Imagem de Forte mais antigo do mundo é descoberto na Sibéria no megacurioso

Local foi habitado há 8 mil anos e pode reescrever o início da civilização humana

<head></head><body>O estudo dos antigos fortes pode revelar desde <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128247-desvendando-a-historia-7-fatos-fascinantes-sobre-as-tabuas-de-vindolanda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">preciosas escrituras antigas</a> até um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119316-escultura-estranha-de-homem-nu-e-encontrada-em-forte-romano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nude em relevo</a>. Alguns, como o do rei Herodes, eram <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/109132-com-mais-de-dois-mil-anos-herodium-o-forte-do-rei-herodes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bastante luxuosos</a>. Antes de se tornarem fortalezas de guerra, essas construções costumam ser usadas em assentamentos agrícolas. Porém, uma descoberta na Sibéria pode inserir um novo capítulo antes de tudo isso.Os restos do forte Amnya datam de 8 mil anos, segundo novos estudos. Caso isso seja confirmado, mostraria que as tribos de caçadores-coletores pré-históricos não eram tão nômades quanto achávamos. Inclusive, eles teriam começado a estabelecer o próprio espaço muito antes do que os historiadores imaginavam.“Um dos aspectos mais surpreendentes do forte Amnya é a descoberta de que há aproximadamente 8 mil anos, caçadores-coletores na taiga siberiana construíram intrincadas estruturas de defesa”, disse Tanja Schreiber, co-autora do estudo e arqueóloga da Universidade Livre de Berlim. “Isso desafia as suposições tradicionais de que as construções monumentais eram exclusivamente obra de comunidades agrícolas”, complementa a pesquisadora.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Nikita Golovanov/Universidade Livre de Berlim&nbsp;" data-fonte-url="https://www.fu-berlin.de/en/presse/informationen/fup/2023/fup_23_291-aelteste-siedlung-amnya-nachgewiesen/index.html"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/21/21222734779001.jpg" alt="Vista aérea dos restos do forte Amnya. (Foto: Nikita Golovanov/Universidade Livre de Berlim)">Vista aérea dos restos do forte Amnya. (Foto: Nikita Golovanov/Universidade Livre de Berlim)<h2>Estrutura reforçada</h2>Segundo datação por carbono, os primeiros habitantes do forte Amnya são do período Mesolítico – basicamente, a Idade Média da Pedra, entre a Idade da Pedra Lascada e a da Pedra Polida. O local se divide em duas partes, compostas por duas depressões no terreno. O uso de paliçadas de madeira e de paredes de terra chama a atenção por serem uma engenharia aparentemente avançada para o período.Com vista para o rio, a fortaleza deve ter sido um bom posto de observação de inimigos, bem como da caça, pesca e até agricultura. Entretanto, a real função do forte com estruturas tão reforçadas ainda é um mistério. Também não se sabe quem foi que mandou a construção ser erguida. Pode tanto ter sido uma decisão coletiva quanto ideia de algum líder que tenha surgido e ordenado a obra."Os registros étnicos e históricos oferecem uma compreensão diferenciada desses fortes, revelando várias razões potenciais para a fortificação de residências", explica a arqueóloga. O estudo foi publicado na revista Antiquity no começo do mês de dezembro.<h3>Caça e pesca abundantes</h3>Sabe-se que os habitantes da época pescavam peixes no rio Amnya e caçavam alces e renas usando lanças de osso e pontas de pedra. “Nossos novos exames paleobotânicos e estratigráficos revelam que os habitantes da Sibéria Ocidental levavam um estilo de vida sofisticado baseado nos recursos abundantes do ambiente da taiga”, detalha Schreiber.Até hoje, apenas 10 estruturas fortificadas da Idade da Pedra foram encontradas no mundo, mas nenhuma tão antiga. O forte de Amnya pode mostrar que a sociedade se desenvolveu muito antes do que se imaginava e não apenas em assentamentos agrícolas.&nbsp;Nesse local, a pesca e a caça eram predominantes e os recursos abundantes. Assim, a fortaleza pode ter emergido para armazenamento e exploração natural da região.</body>

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Forte mais antigo do mundo é descoberto na Sibéria

Imagem de Cientistas descobrem 'mapa histórico' do campo magnético da Terra no megacurioso

Tijolos milenares da Mesopotâmia demonstram anomalia no campo magnético de 3 mil anos atrás

<head></head><body>Um grupo de pesquisadores descobriu 32 tijolos de argila milenares da <a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127898-6-lugares-misteriosos-que-nao-existem-mais.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwif3oKByp6DAxUNpZUCHUT2Dp8QFnoECAkQAg&amp;usg=AOvVaw0JogIggX-j7oByMOPgGASD" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mesopotâmia</a> que podem contribuir para conhecer melhor o campo magnético&nbsp;da Terra há 3 mil anos. O estudo, que envolve profissionais da University College London (UCL), analisa os materiais em busca de respostas sobre uma anomalia misteriosa.Durante a Idade do Ferro, entre 1050 a.C. e 550 a.C., o campo magnético da Terra era particularmente mais forte na região que hoje abriga o <a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127671-5-coisas-que-sao-muito-mais-antigas-do-que-voce-imagina.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwiwt4Geyp6DAxU6lZUCHTcoDNMQFnoECAQQAg&amp;usg=AOvVaw2m_yu0tsdXrGv3FEDeI44t" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Iraque</a> — e que um dia já foi a Mesopotâmia. Isso pode ser observado nas impressões nos&nbsp;grãos de óxido de ferro dentro dos tijolos encontrados pelo grupo de pesquisa.&nbsp;As evidências do comportamento incomum também foram encontradas na China, Bulgária e nos Açores, mas a área do Oriente Médio possui menos dados. Os materiais foram fabricados com o nome dos reis vigentes na época. Com isso, aliado às alterações no <a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127788-5-descobertas-incriveis-feitas-em-marte.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwi7ju3-yp6DAxVQq5UCHdsnCvcQFnoECAkQAg&amp;usg=AOvVaw21lp6ATRvaZ5Sr4nu6FyfA" rel="noopener noreferrer" target="_blank">óxido de ferro</a>, os cientistas agora possuem um "mapa histórico"&nbsp;do campo magnético terrestre.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20151043484268.jpg" alt="Tijolos da Mesopotâmia forneceram informações relevantes sobre campo magnético terrestre">Tijolos da Mesopotâmia forneceram informações relevantes sobre campo magnético terrestre<h2>Sobre a pesquisa</h2>Segundo o professor Mark Altaweel, do Instituto de Arqueologia da UCL, o auxílio desse "arqueomagnetismo" é um avanço para a ciência. Ele explicou que vestígios culturais, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127924-comunidade-recria-pratos-mesopotamicos-de-5-mil-anos-atras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tijolos e cerâmicas</a>, são mais difíceis de serem datados por não conterem material orgânico (ou seja, moléculas de carbono).&nbsp;Com esse novo método, a datação de vestígios não depende apenas de estratégias como medida de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128310-caverna-de-16-mil-anos-com-sinais-impressionantes-de-habitacao-e-descoberta-na-espanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">radiocarbono</a>, que analisa a deterioração de substâncias orgânicas. "Este trabalho agora ajuda a criar uma importante base de datação que permite que outros se beneficiem da datação absoluta usando o arqueomagnetismo", comentou Altaweel.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20152751328276.jpg" alt="Arqueomagnetismo pode ajudar cientistas a datar mais vestígios culturais">Arqueomagnetismo pode ajudar cientistas a datar mais vestígios culturaisO professor Matthew Howland, principal autor do estudo, também celebra a conquista. "Ao comparar artefatos antigos com o que sabemos sobre as condições antigas do campo magnético, podemos estimar as datas de quaisquer artefatos forjados nos tempos antigos", disse.Para uma análise mais profunda dos tijolos, a equipe extraiu pequenas lascas dos tijolos e utilizou um magnetômetro&nbsp;nos fragmentos. Essa ferramenta é utilizada para medir a direção, força ou mudança relativa de um campo magnético em uma determinada amostra, ou local. A pesquisa foi publicada na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).&nbsp;</body>

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Cientistas descobrem 'mapa histórico' do campo magnético da Terra

Imagem de Ruínas de casas milenares são descobertas em condomínio de Tóquio no megacurioso

As habitações, localizadas na área central da capital japonesa, datam dos períodos Yayoi e Jomon

<head></head><body>As obras de construção de um condomínio na região central de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128343-zoologico-japones-investiga-morte-de-esquilos-por-envenenamento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tóquio</a>, no Japão, foram interrompidas após a descoberta das ruínas de casas construídas há mais de 2 mil anos, em outubro. Conforme destacou o jornal Mainichi Shimbun, as habitações milenares ficavam sob a antiga embaixada do Reino Unido.Foram encontradas 28 residências até o momento, a maioria datando do Período Yayoi, que durou de 300 a.C. a 250 d.C. no país asiático. Também há construções mais antigas, do Período Jomon, e outras que ainda não tiveram a idade definida.Localizadas no distrito de Chiyoda, as moradias possuem algumas diferenças. As mais antigas tinham piso de terra e telhado de palha, enquanto as mais recentes apresentam evolução no processo de construção, trazendo estruturas de madeira acima do solo.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/19/19094927966004.jpg" alt="Área em que as ruínas foram encontradas. (Fonte: Mainichi Shimbun/Reprodução)">Área em que as ruínas foram encontradas. (Fonte: Mainichi Shimbun/Reprodução)Junto aos restos das casas com mais de 2 mil anos havia cerâmicas dos dois períodos, bem como um cano de madeira, um poço e uma adega erguida no início do período moderno. <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121549-ostras-moluscos-e-mexilhoes-qual-e-a-diferenca-entre-eles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Conchas de moluscos</a> descartadas também estavam entre as descobertas no interior de uma das habitações.<h2>Possibilidade de mais casas</h2>O local em que foram achadas as antigas ruínas das casas dos períodos Yayoi e Jomon agora pertence à Mitsubishi Estate Residence Co., que adquiriu o terreno em abril de 2022 do governo do Reino Unido.&nbsp;A empresa se prepara para construir um condomínio, no projeto de revitalização daquela área de Tóquio.No entanto, o governo do distrito de Chiyoda notou que o terreno não passava por escavações desde o início da <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/37480-conheca-quem-foram-alguns-dos-samurais-mais-importantes-do-japao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Era Meiji</a> (1868 a 1912) e obteve autorização da companhia para analisar o local. O levantamento arqueológico abrange uma área total de 7.700 m².<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/19/19101106227007.jpg" alt="Parte das ruínas. (Fonte: Mainichi Shimbun/Reprodução)">Parte das ruínas. (Fonte: Mainichi Shimbun/Reprodução)Até agora, apenas 3.700 m2 foram examinados, de acordo com a publicação, levantando a possibilidade de que mais construções históricas sejam encontradas na região. O trabalho acontecerá até março de 2024, enquanto as obras do condomínio continuam paralisadas.Conforme o professor de arqueologia da Universidade Meiji, Hideshi Ishikawa, a descoberta na área central da capital japonesa surpreendeu a todos, já que poucos assentamentos antigos foram encontrados naquela parte da cidade. “É academicamente importante porque nos dá uma ideia de como as pessoas viviam naquela época”, comentou ele, em entrevista ao Mainichi Shimbun.<h2>Preservação não está garantida</h2>O governo distrital tem planos de preservar o assentamento em Chiyoda, devido à importância histórica da descoberta. No entanto, as negociações com a construtora responsável pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128255-condominio-embaixo-d-agua-empresa-planeja-missao-para-2026.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">condomínio</a> não avançaram, até o momento, havendo a possibilidade de que as ruínas fiquem desprotegidas e desapareçam a partir das obras.Um porta-voz da empresa disse ao jornal que está tratando da preservação com as autoridades locais, mas não deu qualquer garantia de que a área será designada como local histórico nacional, recebendo as medidas de proteção.</body>

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Ruínas de casas milenares são descobertas em condomínio de Tóquio

Imagem de Ruínas de antiga 'padaria-prisão' são encontradas em Pompeia no megacurioso

No local, as pessoas eram forçadas ao trabalho escravo, dividindo o espaço com burros

<head></head><body>As escavações feitas em Pompeia, na Itália, continuam a revelar <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/111661-10-incriveis-descobertas-arqueologicas-de-pompeia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">curiosidades a respeito da antiga cidade do Império Romano</a> destruída após a erupção do vulcão Vesúvio em 1979. A mais recente delas é uma “padaria-prisão”, onde escravos eram obrigados a trabalhar em condições precárias.O estabelecimento funcionava em um cômodo apertado, sem vista para a área externa, contando apenas com pequenas janelas no alto, cercadas por grades, que permitiam a entrada de luz. Detalhes sobre este espaço foram descritos em um artigo publicado dia 8 de dezembro no Diário Eletrônico das Escavações de Pompeia.Conforme os arqueólogos que participaram do trabalho, a padaria usada como prisão para escravos na <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122527-conheca-as-esquisitices-da-vida-cotidiana-dos-romanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antiga cidade romana</a> ficava em uma casa na área conhecida como Regio IX, que começou a ser escavada no início de 2023. O imóvel passava por reformas na época da catastrófica erupção vulcânica.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/13/13161212843306.jpeg" alt="(Fonte: Sítio Arqueológico de Pompeia/Divulgação)">(Fonte: Sítio Arqueológico de Pompeia/Divulgação)A casa era composta por uma área reservada à habitação, onde foram encontrados “afrescos refinados”, e outra destinada à panificação. Nesta última, os pesquisadores encontraram três esqueletos, confirmando a presença de pessoas escravizadas quando a cidade foi tomada pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118189-vesuvio-levou-17-minutos-para-matar-a-populacao-de-pompeia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">material lançado do Vesúvio</a>.<h2>Humanos e animais dividiam o espaço</h2>De acordo com o estudo, a padaria-prisão de Pompeia também era ocupada por burros, que dividiam o espaço com homens e mulheres em situação de escravidão. Os animais movimentavam a pedra do moinho, auxiliando os escravizados em longas jornadas.Além de forçar os animais a trabalhar, as pessoas escravizadas acumulavam as funções de movimentar a pedra, adicionar grãos, acompanhar a moagem e recolher a farinha. Parte desta estrutura ainda existe e ajudou os especialistas a identificar algumas etapas do processo.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/13/13161408833310.jpg" alt="(Fonte: Sítio Arqueológico de Pompeia/Divulgação)">(Fonte: Sítio Arqueológico de Pompeia/Divulgação)Na porção sul da área de panificação se localiza a pedra do moinho, conectada a um estábulo com bebedouro. Os arqueólogos encontraram, ainda, diversas cavidades que possivelmente foram criadas para coordenar os movimentos de escravizados e burros.Outro detalhe revelado pela equipe é que animais e humanos precisavam trabalhar em sincronia, devido ao tamanho minúsculo do local ao redor do equipamento de moagem, impedindo a passagem de ambos lado a lado. Acredita-se que a prisão tenha funcionado por anos, com base nos sinais de desgaste.<h2>Obra descreve a prisão</h2>Em comunicado, o coautor da pesquisa, Gabriel Zuchtriegel, lembrou que condições de trabalho degradantes como a desta prisão transformada em moinho de grãos em Pompeia foram descritas no livro O Asno de Ouro, lançado pelo escritor Apuleio no século II. A obra narra a exploração de pessoas e animais nos moinhos da antiguidade.“É o lado mais chocante da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125158-quando-comecou-a-escravidao-de-pessoas-negras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escravidão</a> antiga, aquele desprovido de relações de confiança e de promessas de alforria, onde fomos reduzidos à violência bruta, impressão que é inteiramente confirmada pela fixação das poucas janelas com barras de ferro”, destacou o diretor do Sítio Arqueológico de Pompeia.</body>

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Ruínas de antiga 'padaria-prisão' são encontradas em Pompeia

Imagem de As 6 descobertas arqueológicas mais importantes de 2023 no megacurioso

Os achados incluem espadas romanas bem preservadas e até uma cidade inteira no México

O ano de 2023 foi considerado muito bem-sucedido pelo campo da arqueologia. Foram v&aacute;rias conquistas e revela&ccedil;&otilde;es da &aacute;rea nos &uacute;ltimos meses, incluindo objetos, est&aacute;tuas e at&eacute; uma cidade inteira.
Essas novidades foram fruto tanto de novas tecnologias empregadas em pesquisas, incluindo sensores e intelig&ecirc;ncia artificial, quanto achados puramente acidentais. A seguir, confira algumas das principais descobertas arqueol&oacute;gicas do ano.
<h2>1. Cidade maia</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/11/11164005088381.jpg" alt="Ocomt&uacute;n vista do alto pelos sensores. (Fonte: INAH/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Ocomt&uacute;n vista do alto pelos sensores. (Fonte: INAH/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Essa talvez seja a descoberta mais impressionante do ano, j&aacute; que se trata de uma cidade perdida at&eacute; ent&atilde;o desconhecida de especialistas.
<ul>
<li style="font-weight: bold;">Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125657-antiga-cidade-maia-e-descoberta-em-meio-a-selva-no-mexico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Antiga cidade Maia &eacute; descoberta em meio &agrave; selva no M&eacute;xico&nbsp;</a></li>
</ul>
A cidade maia de Ocomt&uacute;n ("coluna de pedra", no idioma local) foi encontrada na floresta de Balamk&uacute;, no M&eacute;xico, e foi provavelmente habitada&nbsp;at&eacute; o ano de 250. Ela tem 48,5 hectares &mdash; quase 70 campos de futebol &mdash; e &eacute; composta por v&aacute;rias pra&ccedil;as e templos. A descoberta s&oacute; foi poss&iacute;vel gra&ccedil;as ao uso de um sensor LiDAR, um laser usado normalmente para posicionamento geogr&aacute;fico.
<h2>2. Espadas romanas</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/11/11164932472408.jpg" alt="(Fonte: Israel Antiquities Authority/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Israel Antiquities Authority/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em setembro, pesquisadores da Autoridade de Antiguidades de Israel anunciaram a descoberta de quatro espadas da era do Imp&eacute;rio Romano. Os itens t&ecirc;m um estado de preserva&ccedil;&atilde;o &oacute;timo para a idade: elas passaram quase 1.900 anos em uma caverna no deserto da Jud&eacute;ia, a leste de Jerusal&eacute;m.
As espadas s&atilde;o feitas com l&acirc;minas de ferro e cabo com elementos de couro e madeira. Usadas em especial pela cavalaria para conter rebeli&otilde;es na regi&atilde;o, elas provavelmente foram roubadas ou coletadas de inimigos abatidos. Testes em andamento devem revelar mais detalhes sobre os materiais.&nbsp;
<h2>3. Oficinas de mumifica&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/11/11170740780425.jpg" alt="Algumas das ferramentas das oficinas. (Fonte: AhramOnline/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Algumas das ferramentas das oficinas. (Fonte: AhramOnline/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O Minist&eacute;rio de Turismo e Antiguidades do Egito confirmou em maio de 2023 a descoberta de duas oficinas de mumifica&ccedil;&atilde;o bem preservadas. Elas ficam em Saqqara e, at&eacute; agora, s&atilde;o as maiores e mais completas j&aacute; encontradas por arque&oacute;logos. Uma delas data de 2.400 a.C.
Os v&aacute;rios c&ocirc;modos eram usados para embalsamentos, um para cada processo e com camas de pedra para acomodar as futuras m&uacute;mias. Vasilhas e ferramentas usadas nos rituais tamb&eacute;m foram encontradas, assim como estatuetas. Al&eacute;m disso, um dos locais se destacou por aparentemente usado para fazer o processo em animais considerados sagrados, n&atilde;o em humanos.
<h2>4. Poss&iacute;vel livro mais antigo do mundo</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/11/11171538827430.jpg" alt="O fragmento do livro. (Fonte: University of Graz/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />O fragmento do livro. (Fonte: University of Graz/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Um papiro eg&iacute;pcio estudado por cientistas da Universidade de Graz pode ser um fragmento de um dos livros mais antigos j&aacute; encontrados. O "livro mumificado", chamado assim ter sido usado para embalsamar uma m&uacute;mia, era provavelmente parte de um volume organizado em cadernos.
Datado do s&eacute;culo III a.C., ele foi encontrado em 1902 junto do cad&aacute;ver preservado, mas ainda n&atilde;o havia sido identificado. Ele pode ser s&eacute;culos mais antigo que as obras tidas como as mais antigas da humanidade at&eacute; agora, mesmo sem ind&iacute;cios do paradeiro do resto do material.
<h2>5. Templo submerso</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/11/11172212884435.jpg" alt="Parte do templo nabateu. (Fonte: Ministero Della Cultura/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Parte do templo nabateu. (Fonte: Ministero Della Cultura/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Um templo perdido no fundo do mar foi revelado em N&aacute;poles, na It&aacute;lia. O local fica nas ru&iacute;nas da antiga cidade de Puteoli, hoje submersa na ba&iacute;a, e foi inicialmente descoberto durante um mergulho de arque&oacute;logos em 2021.
Pelas inscri&ccedil;&otilde;es em latim, o templo foi erguido h&aacute; 2 mil anos para cultuar deuses dos nabateus, um povo ancestral dos &aacute;rabes <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127549-5-cidades-incriveis-construidas-totalmente-no-subsolo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">respons&aacute;vel pela cidade de Petra</a>. N&atilde;o h&aacute; evid&ecirc;ncias de outras constru&ccedil;&otilde;es dessa civiliza&ccedil;&atilde;o na regi&atilde;o e o comportamento delas n&atilde;o coincide com a constru&ccedil;&atilde;o de um altar t&atilde;o distante.
<h2>6. Relevo de neandertais</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/11/11173031840438.jpg" alt="As marca&ccedil;&otilde;es em La Roche-Cotard. (Fonte: Jean-Claude Marquet/Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" />As marca&ccedil;&otilde;es em La Roche-Cotard. (Fonte: Jean-Claude Marquet/Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;
Um grupo de cientistas liderados por Jean-Claude Marquet anunciou em um artigo cient&iacute;fico publicado em junho de 2023 uma descoberta sobre os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126820-apos-40-mil-anos-os-neandertais-ainda-vivem-em-nosso-dna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neandertais</a>. A equipe encontrou em uma caverna na atual Fran&ccedil;a as prov&aacute;veis gravuras em relevo mais antigas feitas por essa esp&eacute;cie.
As marca&ccedil;&otilde;es nas paredes de La Roche-Cotard foram analisadas com t&eacute;cnicas de modelagem 3D e confirmadas como intencionais, ou seja, um "trabalho art&iacute;stico" proposital. O significado dos relevos ainda n&atilde;o foi definido&nbsp;

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As 6 descobertas arqueológicas mais importantes de 2023

Imagem de Caverna de 16 mil anos com sinais impressionantes de habitação é descoberta na Espanha no megacurioso

Além de surpreendentemente bem preservado, o local pertencia ao povo Magdaleniano, que viveu em cavernas na atual França e Espanha entre 12 e 17 mil anos atrás

<head></head><body>Há cerca de 16 mil anos, um deslizamento de terra desceu uma encosta e bloqueou a entrada do complexo de cavernas espanhol La Garma, uma intrincada rede de passagens que serpenteia por vários níveis subterrâneos. Agora, arqueólogos que exploraram o complexo encontraram uma área da caverna que foi usada como habitação por <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128031-fossil-revela-semelhancas-entre-homem-pre-historico-e-atual.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">humanos pré-históricos</a> há 16,8 mil anos.Descoberta pelos pesquisadores Pablo Arias e Roberto Ontañón, da Universidade da Cantábria, essa seção da gruta parece ser uma verdadeira "cápsula do tempo", uma vez que foi considerada uma das habitações paleolíticas mais bem preservadas do mundo. A residência, que é um espaço oval de cerca de 5 metros quadrados, inclui uma série de objetos notáveis que lançaram uma luz fascinante sobre a vida pré-histórica.<h2>Descoberta histórica</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/13/13173735935390.jpg" alt="(Fonte: Projeto La Garma/Divulgação)">(Fonte: Projeto La Garma/Divulgação)De acordo com os pesquisadores, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125221-6-das-cavernas-mais-impressionantes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">caverna</a> estudada parecia estar centrada em torno de uma pequena fogueira, onde os caçadores-coletores pré-históricos aparentemente se reuniam enquanto realizavam suas atividades diárias. Isso incluía fazer ferramentas de pedra, ossos e chifres, além de manusear a pele de animais para a confecção de outros itens.Os arqueólogos conseguiram encontrar a moradia e seus objetos ao longo de dois anos de pesquisa. Para preservar o espaço, eles recorreram a técnicas não invasivas, como mapeamento 3D, análise do solo e datação por radiocarbono. No entanto, esta habitação é apenas uma pequena parte do complexo da caverna La Garma. O complexo é um sítio arqueológico único onde pesquisadores descobriram artes rupestres, vestígios paleolíticos e milhares de fósseis.Até agora, foram descobertos cinco níveis do complexo de cavernas que parecem mostram evidências da atividade humana ao longo de 300 mil anos. Ao longo dos anos, mais de 4 mil objetos foram achados na região, incluindo ossos de veados, cavalos e bisões, 600 peças de pederneira, agulhas, conchas de moluscos e pingentes usados pelos próprios habitantes das cavernas.<h2>Artefatos raros</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/13/13173826087391.jpg" alt="(Fonte: Projeto La Garma/Divulgação)">(Fonte: Projeto La Garma/Divulgação)Entre os itens encontrados na área, talvez o que mais tenha chamado a atenção dos arqueólogos foi um conjunto de ossos decorados. Eles incluem a falange de um auroque — uma espécie extinta de gago — gravada com uma representação do animal e um rosto humano. A habitação descoberta mais recentemente teria sido usada por humanos pré-históricos durante a Era Paleolítica, também chamada de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123047-5-fatos-misteriosos-sobre-a-idade-da-pedra.htm#:~:text=Chamamos%20de%20Idade%20da%20Pedra,3%2C4%20milh%C3%B5es%20de%20anos." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade da Pedra Antiga</a>.Durante este período, que se estendeu de cerca de 2,5 milhões de anos atrás até 10000 a.C., os humanos pré-históricos viviam em cavernas ou simples cabanas, operando em sociedades de caçadores-coletores. Esses povos também foram os primeiros a deixar para trás obras de arte como pinturas rupestres e esculturas em pedra, semelhantes à falange do auroque esculpida.Durante a Idade da Pedra Média, após o fim da última Era do Gelo, os humanos foram forçados a migrar, o que causou a extinção de muitos dos animais que tradicionalmente caçavam. Como tal, a caverna de 16,8 mil anos encontrada no complexo de La Garma oferece uma visão reveladora de como teria sido a vida para esses povos no Paleolítico.</body>

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Caverna de 16 mil anos com sinais impressionantes de habitação é descoberta na Espanha

Imagem de Desvendando a história: 7 fatos fascinantes sobre as tábuas de Vindolanda no megacurioso

Conheça as tábuas de Vindolanda, onde a história é escrita em cada entalhe, revelando segredos da Grã-Bretanha romana que ecoam através dos séculos

<head></head><body>Vindolanda, um tesouro de inteligência sobre a vida britânica durante o domínio romano, revela-se através das tábuas descobertas em um antigo forte romano no norte da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127453-5-incriveis-tesouros-anglo-saxoes-encontrados-por-arqueologos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grã-Bretanha</a>. Em contraste com objetos reluzentes destacados em programas de televisão, essas tábuas oferecem uma riqueza de detalhes sobre a vida na fronteira britânica do Império Romano nos primórdios. Explore conosco sete fatos esclarecedores que transformam essas tábuas em testemunhas vívidas do passado.<h2>1. As origens das tábuas de Vindolanda</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/03/03191312618006.jpg" alt="Muralha de Adriano. (Fonte: Getty Images / Reprodução)">Muralha de Adriano. (Fonte: Getty Images / Reprodução)No início da Grã-Bretanha romana, o imperador Cláudio enviou tropas para estabelecer fortalezas, resultando na construção do forte Vindolanda em 85 d.C., localizado ao sul da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119499-a-muralha-de-adriano-o-marco-historico-romano-na-inglaterra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Muralha de Adriano</a>. Ao longo de 500 anos, o forte foi reconstruído nove vezes, preservando as tábuas graças às camadas de selante e à falta de oxigênio nas profundezas do solo.<h2>2. A descoberta pioneira de 1973</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/03/03191756771007.jpg" alt="Robin Birley. (Fonte: The Sunday Times / Reprodução)">Robin Birley. (Fonte: The Sunday Times / Reprodução)Em 1973, o arqueólogo britânico Robin Birley desenterrou a primeira tábua de Vindolanda, marcando o início das descobertas significativas. Esse evento foi crucial, pois quase não se encontravam mensagens manuscritas daquela era na Grã-Bretanha romana. A emoção de encontrar "<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124613-os-4-mais-enigmaticos-textos-hieroglificos-ja-descobertos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hieróglifos</a> de tinta" em pedaços frágeis de madeira foi inigualável.<h2>3. Expansão contínua das descobertas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/03/03192817235010.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)">(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)As escavações subsequentes lideradas por Birley resultaram na descoberta de mais de 1800 tábuas. O trabalho arqueológico em Vindolanda continua revelando não apenas tábuas, mas uma variedade de artefatos. Ainda se estima que apenas um quarto do local tenha sido escavado até o momento.<h2>4. Tinta e madeira: diversidade nas tábuas de Vindolanda</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/03/03193025365011.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)">(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)Enquanto algumas tábuas seguem o padrão romano com cera e estilete, muitas, incluindo a primeira descoberta, foram escritas com tinta. A composição de carbono, goma arábica e água indica uma prática regular na área, desafiando a expectativa da raridade de tábuas de tinta na Grã-Bretanha.<h2>5. Vestimenta dos soldados revelada</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/03/03193155221012.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)A primeira tábua confirmou a utilização de meias e cuecas por soldados romanos em clima frio. Apesar de não fazerem parte do uniforme padrão, a mensagem destaca o uso ocasional dessas peças como vestimenta adicional.<h2>6. Convites e vida familiar nos fortes</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/03/03193353720013.jpg" alt="Tábua convidando para um aniversário. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)">Tábua convidando para um aniversário. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)Oficiais podiam trazer suas famílias para os fortes, conforme evidenciado por uma tábua que convidava para uma festa de aniversário. A correspondência entre as esposas dos oficiais oferece uma visão íntima da vida na fronteira.<h2>7. Latim como língua franca</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/03/03194123103014.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Surpreendentemente, as tábuas, escritas em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119042-palavroes-em-latim-como-os-antigos-romanos-xingavam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">latim</a>, revelam que a maioria dos soldados em Vindolanda eram tropas auxiliares, recrutadas de territórios diversos. O registro meticuloso em latim, presente nas tábuas, indica a necessidade de comunicação eficaz entre pessoas de origens diversas.As tábuas de Vindolanda transcendem a simplicidade do material para nos proporcionar uma visão profunda da vida na fronteira romana. Cada inscrição é uma cápsula do tempo, revelando não apenas fatos históricos, mas também nuances emocionais e sociais da época. Ao desvendarmos esses sete fatos esclarecedores, somos transportados para um passado rico em detalhes, graças a essas preciosas mensagens entalhadas na madeira.</body>

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Desvendando a história: 7 fatos fascinantes sobre as tábuas de Vindolanda

Imagem de Rara evidência de crucificação romana é encontrada na Grã-Bretanha no megacurioso

Pesquisadores descobriram o esqueleto de um homem com um prego martelado no osso do calcanhar, o que seria a primeira prova física da crucificação na região

<head></head><body>Pela primeira vez na história, pesquisadores encontraram uma evidência física de crucificação romana em território bretão. Arqueólogos desenterraram o esqueleto de um homem de 25 a 35 anos que teria morrido no que hoje é Cambridgeshire, na Inglaterra, entre 130 e 360 d.C.Um prego foi martelado no osso do calcanhar do corpo supostamente pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119808-imperio-romano-so-1-a-cada-4-imperadores-morreram-de-causas-naturais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Império Romano</a>. Evidências arqueológicas de crucificações são bastante raras, sobretudo porque as vítimas não costumavam receber um enterro adequado. Além disso, a maioria das crucificações usava corda em vez de pregos para amarrar os condenados à cruz.<h2>Evidências pelo mundo</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Arqueologia de Albion/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://th-thumbnailer.cdn-si-edu.com/SQGvNWAekd99e5zoZW0nV2z4fdI=/fit-in/1072x0/filters:focal(702x522:703x523)/https://tf-cmsv2-smithsonianmag-media.s3.amazonaws.com/filer_public/11/cc/11ccc5af-2ec8-44f9-96a4-5cc62652da8f/archaeologist_at_grave.jpeg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/05/05151406174222.jpg" alt="(Fonte: Arqueologia de Albion/Divulgação)">(Fonte: Arqueologia de Albion/Divulgação)Segundo uma reportagem produzida pela BBC News, existem apenas três outros possíveis exemplos físicos de crucificação durante a era antiga conhecidos no mundo: um em Gavello, na Itália; um em Mendes, no Egito; e o último em Giv'at ha-Mivtar, no norte de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118794-por-que-jerusalem-nao-e-a-capital-de-israel.htm#:~:text=Uma%20cidade%20sagrada%20para%20todos,constru%C3%ADdos%20em%20meio%20%C3%A0%20cidade." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jerusalém</a>.&nbsp;“A feliz combinação de boa preservação e o prego deixado no osso permitiu-me examinar este exemplo quase único quando tantos milhares foram perdidos”, celebrou a autora do estudo e arqueóloga da Universidade de Cambridge, Corinne Duhig, em comunicado oficial.Os restos mortais, apelidados de Esqueleto 4926, foram descobertos durante uma escavação realizada antes de uma construção da vila de Fenstanton em 2017. A comunidade fica ao longo da rota da Via Devana, uma antiga estrada romana que ligava Cambridge a Godmanchester.&nbsp;Segundo os pesquisadores, o assentamento da era romana de Fenstanton incluía um grande edifício, um pátio formal e superfícies de estradas. A equipe também encontrou no local broches esmaltados, moedas, cerâmica decorada e ossos de animais. No total, cinco pequenos cemitérios contendo os restos mortais de 40 adultos e 5 crianças foram construídos ali. Datados para o século IV d.C., a maioria dos corpos apresentada sinais de doenças dentárias, malária e lesões físicas.<h2>Prática da crucificação</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Arqueologia de Albion/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://th-thumbnailer.cdn-si-edu.com/sO3FLKX1uPQaYBvBZDdJ6whUn7E=/1000x750/filters:no_upscale():focal(700x527:701x528)/https://tf-cmsv2-smithsonianmag-media.s3.amazonaws.com/filer_public/81/a0/81a0c12f-afcd-454d-85a2-44142f8ae8c8/crucifixion_nail.jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/05/05151518875223.jpg" alt="(Fonte: Arqueologia de Albion/Divulgação)">(Fonte: Arqueologia de Albion/Divulgação)De acordo com historiadores, a prática da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127287-como-teria-sido-a-crucificacao-de-jesus-cristo-segundo-evidencias-historicas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crucificação</a> provavelmente começou na Pérsia entre 300 e 400 a.C. sob o Império Romano, que reservava esse método de execução para escravos, cristãos, estrangeiros, ativistas políticos e soldados desgraçados. A causa da morte dessas pessoas normalmente era asfixia, perda de fluidos corporais e falência de órgãos. Em geral, as vítimas levavam entre três horas e quatro dias para morrer.O esqueleto 4926 mostrou evidências de sofrimento severo antes da morte. De acordo com o comunicado dos pesquisadores, as pernas do homem apresentavam sinais de infecção ou inflamação, possivelmente causadas por amarras ou algemas. Seis de suas costelas foram fraturadas no processo, provavelmente por golpes de espada.O cadáver estava enterrado ao lado de uma tábua de madeira e cercado por 12 pregos que provavelmente foram removidos depois que ele foi retirado da cruz. Um entalhe menor localizado próximo ao buraco principal no calcanhar do homem sugere uma tentativa fracassada de pregá-lo na prancha.Os arqueólogos acrescentam que o homem em questão e outras pessoas do cemitério podem ter sido pessoas escravizadas. Análises de DNA feitas com os restos mortais revelaram que o esqueleto 4926 não era geneticamente relacionado a nenhum dos outros corpos encontrados no local, mas fazia parte da população nativa da área.</body>

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Rara evidência de crucificação romana é encontrada na Grã-Bretanha

Imagem de Dinossauros seriam extintos mesmo sem o asteroide que os atingiu, afirma estudo no megacurioso

Uma nova pesquisa sugere que mudanças climáticas anteriores ao impacto já estavam adiantando o fim dos dinossauros

A teoria de que um asteroide n&atilde;o fora a causa principal da extin&ccedil;&atilde;o dos dinossauros, h&aacute; 66 milh&otilde;es de anos, foi refor&ccedil;ada com um novo estudo publicado na Science Advances em outubro. Conforme o artigo, mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas j&aacute; haviam tra&ccedil;ado o destino dos r&eacute;pteis gigantes muito antes do impacto catacl&iacute;smico.
As altera&ccedil;&otilde;es no clima da Terra, no Cret&aacute;ceo, teriam sido causadas por enormes erup&ccedil;&otilde;es vulc&acirc;nicas, preparando o terreno para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124454-entenda-as-5-agora-6-extincoes-em-massa-do-planeta-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extin&ccedil;&atilde;o em massa</a>. Ind&iacute;cios do fen&ocirc;meno foram encontrados pelos autores nas rochas das Armadilhas de Deccan, na &Iacute;ndia.
Um dos eventos que contribuiu para a crise clim&aacute;tica aconteceu ali, como afirma a equipe internacional de cientistas liderada por Don Baker, professor do Departamento de Ci&ecirc;ncias da Terra e Planet&aacute;rias da Universidade McGill, no Canad&aacute;. A incr&iacute;vel erup&ccedil;&atilde;o de 1 milh&atilde;o de km&sup3; de rocha derretida teve um enorme impacto na temperatura global.
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/30/30100344442521.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Acredita-se que o lan&ccedil;amento de todo este material desencadeou quedas globais de temperatura de curta dura&ccedil;&atilde;o, repetidas vezes, a partir da desgaseifica&ccedil;&atilde;o do enxofre vulc&acirc;nico. Isso teria acontecido cerca de 100 mil anos antes da&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128145-5-coisas-que-sobreviveram-ao-asteroide-chicxulub.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">queda do asteroide na regi&atilde;o de Chicxulub</a>, na Pen&iacute;nsula de Yucat&aacute;n, no atual M&eacute;xico.
<ul>
<li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128145-5-coisas-que-sobreviveram-ao-asteroide-chicxulub.htm" target="_blank" rel="sponsored">5 coisas que sobreviveram ao asteroide Chicxulub</a></li>
</ul>
<h2>Invernos vulc&acirc;nicos</h2>
As quedas frequentes de at&eacute; 10&nbsp;&deg;C na temperatura global, em meio a curtos per&iacute;odos de recupera&ccedil;&atilde;o, foram chamadas pelos pesquisadores de &ldquo;invernos vulc&acirc;nicos&rdquo;. Eles teriam durado por d&eacute;cadas antes da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117910-como-os-dinossauros-foram-extintos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extin&ccedil;&atilde;o dos dinossauros</a>, afetando seriamente as condi&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas do planeta.
Usando uma nova t&eacute;cnica para medir as concentra&ccedil;&otilde;es de enxofre nas Armadilhas de Deccan, o time chefiado por Baker afirma que as&nbsp;emiss&otilde;es originadas ali foram suficientes para as altera&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas catastr&oacute;ficas. &ldquo;Essa instabilidade teria dificultado a vida de todas as plantas e animais e preparado o cen&aacute;rio para o evento de extin&ccedil;&atilde;o dos dinossauros&rdquo;, explicou o especialista, em comunicado.
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/30/30101108629533.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
An&aacute;lises de restos de cascas de ovos e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124681-5-fosseis-impressionantes-que-foram-descobertos-por-acaso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fragmentos &oacute;sseos dos gigantes pr&eacute;-hist&oacute;ricos</a> tamb&eacute;m sugerem que muitas esp&eacute;cies de dinossauros sentiram os impactos da crise clim&aacute;tica prolongada. No entanto, h&aacute; alguns estudos que contestam a a&ccedil;&atilde;o das erup&ccedil;&otilde;es vulc&acirc;nicas como influenciadoras do desaparecimento dos animais.
Em uma investiga&ccedil;&atilde;o feita em 1991, os autores descartaram a teoria. Mas com os novos ind&iacute;cios encontrados agora, a hip&oacute;tese voltou a ganhar for&ccedil;a no meio cient&iacute;fico, junto com mais pesquisas sugerindo o papel desempenhado pela atividade vulc&acirc;nica em todo o processo.
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128058-qual-especie-vai-dominar-a-terra-quando-a-humanidade-acabar.htm" target="_blank" rel="sponsored">Qual esp&eacute;cie vai dominar a Terra quando a humanidade acabar?</a></li>
</ul>
<h2>O golpe final</h2>
&Eacute; importante ressaltar que o estudo mais recente n&atilde;o descarta a contribui&ccedil;&atilde;o do asteroide para o fim dos dinossauros. Mas conforme os autores, a rocha espacial foi respons&aacute;vel somente pelo golpe final em um ambiente j&aacute; bastante debilitado.
Calcula-se que o b&oacute;lido tinha cerca de 10 km de di&acirc;metro, com a sua queda abrindo uma cratera gigantesca de 180 km de extens&atilde;o. O impacto gerou uma onda de choque devastadora e resultou na <a href="https://www.megacurioso.com.br/evolucao/99344-asteroide-que-exterminou-os-dinossauros-quase-acabou-com-os-mamiferos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aniquila&ccedil;&atilde;o de 75% das esp&eacute;cies terrestres</a>.

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Dinossauros seriam extintos mesmo sem o asteroide que os atingiu, afirma estudo

Imagem de Múmias infantis de 1 mil anos são desenterradas no Peru no megacurioso

De acordo com arqueólogos, restos mortais de quatro crianças foram enterrados ao lado de um adulto e ainda apresentam cabelos na cabeça

<head></head><body>Arqueólogos no Peru recentemente desenterraram os restos mumificados de quatro crianças num antigo espaço cerimonial que remonta a pelo menos 1 mil anos. As múmias infantis foram encontradas ao lado de um adulto em um dos bairros mais antigos da cidade de Lima.Com base na idade das múmias, os pesquisadores acreditam que as crianças faziam parte da cultura pré-incaica Ychsma, que já habitou a costa central do país. O Reino Ychsma, fundado por volta de 1100 d.C., já dominou a maior parte do vale do rio Lurín antes de ser eventualmente absolvido pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128074-5-inovacoes-surpreendentes-criadas-pelo-imperio-inca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Império Inca</a>. O cemitério onde os corpos foram encontrados é conhecido como Huaca La Florida.<h2>Descoberta fascinante</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/30/30165818621292.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Alguns dos restos mortais recém-descobertos foram encontrados ao pé de uma escada que levava a uma pequena colina, a qual os arqueólogos acreditam ser sido o local de um templo escondido — construído há cerca de 3,5 mil anos. “Toda esta área é uma câmara cerimonial muito importante”, disse o pesquisador Luis Takuda em entrevista à Reuters.&nbsp;Segundo Takuda, as pessoas que viveram nessa região durante o período Ychsma ainda o consideravam um espaço sagrado e, por isso, enterravam seus mortos ali. Ao lado das <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123295-6-usos-estranhos-para-as-mumias-do-antigo-egito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">múmias</a>, também foi encontrado uma grande variedade de cerâmicas. Cada uma das múmias foi descoberta enrolada em posição fetal e embrulhada em feixes de cipó. Para a surpresa dos pesquisadores, alguns dos crânios ainda apresentavam cabelos.&nbsp;Essa descoberta ocorreu pouco mais de dois meses após um achado semelhante no distrito de Miraflores, também em Lima, em setembro de 2023. Naquela época, arqueólogos descobriram outra múmia de 1 mil anos, com longos cabelos castanhos, modelados em um estilo distinto.<h2>Herança histórica</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/30/30165842230294.jpg" alt="(Fonte: Associated Press/Divulgação)">(Fonte: Associated Press/Divulgação)Segundo o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118367-machu-picchu-5-fatos-incriveis-sobre-a-cidade-peruana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ministério da Cultura do Peru</a>, existem mais de 400 huacas — ou lugares sagrados — espalhados por Lima, tornando a cidade um foco de descobertas arqueológicas. Isso também é um exemplo claro da história do país e das diversas culturas que ali residiram no passado. Segundo especialistas, diversos desses espaços sagrados já estavam em ruínas quando foram reutilizados como espaços funerários.Outro ponto importante a se destacar é que, embora os sacrifícios humanos fossem comuns nas culturas pré-hispânicas da região, cada uma dessas descobertas recentes é um indicativo de enterros normais. Atualmente, outro projeto arqueológico em alta no Peru se chama "Garagay", que se concentra em um templo pré-inca de 3,5 mil anos na região norte da capital.Infelizmente, esse templo não foi mantido em boas condições, o que fez com que os pesquisadores tivessem que passar meses limpando o morro de cerca de oito toneladas de lixo acumulado na região. Como consequência, esses extensos locais urbanos às vezes acabam ocupando os limites das huacas, sufocando ou isolando um pedaço histórico importante. Ainda assim, tudo indica que o território peruano continua escondendo uma parte relevante da história da humanidade que está esperando para ser revelada.&nbsp; </body>

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