Imagem de Taxa de fertilidade: cientistas preveem queda de nascimentos no mundo no megacurioso

Se uma queda nas taxas de natalidade no planeta significa melhorias no meio ambiente, a inversão da pirâmide etária pode ser preocupante

<head></head><body>Na última terça-feira (14), a revista científica britânica The Lancet publicou um estudo feito por pesquisadores do Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde da Universidade de Washington (IHME). Segundo esses cientistas, a população do mundo encolherá para 8,8 bilhões de pessoas no final deste século.Financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates, o IHME é uma referência mundial por seus estudos globais em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115153-niveis-anormais-de-radiacao-sao-detectados-na-atmosfera-da-europa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">saúde pública</a>. Na atual pesquisa, cujo objetivo foi avaliar o impacto das doenças no planeta, os estudiosos previram um pico populacional a partir de 2064, para 9,7 bilhões de pessoas e o declínio acelerado até o final do século para 8,8 bilhões.Isso significa taxas decrescentes de fertilidade em quase todos os países do mundo. Em alguns deles, como Espanha e Japão, a população deverá cair pela metade em 2100. A taxa de fertilidade global, estimada em 2,4 no ano de 2017 deverá cair para 1,7 no final do século. Outra consequência será um envelhecimento dramático das populações.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/17/17151339466061.jpg" alt="Fonte: Pixabay">Fonte: Pixabay<h2>O que significa uma queda na fertilidade?</h2>A taxa de fertilidade, que é o número médio de filhos gerado por uma mulher durante a vida, já está em queda atualmente. Quando ela ficar abaixo de 2,1, a população mundial começará a cair. Para se ter uma ideia dessa queda, basta lembrar que, em 1950, as mulheres tinham em média 4,7 filhos.Logicamente esse declínio depende do grau de desenvolvimento da educação das meninas e do acesso aos controles de natalidade, o que implica em questões políticas e até religiosas. Porém, as estimativas deste estudo deixam para trás os números de queda de fertilidade previstos pela ONU.Um dos participantes da pesquisa, o diretor do IHME Christopher Murray se assustou com os resultados: "Isso é uma coisa muito grande; a maior parte do mundo está em transição para o declínio natural da população. Eu acho incrivelmente difícil pensar nisso e reconhecer a sua extensão. É extraordinário, teremos que reorganizar as sociedades".<h2>Alguns índices populacionais no final do século XXI</h2>O índice de 2,1 filhos por mulher (essa fração de 0,1 é para compensar a mortalidade infantil), cairá no final do século, em 183 dos 195 países estudados.A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114921-pequim-controla-novos-casos-de-covid-19-e-pode-testar-1-milhao-por-dia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">China&nbsp;</a>é um país que também poderá perder cerca de metade de seus habitantes, dos atuais 1,4 bilhão para 730 milhões em 2100, o que certamente trará alguns reflexos no seu crescimento econômico avassalador. Nesse cenário, os Estados Unidos, com a supremacia mundial em xeque, poderão ultrapassar a China no período, se a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115104-voos-de-mentira-sao-solucao-para-matar-a-saudade-de-viajar-em-taiwan.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">imigração&nbsp;</a>compensar o declínio da fertilidade.Os continentes asiático e europeu irão perder grande parte da sua população conforme o estudo. Nos dois blocos, pelo menos 23 países terão suas <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/115070-miyuki-ishikawa-a-exterminadora-que-mudou-o-japao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">populações reduzidas&nbsp;</a>pela metade: Japão (de 128 a 60 milhões), Tailândia (71 a 35), Espanha (46 a 23), Itália (61 a 31), Portugal (11 a 4,5), Coreia do Sul (53 a 27). Alguns países, como a França (65 a 67 milhões), escaparão dessa tendência de redução populacional.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/17/17151635433062.jpg" alt="Fonte: Pixabay">Fonte: Pixabay<h2>Os impactos ambientais</h2>São "boas notícias para o meio ambiente", brinca Murray, lembrando que menos pessoas irão gerar uma menor pressão nos sistemas de produção de alimentos e gerarão menor <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115240-ate-2025-niveis-de-co2-serao-maiores-do-que-ha-3-milhoes-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quantidade de CO2&nbsp;</a>na atmosfera.Se, por um lado, o planeta agradece, é bom lembrar que uma inversão da pirâmide etária terá consequências impactantes nos sistemas de assistência social e nos serviços de saúde, para dar conta de atender a uma população onde as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115151-coronavirus-idosos-sao-propensos-a-furar-quarentena-aponta-pesquisa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pessoas com mais de 80</a> anos serão seis vezes mais numerosas do que hoje (de 141 para 866 milhões em 2100).Outra situação curiosa será a ascendência de pessoas de origem africana na estrutura populacional global. A população da África Subsaariana, por exemplo deverá triplicar de tamanho até 2100, chegando a 3 bilhões de pessoas. No mesmo tempo, a Nigéria se tornará o segundo país mais populoso do mundo, com 791 milhões de habitantes.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/17/17151922640067.jpg" alt="Fonte: Pixabay">Fonte: Pixabay<h2>As políticas migratórias</h2>Como os países de etnias predominantemente caucasiana e mongoloide estão em declínio, e terão que receber correntes migratórias, pensar em termo de "black lives matter" em 2100 será emblemático, ou como diz Murray, "o reconhecimento global dos desafios em torno do racismo será ainda mais crítico...".Uma sugestão para modificar essa trajetória demográfica sugerida pelos especialistas é a criação de "políticas sociais" para ajudar as mulheres a trabalharem e terem disponibilidade para gerar os filhos que desejarem.&nbsp;Outra inversão que deverá ocorrer será nas políticas de imigração, com a substituição da atual tendência xenofóbica. "No final do século, os países que precisarem de trabalhadores imigrantes terão que competir para atraí-los", e esses, com certeza, virão da África e do mundo árabe, prevê o líder da pesquisa.</body>

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Taxa de fertilidade: cientistas preveem queda de nascimentos no mundo

Imagem de Nova bactéria que se alimenta de metal é encontrada ao acaso no megacurioso

A bactéria corrosiva foi achada por acidente e os pesquisadores descobriram que o organismo pode se alimentar de manganês

<head></head><body>Em um novo artigo científico originalmente publicado na revista <a href="https://www.nature.com/articles/s41586-020-2468-5.epdf?sharing_token=zllkJlQpTCoKJ7hfBlmNo9RgN0jAjWel9jnR3ZoTv0Mtn6pWonvV7vjzJ4u4i62dH_S9ShQe-zIgdKsUfXLwo459YQN4fbMawhjpnOwpXVt-y2JEQ9MPVAeDRZTkei1yLXZVVN3NoACjRjUQpw-VZ1SuTceN4udVp2YOjXaea-Vr6kK5tK1iiaT783DiZF6HZt_i8Ku4B9pTMuYaqGzuZnwgaBWr9av6MqxFD_QaeyyfwF8ekBGme2T5i2LCl360D4mO8uztOx1q-OHdMzulYybVoFQp0yOg0tRGDVVFI9CqfClbFu9rkxZ9lbqQyV65ms0CNwEkY8nfF1Uj6HWdqQ%3D%3D&amp;tracking_referrer=www.iflscience.com" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nature</a>,&nbsp;pesquisadores da Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia) descobriram bactérias que podem metabolizar o manganês, um tipo de metal muito utilizado na fabricação de ligas de aço e que é um dos elementos mais abundantes na superfície do planeta Terra."Outras bactérias que também se alimentam de metal já haviam sido descobertas, como a Halomonas titanica, que leva esse nome por ter sido encontrada no casco do que sobrou do navio Titanic. No caso desse organismo, saliências que lembram a ferrugem são produzidas quando ele se adere ao metal. Já a bactéria recém-descoberta — que ainda não tem nome oficial —, realiza um processo diferente: alimenta-se do resíduo de manganês, aquele que conhecemos por escorrer das pilhas e baterias quando "vazam".<h2>Cardápio variado</h2>As bactérias tendem a ter preferências bastante incomuns na escolha de seus alimentos, indo desde sobras de comida até fontes termais oceânicas profundas, já que nem todas precisam de ar pra sobreviver, ou podem também se alimentar de metal e de tecido humano, ou "carne viva". Assim, constantemente descobrimos maneiras diferentes que elas usam para obter sua energia.Compostas por duas espécies diferentes, as bactérias que foram descobertas ao acaso poderiam usar o metal e produzir energia para sustentar e crescer nos ambientes mais desafiadores. Apesar de os cientistas preverem isso há mais de um século, esta é a primeira bactéria a usar manganês na quimiossíntese — espécie de fotossíntese bacteriana — que faz com que o organismo em questão produza matéria orgânica por meio da oxidação de substâncias minerais sem ter que recorrer a luz solar.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/16/16194843645309.jpg" alt="Estrutura celular de uma bactéria. (Fonte: Alunos Online)">Estrutura celular de uma bactéria. (Fonte: Alunos Online)<h2>Descoberta acidental</h2>Jared Leadbetter, professor de microbiologia ambiental do Caltech e coautor do artigo, abandonou em seu escritório uma jarra com água e manganês por meses. O conjunto fazia parte de um experimento anterior, onde usara giz de manganês e o líquido direto da torneira. Ao retornar de sua ausência, deparou-se com a jarra revestida por uma substância preta e imediatamente pediu para sua equipe avaliar o conteúdo.Com os testes, eles descobriram que as duas novas espécies de bactérias que viviam na água da torneira, nesse período, metabolizaram o manganês residual criando o subproduto preto identificado como óxido de manganês.Algumas bactérias oxidam o manganês e produzem, a partir da já citada quimiossíntese, o óxido de manganês, mas o funcionamento desse metabolismo nunca havia sido revelado, ou seja, não sabíamos ainda como a bactéria gerava essa substância. O experimento foi essencial para essa descoberta.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/17/17174241715191.jpg" alt="Metal contaminado poderia ser decomposto por bactérias. (Fonte: Stocksnap)">Metal contaminado poderia ser decomposto por bactérias. (Fonte: Stocksnap)Segundo o professor Leadbetter, em comunicado da Caltech, essas são as primeiras bactérias encontradas a usar manganês como fonte de combustível. Um dos aspectos importantes relativos aos micróbios na natureza é que eles podem decompor materiais aparentemente improváveis, produzindo energia útil para as reações de síntese metabólica.</body>

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Nova bactéria que se alimenta de metal é encontrada ao acaso

Imagem de Zoologia em primeira pessoa: besouros transportam câmeras nas costas no megacurioso

Estudando a forma pela qual insetos utilizam uma visão de alta resolução para poupar energia, pesquisadores adaptaram a biologia às novas câmeras

Num artigo publicado na &uacute;ltima quarta-feira (15) na revista cient&iacute;fica Science Robotics, uma equipe de pesquisadores da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115024-betelgeuse-reducao-de-brilho-da-estrela-ganha-explicacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Universidade de Washington</a> descrevem uma c&acirc;mera sem fio, dirig&iacute;vel, de 248 miligramas para transmitir v&iacute;deos de um a cinco quadros por segundo a um telefone m&oacute;vel a at&eacute; 120 metros, conectada nas costas de besouros.
O autor principal da pesquisa, professor da Escola G. Allen de Ci&ecirc;ncia e Computa&ccedil;&atilde;o e Engenharia Shyam Gollakota explicou o experimento: "Criamos um sistema de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115226-fotografo-mostra-segredos-por-tras-de-fotos-magnificas-no-instagram.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">c&acirc;mera </a>sem fio de baixo consumo e baixo peso que pode capturar uma vis&atilde;o em primeira pessoa do que est&aacute; acontecendo com um inseto vivo real ou criar uma vis&atilde;o para rob&ocirc;s pequenos".
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Mark Stone/University of Washington - Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://s3-us-west-2.amazonaws.com/uw-s3-cdn/wp-content/uploads/sites/6/2020/07/14115416/BeetleCameraWEB007-1140x760.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/16/16011420138464.jpg" alt="Fonte: Mark Ston/University of Washington - Reprodu&ccedil;&atilde;o" />Fonte: Mark Ston/University of Washington - Reprodu&ccedil;&atilde;o
<h2>Objetivos da pesquisa</h2>
Sobre o objetivo da pesquisa, disse: &ldquo;A vis&atilde;o &eacute; muito importante para a comunica&ccedil;&atilde;o e a navega&ccedil;&atilde;o, mas &eacute; extremamente desafiador fazer isso numa escala t&atilde;o pequena. Como resultado, antes do nosso trabalho, a vis&atilde;o sem fio n&atilde;o era poss&iacute;vel para pequenos rob&ocirc;s ou insetos.&rdquo;
As c&acirc;mera pequenas, do tipo das instaladas em smartphones, usam muita energia para capturar fotos de grande angular e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115212-agua-morta-cientistas-explicam-por-que-navios-param-no-meio-do-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alta resolu&ccedil;&atilde;o</a>, o que n&atilde;o funciona quando empregadas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115223-cientistas-calculam-menor-fracao-de-tempo-possivel-no-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">na escala</a> de insetos. Apesar de leves, o conjunto se torna pesado para insetos, ou rob&ocirc;s, transportarem.&nbsp;
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Mark Stone/University of Washington - Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.iflscience.com/images/9088fb0a-650d-553c-bca2-330ce503ab90/content-1594828516-extra-large-1594825458-cover-image.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/16/16011611268465.jpg" alt="Fonte: Mark Ston/University of Washington - Reprodu&ccedil;&atilde;o" />Fonte: Mark Ston/University of Washington - Reprodu&ccedil;&atilde;o
Outro autor, o professor-assistente da Universidade de Washington Sawyer Fuller disse que a vis&atilde;o em animais &eacute; um sentido que demanda muita energia.&nbsp;
Para reduzir o gasto energ&eacute;tico, explica Fuller, "algumas moscas t&ecirc;m uma regi&atilde;o pequena e de alta resolu&ccedil;&atilde;o de seus olhos compostos. Elas viram a cabe&ccedil;a para onde querem ver com mais clareza, como perseguir presas ou um companheiro. Isso economiza energia porque ela tem alta resolu&ccedil;&atilde;o em todo o campo visual".
<h2>Imitando a Biologia</h2>
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/115BGUZopHs?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
O que os pesquisadores fizeram foi imitar a vis&atilde;o desses insetos. Por isso usaram uma pequena c&acirc;mera em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115007-algoritmo-faz-com-que-filmes-do-seculo-xix-parecam-ser-atuais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">preto e branco</a> com uma pot&ecirc;ncia ultrabaixa capaz de varrer um campo de vis&atilde;o com a ajuda de um pequeno bra&ccedil;o mec&acirc;nico.&nbsp;
Depois de anexarem com sucesso a sua c&acirc;mera remov&iacute;vel &agrave;s costas de dois tipos de besouros, os pesquisadores planejam colocar o equipamento em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115201-abelhas-agressivas-prejudicam-acampamentos-de-parque-nacional.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">abelhas</a>, substituindo a bateria por lev&iacute;ssimas c&eacute;lulas solares.&nbsp;
A instala&ccedil;&atilde;o desse tipo de c&acirc;meras em animais est&aacute; proporcionando uma nova vis&atilde;o (em primeira pessoa) do estudo da Zoologia.

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Entomologia em primeira pessoa: besouros transportam câmeras nas costas

Imagem de Amazônia: alertas de desmatamento aumentam 25% em 2020 no megacurioso

Segundo dados do INPE, mais de 3 mil km² de floresta foram destruídos nos primeiros seis meses do ano, em comparação com o ano passado

<head></head><body>O desmatamento na Amazônia foi um assunto que gerou muitos debates — <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111841-segundo-alerta-da-onu-queimadas-na-amazonia-terao-impacto-em-todo-o-mundo.htm">e deixou o mundo inteiro alarmado</a> — ao longo de 2019. Infelizmente, pelo que indica um relatório divulgado recentemente pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), esse cenário tem tudo para se repetir em 2020.&nbsp;Na verdade, pelo que os dados indicam, o desmatamento em 2020 tende a ser ainda maior do que no ano anterior. Isso porque, segundo o relatório divulgado recentemente, os alertas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112108-relatorios-podem-subestimar-impacto-de-incendios-na-amazonia.htm">desmatamento na Amazônia</a> aumentaram 25% nos primeiros seis meses de 2020, em comparação com o mesmo período do ano anterior.&nbsp;<h2>Dados oficiais devem trazer números alarmantes</h2>Esse dado não corresponde à taxa oficial de desmatamento, que é medida por outra metodologia e divulgada uma vez ao ano. Esses alertas servem para que as equipes de fiscalização saibam onde pode estar ocorrendo crimes ambientais.&nbsp;Porém os dados dos alertas servem como um indicador do que está por vir na taxa oficial de desmatamento, daqui a um mês: no acumulado dos últimos 11 meses, até junho de 2020, os alertas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111789-afinal-como-fica-a-amazonia-pos-queimadas.htm">queimadas</a> aumentaram 64%, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Em entrevista ao portal G1, da Globo, o pesquisador Carlos Rittl afirmou que a taxa oficial deve ser 30% maior do que em 2019.&nbsp;De agosto de 2018 a julho de 2019, foram derrubados mais de 10 mil quilômetros quadrados de floresta — a maior perda dos últimos 10 anos. Se as previsões dos especialistas se confirmarem, o Brasil baterá esse infeliz recorde novamente.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/13/13233246427447.jpg" alt="Desmatamento deve bater recorde em 2020 (Fonte: Pexels)">Desmatamento deve bater recorde em 2020 (Fonte: Pexels)<h2>Assunto polêmico</h2>Na segunda-feira, 13 de julho, apenas três dias após a divulgação do relatório sobre os alertas de desmatamento, a coordenadora do INPE responsável por ele foi exonerada.&nbsp;O governo alegou, por meio de nota, que Lubia Vinhas — que é servidora concursada do INPE há mais de 20 anos —, vai trabalhar em outros projetos importantes e que sua exoneração não tem nada a ver com os dados divulgados.&nbsp;Mesmo assim, os dados e a subsequente demissão da servidora não foram bem vistos por entidades de defesa do <a href="https://www.megacurioso.com.br/meio-ambiente">meio-ambiente</a>. Além disso, o governo brasileiro tem sofrido uma pressão cada vez maior de empresários e governos estrangeiros para tomar ações mais eficientes contra a destruição da Amazônia.&nbsp;Vale lembrar que, em 2019, o governo já havia demitido outro diretor do INPE — Ricardo Galvão — em meio a uma polêmica sobre dados de desmatamento. Vamos ver o que vem por aí, em 2020.</body>

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Amazônia: alertas de desmatamento aumentam 25% em 2020

Imagem de Primeiras plantas com flor cresceram em ambientes tropicais no megacurioso

Estima-se que cerca de 80% das plantas na Terra sejam do tipo angiospermas, plantas floridas. Sua dominação se dá após a extinção dos dinossauros, explica estudo

Um estudo publicado na revista Nature Ecology &amp; Evolution na semana passada com objetivo de reconstruir e contar a hist&oacute;ria da evolu&ccedil;&atilde;o das plantas com flores na Terra identificou a data e o local das primeiras angiospermas do mundo, ou seja, das primeiras plantas com flor a crescer no planeta Terra.
Chamado de A diversifica&ccedil;&atilde;o tardia e geograficamente heterog&ecirc;nea das fam&iacute;lias de plantas com flores e conduzido por cientistas e pesquisadores da Austr&aacute;lia e do M&eacute;xico, o <a href="https://www.nature.com/articles/s41559-020-1241-3">estudo</a> revelou que o in&iacute;cio do crescimento de plantas com flores no mundo come&ccedil;ou h&aacute; cerca de 140 milh&otilde;es de anos.
Essa descoberta &eacute; t&atilde;o significativa para a biologia que foi caracterizada pela Universidade de Nova Gales do Sul (UNSW Sydney) como a respons&aacute;vel pelo &ldquo;desencadeamento de uma das revolu&ccedil;&otilde;es biol&oacute;gicas mais dram&aacute;ticas da hist&oacute;ria do nosso planeta&rdquo;, j&aacute; que responde uma s&eacute;rie de quest&otilde;es cruciais (que at&eacute; ent&atilde;o n&atilde;o tinham respostas) sobre data e a localiza&ccedil;&atilde;o do crescimento do mais diverso tipo de planta na Terra, as angiospermas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/13/a-13135913568212.jpg" alt="a" />A pesquisa incluiu um conjunto de dados de 238 calibra&ccedil;&otilde;es f&oacute;sseis de angiospermas, as maiores j&aacute; montadas. (Fonte: Dr. Herve Sauquet / UNSW Sidney)
<h2 dir="ltr">Os resultados</h2>
O pesquisador Herv&eacute; Sauquet, do Instituto Australiano de Ci&ecirc;ncia Bot&acirc;nica da UNSW, ligado ao Jardim Bot&acirc;nico Real de Sydney, &eacute; um dos principais autores do estudo. Ele foi o respons&aacute;vel pela an&aacute;lise de 238 f&oacute;sseis de angiospermas. De acordo com o pesquisador, os f&oacute;sseis estudados s&atilde;o as evid&ecirc;ncias mais importantes para o entendimento das quest&otilde;es evolutivas desse tipo de planta.
&ldquo;Estudos anteriores dessa natureza usavam apenas 30 a 60 registros f&oacute;sseis e quer&iacute;amos aumentar esse n&uacute;mero significativamente e estabelecer um padr&atilde;o mais alto para a calibra&ccedil;&atilde;o f&oacute;ssil, documentando todas as partes do processo", afirmou o pesquisador.
Outro principal autor do estudo &eacute; Santiago Ram&iacute;rez-Barahona, que explica que agora a ci&ecirc;ncia tem a confirma&ccedil;&atilde;o de que as angiospermas se originaram em ambientes tropicais.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/13/a-13135946662216.jpg" alt="a" />O novo estudo aparece na Nature Ecology &amp; Evolution e examina a evolu&ccedil;&atilde;o das plantas com o passar do tempo. (Fonte: Dr. Herve Sauquet / UNSW Sidney)
J&aacute; segundo a professora Susana Magall&oacute;n, tamb&eacute;m ligada ao estudo, a domina&ccedil;&atilde;o das plantas floridas (cerca de 80% segundo a revista cient&iacute;fica Britannica) se d&aacute; ap&oacute;s a extin&ccedil;&atilde;o dos dinossauros, cerca de 66 milh&otilde;es de anos atr&aacute;s.
Como explica a UNSW, os pesquisadores analisaram tamb&eacute;m a distribui&ccedil;&atilde;o geogr&aacute;fica das plantas existentes, al&eacute;m das idades e como as diversas fam&iacute;lias de angiospermas foram distribu&iacute;das pelo mundo. O resultado &eacute; uma &ldquo;&aacute;rvore do tempo&rdquo; com mais de 16 milh&otilde;es de registros de plantas.
Confira a galeria de fotos de angiospermas do Jardim Bot&acirc;nico Real de Sydney, divulgadas pelos pesquisadores no <a href="https://www.flickr.com/photos/botanic-gardens-sydney/albums/72157714809833356" rel="noopener noreferrer" target="_blank">link</a>.

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Primeiras plantas com flor cresceram em ambientes tropicais

Imagem de Raio primordial: a origem da eletricidade da vida na Terra no megacurioso

Nova pesquisa sugere que ressonância elétrica gerada por relâmpagos que atingem a superfície do planeta é responsável por frequências elétricas encontradas em seres vivos

Um rel&acirc;mpago primordial teria sido a fonte respons&aacute;vel por toda a atividade el&eacute;trica nos seres vivos de hoje. Isso foi o que sugeriu um novo estudo da Universidade de Massachusetts e, de acordo com os pesquisadores, as frequ&ecirc;ncias el&eacute;tricas encontradas em vertebrados e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111858-confira-a-inteligencia-do-polvo-em-tres-exemplos-de-tatica-de-fuga.htm">invertebrados</a> coincidem com as vibra&ccedil;&otilde;es naturais da atmosfera da Terra.
O estudo publicado na revista International Journal of Biometeoreology&nbsp;constatou que os seres vivos costumam apresentar uma atividade el&eacute;trica em seus sistemas nervosos em um raio de frequ&ecirc;ncias entre 5 e 45 hertz &mdash; similares ao fen&ocirc;meno causado pelo impacto dos rel&acirc;mpagos no planeta.
<h2>A eletricidade nos seres vivos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/09/09044035180595.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Segundo Colin Price, o autor do estudo e pesquisador de Ci&ecirc;ncias da Terra na Universidade de Tel Aviv (Israel), a comunidade cient&iacute;fica passou a perceber que diversos sistemas biol&oacute;gicos encontrados na Terra apresentavam a atividade <a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/75550-alta-voltagem-os-10-usos-mais-bizarros-da-eletricidade-no-passado.htm">el&eacute;trica</a> muito coincidente com a el&eacute;trica global.
Entre formas simples de vida, como os zoopl&acirc;nctons, e mais complexas, como os seres humanos, todos os seres vivos parecem ter-se sincronizado com a atividade global e adaptado ao longo dos anos, indicando que suas fontes de eletricidade poderiam vir de um denominador comum.
Ao longo da superf&iacute;cie terrestre, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113223-estudo-explica-a-formacao-do-misterioso-raio-globular.htm">raios</a> costumam atingir o planeta cerca de 50 a 100 vezes por segundo &mdash; o que causaria um efeito chamado de Resson&acirc;ncia Schumann. Essas resson&acirc;ncias de baix&iacute;ssimas frequ&ecirc;ncias gera um campo magn&eacute;tico na Terra, no qual as formas de vida aprenderam a viver.&nbsp;
A sincroniza&ccedil;&atilde;o biol&oacute;gica com essa resson&acirc;ncia seria um fen&ocirc;meno parecido com o que determina nosso ciclo circadiano, o qual faz com que nossos corpos compreendam a no&ccedil;&atilde;o de tempo e separem o dia da noite.
<h2>Efeitos da atividade el&eacute;trica no corpo humano</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/09/09044108352596.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Apesar de soar perigoso, os pesquisadores fizeram quest&atilde;o de ressaltar que a atividade el&eacute;trica em nossos corpos n&atilde;o apresenta qualquer sinal nocivo &agrave; sa&uacute;de. Como os corpos se adaptaram ao longo das eras, os organismos entraram em um estado natural que rodeia a exist&ecirc;ncia de vida na Terra.
Em entrevista para o portal Live Science,&nbsp;Colin Price ressaltou que, caso a atividade el&eacute;trica no corpo fosse uma amea&ccedil;a, as pessoas come&ccedil;ariam a morrer por rel&acirc;mpagos toda vez que um deles atingisse a superf&iacute;cie do planeta.
A equipe de cientistas acredita que a nova teoria pode fundamentar estudos futuros sobre Bot&acirc;nica e outros efeitos da resson&acirc;ncia atmosf&eacute;rica em fen&ocirc;menos biol&oacute;gicos, como a fotoss&iacute;ntese.

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Raio primordial: a origem da eletricidade da vida na Terra

Imagem de Neve rosa misteriosa é descoberta nos Alpes no megacurioso

O fenômeno está deixando pesquisadores intrigados e preocupados com o aquecimento global

<head></head><body>A neve é tão conhecida por ser branca que existe até o ditado "branco como a neve", porém nem sempre ela tem essa coloração. Cientistas italianos estão investigando o surgimento de uma misteriosa neve rosa na região dos Alpes. O fenômeno, que tem sua beleza, está intrigando cientistas e aparecendo em vários países europeus.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Miguel Medina/AFP&nbsp;" data-fonte-url="https://i.guim.co.uk/img/media/35beb6d76d694a2f23c37f262d5a6f9e6a6c6fe8/171_0_5130_3078/master/5130.jpg?width=620&amp;quality=45&amp;auto=format&amp;fit=max&amp;dpr=2&amp;s=48e354e6d98aa46cbfa2450ea8600a5e"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/06/06225943897035.jpg" alt="A neve rosa nos alpes italianos. (Fonte: Miguel Medina/AFP/Reprodução)">A neve rosa nos alpes italianos. (Fonte: Miguel Medina/AFP/Reprodução)<h2>O que é a neve rosa?</h2>O representante do Conselho Nacional de Pesquisa da Itália Biagio di Mauro comentou que a coloração tem explicação e causa. Ele afirmou que a cor rosa é consequência do aparecimento de colônias da alga Ancylonema nordenskioeldii, muito famosa em períodos de primavera e verão nas regiões gélidas da Itália, Suíça, Groenlândia e nos polos.&nbsp;Entretanto, a alga em si não é nada perigosa, mas é um sinal preocupante para o meio ambiente. Isso porque ela representa uma aceleração do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107433-5-provas-de-que-o-aquecimento-global-e-uma-realidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aquecimento global</a> e, consequentemente, do <a href="https://www.megacurioso.com.br/mundo-verde/39820-descubra-o-que-aconteceria-se-todo-o-gelo-do-mundo-derretesse.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">derretimento das geleiras</a> e neves.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/06/06230225289037.jpg" alt="O derretimento de neve e geleiras são questões preocupantes do aquecimento global. (Fonte: Pexels)">O derretimento de neve e geleiras são questões preocupantes do aquecimento global. (Fonte: Pexels)<h2>Outras consequências da coloração rosa</h2>A neve rosa também causa mais um problema que aumenta o derretimento: torna a neve mais escura. Ainda que pareça pouco, o escurecimento do branco potencializa a absorção de calor e, consequentemente, aumenta a liquefação nessas regiões.&nbsp;O derretimento da neve também gera uma cadeia de problemas, como o aumento do nível do mar, que promove <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104936-assim-o-mundo-seria-apos-os-impactos-do-aquecimento-global.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">impactos negativos</a> em regiões costeiras com fenômenos como: a erosão destrutiva, as inundações em áreas úmidas e um habitat perdido para peixes, pássaros e plantas. </body>

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Neve rosa misteriosa é descoberta nos Alpes

Imagem de A negação de fatos "fora da caixa" faz parte da natureza humana no megacurioso

Tendência humana de rejeitar fatos e evidências que não fazem parte da 'bolha racional' ou da visão de mundo seriam características históricas

<head></head><body>Quantas pessoas você conhece que rejeitam diversos fatos vivenciados ou cientificamente comprovados? Diante de tantos eventos e manifestações, naturais ou não, relatados em jornais, campanhas, periódicos e nos mais variados canais de distribuição da informação, até que ponto <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152840-5-tecnicas-negacionismo-identifica-las-modo-combate-las.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">negá-los</a> e rejeitar quaisquer tipos de conteúdo que não fazem parte da esfera de mundo é válido?Conectada a fatores que podem remontar a uma vasta escala genealógica evolutiva, a negação impera como algo natural para diversas pessoas, estando diretamente relacionada a pontos determinantes para o estabelecimento de uma crença que, intrinsecamente, denota fatos próprios que virão a ser julgados ou não, dependendo do que a esfera de conhecimento do indivíduo consegue pesar.Complicado? Nem tanto. A questão, conhecida cientificamente como "raciocínio motivado", coloca em evidência os principais fatores que estabelecem a constituição ideológica do indivíduo, no caso, religiosos, políticos, sociais, psicológicos. A partir disso, cada um deles é caracterizado com afirmações e <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/114937-nao-e-nosso-afirmam-autoridades-japonesas-sobre-suposto-ovni.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">negações</a>, podendo excluir, por conveniência ou dogma, umas, enquanto outras passam a ser destaque e plenamente aplicadas sob o todo.<h2>Proporções desmedidas</h2>Evoluir e trabalhar consistentemente uma rede de pensamentos e convicções sobre o que o mundo foi capaz de mostrar permite, dessa forma, que os fatos postados em áreas de conhecimento não habituais sejam rejeitados pela própria consciência humana, por mais que sejam comprovados pela ciência ou instituições especializadas.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/07/07104147011272.jpeg" alt="(Fonte:Medium/Reprodução)">(Fonte:Medium/Reprodução)Além disso, cada área ideológica contribui da forma como é priorizada no comportamento e na rotina do indivíduo, com a política, por exemplo, negando o que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114927-pesquisadores-descobrem-origem-de-nuvem-radioativa-de-2017.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ciência</a> diz, ou a religião enfrentando as convenções de séculos de estudos da psicologia e mente humanas. Tais proporções podem causar uma rede de pensamentos imutável, gerando assertivas individuais influentes e um consequente efeito dominó de transmissão de ideias, como é possível identificar em grupos liderados por alguém soberano.E então, dessa maneira, com a visão de mundo instaurada e bloqueada por fronteiras resistentes, abrem-se as portas para um estágio final: a negação da verdade nua e crua.<h2>A natureza se impõe</h2>Por trás das formas de expressão e dos discursos antifactuais, o inconsciente das emoções trabalha para acompanhar não somente uma formação ideológica, mas também um estilo de vida e status sociais que permitem a negação dos fatos. Coloque em um pedestal e reflita: uma pessoa de influência e um miserável, ambos refutando uma argumentação científica. Quem seria o louco e quem seria o detentor de conhecimento?<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/07/07104723607277.jpg" alt="(Fonte: Quartz/Reprodução)">(Fonte: Quartz/Reprodução)E tal questão de permissividade e de concessão aliam-se em um sistema maquinado de inverdades, dando espaço para a disseminação dos contra-argumentos, mesmo sem base, e compactuando com a rede de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115012-milicia-ajuda-padre-russo-que-nega-covid-19-a-dominar-mosteiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pensamentos negacionistas</a> que, de fato, somente prejudicam e atrasam o conhecimento real. Infelizmente, faz parte.</body>

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A negação de fatos 'fora da caixa' faz parte da natureza humana

Imagem de Cientistas plantam semente de 32 mil anos com ajuda de esquilos no megacurioso

Flor descoberta no solo congelado da Sibéria está sendo estudada por cientistas austríacos

Quanto tempo pode viver uma planta? Bom, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/terra/39107-voce-sabe-qual-e-o-maior-ser-vivo-que-existe-na-terra-video-.htm">sequoias gigantes</a> podem chegar aos tr&ecirc;s ou cinco mil anos, estando entre os seres vivos que vivem por mais tempo, no mundo. O que dizer, ent&atilde;o, dessa pequena flor, que cresceu a partir de sementes com mais de 30 mil anos de idade? Mas calma, que a hist&oacute;ria fica ainda mais interessante: as sementes s&oacute; foram descobertas gra&ccedil;as a <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/103036-esquilos-descubra-15-curiosidades-sobre-esses-animais-incriveis.htm">esquilos</a>.&nbsp;
N&atilde;o que os esquilos tenham plantado as sementes, nem nada disso... Explicando tudo por partes, o que aconteceu foi o seguinte: cientistas russos estavam estudando as tocas de esquilos que vivem na Sib&eacute;ria quando encontraram sementes congeladas no permafrost (solo permanentemente congelado).&nbsp;
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Bored Panda/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.boredpanda.com/research-plant-silene-stenophylla-austria/?utm_source=feedly&amp;utm_medium=referral&amp;utm_campaign=organic"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/06/06213124941021.jpg" alt="Cientistas austr&iacute;acos est&atilde;o estudando a planta de 32 mil anos (Fonte: Bored Panda/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Cientistas austr&iacute;acos est&atilde;o estudando a planta de 32 mil anos (Fonte: Bored Panda/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Eles ficaram surpresos quando a planta &mdash; da esp&eacute;cie Silene stenophylla,&nbsp;uma flor que ainda existe e &eacute; relativamente comum nessa regi&atilde;o &mdash;, totalmente funcional e saud&aacute;vel, cresceu a partir das sementes encontradas.
Isso fez com que especialistas em biotecnologia na &Aacute;ustria resolvessem estudar essa planta e entender como suas sementes sobreviveram por tanto tempo no gelo. Segundo eles, isso pode gerar descobertas importantes sobre a sobreviv&ecirc;ncia das plantas, em geral, especialmente no contexto de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111978-o-que-carl-sagan-dizia-sobre-as-mudancas-climaticas-em-1993.htm">mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas</a> que vivemos.

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Cientistas plantam semente de 32 mil anos com ajuda de esquilos

Imagem de Miniórgãos replicam os originais em laboratório no megacurioso

Cientistas conseguem cultivar cérebro, pulmões, rins, intestinos, fígado e outros órgãos em placas de Petri

Durante s&eacute;culos, a&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/medicina/" target="_blank" title="Medicina">medicina</a> precisou testar em cobaias (animais e humanas) desde cosm&eacute;ticos at&eacute; medicamentos. Enquanto o primeiro segmento hoje conta com pele artificial, o segundo avan&ccedil;ou mais um passo para dispensar o uso de animais em testes cl&iacute;nicos: s&atilde;o cada vez mais comuns os bancos de organoides, mini-&oacute;rg&atilde;os que reproduzem os originais em placas de Petri.
C&eacute;lulas-tronco e precursoras permitem desenvolvimentos espantosos at&eacute; mesmo para profissionais como a bi&oacute;loga Madeline Lancaster, que lidera o grupo que estuda doen&ccedil;as cerebrais no Laborat&oacute;rio de Biologia Molecular do Conselho de Pesquisa M&eacute;dica em Cambridge, no Reino Unido. Em 2011, trabalhando com c&eacute;lulas-tronco embrion&aacute;rias humanas, ela acidentalmente criou um minic&eacute;rebro.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/30/30154906385413.jpg" alt="Organoides conseguem reproduzir, at&eacute; certo ponto, as estruturas dos &oacute;rg&atilde;os originais" />Organoides conseguem reproduzir, at&eacute; certo ponto, as estruturas dos &oacute;rg&atilde;os originais
Olhando as c&eacute;lulas de aspecto leitoso que se recusavam a grudar no fundo da placa de Petri, ela percebeu, em uma, um pequeno ponto escuro: era uma retina em desenvolvimento &mdash; os olhos se originam de uma diferencia&ccedil;&atilde;o de uma parte do c&eacute;rebro. Boiando na cultura, estava um c&eacute;rebro embrion&aacute;rio.
<h2>C&eacute;lulas se organizam sozinhas</h2>
"N&atilde;o &eacute; preciso nenhuma bioengenharia supersofisticada. N&oacute;s apenas deixamos as c&eacute;lulas fazerem o que elas querem fazer, e elas formam um c&eacute;rebro", explicou em entrevista &agrave; revista Nature o bi&oacute;logo molecular especialista em c&eacute;lulas-tronco, J&uuml;rgen Knoblich, ent&atilde;o supervisor de Lancaster.
Ainda em 2011, a equipe do neurocientista Alysson Muotri, da Universidade da Calif&oacute;rnia, conseguiu captar padr&otilde;es el&eacute;tricos, registrados em eletroencefalogramas (EEG), na superf&iacute;cie de minic&eacute;rebros.
Abaixo, pesquisadores da&nbsp;Universidade Yale registraram dois organoides de diferentes &aacute;reas do c&eacute;rebro se fundindo em uma mesma rede de neur&ocirc;nios, reproduzindo a organiza&ccedil;&atilde;o do c&eacute;rebro fetal humano.
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<h2>O corpo humano em laborat&oacute;rio</h2>
Organoides cerebrais deram fama &agrave; t&eacute;cnica, mas, depois de quase 1 d&eacute;cada, pesquisadores est&atilde;o criando estruturas que se assemelham a olhos, intestinos, f&iacute;gados, rins, p&acirc;ncreas, pr&oacute;statas, pulm&otilde;es, est&ocirc;magos e mamas. N&atilde;o apenas &eacute; estudado seu funcionamento como tamb&eacute;m s&atilde;o testados novos medicamentos, a a&ccedil;&atilde;o de agentes patog&ecirc;nicos e a reconstitui&ccedil;&atilde;o e a regenera&ccedil;&atilde;o de &oacute;rg&atilde;os originais.
Foi o trabalho em culturas de c&eacute;lulas de mama da bi&oacute;loga celular e molecular Mina Bissel, do Laborat&oacute;rio Nacional de Lawrence Berkeley, que espalhou a outros ambientes de pesquisa o conceito de culturas 3D &mdash; c&eacute;lulas crescem de maneira diferente nesse ambiente, em compara&ccedil;&atilde;o com culturas convencionais planas (que grudam no fundo das placas de Petri).
<h2>Reprodu&ccedil;&atilde;o em detalhes</h2>
O Matrigel (nome comercial de uma mistura de prote&iacute;nas gelatinosas obtida de c&eacute;lulas tumorais de camundongo e comumente usada como matriz para cultivo de c&eacute;lulas-tronco) foi o meio escolhido em 2008 pelo imunologista e bi&oacute;logo molecular Hans Clevers, do Hubrecht Institute, para desenvolver c&eacute;lulas-tronco intestinais de camundongo.
Ao cortar as c&eacute;lulas que haviam se reproduzido por meses, ele observou estruturas que se assemelhavam &agrave;s encontradas no intestino, em detalhes. "Para nossa total surpresa, pareciam intestinos de verdade", disse Clevers. Sua equipe havia criando um mini-intestino em laborat&oacute;rio. Desde ent&atilde;o, o gel &eacute; usado para cultivar organoides, popularizando a reprodu&ccedil;&atilde;o de estruturas em 3D.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/30/30161051425424.jpg" alt="Um organoide intestinal - pode-se notar as vilosidades que absorvem nutrientes no &oacute;rg&atilde;o original." />Um organoide intestinal, no qual pode-se notar as vilosidades que absorvem nutrientes no &oacute;rg&atilde;o original.
A t&eacute;cnica precisa ser refinada e aperfei&ccedil;oada, pois quase nenhum organoide avan&ccedil;a al&eacute;m das primeiras etapas de desenvolvimento, permanecendo em est&aacute;gio embrion&aacute;rio. Os pesquisadores agora trabalham para que eles se tornem cada vez mais complexos, tendo como resultado um &oacute;rg&atilde;o igual ao original.
(N&atilde;o, minic&eacute;rebros n&atilde;o s&atilde;o capazes de pensar ou desenvolver qualquer tipo de racioc&iacute;nio.)
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Veja tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/154549-miniorgaos-mostram-efeito-devastador-coronavirus.htm" target="_blank" title="Mini&oacute;rg&atilde;os mostram o efeito devastador do coronav&iacute;rus">Mini&oacute;rg&atilde;os mostram o efeito devastador do coronav&iacute;rus</a><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154731-miniorgaos-replicam-originais-laboratorio.htm">Miniórgãos replicam os originais em laboratório</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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