Imagem de Hoje faz 100 anos que um eclipse no Brasil comprovou teoria de Einstein no megacurioso

A Teoria da Relatividade foi provada praticamente por meio de um eclipse no Ceará 

Hoje faz 100 anos que foi observado o eclipse solar no Brasil que comprovou a Teoria da Relatividade de Albert Einstein. Em 29 de maio de 1919, um grupo de cientistas ingleses, americanos e brasileiros se reuniram em Sobral, no Cear&aacute;, para observar um eclipse solar completo.
Na oportunidade, a partir de c&acirc;meras fotogr&aacute;ficas acopladas em telesc&oacute;pios foram feitas imagens de estrelas posicionadas perto do Sol, mas que, por conta da luz do astro, n&atilde;o poderiam ser fotografadas em condi&ccedil;&otilde;es normais.
Dois meses depois, as mesmas estrelas foram registradas &mdash; s&oacute; que &agrave; noite, sem interfer&ecirc;ncia do Sol. Ao comparar as fotos das duas situa&ccedil;&otilde;es, os cientistas puderam perceber uma pequena diferen&ccedil;a no posicionamento das tais estrelas &mdash; o que comprovou que a massa do Sol altera o percurso da luz ao redor dele.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/05/29/foto-29162544976066.jpg" alt="foto" />Fonte: Royal Observatory, Greenwich/Science Museum Group 
<h2>Teoria da Relatividade</h2>
Dessa forma, a teoria de Einstein foi comprovada na pr&aacute;tica. O cientista dizia, ao contr&aacute;rio do que defendia Isaac Newton na Lei da Gravita&ccedil;&atilde;o Universal, que a velocidade da luz era a &uacute;nica constante do Universo, e n&atilde;o o tempo. Einstein ainda defendia que a massa dos corpos, como o Sol, deformava o espa&ccedil;o pr&oacute;ximo a eles &mdash; o que desviaria a trajet&oacute;ria de um feixe de luz.
Com as imagens obtidas em Sobral foi comprovado que os feixes de luz s&atilde;o desviados pela deforma&ccedil;&atilde;o causada pela massa solar. Assim, a comunidade cient&iacute;fica anunciou que &eacute; verdadeira a teoria de que, quanto mais massa o objeto tem, maior a mudan&ccedil;a que provoca na geometria do espa&ccedil;o e que isso &eacute; indissoci&aacute;vel do tempo&nbsp;&mdash;&nbsp;que, portanto, n&atilde;o &eacute; constante.
Posteriormente, Einstein declarou: &ldquo;A quest&atilde;o que minha mente formulou foi respondida pelo radiante c&eacute;u do Brasil&rdquo;.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/141899-100-anos-eclipse-brasil-comprovou-teoria-einstein.htm">Hoje faz 100 anos que um eclipse no Brasil comprovou teoria de Einstein</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Hoje faz 100 anos que um eclipse no Brasil comprovou teoria de Einstein

Imagem de A foto captada pelo telescópio Hubble que mudou os rumos da astronomia no megacurioso

Veja como um equipamento bilionário apontado para o “nada” alterou a forma de olharmos para o céu

O ano era 1995 quando a equipe do astr&ocirc;nomo Robert Williams &mdash; que acompanhava os registros do telesc&oacute;pio espacial Hubble &mdash; decidiu fazer uma aposta arriscada: posicionar o equipamento em dire&ccedil;&atilde;o a uma regi&atilde;o do c&eacute;u aparentemente vazia, pr&oacute;xima da constela&ccedil;&atilde;o Ursa Maior. Mal sabiam eles que aquele feito inusitado mudaria para sempre os rumos da astronomia.
Mas antes de isso acontecer, um grande problema amea&ccedil;ava colocar em xeque a bilion&aacute;ria miss&atilde;o: ao ser lan&ccedil;ado em 1990, verificou-se que a lente do telesc&oacute;pio na qual a NASA investiu esfor&ccedil;os e uma alta quantia em dinheiro apresentava s&eacute;rios problemas, os quais afetavam diretamente a nitidez das imagens captadas.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/09/29/29195246399484.jpg" />
Foram necess&aacute;rios tr&ecirc;s anos para que o problema fosse finalmente corrigido &mdash; o que trouxe al&iacute;vio para os astr&ocirc;nomos da ag&ecirc;ncia espacial norte-americana. Mas, ainda assim, haviam desafios a serem superados: apontar um telesc&oacute;pio de bilh&otilde;es de d&oacute;lares para o &ldquo;nada&rdquo;, naquela &eacute;poca, era considerado uma ousadia, j&aacute; que as imagens poderiam ficar borradas ou escuras demais para serem examinadas posteriormente. Mas, apesar das incertezas e do temor por poss&iacute;veis falhas, os astr&ocirc;nomos mantiveram as lentes do Hubble direcionadas para aquele ponto do c&eacute;u durante 10 dias.
Quando as imagens foram finalmente processadas, veio a surpresa: o equipamento havia capturado aproximadamente 3 mil gal&aacute;xias que jamais haviam sido identificadas antes. Al&eacute;m do mais, ele permitiu que os especialistas tivessem uma nova percep&ccedil;&atilde;o sobre a expans&atilde;o do Universo e ajudou a despertar o interesse da opini&atilde;o p&uacute;blica por aquele custoso projeto.&nbsp;
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/09/29/29195304634485.jpg" />
Os resultados obtidos pelo telesc&oacute;pio Hubble, instantaneamente, deixaram a comunidade cient&iacute;fica em polvorosa, e a s&eacute;rie de imagens feitas por ele foi denominada Hubble Deep Field (algo como Campo Profundo do Hubble). 
Abaixo, voc&ecirc; confere um v&iacute;deo em ingl&ecirc;s produzido pelo site Vox que explica a revolu&ccedil;&atilde;o provocada por um simples registro que, inesperadamente, mudou a forma de a humanidade olhar para o c&eacute;u:
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/95Tc0Rk2cNg" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>

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A foto captada pelo telescópio Hubble que mudou os rumos da astronomia

Imagem de Pela 1ª vez na história, estudantes constroem e lançam foguete ao espaço  no megacurioso

N&atilde;o &eacute; de hoje que estudantes desenvolvem projetos de ci&ecirc;ncias que consistem em enviar coisas &agrave; estratosfera &ndash; geralmente com o uso de bal&otilde;es meteorol&oacute;gicos. Mas, at&eacute; agora, nenhum grupo havia se empenhado para construir e lan&ccedil;ar um foguete de verdade ao espa&ccedil;o. No entanto, foi isso o que uma turma do Laborat&oacute;rio de Propuls&atilde;o de Foguetes da Universidade do Sul da Calif&oacute;rnia, nos EUA, fez recentemente.
<h2>Muito empenho&nbsp;</h2>
De acordo com Tom Hale, do site <a href="https://www.iflscience.com/space/a-rocket-built-by-students-has-blasted-into-space-for-the-first-time-/" target="_blank" rel="noopener">IFLScience!</a>, o foguete foi testado h&aacute; cerca de um m&ecirc;s a partir de uma base de lan&ccedil;amento no Novo M&eacute;xico, alcan&ccedil;ando altitude m&aacute;xima de 103.571 metros &ndash; com um erro estimado em 5,1 mil metros &ndash; , velocidade de quase 5,5 mil km/h e bateu mais de 17 g. Isso significa que, se as leituras realizadas durante o teste estiverem corretas (e tudo indica que est&atilde;o), o dispositivo chegou a atravessar a &ldquo;Linha de K&aacute;rm&aacute;n&rdquo;, nome dado &agrave; barreira que fica a mais ou menos 100 km acima do n&iacute;vel do mar e que delimita o fim da atmosfera terrestre e marca o in&iacute;cio do espa&ccedil;o.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/05/25/25161254238002.jpg" alt="" />
(Reprodu&ccedil;&atilde;o / IFLScience! / USC Rocket Propulsion Lab)
Segundo Tom, esta &eacute; a primeira vez que um grupo de estudantes consegue realizar uma fa&ccedil;anha dessas com sucesso, e o time que desenvolveu e lan&ccedil;ou o foguete conquistou o recorde de maior altitude j&aacute; alcan&ccedil;ada por um artefato constru&iacute;do por alunos no mundo. Mas n&atilde;o foi f&aacute;cil chegar l&aacute;, n&atilde;o. O foguete que viajou ao espa&ccedil;o se chama &ldquo;Traveler IV&rdquo;, o que significa que outros 3 foram constru&iacute;dos, testados e destru&iacute;dos antes de o grupo conquistar o objetivo almejado.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/05/25/25161331222003.jpg" alt="" />
(Reprodu&ccedil;&atilde;o / IFLScience! / USC Rocket Propulsion Lab)
Se voc&ecirc; ficou curioso em saber o que deu errado com os Travelers I, II e III, os dois primeiros explodiram logo ap&oacute;s o lan&ccedil;amento, enquanto o terceiro teve uma pane e n&atilde;o chegou muito longe (ou t&atilde;o alto, se voc&ecirc; preferir). O 4&ordm; foguete funcionou como esperado &ndash; e o mesmo grupo de estudantes j&aacute; est&aacute; trabalhando no pr&oacute;ximo projeto. E a&iacute;, merecem um 10 ou n&atilde;o?&nbsp;

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Pela 1ª vez na história, estudantes constroem e lançam foguete ao espaço 

Imagem de Campo magnético de Júpiter varia de maneira semelhante ao da Terra no megacurioso

Os dois planetas possuem características em comum que podem nos ajudar a entender melhor os fenômenos que acontecem por aqui

Com o uso de informa&ccedil;&otilde;es obtidas pela sonda Juno, cientistas revelaram que o campo magn&eacute;tico de J&uacute;piter sofre pequenas e constantes altera&ccedil;&otilde;es, assim como acontece na Terra. Esse efeito &eacute; conhecido como varia&ccedil;&atilde;o secular geomagn&eacute;tica e por aqui os valores s&atilde;o acompanhados h&aacute; s&eacute;culos.
<h2 dir="ltr">Causa e efeito</h2>
Por motivos &oacute;bvios, at&eacute; pouco tempo atr&aacute;s monitor&aacute;vamos apenas a varia&ccedil;&atilde;o geomagn&eacute;tica do nosso planeta. Essa &eacute; uma informa&ccedil;&atilde;o importante, pois serve como base para entender melhor como funcionam as altera&ccedil;&otilde;es do n&uacute;cleo terrestre, principais causadoras da varia&ccedil;&atilde;o.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/05/22/22111220873107.jpg" alt="" />
Reprodu&ccedil;&atilde;o/ NASA
O trabalho que identificou a semelhan&ccedil;a foi publicado na revista Nature, apresentando a an&aacute;lise das informa&ccedil;&otilde;es obtidas pelas sondas Voyager, Pioneer e Juno, com um per&iacute;odo de 45 anos de diferen&ccedil;a entre elas. Atrav&eacute;s do uso de um modelo computacional, os pesquisadores chegaram &agrave; conclus&atilde;o de que provavelmente os ventos intensos, que sopram muito abaixo do topo das nuvens, s&atilde;o o principal motivo das mudan&ccedil;as.
Como j&aacute; era de se imaginar, &ldquo;encontrar algo t&atilde;o minucioso quanto essas mudan&ccedil;as em algo t&atilde;o imenso como o campo magn&eacute;tico de J&uacute;piter foi um desafio", nas palavras de Kimee Moore, cientista que fez parte do projeto Juno. Ela complementou dizendo que "ter uma linha de base de observa&ccedil;&otilde;es precisas durante quatro d&eacute;cadas nos forneceu dados suficientes para confirmar que o campo magn&eacute;tico de J&uacute;piter realmente muda com o tempo".
As informa&ccedil;&otilde;es obtidas s&atilde;o importantes para que possamos entender melhor o nosso Sistema Solar e, possivelmente, aumentar cada vez mais o conhecimento sobre a Terra. Apesar das diferen&ccedil;as entre os planetas, diversos fen&ocirc;menos que ocorrem de forma semelhante em outros lugares podem servir como base para o desenvolvimento de novos conhecimentos e tecnologias por aqui.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/141619-campo-magnetico-jupiter-varia-maneira-semelhante-terra.htm">Campo magnético de Júpiter varia de maneira semelhante ao da Terra</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Campo magnético de Júpiter varia de maneira semelhante ao da Terra

Imagem de Local de impacto de nave israelense é identificado na Lua no megacurioso

H&aacute; pouco mais de 1 m&ecirc;s, a sonda espacial Beresheet, de origem israelense e primeira miss&atilde;o privada a viajar at&eacute; a Lua, acabou se acidentando ap&oacute;s falhas no girosc&oacute;pio do dispositivo levarem ao desligamento dos motores, frustrando a tentativa de pouso no sat&eacute;lite, o que terminou com a sua destrui&ccedil;&atilde;o. O objetivo do projeto era o de transportar um magnet&ocirc;metro &ndash; equipamento que seria usado para a realiza&ccedil;&atilde;o de leituras de campos magn&eacute;ticos &ndash;, um retrorrefletor a laser e uma c&aacute;psula do tempo, al&eacute;m de promover o interesse em carreiras relacionadas com a tecnologia, engenharia e matem&aacute;tica.
<h2>Poft!</h2>
Enfim, a miss&atilde;o teve um fim abrupto, mas, de acordo com Elizabeth Howell, do site Live Science, o pessoal da NASA acredita ter identificado o local onde a nave israelense caiu &ndash; e se espatifou. Segundo Elizabeth, a ag&ecirc;ncia espacial encontrou o lugar atrav&eacute;s da sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO ou Orbitador de Reconhecimento Lunar), que capturou imagens que revelam uma pequena mancha formada pelo impacto da Beresheet. Confira a seguir:
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/05/24/24130430727136.gif" alt="" />
(Reprodu&ccedil;&atilde;o / Live Science / NASA / GSFC / Arizona State University)
Mais especificamente, os cientistas da NASA usaram os dados coletados durante as manobras de aterrissagem da Beresheet para delimitar a &aacute;rea onde ela possivelmente poderia ter ca&iacute;do e vasculharam imagens capturadas sobre a regi&atilde;o antes e depois do acidente para ver se encontravam alguma coisa. O pessoal da ag&ecirc;ncia espacial encontrou apenas um ponto poss&iacute;vel e, depois de comparar as caracter&iacute;sticas do local com o de outras colis&otilde;es de naves e sondas, conclu&iacute;ram que as chances eram bem grandes de que tinham encontrado o s&iacute;tio.&nbsp;
Voltando &agrave; imagem, se voc&ecirc; prestar aten&ccedil;&atilde;o, vai notar que ela mostra uma mancha escura rodeada por uma esp&eacute;cie de halo mais claro, e tamb&eacute;m &eacute; poss&iacute;vel ver um &ldquo;risco&rdquo; esbranqui&ccedil;ado na parte inferior. A mancha, conforme explicou o pessoal da NASA, mede cerca de 10 metros de di&acirc;metro, mostra a &aacute;rea alterada pela colis&atilde;o e reflete menos luz do que a superf&iacute;cie normal da Lua e, portanto, representa o local do impacto.
A regi&atilde;o mais clara pode ter se formado em decorr&ecirc;ncia dos gases resultantes do impacto ou de part&iacute;culas deslocadas na superf&iacute;cie lunar, que fazem com esse local reflita muito mais luz que o habitual &ndash; e a linha que pode ser observada na imagem coincide com a trajet&oacute;ria e o &acirc;ngulo de aproxima&ccedil;&atilde;o da nave antes do acidente.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/05/24/24130630132137.jpg" alt="" />
(Reprodu&ccedil;&atilde;o / Wikimedia Commons / SpaceIL - IAI)
A nave israelense colidiu contra Lua no dia 11 de abril, e a LRO registrou as fotos do local do acidente alguns dias depois, no 22, quando sobrevoou a &aacute;rea a uma altitude de mais ou menos 90 quil&ocirc;metros. Segundo a NASA, a sonda n&atilde;o foi capaz de detectar nenhuma cratera, e pode ser que o fato de que a Beresheet n&atilde;o fosse muito pesada e estivesse viajando a baixas velocidades quando se acidentou tenham contribu&iacute;do para n&atilde;o causar grandes estragos no local do impacto. O pr&oacute;ximo passo &eacute; tentar descobrir se algum equipamento &ndash; especialmente os retrorrefletores &ndash; sobreviveram ao acidente, mas, de qualquer forma, j&aacute; existem planos de enviar uma Beresheet 2 &agrave; Lua em um futuro pr&oacute;ximo.

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Local de impacto de nave israelense é identificado na Lua

Imagem de O que aconteceria se disparássemos uma arma de fogo no espaço? no megacurioso

Descubra como a falta de atmosfera e gravidade afetariam o projétil

Voc&ecirc; j&aacute; se perguntou o que aconteceria se rolasse uma&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/guerras" target="_blank" title="Guerras">guerra</a> nos arredores da&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/terra" target="_blank" title="Terra">Terra</a> e um&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/cotidiano/103196-existe-uma-proposta-nos-eua-para-a-criacao-de-um-exercito-galactico.htm" target="_blank" title="Existe uma proposta nos EUA para a cria&ccedil;&atilde;o de um ex&eacute;rcito gal&aacute;ctico">ex&eacute;rcito espacial</a> decidisse aniquilar o outro a tiros? Por sorte, esse &eacute; um cen&aacute;rio bastante improv&aacute;vel, uma vez que hoje em dia n&atilde;o &eacute; mais permitido levar armas de fogo em viagens espaciais &mdash; pois &eacute;, caro leitor, os sovi&eacute;ticos chegaram a ter um canh&atilde;o autom&aacute;tico Rikhter R-23 instalado na esta&ccedil;&atilde;o espacial Almaz &mdash;, mas <a href="https://www.quora.com/What-would-happen-if-a-bullet-was-shot-in-outer-space/answer/Troy-J-Carpenter" target="_blank">Troy Carpenter</a>, Diretor do Observat&oacute;rio Goldandale, em <a href="http://bit.ly/2gVuYft" target="_blank">Washington</a>, explicou o que ocorreria se tal situa&ccedil;&atilde;o se apresentasse.
<h2>E se?</h2>
Considerando que a arma usada seria um Rikhter R-23 e que as batalhas aconte&ccedil;am na baixa &oacute;rbita terrestre, isto &eacute;, at&eacute; dois mil quil&ocirc;metros da superf&iacute;cie, ao contr&aacute;rio do que voc&ecirc; possa ter imaginado, os proj&eacute;teis que n&atilde;o acertassem o alvo n&atilde;o se deslocariam pelo espa&ccedil;o por toda a eternidade.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2017/11/22/canhao-automatico-rikhter-r-23-22194243403302.jpg" alt="Canh&atilde;o autom&aacute;tico Rikhter R 23" />Rikhter R-23 (Tactical Mania)
Isso porque, segundo Troy, os proj&eacute;teis disparados por esses canh&otilde;es alcan&ccedil;am velocidades entre 1,2 mil e 3,2 mil km/h e, para permanecer viajando infinitamente, eles teriam que, pelo menos, ultrapassar os 28,2 mil km/h &mdash; que &eacute; a velocidade necess&aacute;ria para manter um objeto (como um sat&eacute;lite, por exemplo) na baixa &oacute;rbita terrestre.
O curioso &eacute; que, de acordo com Troy, mesmo que os canh&otilde;es fossem acionados a partir de uma &oacute;rbita geoestacion&aacute;ria &mdash; ou seja, a quase 36 mil quil&ocirc;metros acima da superf&iacute;cie terrestre &mdash;, os proj&eacute;teis nem chegariam perto de alcan&ccedil;ar a velocidade necess&aacute;ria para seguir viajando eternamente pelo espa&ccedil;o. Afinal, para permanecer nessa altitude, os sat&eacute;lites precisam manter velocidades orbitais de pouco mais de 9 mil km/h.
<h2>Mas...</h2>
E se o canh&atilde;o fosse disparado a partir de uma nave em movimento? Nesse caso, o proj&eacute;til viajaria entre 1,2 mil e 3,2 mil km/h (dependendo do calibre) mais a velocidade da espa&ccedil;onave. Contudo, ainda assim, conforme explicou Troy, a soma das duas velocidades dificilmente seria suficiente para que o tiro ultrapassasse o sistema formado pelo nosso planeta e a Lua.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2017/11/22/modelo-estacao-espacial-almaz-22194351184303.jpg" alt="Modelo esta&ccedil;&atilde;o espacial Almaz" />Modelo da esta&ccedil;&atilde;o espacial militar Almaz (Internet Archive)
Voltando ao assunto do Rikhter-23 instalado na esta&ccedil;&atilde;o espacial Almaz, ele era capaz de disparar 2,6 mil proj&eacute;teis por minuto &mdash; e &eacute; &oacute;bvio que os sovi&eacute;ticos botaram o canh&atilde;o para cuspir fogo no espa&ccedil;o para ver o que acontecia! Originalmente, a arma deveria ser acionada por um dos cosmonautas, mas, no fim, o bom senso imperou e o teste foi conduzido &agrave; dist&acirc;ncia.
Os sovi&eacute;ticos n&atilde;o sabiam quais seriam as consequ&ecirc;ncias para o humano que porventura acionasse o Rikhter-23 &mdash; uma vez que eles estavam preocupados com a intensa vibra&ccedil;&atilde;o e ru&iacute;do que o canh&atilde;o poderia produzir. O temor n&atilde;o era infundado, e durante o teste, a arma se comportou como um propulsor e fez com que a posi&ccedil;&atilde;o e altitude da esta&ccedil;&atilde;o espacial fossem alteradas, obrigando os sovi&eacute;ticos a corrigir a &oacute;rbita da Amaz.
<h2>Pistolinha</h2>
J&aacute; no caso de uma arma mais normalzinha &mdash; e n&atilde;o um canh&atilde;o autom&aacute;tico &mdash;, segundo o pessoal do site <a href="http://www.businessinsider.com/what-would-happen-fired-gun-space-2016-5" target="_blank">Business Insider</a>, caso ela fosse acionada por um astronauta flutuando no cosmos, como n&atilde;o existe atmosfera no espa&ccedil;o, o som n&atilde;o tem um &ldquo;meio&rdquo; pelo qual viajar e, portanto, o disparo n&atilde;o produziria ru&iacute;do algum.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2017/11/22/astronauta-armado-22201142549344.jpg" alt="Astronauta armado" />E se fosse uma arma mais "normal"? (Business Insider)
Contudo, de acordo com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/104535-o-que-aconteceria-se-brincassemos-de-cabo-de-guerra-no-espaco.htm" target="_blank">terceira lei de Newton</a> &mdash; ou Princ&iacute;pio de A&ccedil;&atilde;o e Rea&ccedil;&atilde;o &mdash;, o astronauta seria &ldquo;empurrado&rdquo; com a mesma intensidade na dire&ccedil;&atilde;o oposta &agrave; da bala. Caso o cara estivesse empunhando uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/armas/36984-saiba-como-e-por-que-a-ak-47-funciona-ainda-melhor-quando-submersa-video-.htm" target="_blank" title="Saiba como e por que a AK-47 funciona ainda melhor quando submersa [v&iacute;deo]">AK-47</a>, por exemplo, cujos proj&eacute;teis pesam 7,9 gramas e alcan&ccedil;am velocidades de quase 2,6 mil km/h, o pessoal do Business Insider calculou que seu corpo seria lan&ccedil;ado na dire&ccedil;&atilde;o oposta ao disparo a 0,11 km/h.
J&aacute; se o astronauta estivesse empunhando uma&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/armas/39025-americano-faz-sucesso-com-caixa-de-correio-em-forma-de-revolver-gigante.htm" target="_blank" title="Americano faz sucesso com caixa de correio em forma de rev&oacute;lver gigante">Smith &amp; Wesson</a> calibre .50, o resultado seria curiosamente diferente. Isso porque, como as balas dessa arma s&atilde;o um pouco mais &ldquo;lentas&rdquo; e alcan&ccedil;am velocidades de pouco mais 2 mil km/h, mas pesam 19,4 gramas, isto &eacute;, mais que o dobro do que o proj&eacute;til de uma AK-47, o cara seria lan&ccedil;ado duas vezes mais depressa na dire&ccedil;&atilde;o oposta ao disparo &mdash; mas, ainda assim, superdevagar!

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O que aconteceria se disparássemos uma arma de fogo no espaço?

Imagem de Como os colonizadores humanos poderão se adaptar para a vida em Marte? no megacurioso

Como voc&ecirc; bem deve saber, existem diversos projetos focados em enviar humanos a Marte para o estabelecimento de col&ocirc;nias por l&aacute; em um futuro pr&oacute;ximo. Por&eacute;m, dos planetas aqui do Sistema Solar &ndash; j&aacute; que ainda estamos um pouco longe de desenvolver a tecnologia necess&aacute;ria para viajar al&eacute;m &ndash;, embora o nosso vizinho &ldquo;Vermelho&rdquo; seja o mais habit&aacute;vel para a nossa esp&eacute;cie, isso n&atilde;o significa que Marte ofere&ccedil;a as condi&ccedil;&otilde;es ideais para a nossa sobreviv&ecirc;ncia.
Isso porque, de acordo com <a href="https://www.youtube.com/watch?v=Z2jlWzoVPFc" target="_blank" rel="noopener">Scott Solomon</a>, professor de biologia evolutiva da Universidade Rice, nos EUA, para come&ccedil;ar, o Planeta Vermelho possui cerca de um ter&ccedil;o da gravidade que existe aqui na Terra, &eacute; basicamente est&eacute;ril e n&atilde;o conta com a prote&ccedil;&atilde;o de um campo magn&eacute;tico como o nosso &ndash; para bloquear a passagem de radia&ccedil;&atilde;o potencialmente letal para os humanos. Pois n&atilde;o &eacute; dif&iacute;cil imaginar que essas quest&otilde;es podem dificultar a vida dos colonizadores.
<h2>Dificuldades</h2>
Come&ccedil;ando pela falta de gravidade, segundo Solomon, apesar de sua aus&ecirc;ncia significar que os humanos que fixarem resid&ecirc;ncia em Marte ter&atilde;o muito menos dificuldade para carregar coisas pesadas por l&aacute; (e conseguir&atilde;o saltar muito mais alto), como consequ&ecirc;ncia, eles provavelmente desenvolver&atilde;o ossos menos densos, especialmente as mulheres. Com isso, al&eacute;m de o risco de fraturas ser maior, os trabalhos de parto &ndash; que aqui na Terra j&aacute; n&atilde;o s&atilde;o f&aacute;ceis &ndash; podem se tornar incrivelmente perigosos, uma vez que o risco de as gestantes sofrerem fraturas de pelve durante o nascimento de seus beb&ecirc;s seria extremamente alto.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/05/21/21152757449305.jpg" alt=" />
(Reprodu&ccedil;&atilde;o / Inverse)
Falando em beb&ecirc;s, &ldquo;faz&ecirc;-los&rdquo; tamb&eacute;m seria problem&aacute;tico, de acordo com Solomon &ndash; por conta da quest&atilde;o da esterilidade de Marte. Devido &agrave;s condi&ccedil;&otilde;es do planeta, n&atilde;o existem microrganismos no ambiente e, com isso, os colonizadores n&atilde;o teriam a necessidade de combater germes e agentes pat&oacute;genos. Isso significa que, por um lado, in&uacute;meras doen&ccedil;as poderiam ser erradicadas, mas o sistema imunol&oacute;gico dos habitantes de Marte se tornaria menos eficiente do que o dos terr&aacute;queos, o que, por sua vez, faria dos encontros entre colonizadores e visitantes algo bastante arriscado. Assim, o que possivelmente aconteceria &eacute; que duas popula&ccedil;&otilde;es humanas independentes se desenvolveriam.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/05/21/21152839777306.jpg" alt=" />
(Reprodu&ccedil;&atilde;o / SciFi Ideas)
J&aacute; com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; a&ccedil;&atilde;o da radia&ccedil;&atilde;o sobre os colonizadores, se aqui na Terra ela j&aacute; &eacute; respons&aacute;vel por causar muta&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas e uma s&eacute;rie de problemas de sa&uacute;de, imagine em Marte! O desenvolvimento de diversos tipos de c&acirc;ncer seria uma dificuldade constante &ndash; que poderia ser contornada com a cria&ccedil;&atilde;o de col&ocirc;nias subterr&acirc;neas. Por&eacute;m, esse tipo de modo de vida possivelmente levaria ao surgimento de uma popula&ccedil;&atilde;o m&iacute;ope, uma vez que os colonizadores, ao passarem boa parte do tempo sob a superf&iacute;cie do Planeta Vermelho, n&atilde;o precisariam usar seus olhos para enxergar a grandes dist&acirc;ncias, ao contr&aacute;rio daqui da Terra.
<h2>Adapta&ccedil;&otilde;es</h2>
O interessante, no entanto, &eacute; que, segundo Solomon, os humanos &ldquo;marcianos&rdquo; certamente evoluiriam para apresentar uma s&eacute;rie de adapta&ccedil;&otilde;es para sobreviver ao novo ambiente &ndash; e essas mudan&ccedil;as seriam observadas em apenas 1 ou 2 gera&ccedil;&otilde;es. Assim, os colonizadores provavelmente desenvolveriam ossos mais densos e fortes em resposta &agrave; falta de gravidade, e para proteger os habitantes da radia&ccedil;&atilde;o, que &eacute; cerca de 10 vezes superior aos limites estabelecidos por ag&ecirc;ncias de seguran&ccedil;a, &eacute; poss&iacute;vel que os colonizadores desenvolvessem um novo tipo de pigmento para a pele (diferente da melanina) e que surgissem novos tons de pele, melhor adaptados para mitigar a a&ccedil;&atilde;o da radia&ccedil;&atilde;o.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/05/21/21152929213307.jpg" alt=" />
(Reprodu&ccedil;&atilde;o / Inverse)
Ademais, os organismos dos habitantes de Marte possivelmente se adaptariam para poder transportar o oxig&ecirc;nio de forma mais eficiente a &oacute;rg&atilde;os e tecidos &ndash; j&aacute; que esse elemento seria mais escasso no Planeta Vermelho. Dessa forma, os colonizadores provavelmente desenvolver&atilde;o uma rede de capilares e vasos sangu&iacute;neos mais densa e eficiente, capaz de se dilatar melhor e levar mais sangue e oxig&ecirc;nio pelo corpo.
Conforme mencionamos, Solomon acredita que essas adapta&ccedil;&otilde;es aconteceriam bem depressa, possivelmente aceleradas pelas muta&ccedil;&otilde;es causadas pela radia&ccedil;&atilde;o, mas nada impediria os primeiros candidatos a fixar resid&ecirc;ncia em solo marciano a contarem com uma m&atilde;ozinha da tecnologia e tivessem seu DNA &ldquo;editado&rdquo; &ndash; por meio do sistema CRISPR, por exemplo &ndash; para encurtar o processo. Solomon apresentou essas e outras ideias fascinantes durante uma confer&ecirc;ncia da TED e voc&ecirc; pode conferir o conte&uacute;do a seguir:
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/Z2jlWzoVPFc?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>

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Como os colonizadores humanos poderão se adaptar para a vida em Marte?

Imagem de Impacto colossal pode ser a razão de a Lua ter faces tão distintas no megacurioso

Tudo bem que ela n&atilde;o &eacute; vis&iacute;vel aqui para n&oacute;s, mas voc&ecirc; sabia que a face oculta da Lua &eacute; bem diferente da que fica voltada para a Terra? Al&eacute;m de ser cravejado de crateras, esse lado do sat&eacute;lite abriga uma das maiores crateras de impacto conhecidas no Sistema Solar, a Bacia do Polo Sul-Aitken, que mede cerca de 2,5 quil&ocirc;metros de di&acirc;metro e 13 km de profundidade. Veja a seguir uma imagem comparando as 2 faces:
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/05/21/21180213683432.gif" alt="" />
Face que fica voltada para a Terra x a face oculta&nbsp;(Reprodu&ccedil;&atilde;o / Lunar and Planetary Institute)
<h2>Duas caras</h2>
Mas n&atilde;o &eacute; s&oacute; na apar&ecirc;ncia que as faces se distinguem, n&atilde;o! A espessura da crosta, composi&ccedil;&atilde;o e eleva&ccedil;&atilde;o do terreno tamb&eacute;m s&atilde;o diferentes, tornando a Lua assim&eacute;trica &ndash; e, de acordo com Alfredo Carpineti, do site <a href="https://www.iflscience.com/space/an-impact-with-a-dwarf-planet-might-have-led-to-the-differences-between-the-moons-faces/" target="_blank" rel="noopener">IFLScience!</a>, uma teoria apresentada recentemente por um grupo internacional de pesquisadores prop&otilde;e uma explica&ccedil;&atilde;o para essas disparidades. Segundo esse time, a face do nosso sat&eacute;lite que fica voltada para a Terra foi alvo de uma colis&atilde;o colossal que fez com que uma grande quantidade de fragmentos lunares fosse lan&ccedil;ada em &oacute;rbita, detritos esses que, depois de um tempo, &ldquo;choveram&rdquo; sobre a face oculta, cobrindo a sua superf&iacute;cie com crateras.
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Esse crater&atilde;o em destaque &eacute; a Bacia do Polo Sul-Aitken&nbsp;(Reprodu&ccedil;&atilde;o / Wikimedia Commons / Ittiz)
Os cientistas acreditam que a Lua foi acertada em cheio por um planeta-an&atilde;o e chegaram a essa conclus&atilde;o depois de realizar centenas de simula&ccedil;&otilde;es e comparar os resultados com os de observa&ccedil;&otilde;es realizadas pela miss&atilde;o GRAIL &ndash; de Gravity Recovery and Interior Laboratory, cujo foco era mapear e determinar a estrutura interna da Lua &ndash; da NASA.
Mais especificamente, os testes apontaram que o objeto que colidiu com a Lua devia ter 780 quil&ocirc;metros, o que significa que esse corpo (hipot&eacute;tico) era um pouquinho menor do que o planeta-an&atilde;o Ceres, que consiste no maior objeto em &oacute;rbita no Cintur&atilde;o de Asteroides, e teria atingido o sat&eacute;lite com uma velocidade de pouco mais de 6 km/s. Outra alternativa &eacute; a de que se tratasse de um corpo um pouco menor se deslocando um pouco mais depressa.
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Face oculta&nbsp;(Reprodu&ccedil;&atilde;o / Forbes / NASA / Goddard / Arizona State University)
Pois &eacute;... se a colis&atilde;o realmente aconteceu mesmo como mostram as simula&ccedil;&otilde;es, a velocidade do objeto nem era grande coisa &ndash; comparada com a que muitos corpos celestes viajam pelo cosmos. Mesmo assim, conforme estimaram os cientistas, a colis&atilde;o teria sido suficiente para lan&ccedil;ar entre 5 e 10 km de material &agrave; face oculta da Lua, o que explicaria a diferen&ccedil;a em espessura entre as faces e de composi&ccedil;&atilde;o entre a crosta lunar e a terrestre.
E o que a crosta do nosso planeta tem a ver com essa hist&oacute;ria? N&oacute;s do Mega Curioso inclusive j&aacute; falamos sobre esse assunto por aqui, e acontece que uma das teorias mais aceitas sobre a forma&ccedil;&atilde;o da Lua &eacute; a de que o impacto de um planeta semelhante a Marte contra a Terra teria lan&ccedil;ado material em &oacute;rbita que acabou se agregando e compondo o nosso sat&eacute;lite &ndash; da&iacute; a quest&atilde;o da diferen&ccedil;a em composi&ccedil;&atilde;o na face oculta e a explica&ccedil;&atilde;o de sua assimetria. E voc&ecirc;, caro leitor, o que acha da teoria?

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Impacto colossal pode ser a razão de a Lua ter faces tão distintas

Imagem de A Lua está encolhendo... Isso mesmo que você acabou de ler no megacurioso

Voc&ecirc; j&aacute; deve ter ouvido que a Lua est&aacute; se afastando da Terra pouco a pouco &ndash; mais especificamente, o sat&eacute;lite est&aacute; se distanciando de n&oacute;s a uma taxa de 4 cent&iacute;metros ao ano. E agora, foi divulgado que a fiel companheira do nosso planeta tamb&eacute;m est&aacute; encolhendo! Por sorte, esse fen&ocirc;meno tamb&eacute;m vem ocorrendo de forma bastante lenta (como o do afastamento) e prova que a Lua &eacute; mais ativa do que muita gente pensa.
<h2>&ldquo;Luamotos&rdquo;</h2>
Ao contr&aacute;rio do que possa parecer &ndash; afinal, n&atilde;o existem formas de vida na Lua e, com exce&ccedil;&atilde;o de colis&otilde;es de rochas espaciais e visitas de sondas e artefatos enviados pelos terr&aacute;queos, nada parece acontecer por l&aacute; &ndash;, a Lua &eacute; geologicamente ativa. Bem, de maneira relativamente discreta, mas h&aacute; alguma atividade, sim.
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Um dos sism&oacute;grafos deixados na Lua (Reprodu&ccedil;&atilde;o / The Conversation / NASA)
N&oacute;s sabemos disso porque algumas miss&otilde;es que viajaram at&eacute; o sat&eacute;lite &ndash; as Apollo 12, 14, 15 e 16, mais precisamente &ndash; deixaram sism&ocirc;metros instalados na superf&iacute;cie lunar para medir a atividade geol&oacute;gica. E esses dispositivos (cuja fun&ccedil;&atilde;o &eacute; a de detectar tremores de terra) efetivamente captaram pequenos sismos vindos das entranhas da Lua. O interessante &eacute; que ningu&eacute;m sabia dizer o que, exatamente, estaria causando os &ldquo;luamotos&rdquo;.
Pois um estudo recente, liderado por Thomas Watters, pesquisador do Centro para Estudos Planet&aacute;rios e da Terra do Centro Nacional de Ar e Espa&ccedil;o do Museu Smithsonian, em Washington, apontou que os tremores podem ser resultado da presen&ccedil;a de falhas geol&oacute;gicas ativas na Lua &ndash; proposta que apoia algo que se suspeitava h&aacute; muito tempo. Isso porque, al&eacute;m de astronautas terem identificado caracter&iacute;sticas no terreno lunar que indicavam a presen&ccedil;a dessas estruturas, sondas espaciais enviadas para estudar o sat&eacute;lite tamb&eacute;m registraram imagens que sugerem fortemente a exist&ecirc;ncia de falhas por l&aacute;.
<h2>Atividade lunar</h2>
Mais especificamente, os cientistas acreditam que a atividade que se d&aacute; na Lua &eacute; um tipo de falha conhecida como sendo &ldquo;de cavalgamento&rdquo;, que se caracteriza pela sobreposi&ccedil;&atilde;o de uma placa tect&ocirc;nica menos densa a outra de maior densidade. Esse fen&ocirc;meno ocorre em decorr&ecirc;ncia do resfriamento do n&uacute;cleo do sat&eacute;lite, que faz com que seu volume diminua e a superf&iacute;cie se comprima. Ali&aacute;s, algo semelhante &eacute; observado em Merc&uacute;rio &ndash; cujo raio sofreu uma redu&ccedil;&atilde;o de 7 quil&ocirc;metros nos &uacute;ltimos 3 milh&otilde;es de anos.
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Falha geol&oacute;gica (Reprodu&ccedil;&atilde;o / FayerWayer)
Para chegar a essa conclus&atilde;o, Thomas e seu time reexaminaram os dados coletados pelos sism&ocirc;metros instalados pelas miss&otilde;es Apollo &ndash; que, de 1969 a 1977, detectaram 28 sismos pouco profundos com intensidades que variaram entre 2 e 5 pontos na Escala de Richter. A equipe descobriu que dos 28 eventos, 8 ocorreram a cerca de 30 quil&ocirc;metros dos locais identificados como poss&iacute;veis falhas geol&oacute;gicas, sugerindo que essas estruturas continuam ativas.
Pr&oacute;ximo aos locais das falhas, os pesquisadores tamb&eacute;m encontraram rastros deixados por rochas lunares que foram movidas de lugar &ndash; evidentemente n&atilde;o por aliens ou seres &ldquo;lun&aacute;ticos&rdquo;, mas possivelmente por conta de tremores &ndash;, assim como vest&iacute;gios de dep&oacute;sitos de sedimentos (possivelmente) causados por deslizamentos. Obviamente, a atividade geol&oacute;gica na Lua acontece em uma escala muito, muito menor do que em Merc&uacute;rio, mas o fato &eacute; que, ao que tudo indica, o fen&ocirc;meno est&aacute; provocando o lento encolhimento do sat&eacute;lite.
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Rastros deixados por deslizamentos de rochas (Reprodu&ccedil;&atilde;o / The Conversation / NASA / GSFC /Arizona State University)
E qual a import&acirc;ncia de saber disso &ndash; uma vez que n&oacute;s, terr&aacute;queos, nem sequer vamos notar a diferen&ccedil;a no tamanho da Lua? Segundo os cientistas envolvidos na pesquisa, considerando que existem v&aacute;rios projetos em andamento visando a instala&ccedil;&atilde;o de uma base lunar e de explorar o sat&eacute;lite, &eacute; bom ter conhecimento de quais &aacute;reas podem oferecer instabilidades.

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A Lua está encolhendo... Isso mesmo que você acabou de ler

Imagem de Cientistas criam mosaico incrível com fotos do espaço geradas pelo Hubble no megacurioso

A qualidade das imagens é impressionante

O telesc&oacute;pio Hubble foi lan&ccedil;ado ao espa&ccedil;o pela&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/nasa/" target="_blank" title="NASA">NASA</a> em 1990 e, desde ent&atilde;o, tem nos proporcionado imagens &uacute;nicas de gal&aacute;xias distantes. Seu nome &eacute; uma homenagem ao astr&ocirc;nomo Edwin Powell Hubble, que constatou a expans&atilde;o do Universo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/05/09/09110339761471.jpg" alt="" />
(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o/NASA)
As principais vantagens do posicionamento de um telesc&oacute;pio na &oacute;rbita terrestre s&atilde;o o fato de evitar os efeitos &oacute;pticos causados pela atmosfera e a possibilidade de observa&ccedil;&atilde;o de luzes infravermelha e ultravioleta, que s&atilde;o absorvidas em grande parte pela atmosfera. Desde que foi otimizado, o equipamento tem capturado imagens bel&iacute;ssimas, e atualmente cientistas reuniram essas informa&ccedil;&otilde;es em um mosaico que mostra a grandiosidade do Universo.
<h2 dir="ltr">Retrospectiva &uacute;nica</h2>
A imagem abaixo re&uacute;ne 16 anos de observa&ccedil;&otilde;es do telesc&oacute;pio e foi chamada de Hubble Legacy Field, mostrando aproximadamente 265 mil gal&aacute;xias que remontam a 500 milh&otilde;es de anos ap&oacute;s o Big Bang.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/05/09/09110421948472.jpg" alt="" />
(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o/Hubble)
O grupo respons&aacute;vel pelo equipamento disse que essa &eacute; a primeira de uma s&eacute;rie de composi&ccedil;&otilde;es que utilizar&atilde;o dados obtidos por 31 equipes de astr&ocirc;nomos atrav&eacute;s do Hubble. Apenas para termos um referencial de como o processo &eacute; trabalhoso, as novas montagens utilizar&atilde;o 7,5 mil imagens.
A precis&atilde;o do telesc&oacute;pio torna poss&iacute;vel a observa&ccedil;&atilde;o de gal&aacute;xias muito distantes, mas os registros precisam ser feitos em pequenas etapas. Por exemplo, a composi&ccedil;&atilde;o dessa imagem utilizou dados obtidos durante 250 dias, tornando essa regi&atilde;o o local com maior tempo de an&aacute;lise pelo Hubble.
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(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o/Hubble)
Antes do lan&ccedil;amento do telesc&oacute;pio, cientistas conseguiam observar gal&aacute;xias a &ldquo;apenas&rdquo; 7 bilh&otilde;es de anos-luz, o que representa metade do caminho at&eacute; o centro estimado do Big Bang. O aumento da capacidade de obten&ccedil;&atilde;o de informa&ccedil;&otilde;es tornou mais f&aacute;cil determinar a forma como Universo se expande, aprimorando o conhecimento que temos dele.
Com esse tipo de an&aacute;lise, astr&ocirc;nomos podem identificar gal&aacute;xias que possuem os elementos qu&iacute;micos b&aacute;sicos para a forma&ccedil;&atilde;o de vida. Provavelmente n&atilde;o desenvolveremos t&atilde;o cedo uma tecnologia para chegar at&eacute; gal&aacute;xias distantes, mas sem um mapa para orienta&ccedil;&atilde;o a tarefa fica muito mais complicada.
<a href="https://www.spacetelescope.org/news/heic1909/" target="_blank">Clique aqui</a> para ver a imagem em alta resolu&ccedil;&atilde;o.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/141138-cientistas-criam-mosaico-incrivel-fotos-espaco-geradas-hubble.htm">Cientistas criam mosaico incrível com fotos do espaço geradas pelo Hubble</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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