um cadáver e o liberaram na costa da Espanha, não antes de colocar uma identificação militar, também falsa. O plano deu certo e as tropas alemãs foram desviadas, garantindo ao exército britânico a chance de invadir a Sicília. Ficou curioso? Essa história virou o filme O Soldado que Não Existiu. <a href="https://www.netflix.com/title/81428563" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tem na Netflix</a>.<h2>3. O soldado incrivelmente estúpido</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/11/11220055709002.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Ser capturado durante uma guerra é certamente o segundo pior pesadelo de um soldado — porque é improvável que o primeiro não seja morrer. Porém, se você for Doug Hegdahl, talvez isso não se torne um grande problema. Soldado da marinha norte-americana, Hegdahl foi feito prisioneiro durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121233-como-era-a-vida-de-um-soldado-americano-na-guerra-do-vietna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra do Vietnã</a>.Ao ser levado para sua cela, o oficial do exército pensou rápido e teve uma ideia que parece história de filme: ele decidiu se fazer de estúpido, bobo, tonto, até mesmo de adorador do comunismo. De alguma maneira, ele enganou todo o exército vietnamita, fazendo com que acreditassem que ele era apenas um cidadão comum.Ficou preso durante dois anos, mas com tamanha liberdade que permitiu que ele aprendesse muito sobre os costumes, sendo utilizado como peça-chave nas negociações de cessar-fogo.<h2>4. Operação Avançada Base Doninha</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/11/11220520569003.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A Operação Avançada Base Doninha foi uma estratégia desenvolvida pelo exército norte-americano durante a Guerra do Golfo, com o objetivo de enganar o serviço de inteligência dos homens de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120442-saddam-hussein-e-a-conturbada-jornada-para-criacao-de-uma-superarma.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Saddam Hussein</a>, ditador iraquiano.A tal Base Doninha era uma base militar secreta fictícia, criada para que os iraquianos acreditassem que estavam interceptando informações sobre os americanos. Desta forma, os homens de Saddam tomaram decisões baseadas em mentiras e viram suas defesas serem facilmente derrotadas pelo exército dos Estados Unidos.<h2>5. Exército Fantasma</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/11/11220813288004.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O destacamento do 23º Quartel-General das Tropas Especiais do exército dos Estados Unidos é carinhosamente conhecido como <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119805-ghost-army-um-exercito-de-artilharia-inflavel-enganou-os-nazistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Exército Fantasma</a>. A tropa era composta por mais de 1000 soldados, equipados com muito mais que armas, facas e granadas.<ul><li>Leia mais: "Ghost Army":&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119805-ghost-army-um-exercito-de-artilharia-inflavel-enganou-os-nazistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um exército de artilharia inflável enganou os nazistas</a></li></ul>Os soldados deste destacamento andavam com caixas de som potentes, equipamentos infláveis e rádios poderosos, tudo para enganar e desestabilizar os inimigos. Desta forma, conseguiam, por exemplo, dar a impressão que havia mais soldados nas tropas, ou mesmo criar uma distração capaz de dar vantagem decisiva nos embates.</body>

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Os 5 truques mais engenhosos já usados em guerras

Imagem de Seria possível construir um saber de luz real? no megacurioso

A arma Jedi faz parte da cultura pop há 45 anos, mas a tecnologia para torná-la real ainda precisa avançar mais um pouco

<head></head><body>Uma das poucas unanimidades entre os fãs de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121848-dia-de-star-wars-por-que-a-data-e-celebrada-no-dia-4-de-maio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Star Wars</a> é que todos gostariam de ter um <a href="https://www.megacurioso.com.br/cultura-nerd/43028-saiba-mais-sobre-sabres-de-luz-com-estas-11-curiosidades.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sabre de luz</a>. A arma dos Jedi foi, provavelmente, uma das criações mais interessantes de George Lucas, tendo se mantido como um símbolo cultural por mais de quatro décadas.Mas será que ela seria cientificamente possível? A resposta é sim e não, dependendo de como você interpreta o que é um sabre de luz. Abaixo nós explicamos de que maneira seria possível se aproximar dessa tecnologia que existe há muito tempo, em uma galáxia muito, muito distante.<h2>O sabre de luz</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/24/24103945894060.jpg" alt="">Começando pela interpretação literal do sabre e supondo que ele realmente utilize a luz como uma lâmina. Para isso acontecer, seria necessário concentrar uma grande quantidade de fótons em um espaço de aproximadamente 1 metro, que iria gerar energia suficiente para causar uma queimadura nos seus inimigos. Em termos, é essa propriedade da luz que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111930-5-usos-futuristas-para-o-laser-mas-que-ja-estao-aqui.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">laser</a> utiliza para cortar outros materiaisO problema é que existem dois problemas para essa opção de sabre de luz. O primeiro é que a luz precisa de uma barreira física para ser parada. Ou seja, se você ligar o seu sabre de luz, ele iria ser muito maior do que uma espada convencional. A solução para isso seria criar um suporte com um espelho na ponta, mas qual seria a graça de andar por aí com um sabre de luz assim?A segunda barreira física está em outra propriedade da luz. Tecnicamente, dois fótons podem ocupara o mesmo espaço. &nbsp;Diferente de elétrons, prótons e nêutrons, um fóton não colide com outro ao se cruzarem. Fisicamente, existem algumas lacunas para que possa ser criado uma condição para que dois feixes de luz colidam, mas a nossa ciência atual ainda não descobriu como fazer isso.<h2>O sabre de plasma</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/hrmdz7RIQN8" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Com isso, é mais provável que os sabres utilizados pelos Jedi utilizem o plasma como material cortante e não o laser. Essa tecnologia já existe e é amplamente utilizada na indústria para cortar determinados materiais. Porém, como estamos falando de ficção científica, existem algumas extrapolações em Star Wars.O plasma é um gás energético e bastante eficiente para cortar materiais condutores. Eles são basicamente um fluxo de gás ionizado soprado por ar comprimido, que resulta em uma corrente extremamente quente, podendo ultrapassar os 20.000 °C.O lado ruim é que para manter este fluxo é necessária uma grande quantidade de energia, além de uma grande quantidade de gás armazenado. Isso significa que em um duelo de sabres de plasma, os Jedi precisariam carregar uma mochila com o gás e as armas precisariam estar ligadas na tomada — não parece um combate muito emocionante.O lado positivo do plasma é que gases diferentes emitem uma radiação em cores diferentes. Um Jedi que utilize plasma de cloro, teria um sabre verde, enquanto um Sith que utilize um plasma de hélio, teria um sabre vermelho.</body>

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Seria possível construir um sabre de luz real?

Imagem de 6 invenções militares bizarras que nunca foram utilizadas no megacurioso

Nem todas as criações feitas pelos exércitos ajudaram a humanidade avançar. Algumas foram apenas bizarras e nós vamos te mostrar 6 delas

Não dá para questionar como as forças armadas, em vários países, foram responsáveis por grandes avanços tecnológicos. Com grande orçamento, os militares costumam ter departamentos de pesquisa destinados a pensar em produtos (leia-se, armamento e equipamento tecnológico) para uso do próprio <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122030-por-que-o-exercito-foi-abolido-de-alguns-paises.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Exército</a>.O que nem todo mundo tem em mente é que algumas das ideias que nascem nos quartéis são muito bizarras, toscas, parecendo esquete de Os Trapalhões. Duvida de mim? Então confira 6 dessas invenções esdrúxulas que nunca foram utilizadas.<h2>1. O Grande Panjandrum</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/DJQqXXENYsI" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/45071-8-misterios-da-segunda-guerra-mundial-que-continuam-sem-resposta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>, países como o Reino Unido tentaram desenvolver estratégias ofensivas e armamentos militares capazes de causar danos às defesas do sistema de fortificação costeira dos nazistas. Uma das tentativas criadas pelo time de engenheiros das forças armadas britânicas foi o Panjandrum.Tratava-se de um equipamento estranho, que lembrava uma roda d'água, conectada por um eixo semelhante a um tambor, com foguetes nas rodas para impulsioná-lo. A ideia era que o Panjandrum disparasse munições contra as forças inimigas e, ao colidir com elas, explodisse, criando uma brecha na defesa dos alemães. Preciso dizer que deu errado?<h2>2. Balão bomba Fu-Gu</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/0m9EqDlBBeg" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Antes dos Estados Unidos lançar as bombas sobre o território japonês, os militares do país asiático rascunharam um plano igualmente maléfico de despejar bombas de vapor sobre os norte-americanos. A proposta era desenvolver balões de papel que carregassem explosivos, despejando-os quando estivessem sobre o território adversário.Batizado de Fu-Gu, ele chegou a ser utilizado pelo exército nipônico: estimativas estipulam que 900 foram lançados. Porém, apenas um balão bomba causou vítimas fatais. O projeto foi abandonado com o fim da Segunda Guerra.<h2>3. A bomba de fedor</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/SxUNMVthIls" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>O artigo não começou com a bomba de fedor porque tivemos medo que você caísse na gargalhada e desistisse de ler. Contudo, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119827-o-inacreditavel-plano-de-salvar-napoleao-bonaparte-do-exilio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">exército francês</a> realmente desenvolveu um artefato do gênero, no ano de 1943. Ernest Crocker, além de soldado, era químico que já havia atuado em projetos para desenvolvimento de gases venenosos.Crocker foi incumbido de produzir uma bomba tão fedida que deixaria os militares alemães atordoados, possibilitando que a resistência francesa à ocupação pelos nazistas pudessem interceptá-los. Chegaram a ser produzidos mais de 600 sprays, mas nada saiu como planejado e o projeto foi abandonado.<h2>4. A mina rastreada Golias</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/TM4ZTBrp66M" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Mais uma das ideias estapafúrdias criadas ao longo da Segunda Guerra Mundial, a mina rastreada Golias foi um projeto do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121119-o-experimento-nazista-que-raptava-criancas-em-busca-da-raca-superior.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">exército nazista</a> para desenvolver um veículo guiado por controle remoto capaz de explodir à distância.Ele era compacto, relativamente leve (se pensarmos que era um protótipo militar), mas foi um fracasso retumbante. A razão? O tal controle remoto que guiava o Golias possuía um fio. Se cortado, o veículo era neutralizado. Sim, parece ideia de Os Trapalhões.<h2>5. Rotabuggy, o carro com hélice</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/42KpuqSNAEw" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Quando eram crianças, vocês também tinham o hábito de juntar peças de brinquedos diferentes com o objetivo de criar um super-hiperbrinquedão? O Rotabuggy foi mais ou menos isso.Hafner Rotabuggy teve seu projeto levado adiante pelo exército britânico, que era a junção de um jipe Willys MB com um conjunto de hélices, além da traseira mais alongada, como a de um helicóptero. O Rotabuggy foi deixado para trás quando cálculos mostraram que pequenos planadores eram mais eficazes para os fins desejados.<h2>6. Plataforma voadora Hiller VZ-1 Pawnee</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/8aVIzyWO1HE" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Hiller VZ-1 Pawnee, esse era o nome para uma plataforma voadora desenvolvida pelo exército norte-americano. A ideia era muito estranha, pois envolvia manter um militar no ar, em uma espécie de torre móvel, para poder alvejar inimigos no ar.Além de caro, o Hiller VZ-1 Pawnee foi abandonado por ser considerado de uso complexo, frágil em combate, pequeno e lento. Nunca passou da fase de protótipo, como pode ser visto no vídeo acima, um alívio para quem tenha imaginado que um projeto desse seria viável.

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6 invenções militares bizarras que nunca foram utilizadas

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Como você acha que a posse de armas reduz a criminalidade e deixa as pessoas mais seguras?

<head></head><body>Por volta das 11h30 da última terça-feira, 24 de maio, um jovem de 18 anos, chamado Salvador Ramos, vestido um colete à prova de balas e armado com um rifle, entrou na <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/102404-7-coisas-que-mudaram-nas-escolas-dos-eua-depois-do-massacre-de-columbine.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escola</a> Robb Elementary School, em Uvalde (Texas, EUA), e abriu fogo. Ele assassinou 19 crianças e dois professores.Segundo o senador do Texas, Roland Gutierrez, em entrevista à CNN, o atirador comprou legalmente dois rifles em uma loja de armas local assim que completou 18 anos. As armas foram adquiridas em duas datas, em 17 e 20 de março de 2022. Ele também estava em posse de 375 cartuchos de munição. Ramos morreu durante uma troca de tiros com a polícia.Às 11h19 de 20 de abril de 1999, os estudantes da Columbine High School (Colorado, EUA) foram surpreendidos por Eric Harris e Dylan Klebold, em posse de 5 tipos de armas de fogo diferentes, responsáveis por causar a morte de 12 alunos.&nbsp;Em 14 de dezembro de 2012, o mesmo aconteceu quando Adam Lanza atravessou os portões da Sandy Hook Elementary School (Connecticut, EUA) com um rifle e 2 pistolas, assassinando 26 pessoas, entre estudantes e professores.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/26/26160555191467.jpg" alt="(Fonte: O Tempo/Reprodução)">(Fonte: O Tempo/Reprodução)Cenas como a que aconteceu recentemente no Texas, existem na cronologia dos EUA desde 2 de novembro de 1853, quando o estudante Matthew Ward matou em sala de aula o professor de seu irmão; contudo, se tornaram mais populares, violentas e sangrentas a partir da segunda metade do século XX.Os dados da Everytown Research &amp; Policy, mostraram que, desde 2009, houve 274 tiroteios em massa nos EUA, resultando em 1.536 pessoas baleadas e mortas, dos quais 11% aconteceram em escolas. O Small Arms Survey relata que os americanos possuem 393 milhões de armas, dos quais 44% podem ser encontradas em lares, como mostra a pesquisa de 2020 do Instituto Gallup. E o relatório de 2017 do Pew Research Center mostrou que quase metade dos americanos conhece alguém que já foi baleado.<h2>O começo de tudo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/26/26161000456469.jpg" alt="(Fonte: Fallout Wiki/Reprodução)">(Fonte: Fallout Wiki/Reprodução)Para entender como os EUA chegaram a esses números, e acabou consumido pela cultura da arma, é necessário voltar para o fim da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119209-caso-dred-scott-a-decisao-que-impulsionou-a-guerra-civil-americana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Civil</a>, quando os fabricantes de armas convenceram lojas de produtos a venderem revólveres, endereçando aos pais anúncios em jornais alegando que um rifle ajudaria "meninos de verdade" a desenvolverem uma "masculinidade mais consistente".A indústria expandiu o negócio vertiginosamente, e o fim da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120203-e-se-a-escravidao-nao-tivesse-existido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escravidão&nbsp;</a>e todo o período de perseguição pública e institucional aos negros, ajudou na formação de grupos armados, muitos dos quais buscavam "se proteger" dos negros libertos, outros para coagi-los — assim se formou as raízes do discurso de que armas precisam ser cedidas a populares como proteção.Em 15 de dezembro de 1791, a ratificação da Segunda Emenda Constitucional dos Estados Unidos, protegeu o direito de um cidadão manter e portar armas para autodefesa. No início de 1900, 43 estados limitavam ou proibiam armas em locais públicos, mas a Lei Federal de Controle de Armas de 1968, promulgada após os assassinatos dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121916-por-que-a-roupa-ensanguentada-de-jackie-kennedy-nunca-mais-foi-vista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Kennedy</a> e de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120958-como-henry-d-thoreau-influenciou-martin-luther-king-jr.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Martin Luther King Jr</a>., surgiu com o intuito de apenas “supervisionar” melhor o porte, sem querer bani-lo.<h2>Fechando os olhos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/26/26161437097476.jpg" alt="(Fonte: Online Essay Help/Reprodução)">(Fonte: Online Essay Help/Reprodução)A influência das guerras, conflitos, instabilidades sociais e culturais enfrentados pelos americanos na metade do século XX, aumentou o argumento de venda e posse de armas pelo governo, ainda que em 1999, a maioria dos proprietários tenha dito manterem armas para caça e tiro ao alvo, e apenas 26% para uso pessoal. A Pesquisa Nacional de Armas de Fogo de 2015, indicou que 63% dos entrevistados citaram autodefesa como o principal motivo para ter uma arma.Toda a ênfase da sociedade em autodefesa só serviu para dizimar as restrições ao porte de armas e aumentar os índices de criminalidade nas ruas, em escolas e nos lares. Chicago e Nova York, duas cidades que possuem as leis mais rigorosas em controle de armas, sofrem com os índices de crimes mais violentos. Em 2020, o aumento de 50% nas taxas de tiroteios e assassinatos em Chicago fez dela a "cidade mais assassina do país"; enquanto Nova York alcançou estatísticas de 41% em homicídios e 95% em tiroteios.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/26/26161256128474.jpg" alt="(Fonte: Gallup News/Reprodução)">(Fonte: Gallup News/Reprodução)Para os defensores de armas que sustam a fala de que só é necessário leis ainda mais rigorosas no ato de compra para diminuir a criminalidade, o estudo do governo de Barack Obama, feito em 2016 pelo Bureau of Justice Statistic, examinou como os presos obtiveram armas de fogo para usarem durante os crimes, e os resultados apontaram — nada surpreendentemente — que apenas 10,1% deles conseguiram por uma fonte de varejo. A maioria adquiriu por vendas clandestinas ou ilegais, emprestou, trocou ou alugou com familiares que compraram legalmente, ou roubou de suas vítimas.Os viciados, aqueles com antecedentes criminais ou alguém com problemas de saúde mental conseguirão adquirir uma arma legalmente. A verificação de antecedentes é burlada na maioria dos casos, bem como os formulários de vício e saúde mental podem ser alterados, ainda que seja um crime federal.<h2>Negando o óbvio</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/26/26161543629478.jpg" alt="(Fonte: The Journal/Reprodução)">(Fonte: The Journal/Reprodução)Por outro lado, a pesquisa elaborada ao longo de 12 anos na Califórnia pela Universidade de Stanford, mostrou que entre 2012 e 2016, adultos no estado que não possuíam arma, mas moravam com alguém que tinha, eram duas vezes mais propensos a morrer em crimes domiciliares do que seus vizinhos desarmados.Entre as 866 vítimas de homicídio em suas casas durante o período estudado, os coabitantes de proprietários de armas de fogo eram sete vezes mais propensos de serem mortos por alguém que os amava do que os adultos de lares sem armas.A meta-análise de 2014 da Annals of Internal Medicine, endossou esse estudo discutindo que o acesso a uma arma triplica o risco de suicídio e dobra o de homicídio. Uma mulher que vive com um parceiro abusivo, aumenta o risco em cinco vezes de ser assassinada por seu parceiro, vítima de uma arma de fogo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/26/26161632035483.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Em meio a esse cenário caótico, em artigo para a Scientic American, em 2017, a jornalista Melinda Wenner refletiu como a arma é um agente modulador em toda a situação. A posse de arma, de fato, propicia crimes, principalmente diante da noção sem sentido de que mais armas leva a menos crimes.“Quando todos os estudos apontam na mesma direção, podemos nos sentir confiantes de que a flecha aponta para a verdade — que é, neste caso, que as armas não inibem o crime e a violência, mas pioram”, escreve ela.E para aqueles que persistem na ideia popular que estampa adesivos com frases do tipo "armas não matam pessoas, pessoas matam pessoas", Wenner concorda, mas sob uma reflexão: quem está no caminho entre uma pessoa e a vontade de matar?</body>

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