
Ciência
28/05/2019 às 03:01•2 min de leitura
Não é de hoje que estudantes desenvolvem projetos de ciências que consistem em enviar coisas à estratosfera – geralmente com o uso de balões meteorológicos. Mas, até agora, nenhum grupo havia se empenhado para construir e lançar um foguete de verdade ao espaço. No entanto, foi isso o que uma turma do Laboratório de Propulsão de Foguetes da Universidade do Sul da Califórnia, nos EUA, fez recentemente.
De acordo com Tom Hale, do site IFLScience!, o foguete foi testado há cerca de um mês a partir de uma base de lançamento no Novo México, alcançando altitude máxima de 103.571 metros – com um erro estimado em 5,1 mil metros – , velocidade de quase 5,5 mil km/h e bateu mais de 17 g. Isso significa que, se as leituras realizadas durante o teste estiverem corretas (e tudo indica que estão), o dispositivo chegou a atravessar a “Linha de Kármán”, nome dado à barreira que fica a mais ou menos 100 km acima do nível do mar e que delimita o fim da atmosfera terrestre e marca o início do espaço.
(Reprodução / IFLScience! / USC Rocket Propulsion Lab)
Segundo Tom, esta é a primeira vez que um grupo de estudantes consegue realizar uma façanha dessas com sucesso, e o time que desenvolveu e lançou o foguete conquistou o recorde de maior altitude já alcançada por um artefato construído por alunos no mundo. Mas não foi fácil chegar lá, não. O foguete que viajou ao espaço se chama “Traveler IV”, o que significa que outros 3 foram construídos, testados e destruídos antes de o grupo conquistar o objetivo almejado.
(Reprodução / IFLScience! / USC Rocket Propulsion Lab)
Se você ficou curioso em saber o que deu errado com os Travelers I, II e III, os dois primeiros explodiram logo após o lançamento, enquanto o terceiro teve uma pane e não chegou muito longe (ou tão alto, se você preferir). O 4º foguete funcionou como esperado – e o mesmo grupo de estudantes já está trabalhando no próximo projeto. E aí, merecem um 10 ou não?