Imagem de Mão protética de 400 anos releva passado de médicos medievais no megacurioso

Achado raro foi descoberto por arqueólogos junto com o esqueleto de seu antigo proprietário na Alemanha

<head></head><body>Um grupo de pesquisadores foi pego de surpresa recentemente ao encontrar uma prótese de mão de 400 anos em um sítio arqueológico na Alemanha, juntamente com os ossos muito bem preservados de seu antigo proprietário. O achado mostra como a medicina avançava em passos largos na <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121347-5-refeicoes-bizarras-que-eram-normal-na-era-medieval.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Era Medieval</a>, embora a vida ainda fosse consideravelmente rústica em comparação com sociedades modernas.O esqueleto foi encontrado durante as obras de instalação de novas tubulações na cidade bávara de Freising, perto da igreja paroquial de São Jorge. Em um comunicado de imprensa, o Gabinete do Estado da Baviera para a Proteção de Monumentos descreveu o artefato como "algo especial", ainda mais quando se constatou que os restos mortais da mão esquerda ainda estavam inseridos numa prótese sofisticada.<h2>Próteses medievais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/01/01154117304423.jpg" alt="(Fonte: Gabinete do Estado da Baviera/Divulgação)">(Fonte: Gabinete do Estado da Baviera/Divulgação)De acordo com os pesquisadores, todos os indícios mostram que os dedos da mão esquerda do cadáver foram amputados ainda quando o indivíduo estava vivo — restando apenas o seu polegar intacto. A prótese em questão, por sua vez, foi construída usando ferro e metal, sendo então revestida com couro.&nbsp;No interior do artefato, os arqueólogos encontraram restos de um pano parecido com uma gaze, o qual teria provavelmente servido para amortecer o local da amputação em contato com a mão protética. "A prótese de mão oca na mão esquerda adicionou quatro dedos. Os dedos indicador, médio, anular e mínimo são formados individualmente em chapa de metal e são imóveis", explicou o chefe do Escritório de Estado da Baviera para Proteções de Monumentos, Walter Irlinger.&nbsp;Em seu relato, Irlinger destacou que os dedos ficaram paralelos entre si, ligeiramente curvados. Os pesquisadores presumem que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/112536-proteses-sao-controladas-pela-mente-de-paciente-apos-cirurgia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">prótese</a> foi projetada para conter tiras que fossem amarradas no coto da mão.<h2>Dados aprofundados</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/01/01154219627426.jpg" alt="(Fonte: Gabinete do Estado da Baviera/Divulgação)">(Fonte: Gabinete do Estado da Baviera/Divulgação)Pesquisas feitas com datação por radiocarbono e análises dos restos mortais revelaram que o cadáver pertencia a um homem entre 30 e 50 anos no momento de sua morte, em algum momento entre 1450 e 1620. Os especialistas afirmaram que é difícil constatar que tipo de acidente causou a amputação de seus dedos, mas historicamente sabemos que esse foi um período marcado por <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122387-5-historias-fascinantes-de-guerra-ao-longo-dos-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">conflitos</a> em toda a Europa Central.Por exemplo, a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) trouxe a luta diretamente para o coração de Freising, onde o corpo foi achado. Todas essas batalhas teriam significado mais amputações entre a população e também uma maior procura por tecnologias protéticas. Cerca de 50 próteses comparáveis foram recuperadas até agora em toda a Europa, incluindo exemplos estáticos e mecânicos.Um dos exemplares mais complexos e famosos até hoje é chamado de "Mão de Ferro", usada pelo cavaleiro Götz von Berlichingen após perder a mão direita devido a tiros de canhão. Embora a mão protética recuperada em Freising tenha sido menos impressionante mecanicamente do que descobertas passadas, vale ressaltar que esse ainda é um achado arqueológico incrível e demonstra o cuidado tomado para tentar tornar a vida o mais fácil possível para habitantes medievais com algum tipo de desabilitação física.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:16.111Z

Mão protética de 400 anos releva passado de médicos medievais

Imagem de Tumba de 5 mil anos encontrada na Escócia tem esqueletos abraçados no megacurioso

Arqueólogos descobrem 14 esqueletos humanos em ruínas de uma tumba do período Neolítico

<head></head><body>Uma equipe de arqueólogos desenterrou uma tumba de 5 mil anos nas pitorescas ilhas Orkney, na costa norte da Escócia. A escavação, liderada pelo renomado Dr. Hugo Anderson-Whymark, dos Museus Nacionais da Escócia, e pela professora Vicki Cummings, da Universidade de Cardiff, revelou uma estrutura monumental que remonta ao período neolítico.&nbsp;Esse <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127140-veja-os-4-maiores-tesouros-historicos-ja-encontrados-em-escavacoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tesouro histórico</a>, que permaneceu escondido por séculos, contém os esqueletos de 14 indivíduos, entre homens, mulheres e crianças, incluindo um par que parecia estar se abraçando, proporcionando um vislumbre extraordinário da vida neolítica.<h2 style="text-align: justify;">Engenharia neolítica</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/30/30211130584015.jpg" alt="Escavações em tumba rara localizada nas Ilhas Orkney, na Escócia, revelaram ossadas impressionantes que remontam ao período neolítico. (Fonte: National Museums Scotland/ Divulgação)">Escavações em tumba rara localizada nas Ilhas Orkney, na Escócia, revelaram ossadas impressionantes que remontam ao período neolítico. (Fonte: National Museums Scotland/ Divulgação)A tumba, com mais de 15 metros de diâmetro, é uma obra-prima de engenharia neolítica. Seu interior, uma longa passagem retangular cercada por seis celas de pedra, é uma maravilha arquitetônica que evidencia a habilidade técnica de nossos antepassados.&nbsp;Surpreendentemente, a tumba foi quase perdida para sempre. No século XVIII e XIX, ela foi saqueada e em grande parte destruída para fornecer pedras para construções locais. No entanto, a paixão pela história levou à sua redescoberta.&nbsp;As escavações, inicialmente motivadas por um artigo de jornal do século XIX descoberto pelo Dr. Hugo Anderson-Whymark, revelaram não apenas o túmulo, mas também uma riqueza de artefatos, incluindo cerâmica, ferramentas de pedra e até um alfinete de osso, proporcionando aos pesquisadores mais material para determinar a história por trás da descoberta, bem como entender um pouco como era a vida cotidiana dessas pessoas.O local é agora um tesouro arqueológico inestimável, oferecendo um raro vislumbre do passado. Os arqueólogos afirmam que Orkney é incrivelmente rica em arqueologia, mas que não passava por suas cabeças encontrar uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125190-arqueologos-encontram-tumba-coletiva-de-7-mil-anos-no-oma.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tumba rara</a> num espaço tão pequeno. Tanto é verdade que eles acreditam que esse local poderia ter se perdido sem deixar qualquer registro.<h2 style="text-align: justify;">Laços eternos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/30/30211437487016.jpg" alt="A tumba tem 15 metros de diâmetro e muitos esqueletos que precisam são estudados com muita cautela. (Fonte: National Museums Scotland/ Divulgação)">A tumba tem 15 metros de diâmetro e muitos esqueletos que precisam são estudados com muita cautela. (Fonte: National Museums Scotland/ Divulgação)O aspecto mais cativante desta descoberta é a conexão humana que ela revela. Os dois esqueletos encontrados abraçados sugerem laços afetivos profundos, transcendentais ao tempo. E, apesar das dificuldades modernas que a tumba enfrentou, os pesquisadores estão otimistas que&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119247-teste-de-dna-o-que-eles-podem-dizer-sobre-voce.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a análise de DNA possa traçar a linhagem desses indivíduos</a>, revelando se eram parentes e se possuíam vínculos com outras tumbas encontradas em Orkney.Os arqueólogos acreditam que o local recebia corpos que eram colocados uns em cima dos outros, mas que não serviam apenas para deixar os corpos, mas para ser um lugar onde as pessoas podiam fazer cerimônias e, possivelmente, cultuavam seus mortos.&nbsp;Em última análise, cada descoberta desse tipo nos aproxima mais dos antigos habitantes, permitindo-nos sentir sua presença e entender que, apesar das vidas separadas pelo tempo, compartilhamos costumes e características que nos une através dos séculos.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:15.503Z

Tumba de 5 mil anos encontrada na Escócia tem esqueletos abraçados

Imagem de Granadas de pedra da dinastia Ming são achadas na Muralha da China no megacurioso

Armas centenárias foram encontradas na China e estão entre alguns dos dispositivos explosivos usados durante a dinastia Ming

<head></head><body>Recentemente, um grupo de arqueólogos desvendou um esconderijo de granadas de pedra de 400 anos na Grande Muralha da China, perto de Pequim. Os artefatos apresentavam inscrições de ordens alertando os guardas para tomarem cuidado com inimigos.&nbsp;A descoberta surpreendente mostra a impressionante variedade de armas de pólvora utilizados pela China durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121409-escravidao-e-horror-como-era-a-vida-dos-pobres-na-china-antiga.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinastia Ming</a>, que governou o país entre 1368 e 1644. Acredita-se que a pólvora tenha sido inventada no país durante os anos 900 e, na época da dinastia Ming, muitos tipos de armas de pólvora já estavam em uso no leste asiático.&nbsp;<h2>Uso de granadas na China</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://en.wikipedia.org/wiki/Thunder_crash_bomb#/media/File:%E3%81%A6%E3%81%A4%E3%81%AF%E3%81%86%EF%BC%88%E9%9C%87%E5%A4%A9%E9%9B%B7%EF%BC%89.JPG"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/27/27180654368400.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)De acordo com pesquisadores, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/37199-bizarro-lanca-granadas-e-apreendido-no-interior-do-parana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">granadas</a> foram um dos primeiros "recursos assassinos" feitos de pedra ou ferro utilizados na região. Esses objetos poderiam ser lançados à mão, por uma catapulta ou por um trabuco. Segundo a agência chinesa de notícias Xinhua, os arqueólogos encontraram 59 dessas armas nas ruínas de um armazém ao lado da Grande Muralha de Badaling.Essa seção da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127333-trabalhadores-comprometem-estrutura-da-muralha-da-china-para-criar-um-atalho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grande Muralha da China</a> foi construída pela dinastia Ming a cerca de 80 km da moderna capital chinesa. Nenhuma fotografia dos objetos foi divulgada ainda pelos pesquisadores, mas acredita-se que eles são provavelmente semelhantes às chamadas "bombas de trovão" portáteis feitas com conchas de cerâmica chinesa — as quais foram produzidas mais ou menos na mesma época.Os artefatos descobertos em Badaling, no entanto, são feitos de pedra e possuem um buraco no centro para encher com pólvora. Segundo a imprensa chinesa, essas eram armas comumente usadas pelos guardas ao longo da Grande Muralha durante a dinastia Ming. Porém, essa também é a primeira vez quem um depósito de armas desse tipo foi encontrado na região.<h2>Protegendo a Grande Muralha</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/27/27180718855402.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Em entrevista ao jornal estatal Global Times, o arqueólogo especializado em história militar chinesa antiga Ma Lüwei disse que tais armas eram fáceis de fabricar e úteis para os soldados que estavam trabalhando na Grande Muralha usarem contra os invasores. Bastava preencher as granadas com pólvora, selá-las e atirá-las.&nbsp;Apesar de granadas modernas serem atualmente conhecidas por suas explosões intensas, as primeiras granadas tendiam a incendiar as coisas. Porém, as receitas de pólvora daquela época ainda eram projetadas para maximizar sua força explosiva. Logo, o estrago talvez não fosse tão intenso quanto imaginamos em comparação às armas modernas, mas com certeza o impacto era forte o suficiente para desestabilizar e ferir alguns inimigos.&nbsp;Em comunicado oficial, os arqueólogos também revelaram a descoberta dos restos de um forte de pedra perto da Grande Muralha de Badaling. Outros objetivos como fogueiras, fogões, pás e utensílios entre os restos das torres defensivas da muralha também estavam lá. A equipe de pesquisa acredita que esse tipo de descoberta nos ajuda a entendermos melhor como as coisas funcionavam ao longo da dinastia Ming e também confirma algumas informações históricas já obtidas anteriormente a respeito do arsenal de guerra da China naquela época.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:15.283Z

Granadas de pedra da dinastia Ming são achadas na Muralha da China

Imagem de Arqueólogos encontram a mais antiga tinta vermelha feita de plantas no megacurioso

Em uma descoberta arqueológica fascinante, pesquisadores identificaram a primeira evidência de tinta vermelha feita de plantas, criada por caçadores-coletores há milhares de anos

<head></head><body>A história da humanidade é repleta de inovações e descobertas que moldaram nossa evolução ao longo dos milênios. Recentemente, arqueólogos descobriram uma evidência notável no Mediterrâneo Oriental, revelando a primeira tinta vermelha feita de plantas. A descoberta ocorreu por meio da análise de contas de conchas e outros artefatos antigos, revelando um uso inovador das plantas para a produção de pigmentos vermelhos.<h2>A descoberta da tinta vermelha feita de plantas</h2>As contas de conchas de 15 mil anos foram encontradas na caverna Kebara, no Monte Carmelo, em Israel. Durante a análise dos artefatos, os arqueólogos utilizaram técnicas avançadas de espectroscopia de alta tecnologia. Os resultados revelaram que o pigmento vermelho presente nas contas era originário das raízes das plantas Rubiaceae, também conhecidas como família da garança.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/26/26211559621350.jpg" alt="Planta da espécie Rubiaceae. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Planta da espécie Rubiaceae. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>A cultura natufiana</h2>Os criadores dessa tinta vermelha pertenciam à cultura natufiana, um grupo de caçadores-coletores que habitavam a região do Levante, abrangendo territórios como <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127603-palestina-e-israel-5-palavras-chave-para-entender-o-conflito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Israel</a>, Jordânia, Líbano, Síria e os territórios palestinos. Os natufianos foram pioneiros em adotar estilos de vida mais sedentários e já demonstravam o uso de plantas para diversos fins, incluindo a produção de pigmentos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/26/26212017110351.svg" alt="Região do Levante. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Região do Levante. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Significado da tinta vermelha na cultura natufiana</h2>Embora o significado exato do uso da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124585-por-que-o-casco-dos-navios-e-pintado-de-vermelho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tinta vermelha</a> na cultura natufiana tenha sido perdido ao longo do tempo, a descoberta sugere que havia uma crescente necessidade de expressão criativa à medida que as sociedades humanas evoluíam. O uso ornamental desses corantes orgânicos pode ter marcado uma transição na maneira como as culturas natufianas se expressavam artisticamente.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/26/26212614916352.png" alt="Resíduo do corante Rubiaceae na conta encontrada pelos pesquisadores. (Fonte: Davin et al., 2023/Reprodução)">Resíduo do corante Rubiaceae na conta encontrada pelos pesquisadores. (Fonte: Davin et al., 2023/Reprodução)<h2>O uso duradouro da tinta vermelha</h2>Antes dessa descoberta, os primeiros exemplos conhecidos de pigmento vermelho de origem vegetal remontavam a cerca de 6 mil anos atrás. No entanto, os seres humanos têm uma longa história de utilização da cor vermelha em suas expressões artísticas, muitas vezes empregando pigmentos obtidos de minerais e plantas. A escolha da garança como fonte de pigmento vermelho pelos natufianos perpetuou-se ao longo da história, sendo encontrada em locais notáveis, como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110785-veja-todo-o-esplendor-da-tumba-de-tutankamon-apos-9-anos-de-restauracao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">túmulo do rei Tut</a> e obras de artistas famosos, como Vincent van Gogh.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/26/26213908169354.jpg" alt="Túmulo do Rei Tut. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Túmulo do Rei Tut. (Fonte: Getty Images/Reprodução)A descoberta da primeira tinta vermelha feita de plantas por caçadores-coletores da cultura natufiana no Mediterrâneo Oriental há 15 mil anos é um testemunho da criatividade e da capacidade humana de inovação ao longo da história. Ela destaca a importância das tintas naturais na expressão artística e cultural das sociedades antigas. Além disso, essa descoberta nos lembra que, apesar das dificuldades e desafios que essas culturas enfrentaram, o passado era, de fato, mais colorido e diversificado do que muitas vezes imaginamos.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:15.174Z

Arqueólogos encontram a mais antiga tinta vermelha feita de plantas

Imagem de Fortes do Império Romano são revelados por satélite da Guerra Fria no megacurioso

Quase 400 fortes romanos antigos foram encontrados na Síria e no Iraque, mudando a percepção humana sobre o domínio do Império Romano

<head></head><body>Imagens não classificadas feitas por satélites espiões da época da Guerra Fria recentemente revelaram centenas de fortes romanos há muito tempo perdidos na <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/99484-20-imagens-que-mostram-o-antes-e-o-depois-da-guerra-civil-da-siria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Síria</a> e no Iraque. Essas estruturas foram documentadas pela primeira vez no Oriente Próximo na década de 1920, quando o padre jesuíta Padre Antoine Poidebard realizou uma das primeiras pesquisas arqueológicas aéreas no mundo.Seus estudos contaram uma linha de 116 fortes, sugerindo que eles foram usados para proteger a fronteira oriental do Império Romano de invasões saqueadoras do mundo árabe e da Pérsia. Essa nova pesquisa, feita por pesquisadores do Dartmouth College, oferecem uma nova visão sobre a área. Ao todo, um total de 396 novos fortes da era romana na estepe síria foram encontrados.&nbsp;<h2>Descoberta impressionante</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/26/26180931686308.jpg" alt="(Fonte: Jesse Casana/Divulgação)">(Fonte: Jesse Casana/Divulgação)De acordo com os autores do estudo, as características arqueológicas classificadas como prováveis fortes distinguem-se facilmente de edifícios modernos na região devido às sombras distintas que os últimos tem na paisagem. "A forma mais comum que interpretamos como um forte provável é uma forma quadrada clássica, normalmente de 50 a 80 metros de cada lado", escreveram em comunicado oficial.&nbsp;A equipe de estudos só conseguiu identificar 38 dos fortes originais do Padre Poidebard, sugerindo que muitos desses vestígios arqueológicos desapareceram ao longo do século passado por conta da intensa agricultura e urbanização. Curiosamente, as centenas de fortes recentes identificados estavam amplamente espalhados de leste a oeste.Essa organização das estruturas indica que os edifícios não faziam necessariamente parte de uma fronteira norte-sul criada para se proteger de invasores orientais. Em vez disso, os investigadores especulam que o complexo de fortificações existia para ajudar a movimentação de tropas ou o comércio de mercadorias na região — protegendo as caravanas comerciais que viajavam entre as províncias orientais.<h2>Nova visão sobre o Império Romano</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/26/26181016381309.jpg" alt="(Fonte: Jesse Casana/Divulgação)">(Fonte: Jesse Casana/Divulgação)Caso as novas interpretações sobre os fortes estejam corretas, isso poderá ter grandes implicações na forma como vemos esta parte do mundo romano antigo. Em primeiro lugar, isso seria um indício de que a extensão oriental do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119808-imperio-romano-so-1-a-cada-4-imperadores-morreram-de-causas-naturais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Império Romano</a> não tinha fronteiras rígidas. Além disso, sugere que esta região tinha mais a ver com comércio do que com guerra.“Desde a década de 1930, historiadores e arqueólogos têm debatido o propósito estratégico ou político deste sistema de fortificações, mas poucos estudiosos questionaram a observação básica de Poidebard de que havia uma linha de fortes definindo a fronteira romana oriental”, afirmou o principal autor do estudo, Jesse Casana, em entrevista ao IFLScience.&nbsp;À medida que novas imagens do século XX forem desclassificadas — o que significa que se tornam públicas —, novas descobertas arqueológicas como essa serão possíveis. Especialistas acreditam que as imagens obtidas pelos satélites espiões na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121911-5-ideias-equivocadas-que-temos-sobre-a-guerra-fria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Fria</a> possuíam uma resolução consideravelmente do que outras imagens de satélite daquela época, fornecendo um potencial de revelar todos os tipos de relíquias arqueológicas do passado.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:15.163Z

Centenas de fortes do Império Romano são revelados por satélite da Guerra Fria

Imagem de Papiro raro com Livro dos Mortos egípcio é encontrado com múmias em cemitério arqueológico no megacurioso

Arqueólogos fazem uma descoberta incrível no Egito ao encontrar um papiro raro do Livro dos Mortos junto a múmias antigas em uma necrópole do Novo Império

<head></head><body>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127277-as-piramides-do-egito-existem-ha-quanto-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Egito</a> é uma terra rica em história e mistério, onde a antiga civilização deixou para trás vestígios fascinantes de seu passado. Recentemente, arqueólogos desenterraram um tesouro arqueológico notável na necrópole de Tuna el-Gebel. Entre os muitos achados, o destaque foi um rolo de papiro extraordinariamente longo, contendo fragmentos do Livro dos Mortos, do antigo Egito.<h2>A necrópole de Tuna el-Gebel</h2>Tuna el-Gebel, localizada no Egito, desempenhou o papel central na emocionante descoberta arqueológica. Este cemitério antigo serviu como o local final de descanso para altos funcionários e sacerdotes durante o Novo Império — entre os séculos XVI e XI a.C. — um período de grande relevância na história egípcia. A escavação revelou uma riqueza de achados, incluindo amuletos, ornamentos e caixões feitos de pedra e madeira que continham múmias preservadas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/26/26215859058355.jpg" alt="Tuna el-Gebel. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)">Tuna el-Gebel. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)<h2>O destaque da descoberta</h2>O aspecto mais surpreendente desta descoberta arqueológica é, sem dúvida, o extenso rolo de papiro que continha fragmentos do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122926-livro-dos-mortos-o-guia-egipcio-deixado-para-as-mumias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Livro Egípcio dos Mortos</a>. Este papiro excepcionalmente longo, medindo entre 13 e 15 metros, está notavelmente bem preservado. O Livro Mortos é uma compilação de feitiços elaborados para auxiliar as almas dos falecidos em sua jornada pela vida após a morte. Esses encantamentos equipavam o falecido com palavras a serem recitadas para superar os obstáculos no submundo e alcançar Osíris.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/26/26220514674356.jpg" alt="Pedaço do Livro dos Mortos, do Antigo Egito. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Pedaço do Livro dos Mortos, do Antigo Egito. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Significado do Livro dos Mortos</h2>É importante notar que o Livro Egípcio dos Mortos não segue o formato de um livro convencional; em vez disso, consiste em uma coleção flexível de feitiços. Estes feitiços podiam ser combinados de várias maneiras e eram enterrados junto aos falecidos para auxiliá-los em sua jornada após a morte. Curiosamente, nenhuma tumba jamais foi encontrada com uma coleção completa de todos os capítulos do Livro dos Mortos, ilustrando a adaptabilidade e a flexibilidade das crenças funerárias egípcias.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/26/26220642274357.jpg" alt="Pedaço do Livros Egípcio dos Mortos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Pedaço do Livros Egípcio dos Mortos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)A descoberta do papiro contendo fragmentos do Livro Egípcio dos Mortos ao lado das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124232-mumia-de-2-3-mil-anos-com-coracao-de-ouro-e-achada-no-egito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">múmias</a> na necrópole de Tuna el-Gebel é um evento arqueológico notável. Ele nos fornece uma visão mais profunda das crenças e práticas funerárias do antigo Egito, destacando a importância de guiar as almas dos falecidos em sua jornada após a morte. Este achado fascinante continua a enriquecer nosso conhecimento sobre essa antiga civilização e sua busca pela vida eterna.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:15.151Z

Papiro raro com Livro dos Mortos egípcio é encontrado com múmias em cemitério arqueológico

Imagem de Estátua pré-histórica de 11 mil anos mostra homem segurando o pênis no megacurioso

A estátua de um homem segurando seu pênis foi achada em importante sítio arqueológico turco

<head></head><body>Arqueólogos encontraram estátuas antigas muito bem preservadas próximas aos sítios arqueológicos de Göbekli Tepe e Karahan Tepe, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124901-a-complexa-cidade-subterranea-encontrada-em-um-porao-na-turquia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Turquia</a>. A primeira estátua representava um javali em tamanho real. Já a segunda tem cerca de 2,3 metros e ilustra um homem segurando seu pênis. A terceira era a de um abutre.As relíquias têm milhares de anos. A estátua do javali data entre 8700 a.C. e 8200 a.C., medindo 1,4 metro de comprimento e 0,7 metro de altura. Nesse objeto, os arqueólogos encontraram resquícios de tinta vermelha, indicando que ela foi originalmente pintada.“Os resíduos de pigmentos vermelhos, pretos e brancos ainda aderiam à superfície da estátua. A língua do javali era vermelha. Pigmento preto e branco foi encontrado em outras partes do corpo do javali. Embora os especialistas há muito tempo presumissem que os pigmentos desempenhavam um papel na decoração das estátuas e dos pilares em formato de T encontrados em Göbekli Tepe, só agora existem evidências arqueológicas inequívocas para essa suposição”, afirma uma nota emitida pelo Instituto Arqueológico Alemão.As descobertas fazem parte do esforço conjunto dessa entidade com o governo e universidades turcas.Já a uma distância de 35 km de Göbekli Tepe, os pesquisadores encontraram a estátua que representa um homem sentado. Suas costelas e sua coluna estão em evidência e sua posição sugere que ele segura o próprio pênis. Nas proximidades de Karahan Tepe, foi encontrada uma pequena estátua de um abutre.<h2>Por que essas estátuas foram esculpidas?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/25/25171903644317.jpg" alt="Estátua de javali encontrada na Turquia. (Fonte: Reprodução: Instituto Arqueológico Alemão)">Estátua de javali encontrada na Turquia. (Fonte: Reprodução: Instituto Arqueológico Alemão)Arqueólogos do mundo todo estão tentando entender o que motivou os povos que viviam nessa região a esculpirem essas estátuas. Ainda não há uma resposta definitiva, apenas hipóteses.Uma dessas hipóteses sugere que a escultura do homem segurando o próprio pênis era uma homenagem ou reverência a uma pessoa falecida, possivelmente o patriarca de uma linhagem de indivíduos que viveu na região. Outra possibilidade é que esse grande objeto adornava um templo religioso.Em nota, o governo da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121766-maior-cidade-subterranea-do-mundo-e-descoberta-na-turquia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Turquia</a> comemorou os achados arqueológicos. “Essa escultura humana é um dos exemplos mais impressionantes da arte pré-histórica encontrada durante as escavações realizadas em Karahan Tepe. Uma das esculturas mais realistas do período foi trazida à luz.A estátua de 2,3 metros de altura, que é candidata a ser um dos exemplos mais incríveis de arte pré-histórica, com uma expressão facial realista, foi encontrada fixada ao chão em um tipo de banco”.<h2>Por que tantos artefatos são encontrados nessa região?</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodução: &nbsp;Instituto Arqueológico Alemão&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn-mos-cms-futurecdn-net.translate.goog/Xeu6jRUs3T4NnsTZDjibYV-650-80.jpg.webp?_x_tr_sl=auto&amp;_x_tr_tl=pt&amp;_x_tr_hl=pt-BR&amp;_x_tr_pto=wapp"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/25/25172247748322.jpg" alt="Estátua de homem segurando o próprio pênis. (Fonte: Reprodução: Instituto Arqueológico Alemão)">Estátua de homem segurando o próprio pênis. (Fonte: Reprodução: Instituto Arqueológico Alemão)Nos últimos anos, muitas descobertas foram feitas nas regiões próximas Karahan Tepe, que foi descoberta apenas em 1997 e teve suas primeiras grandes escavações iniciadas em 2018. Portanto, é provável que ainda haja muita coisa para se achar nesse local.Alguns desses achados têm mais de 12 mil anos e contam parte importante da história da humanidade, já que esses objetos antecedem as grandes civilizações que já conhecemos.Os povos que moravam nesses locais viveram em períodos considerados “pré-neolíticos”, ou seja, antes da chamada “Idade da Pedra Polida”, na qual o ser-humano conseguiu desenvolver um sistema primitivo de agricultura.Trata-se de um pedaço da história humana que ainda pouco conhecemos. Portanto, a cada novo achado que for revelado nesses sítios arqueológicos, uma nova compreensão sobre o nosso passado pode surgir.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:14.914Z

Estátua pré-histórica de 11 mil anos mostra homem segurando o pênis

Imagem de Cobra de pedra asteca de 500 anos surge após terremoto no México no megacurioso

Monumento foi revelado ainda em suas cores originais após fenômeno natural ter atingido a Cidade do México

<head></head><body>Depois de um poderoso <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118142-terremoto-o-que-e-as-suas-causas-e-como-e-medido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">terremoto</a> ter atingido a Cidade do México, uma gigantesca cabeça de cobra feita de pedra surgiu no solo entulhado da cidade, ainda exibindo suas ousadas cores originais. A descoberta aconteceu no dia 19 de setembro de 2022, quando um terremoto de magnitude 7,7 atingiu os estados mexicanos de Michoacán e Colima.Seus fortes estrondos puderam ser sentidos a 400 km de distância do epicentro da capital mexicana, causando danos a várias dezenas de edifícios. Por conta das destruições, parte do subsolo da cidade foi afetado, fazendo com que a escultura começasse a aparecer no solo de uma faculdade de direito do centro histórico da região.&nbsp;<h2>Descoberta impressionante</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/25/25175935810365.jpg" alt="(Fonte: INAH/Divulgação)">(Fonte: INAH/Divulgação)Logo após o fim do terremoto, arqueólogos do Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) do México foram alertados sobre a descoberta da cabeça de cobra feita em pedra e a escavaram em uma cova de 4,5 metros de profundidade. O monumento mede 1,8 metro de comprimento, 1 metro de altura e 85 centímetros de largura — com um peso estimado de 1,2 tonelada.&nbsp;Os pesquisadores acreditam que a escultura tenha mais de 500 anos, datando para o final do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/106410-23-megacuriosidades-sobre-o-imperio-asteca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Império Asteca</a>. Apesar de tanto tempo ter passado desde então, a peça permanece em condições notáveis e ainda está 80% coberta por um arco-íris de pigmentos coloridos, incluindo ocre, vermelho, azul, preto e branco.Para preservar a beleza da escultura asteca, funcionários do INAH colocaram a relíquia numa câmara de umidade hermética, onde investigadores trabalharão para restaurar suas cores. “Esses pigmentos, que representam um exemplo famoso da paleta de cores que os mexicanos usavam para decorar suas imagens de culto e seus templos, são extremamente frágeis devido aos materiais minerais e vegetais dos quais foram obtidos”, destacou Barajas Rocha, que liderou múltiplos projetos de conservação de cores do INAH, em comunicado oficial.&nbsp;<h2>Conservação do monumento</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/25/25180015101366.jpg" alt="(Fonte: INAH/Divulgação)">(Fonte: INAH/Divulgação)Em seu depoimento, Rocha afirmou que a peça ficará em um espaço completamente vedado e forrado com filmes plásticos. Além disso, a câmara é equipada com uma série de umidificadores e data loggers — uma ferramenta tecnológica utilizada para ler e controlar a umidade relativa desta representação ancestral da cobra a todo momento.“Nosso objetivo é que a cabeça da cobra perca a umidade que acumulou ao longo dos séculos de forma lenta e cuidadosa, para que ela saia dos poros internos da rocha para a sua superfície, pois se o processo for acelerado pode ocorrer perda de cor e até fissuras ou cristalizações de sais na pedra”, frisou o especialista.&nbsp;Nas Américas pré-Colombianas, as cobras desempenhavam um papel importante na cultura artística da região. Uma representação emblemática de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125087-as-6-maiores-cobras-e-serpentes-do-mundo.htm#:~:text=A%20serpente%20gigante%20de%20Garstin,a%2010%20metros%20de%20comprimento." rel="noopener noreferrer" target="_blank">serpente</a> na mitologia asteca foi o deus Quetzalcoatl, frequentemente descrito como uma cobra emplumada. De maneira mais ampla, a figura do animal sempre foi associada à fertilidade e ao renascimento, provavelmente porque as cobras trocam regularmente de pele e incorporam o processo de regeneração.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:14.769Z

Cobra de pedra asteca de 500 anos surge após terremoto no México

Imagem de Seca histórica em Manaus revela gravuras rupestres de até 2 mil anos no megacurioso

Baixa do nível da água em rios permitiu o ressurgimento de rochas com imagens muito antigas

<head></head><body>Uma seca sem precedentes perto do local onde o <a href="https://www.megacurioso.com.br/fenomenos-da-natureza/45402-voce-sabe-como-acontece-o-fenomeno-do-encontro-das-aguas-em-manaus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rio Negro e o rio Solimões</a> se unem para formar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/125387-voce-sabia-que-o-rio-amazonas-e-mais-fundo-que-a-estatua-da-liberdade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rio Amazonas</a> está permitindo algumas descobertas arqueológicas. As gravuras <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123829-as-6-pinturas-rupestres-mais-antigas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rupestres&nbsp;</a>em rochas que ficam submersas na maior parte do tempo já eram conhecidas dos arqueólogos locais, mas a extensão da seca permitiu descobrir mais figuras.Segundo os arqueólogos, as figuras foram feitas entre 2 mil e 1 mil anos atrás, portanto bem antes da época da colonização. A maioria das figuras retrata faces humanas, algumas com desenhos mais quadrados e outras com formato mais arredondado. Outros desenhos de vários rostos juntos parecem mostrar famílias inteiras. Além disso, existem reproduções de animais e de água.Outro vestígio arqueológico que pode ser encontrado nas pedras que outrora estavam submersas são as oficinas líticas, ou seja, os locais e rochas utilizadas para a confecção e afiação de flechas e lanças. Ainda não se sabe ao certo se as figuras foram feitas em épocas de baixo nível da água ou se há milênios os rios tinham outra profundidade naturalmente.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: IPHAN/Reprodução)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gov.br/iphan/pt-br/sitio-arqueologico-que-aflorou-durante-a-estiagem-amazonica-recebe-vistorias-e-acoes-educativas"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/25/25120545336112.jpeg" alt="Detalhe das gravuras rupestres. (Fonte: IPHAN/Reprodução)">Detalhe das gravuras rupestres. (Fonte: IPHAN/Reprodução)<h2>A seca</h2>A seca que permitiu a visualização dos registros arqueológicos tem causado sérios problemas na região Norte do Brasil. Morte de animais, fome e falta de água são alguns dos efeitos da condição climática.Quando as descobertas arqueológicas foram feitas em 2010, o nível da água no rio Negro havia caído para 13,63 metros. Dessa vez, o nível alcançou 12,89 metros, o menor índice já registrado em 121 anos. Em comparação, o recorde de alta é de cerca de 30 metros.Segundo boletim do Governo Estadual do Amazonas, 59 municípios do estado estão em situação de emergência devido à seca. Estima-se que 146 mil famílias foram afetadas, o que significa mais de 590 mil pessoas. O Governo Federal junto com a Marinha e o Exército realizaram ações de emergência na localidade, distribuindo mais de 6 mil cestas básicas e milhares de caixas de água mineral. A seca deve continuar até o início de novembro, quando se encerra o período de estiagem.A seca está sendo influenciada pelo El Niño, um fenômeno natural que está ficando mais forte e mais frequente devido à atividade humana e ao aquecimento global. Na prática, o El Niño ocorre com o aquecimento das águas do oceano Pacífico, que leva a uma alteração do regime de ventos e chuva em todo o mundo. No Brasil, o El Niño causa mais chuvas nas regiões Sul e Sudeste, e estiagem nas regiões Norte e Nordeste. O fenômeno é o oposto do La Niña, que afetou o país nos últimos 3 anos.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:14.793Z

Seca histórica em Manaus revela gravuras rupestres de até 2 mil anos

Imagem de 'Tatuagem de Cristo' é achada em cadáver de 1,3 mil anos no Sudão no megacurioso

O cristograma foi tatuado no pé de um homem que viveu entre os anos 667 e 774

<head></head><body>Uma&nbsp;rara tatuagem que faz referência a Jesus Cristo foi encontrada em um cadáver de 1,3 mil anos no sítio arqueológico de Ghazali, no Sudão. Os restos mortais estavam enterrados próximos a um mosteiro medieval, de acordo com o Centro Polonês de Arqueologia Mediterrânea da Universidade de Varsóvia (PCMA/UW), responsável pela descoberta.A arte na pele foi identificada por acaso durante a documentação fotográfica do corpo, conforme o comunicado divulgado no dia 18 de outubro. Enquanto registrava as imagens, a bioarqueóloga da Universidade de Purdue (Estados Unidos), Kari Guilbault, notou algo diferente no pé direito do cadáver.Depois de uma análise mais detalhada das fotos, usando softwares específicos, a equipe confirmou que a marca representava um cristograma. O símbolo religioso combina as letras gregas “chi” e “rho”, formando uma abreviatura de monograma para o nome de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122739-as-representacoes-mais-antigas-de-jesus-cristo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cristo</a>.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/24/24185645785444.jpg" alt="(Fonte: Universidade de Varsóvia/Divulgação)">(Fonte: Universidade de Varsóvia/Divulgação)Junto ao cristograma, que surgiu por volta do ano 324 d.C., os cientistas também identificaram as letras alfa e ômega, que abrem e fecham o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120603-qual-a-influencia-do-alfabeto-grego-na-ciencia-e-na-comunicacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alfabeto grego</a>, respectivamente. Segundo o relatório, elas “representam a crença cristã de que Deus é o começo e o fim de tudo”.<h2>Referência à crucificação</h2>A Universidade de Varsóvia explicou que se trata da segunda vez em que a prática de tatuagens é identificada na Núbia medieval, que engloba partes dos atuais Egito e Sudão. Ela se diferencia de outras artes corporais antigas daquela área por ser feita com linhas retas em vez do ponto e traço.Outro detalhe sugerido pela pesquisa é que a opção por tatuar o cristograma no pé direito seria uma referência à <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127287-como-teria-sido-a-crucificacao-de-jesus-cristo-segundo-evidencias-historicas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crucificação de Jesus Cristo</a>. O processo descrito nos evangelhos canônicos afirma que os soldados romanos usaram pregos nas mãos e pés de Cristo ao crucificá-lo, influenciando a escolha da pessoa.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/24/24185736254445.jpg" alt="(Fonte: Universidade de Varsóvia/Divulgação)">(Fonte: Universidade de Varsóvia/Divulgação)Este corpo, que provavelmente pertencia a um homem, foi descoberto nas escavações feitas entre 2012 e 2018. Além da área do antigo mosteiro, a equipe investigou outros quatro cemitérios nas proximidades e centenas de sepulturas.A pessoa tatuada estava em um dos cemitérios utilizados pelos moradores, mas ainda há dúvidas se ele era um monge. O grupo ao qual pertencem os restos mortais habitou a área entre os anos de 667 e 774, contando com integrantes que tinham entre 35 e 50 anos quando morreram.<h2>Como a tatuagem foi feita?</h2>Outro mistério não solucionado diz respeito ao modo como a tatuagem de Cristo foi feita. Isso poderia ser resolvido com a retirada de uma amostra, mas o estado frágil do cadáver, conservado a partir de uma mumificação natural, inviabiliza o processo.Especula-se que o desenho tenha surgido a partir da mistura de um pigmento à base de carbono com água, gordura animal ou leite materno, assim como outras tatuagens que estão entre as <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119383-a-origem-das-tatuagens-em-diferentes-culturas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mais antigas já encontradas</a>.</body>

Arqueologia

Novidades