Novo estudo sugere algumas formas como pessoas podem ter aprendido e acumulado conhecimento sobre anatomia na antiguidade.

Já parou para pensar de onde vem o nosso conhecimento sobre a&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121558-como-o-estudo-da-anatomia-humana-mudou-ao-longo-dos-seculos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anatomia humana</a>? Pois um novo estudo sobre o tema foi publicado recentemente e traz algumas sugestões bastante interessantes sobre as formas como nossos antepassados podem ter aprendido&nbsp;sobre o que tem dentro do corpo humano e até mesmo de animais.Encabeçada pelo estudante de PhD em neuroanatomia Grzegorz Wysiadecki, a pesquisa foi publicada na edição n.º 35 do periódico Translational Research in Anatomy e traz algumas considerações bastante interessantes. Por exemplo, o texto sugere que povos antigos teriam aprendido sobre anatomia ao&nbsp;realizar rituais ou preparar corpos para o pós-vida, entre outros.<h2>Como povos antigos aprenderam sobre anatomia?</h2>"Anatomia é uma das mais antigas disciplinas da medicina", afirma o grupo liderado por Wysiadecki, que faz parte do laboratório de neuroanatomia da Universidade de Lódz, na Polônia. "Conhecimento sobre a estrutura e funções do corpo humano foi adquirido gradualmente, até mesmo de forma trabalhosa, ao longo dos séculos", conclui.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/22/22184138562327.jpg" alt="Civilizações antigas foram gradualmente adquirindo informações sobre o funcionamento do corpo humano (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Civilizações antigas foram gradualmente adquirindo informações sobre o funcionamento do corpo humano (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>No texto, o time de Wysiadecki sugere cinco ocasiões nas quais a raça humana pode ter aprendido bastante sobre o funcionamento do corpo humano e até mesmo de alguns animais na antiguidade.Segundo o texto, nossos antepassados teriam obtido compreensão sobre o tema ao preparar corpos de animais para se alimentarem; ao usar entranhas de animais em rituais; ao sacrificar animais em cerimônias religiosas; embalsamando corpos no preparo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122926-livro-dos-mortos-o-guia-egipcio-deixado-para-as-mumias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">múmias para o pós-vida</a>; e observando ferimentos graves em outros humanos.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/22/22183001386315.jpg" alt="A observação de ferimentos teria sido uma das principais formas de aprendizado sobre anatomia na antiguidade (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A observação de ferimentos teria sido uma das principais formas de aprendizado sobre anatomia na antiguidade (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>No caso dos animais, tanto o uso em sacrifícios religiosos quanto no preparo de alimentos dispensam quaisquer aprofundamentos. Já sobre a utilização de corpos de animais em rituais, os pesquisadores sugerem que os barus, líderes religiosos babilônios, acreditavam que poderiam encontrar pistas sobre sabedoria divina escondidas dentro dos animais. Segundo os autores, este seria um dos primeiros exemplos de anatomia comparada da história.<h2>Compreensão do corpo humano</h2>A pesquisa publicada pelo time de Grzegorz Wysiadecki traz duas possibilidades bastante interessantes sobre como nossos antepassados teriam absorvido tanto saber sobre anatomia humana. A primeira delas se daria pelo simples fato de que corpos humanos eram abertos, desentranhados, limpos e embalsamados no preparo das múmias para sua "vida" no além. Ao tirar as entranhas dos corpos, com o passar do tempo este costume se converteu em conhecimento sobre os órgãos internos, seus formatos e localizações.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/22/22183211238319.jpg" alt="A mumificação de corpos também teria contribuído para o conhecimento do corpo humano pelos povos antigos (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A mumificação de corpos também teria contribuído para o conhecimento do corpo humano pelos povos antigos (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Por fim, em relação à observação de ferimentos graves, os pesquisadores citam um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125688-papiro-de-smith-revela-o-quao-avancada-era-a-medicina-dos-antigos-egipcios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">papiro de Smith</a>, escrito no Século XVII a.C., que cita 48 casos médicos como cortes e lesões no pescoço, clavícula, espinha dorsal e cabeça, entre outros. Um dos exemplos mais interessantes é a menção ao cérebro, fazendo com que o papiro seja o primeiro texto médico a falar sobre o tema, além de descrever ainda o líquido cefalorraquidiano.Além de Wysiadecki, Ivan Varga, Ilona Klejbor, Krzysztof Balawender, Sanjib Kumar Ghosh, Edward Clarke, Malgorzata Mazur, Andrzej Dubrowski, Michal Bonczar, Patryk Ostrowski, Stanislaw Orkisz e Andrzej Zytkowski também assinam a pesquisa.

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Qual é a origem do conhecimento de anatomia dos povos antigos?

Pesquisadores afirmam que, embora dados não sejam precisos, existem estimativas que podem ser feitas sobre a velocidade dessas incríveis criaturas.

É certo que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/6-fatos-sobre-os-dinossauros-que-voce-conhece-mas-que-estao-errados" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauros</a> foram extintos há aproximadamente 60 milhões de anos, mas isso não faz com que paremos de imaginar sobre suas vidas, não é mesmo? Afinal, como eles realmente viviam? Quem eram os mais poderosos? Ou até mesmo: quais deles eram os mais rápidos? Em termos gerais, velocidade não é exatamente algo fácil de medir.Filmes como Jurassic Park podem até mostrar os gloriosos velociraptores como animais extremamente rápidos, mas será que eles eram os mais velozes de todos? Determinar o comportamento dos dinossauros envolve vários processos, uma vez que é raro registros fósseis guardarem qualquer tipo de atividade. Mas é para isso que serve a ciência.<h2>A velocidade dos dinossauros</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/22/22095352052030.jpg" alt="Pesquisadores afirmam que velociraptores estavam entre dinossauros mais rápidos do mundo, mas não lideravam a lista. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Pesquisadores afirmam que velociraptores estavam entre dinossauros mais rápidos do mundo, mas não lideravam a lista. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Estudos indicam que não sabemos com absoluta certeza qual foi o dinossauro mais rápido a pisar na Terra. Porém, nós temos alguns indicadores de quais grupos provavelmente estiveram entre os mais velozes. Um dos candidatos mais promissores para esse título teria sido o Ornithomimosauria, um grupo de dinossauros que se parecia com um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119163-4-curiosidades-sobre-aves-que-nao-voam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">avestruz</a> moderno.&nbsp;Uma característica anatômica que pode indicar a velocidade de um animal é o comprimento de suas coxas e das canelas. Essas informações podem ser usadas em modelos científicos para estimar a velocidade de dinossauros. De acordo com esses dados, estimativas colocam o Velociraptor correndo em uma velocidade de cerca de 40 km/h.&nbsp;"Teria sido bastante rápido para os padrões dos dinossauros, mas não o mais rápido", disse o pesquisador do Museu de História Natural de Londres Dr. David Button em comunicado oficial. O Ornithomimosauria, por sua vez, teria sido capaz de atingir velocidades de até 48 km/h.&nbsp;<h2>Criando modelos de velocidade</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/22/22095450972032.jpg" alt="Modelos computadorizados apontam Compsognathus como o dinossauro mais rápido da história. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Modelos computadorizados apontam o compsognato como o dinossauro mais rápido da história. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>De acordo com pesquisadores, as trilhas deixadas por dinossauros na Terra são uma forma de investigar a velocidade que eles se moviam. Com essas informações, investigadores podem observar uma sequência de pegadas deixadas por um indivíduo e criar uma estimativa com base na pegada e no tamanho dos pés.Segundo dados fornecidos pelo Museu de Paleontologia da Universidade da Califórnia, a velocidade mais rápida de um dinossauro determinada por rastros até agora foi de 43,5 km/h — o que seria mais devagar do que <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/por-que-algumas-pessoas-correm-mais-rapido-que-outras" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Usain Bolt</a> quando conquistou seu recorde mundial de velocidade (44,7 km/h).&nbsp;Um problema encontrado pelos pesquisadores é que as pistas se preservam melhor em terreno macio, o que significa que temos apenas uma visão limitada da velocidade dos dinossauros. Por esses motivos, a ciência atualmente se apoia em abordagens de robótica evolutiva para modelar a rapidez dessas incríveis criaturas com base em suas anatomias.Para os modelos computacionais musculoesqueléticos, o dinossauro mais rápido identificado até aqui foi o compsognato, um pequenino predador que também aparece em Jurassic Park. De qualquer forma, sorte a nossa de não termos que apostar corrida contra nenhum desses gloriosos répteis do passado.

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Qual foi o dinossauro mais rápido que já existiu?

Desvende os segredos dos sifonóforos, os gigantes misteriosos e fascinantes dos mares.

Você já ouviu falar dos sifonóforos? Não se preocupe, você não está sozinho. Esses estranhos e maravilhosos invertebrados marinhos podem ser desconhecidos para muitos, mas são verdadeiramente fascinantes. Pertencentes à ordem Siphonophorae, eles compreendem cerca de 175 espécies dentro do filo Cnidaria, que inclui <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126925-fosseis-rarissimos-revelam-agua-viva-de-505-milhoes-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">águas-vivas</a>, anêmonas e corais.Descubra mais sobre essas criaturas gelatinosas e intrigantes que habitam as profundezas do oceano.<h2>Colônias complexas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/20/20224254723005.jpg" alt="Alguns exemplos de sifonóforos. (A) Rhizophysa eysenhardtii; (B) Bathyphysa conifera; (C) Hippopodius hippopus; (D) Kephyes hiulcus; (E) Desmophyes haematogaster; (F) Sphaeronectes christiansonae; (G) Praya dubia; (H) Apolemia sp.; (I) Lychnagalma utricularia; (J) Nanomia sp.; e (K) Physophora hydrostatica. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Alguns exemplos de sifonóforos: (A) Rhizophysa eysenhardtii; (B) Bathyphysa conifera; (C) Hippopodius hippopus; (D) Kephyes hiulcus; (E) Desmophyes haematogaster; (F) Sphaeronectes christiansonae; (G) Praya dubia; (H) Apolemia sp.; (I) Lychnagalma utricularia; (J) Nanomia sp.; e (K) Physophora hydrostatica. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Embora possam parecer organismos individuais, os sifonóforos são, na verdade, colônias altamente organizadas de zooides. Essas colônias começam com um único zooide que se replica assexuadamente, formando uma estrutura complexa e interconectada. Cada zooide desempenha um papel específico dentro da colônia, desde a locomoção até a alimentação e reprodução. Essa divisão de trabalho é crucial para a sobrevivência e sucesso dos sifonóforos como predadores eficazes dos oceanos.Fisicamente, os sifonóforos são alongados e muitas vezes parecem fios transparentes flutuando na água. Suas colônias podem variar em tamanho, desde alguns centímetros até impressionantes 45 metros de comprimento. A organização interna desses animais é tão complexa que cada colônia funciona como um superorganismo; os zooides não podem sobreviver isoladamente, pois dependem uns dos outros para realizar funções vitais.<h2>Predadores eficientes</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/20/20223725845003.jpg" alt="A caravela-portuguesa é um exemplo de sifonóforo. (Fonte: Getty Images / Reprodução)"><figcaption>A caravela-portuguesa é um sifonóforo muito tóxico. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os sifonóforos são carnívoros vorazes dos oceanos, com zooides especializados em capturar presas. Seus tentáculos, repletos de nematocistos, podem atordoar e capturar pequenos peixes e copépodes. Eles empregam duas principais estratégias de caça: a passiva e a ativa.Na caça passiva, conhecida como "sentar e esperar", os sifonóforos flutuam nas correntes oceânicas com seus longos tentáculos estendidos, que agem como armadilhas, capturando qualquer criatura desavisada que passe. Os nematocistos nos tentáculos liberam toxinas potentes que paralisam a presa instantaneamente. Após a captura, a presa é transferida para os gastrozooides, onde ocorre a digestão. Essa técnica requer pouca energia, pois os sifonóforos simplesmente ficam à deriva, esperando que as presas se aproximem.Na caça ativa, os sifonóforos são mais proativos na busca por alimento, utilizando movimentos controlados e direcionados para se aproximar de suas presas. Além disso, eles utilizam <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/como-surgiu-a-bioluminescencia-em-animais-e-plantas" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bioluminescência</a> para atrair presas nas escuras profundezas do oceano e para confundir predadores em potencial, aumentando a eficácia na captura de alimento.Embora os sifonóforos habitem o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127033-ecossistema-ate-entao-desconhecido-e-descoberto-no-fundo-do-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fundo do oceano</a>, eles continuam sendo criaturas enigmáticas para os seres humanos. Com expedições em alto mar e avanços na tecnologia de exploração subaquática, os cientistas estão começando a desvendar os segredos desses gigantes marinhos. Ao aumentar nossa compreensão desses animais e seu papel nos oceanos, podemos tomar medidas mais eficazes para proteger essas criaturas e os ambientes marinhos em que habitam.

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Sifonóforos: os mais longos animais que habitam os oceanos

Comportamento é tão comum, que existem registros desde a antiguidade.

Você provavelmente já deve ter visto — ao vivo ou em vídeos — um grupo de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128117-golfinhos-aprendem-a-roubar-iscas-no-mar-da-australia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">golfinhos</a> nadando na frente de navios ou de outras embarcações. Esse é um comportamento bastante comum e que pode ser feito por várias espécies desses mamíferos aquáticos. Mas por que eles gostam tanto de fazer isso?<h2>Caça, viagem ou brincadeira?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/15/15142143555182.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><figcaption>Embora existam diversos estudos sobre o tema, ainda não se sabe exatamente o que leva os golfinhos a nadar na frente dos navios. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os golfinhos costumam ser animais bastante sociáveis. Eles são frequentemente vistos em grupos — cujo tamanho varia conforme a espécie — e é muito comum que eles <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123331-6-animais-selvagens-que-se-relacionam-bem-com-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">interajam com humanos</a>. Justamente por isso, eles não encaram nossas embarcações como uma ameaça.Mas não ter medo explica apenas uma parte deste comportamento. E foi tentando entender quais são os fatores que motivam os golfinhos a fazer isso que um grupo de pesquisadores decidiu analisar mais a fundo essa questão.Eles descobriram que pouco mais de 20% dos grupos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128226-golfinhos-nariz-de-garrafa-e-o-seu-surpreendente-setimo-sentido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">golfinhos-nariz-de-garrafa</a> estudados nadavam na frente das embarcações. Também foi observado que o tipo da embarcação, a atividade desempenhada por ela e o estado do motor podem interferir na presença dos cetáceos.Uma das ideias defendidas pelos pesquisadores é que este comportamento poderia reduzir o gasto energético durante o deslocamento dos animais. Outra possibilidade é que a presença das embarcações poderia facilitar na pesca.Mas o que parece ser o mais próximo de um consenso entre os especialistas é que nadar na frente de embarcações pode ser apenas uma atividade de lazer dos golfinhos. Existem diversos estudos que demonstram como eles gostam de interagir entre si e com outras espécies e nadar com navios pode ser apenas mais uma brincadeira.<h2>Uma brincadeira muito antiga</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/15/15142238111183.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><figcaption>Golfinhos são vistos nadando com embarcações desde a antiguidade. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Independentemente do motivo pelo qual os golfinhos gostam de nadar com grandes embarcações, sabe-se que é algo que acontece há muito tempo. Na antiguidade, os gregos já relatavam esse comportamento em barcos mais velozes, e é possível encontrar textos sobre isso em vários momentos da nossa história.Há ainda o registro de uma interação bastante semelhante de golfinhos com tubarões-peregrino (Cetorhinus maximus). A segunda maior espécie de tubarão, embora costume nadar em baixa velocidade, quando está próximo da superfície ele pode quebrar a água de maneira semelhante à de uma embarcação.Entre 2012 e 2019, essa interação foi vista em seis diferentes ocasiões na costa da Irlanda. É possível que ela seja parte de uma estratégia de pesca dos golfinhos, mas os especialistas acreditam que seja mais uma maneira dos animais se divertirem em grupo. E o fato deles fazerem isso com outras espécies, indica que é um comportamento que existe há algum tempo.Embora seja muito difícil confirmar quando um determinado comportamento de animal tem motivações mais lúdicas, é amplamente reconhecido por especialistas que as brincadeiras desempenham um papel importante para os golfinhos. Portanto, interagir com embarcações pode ser uma maneira que esses cetáceos encontraram para se divertir um pouco, sem qualquer outra finalidade.

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Por que os golfinhos costumam nadar na frente dos barcos?

Descubra como os rios voadores, invisíveis aos olhos, desempenham um papel essencial no transporte de umidade e na regulação do clima em todo o Brasil.

Nos últimos anos, temos testemunhado um aumento significativo de eventos climáticos extremos, em grande parte atribuídos ao aquecimento global. No início de maio de 2024, intensas chuvas e <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122662-como-as-enchentes-e-as-secas-acontecem-ao-mesmo-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">enchentes</a> devastaram o estado do Rio Grande do Sul, evidenciando os impactos visíveis desse problema mundial.Contudo, além das mudanças climáticas, há um fenômeno natural e complexo que contribui para a ocorrência de chuvas intensas: os rios voadores, “cursos d’água atmosféricos” compostos por grandes massas de ar cheias de vapor d'água. Embora não sejam a causa direta das enchentes, eles influenciam os padrões de precipitação e contribuem para a intensificação das chuvas, aumentando o risco de eventos extremos.<h2>Correntes transportadoras de umidade</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/16/16105401474040.png" alt="Diagrama mostrando o caminho dos rios voadores. (Fonte: Projeto Rios Voadores/Reprodução)"><figcaption>Diagrama mostrando o caminho dos rios voadores. (Fonte: Projeto Rios Voadores / Divulgação)</figcaption></figure></figure>Os rios voadores são um fenômeno natural que começa com a evapotranspiração das árvores na Amazônia, liberando grandes quantidades de vapor d'água na atmosfera. Esse vapor se acumula, formando massas de ar úmido que são transportadas pelos ventos em direção às regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.Em condições climáticas favoráveis, a umidade transportada pelos rios voadores se transforma em chuvas benéficas, essenciais para a saúde dos ecossistemas e a sustentabilidade da vida. Essas correntes de umidade atmosférica funcionam como veias vitais, irrigando extensas áreas e influenciando os padrões de precipitação e a sazonalidade das chuvas em várias regiões do país. Assim, a umidade gerada pela Amazônia não só mantém as florestas vibrantes, mas também é crucial para a agricultura, a biodiversidade e o abastecimento de água em todo o Brasil.&nbsp;<h2>Sustentabilidade dos rios voadores</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/16/16105524970042.jpg" alt="Figura ilustrando o processo de evapotranspiração e formação das chuvas. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Figura ilustrando o processo de evapotranspiração e formação das chuvas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os rios voadores têm um impacto significativo no clima regional e global. Por isso, diante das mudanças climáticas, é essencial preservar a vegetação para manter a estabilidade ambiental e climática do Brasil. Afinal, o desmatamento das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124245-7-misterios-das-florestas-tropicais-que-desafiam-a-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">florestas tropicais</a>, como a Amazônia, reduz a evapotranspiração, comprometendo a umidade disponível para as correntes atmosféricas e afetando os padrões climáticos.Por outro lado, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127180-aquecimento-global-pode-causar-a-extincao-de-florestas-tropicais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aquecimento global</a> também pode aumentar a evaporação das superfícies oceânicas, contribuindo para um maior transporte de umidade pelos rios voadores e aumentando o volume de chuvas nas regiões receptoras. Portanto, adotar uma gestão sustentável dos recursos hídricos é fundamental para compreender e adaptar-se às mudanças no ciclo hidrológico e climático associadas a esses fenômenos.Os rios voadores desempenham um papel vital no ciclo hidrológico e climático do Brasil, indo além de uma simples curiosidade científica. Frente aos desafios das mudanças climáticas, é fundamental reconhecer a importância desses fenômenos e proteger os ecossistemas que os sustentam. A preservação dos rios voadores é crucial não só para o futuro do clima brasileiro, mas também para o equilíbrio ambiental global.

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O que são rios voadores e como eles afetam o clima?

De acordo com novo estudo feito com 8 mil felinos do Reino Unido, os gatos birmaneses são os mais longevos; saiba mais.

Um novo estudo publicado no Journal of Feline Medicine and Surgery examinou dados de quase 8 mil gatos de estimação no Reino Unido que faleceram entre janeiro de 2019 e março de 2021. O objetivo da pesquisa? Determinar quais são as raças de felinos que vivem por mais tempo e quais são aquelas que morrem "precocemente".<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127544-por-quanto-tempo-os-gatos-podem-ficar-sozinhos-em-casa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por quanto tempo os gatos podem ficar sozinhos em casa?</a></li></ul>Segundo os dados obtidos pelos pesquisadores, a maior expectativa de vida média entre as raças comuns de gatos de estimação é dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125628-como-gatos-escolhem-uma-pessoa-favorita.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gatos</a> birmaneses. No outro lado da moeda, os gatos Sphynx — conhecidos por não terem pelos no corpo — morrem, em média, mais jovens que os demais.<h2>Coleta de dados</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/15/15202556422008.jpg" alt="Os famosos gatinhos sem pelos da raça Sphynx possuem a menor expectativa de vida entre gatos de estimação no Reino Unido. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Os famosos gatinhos sem pelos da raça Sphynx possuem a menor expectativa de vida entre gatos de estimação no Reino Unido. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Em comunicado oficial, o coautor do estudo e epidemiologista de animais de estimação do Royal Vetenirany College, Dan O'Neill, afirmou que "a principal motivação do estudo foi usar dados para capacitar as pessoas" para tomarem decisões sobre os cuidados de saúde dos seus gatos. Segundo o especialista, a expectativa média de vida de uma raça de gato pode ser uma métrica útil, mas não conta uma história completa.Para entender melhor o panorama, os pesquisadores desenvolveram o que eles chamaram de "tabelas de vida", que estimam a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/as-pessoas-realmente-viviam-ate-os-100-anos-ou-mais-nos-tempos-antigos" rel="noopener noreferrer" target="_blank">expectativa média de vida</a> restante dos gatos em qualquer idade — excluindo informações sobre gatos que morreram antes de atingir uma idade pré-determinada.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128870-as-racas-de-caes-com-a-vida-mais-longa-segundo-a-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">As raças de cães com a vida mais longa, segundo a ciência</a></li></ul>Os dados da pesquisa indicam que os gatos de estimação do Reino Unido tinham expectativa de vida média de 11,7 anos ao nascer. Além disso, gatos mestiços vivem cerca de 1,5 anos a mais do que gatos de raça pura. Entre a última classe, os gatos birmaneses tiveram a maior expectativa de vida, com uma média de 14,4 anos. Os gatos da raça Sphynx, por sua vez, vivem apenas uma média de 6,7 anos por apresentarem uma predisposição genética para problemas cardíacos e outras doenças.&nbsp;<h2>Expectativa de vida dos gatos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/15/15202651627009.jpg" alt="Pesquisadores esperam que estudo possa ajudar veterinários em tomadas de decisão. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Pesquisadores esperam que estudo possa ajudar veterinários em tomadas de decisão. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Os pesquisadores envolvidos no estudo também ressaltaram que outros fatores contribuíram para a expectativa de vida dos gatos além das raças. Por exemplo, as gatas viveram em médio 1,3 ano a mais do que gatos machos, enquanto felinos esterilizados e castrados viveram 1,1 ano a mais do que aqueles que não fizeram qualquer tipo de procedimento do tipo.Conforme explicado pelos especialistas, as preferências culturais também podem influenciar a expectativa de vida de um gato, como, por exemplo, se eles eram mantidos dentro de casa ou não. Porém, como essas preferências variam amplamente, elas são extremamente difíceis de quantificar. Isso se dá porque as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123457-como-eram-os-veterinarios-na-idade-media.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">clínicas veterinárias</a> não registram com frequência se um gato sai de casa.Na visão dos pesquisadores, as "tabelas de vida" dão aos donos de gatos e veterinários mais informações a serem consideradas ao tomar decisões importantes sobre adoções, tratamentos médicos ou casos de eutanásia.

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Quais raças de gatos vivem por mais tempo, segundo a ciência

A comunicação feita pela espécie, uma das maiores dos oceanos, pode ter semelhanças com a humana.

O sistema de comunicação das baleias cachalote pode ter semelhanças com a linguagem humana, de acordo com pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos. O grupo afirma ter descoberto um “alfabeto fonético” a partir dos sons emitidos pela espécie Physeter macrocephalus.Em artigo publicado na Nature Communications, no dia 7 de maio, os autores afirmam que a comunicação do animal, que tem o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/qual-especie-de-animal-tem-o-maior-cerebro-ja-registrado" rel="noopener noreferrer" target="_blank">maior cérebro do mundo</a>, parece ser mais complexa do que se imaginava. Eles usaram sensores e equipamentos de gravação para monitorar um clã de 400 cachalotes no mar do Caribe entre 2005 e 2018.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/09/09210235640368.jpg" alt="A cachalote pode alcançar 16 m de comprimento. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>As cachalotes pode alcançar 16 metros de comprimento. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>O material foi analisado com o auxílio de ferramentas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128620-7-casos-em-que-uma-inteligencia-artificial-teve-comportamento-preocupante.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inteligência artificial</a> avançadas, permitindo verificar padrões sonoros repetitivos nas “vozes” de pelo menos 60 membros do clã. A equipe notou algumas diferenças em relação a estudos anteriores, identificando novos elementos na interação.As comunicações entre as cachalotes se dão por meio de padrões sonoros repetitivos chamados de codas, sendo o mais comum deles no formato “1+1+3”, em que os dois primeiros cliques (estalos) são seguidos por outros três mais rápidos. Nesta nova investigação, a IA descobriu muito mais cliques do que antes.<h2>Amplo repertório de vocalizações</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/09/09210454235371.jpg" alt="O tipo de som emitido por elas muda conforme o contexto da interação. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O tipo de som emitido muda conforme o contexto da interação. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>De acordo com os pesquisadores, o alfabeto fonético das cachalotes inclui uma variação entre os cliques, acelerando ou diminuindo o ritmo de cada coda, o que foi chamado de rubato. Também há a possibilidade de que elas adicionem um estalo extra ao final das codas, elemento descrito como ornamentação.Combinados livremente com o ritmo e o andamento, em analogia à terminologia musical, rubato e ornamentação formam um sistema de comunicação capaz de gerar um enorme repertório de vocalizações. Ainda conforme o estudo, essas variações nas conversas das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128921-baleias-azuis-estao-acasalando-com-outra-especie-e-tendo-filhotes-hibridos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">baleias</a> dependem do contexto da interação entre elas.“Este artigo mostra que a comunicação das cachalotes tem algumas das mesmas características estruturais dos sistemas de comunicação mais sofisticados do reino animal. Estamos entusiasmados para começar a estudar como ele é usado para transmitir significado”, declarou o professor do MIT, Jacob Andreas, ao site da Iniciativa de Tradução Cetácea (Projeto CETI).<h2>O que dizem as cachalotes?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/09/09210353927370.jpg" alt="Encontrar o significado dos sons emitidos pelas baleias é o próximo passo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Encontrar o significado dos sons emitidos pelas baleias é o próximo passo. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Traduzir a linguagem das cachalotes é o próximo desafio da pesquisa, após a descoberta do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128355-conversas-com-baleias-jubarte-podem-ajudar-a-falarmos-com-ets.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alfabeto das baleias</a>. Porém, essa será uma tarefa complicada, pois envolve identificar o contexto em que as interações do grupo acontecem.Uma das ideias é combinar as vocalizações com comportamentos específicos, o que pode ajudar até mesmo na conservação da espécie. Vale lembrar que a Physeter macrocephalus ainda se recupera da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122648-como-comecou-a-exploracao-e-a-caca-de-baleias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">caça realizada nos séculos XIX e XX</a> enquanto enfrenta novas ameaças.

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Baleias cachalote usam 'alfabeto fonético' próprio para se comunicarem, descobrem cientistas

De acordo com especialistas, cerca de dois terços dos peixes se comunicam por meio de sons que normalmente têm duas funções principais: alimentação ou reprodução. 

Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126734-por-que-mais-da-metade-do-oceano-mudou-de-cor-e-como-a-culpa-e-do-ser-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">oceanos</a> são palcos de uma cacofonia subaquática surpreendente, onde peixes não apenas nadam, mas também "conversam". Sim, você leu certo! Estamos falando de grunhidos, estalos e até puns, uma sinfonia aquática que ecoa entre as profundezas. O mundo submarino está longe de ser o lugar silencioso que imaginamos.O que cada vez mais fica claro para a ciência é que os peixes têm suas próprias maneiras de se expressar e se fazer entender debaixo d'água, mesmo que não seja algo que conseguimos entender facilmente — até porque eles não estão se comunicando conosco.Pesquisadores têm explorado o fenômeno da "conversação" dos peixes, descobrindo que a comunicação entre eles vai muito além do que poderíamos pensar anteriormente. Coisas como estalos que alertam sobre inimigos, grunhidos que chamam parceiros para o acasalamento e até mesmo sons de trombeta para intimidar intrusos estão entre alguns dos sons emitidos por esses animais.&nbsp;<h2 style="text-align:justify;">A banda do mar</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/17/17094051943045.jpg" alt="Achou que não ia ter som pra conquistar o crush? (Fonte: GettyImages/ Reprodução) "><figcaption>Achou que não ia ter som para conquistar o crush? (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>As pesquisas mostram que muitos peixes usam sua bexiga natatória, um órgão que não serve apenas para flutuar, mas também para gerar vibrações sonoras. É como se eles estivessem tocando música no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128820-como-as-garrafas-de-bebida-do-titanic-continuam-intactas-no-fundo-do-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fundo do mar</a>, utilizando seus próprios corpos como instrumentos.Mas não pense que esses sons são apenas barulhos aleatórios. Eles têm propósitos específicos. Desde atrair parceiros para o acasalamento até determinar uma hierarquia social, os peixes têm uma linguagem própria que mostra que todos precisam, de alguma forma, comunicar-se.&nbsp;Um exemplo é o peixe-sapo, normalmente conhecido por sua aparência feia e rabugenta, que tem a habilidade de fazer serenatas subaquáticas emocionantes. Com grunhidos e estalos, ele convida as fêmeas para dançar — e acasalar — em seus ninhos. E não é só ele; outros peixes, como o bacamarte e a donzela-de-ambon (Pomacentrus amboinensis), também têm suas próprias performances musicais para impressionar.Já o Danionella cerebrum, um peixe minúsculo com menos de meio centímetro de comprimento, consegue produzir sons tão altos quanto um jato decolando. Com sua <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/111558-peixinho-dourado-ganha-cadeira-de-rodas-apos-ser-acometido-por-doenca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bexiga natatória</a> e músculos especializados, ele mostra com seu potente som que tamanho não é documento.&nbsp;Outros, como os peixes da família Clupeidae (a sardinha é dessa família), tem a grande habilidade de se comunicar por meio de "puns". Isso ocorre devido ao fato do som ser gerado pelo seu trato digestivo, o que significa que esse bicho de fato traz um sentimento que vem das entranhas. Segundo os pesquisadores, essa comunicação é utilizada mais como função de socializar.<h2 style="text-align:justify;">Entendendo os peixes</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/17/17093943212043.jpg" alt="O barulho pode ser um problema para a comunicação dos peixes. (Fonte: GettyImages/ Reprodução) "><figcaption>O barulho gerado por humanos pode ser um problema para a comunicação dos peixes. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O entendimento sobre as "conversas aquática" é algo relativamente novo, em grande parte, pelas limitações tecnológicas. Antes dos hidrofones, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/262512-microfones-ultrassonicos-comprovam-plantas-emitem-sons.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">microfones</a> subaquáticos, captar esses sons marinhos era como tentar ouvir uma conversa estando no meio de uma obra de construção barulhenta.&nbsp;Além disso, havia uma visão antiquada por parte de algumas pessoas de que, se os humanos não conseguiam se comunicar naturalmente debaixo d'água, os peixes também não poderiam. Felizmente, esses conceitos ultrapassados estão sendo deixados para trás.O problema é que, infelizmente, nem tudo é sinfonia dentro do mar. O aumento do ruído nos oceanos, causado por atividades humanas como a pesca e a exploração de petróleo, está prejudicando a comunicação entre os peixes.&nbsp;Assim, além de ser um problema ambiental, os ruídos também dificultam as pesquisas, aumentando a necessidade de criação de programas de conservação e proteção para salvar a "liberdade de expressão" desses animais.&nbsp;Por isso, à medida que continuamos a explorar os segredos dos oceanos, é importante lembrar que os peixes têm suas próprias vozes e histórias para contar. Respeitá-los é, antes de tudo, garantir que possamos conhecer mais a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128244-qual-foi-o-dinossauro-marinho-mais-mortal-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fauna marinha</a> e seu comportamento. Afinal, quem sabe o que mais eles têm a dizer lá embaixo nas profundezas azuis?

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Zumbidos? Estalos? Peidos? O estranho mundo da comunicação dos peixes

Descubra como as frutas sem sementes são produzidas e reproduzidas, desvendando os mistérios por trás desses alimentos populares.

Você já se perguntou como frutas sem sementes são plantadas? Essas deliciosas frutas são apreciadas por sua conveniência e sabor suculento, mas deixam muitas pessoas curiosas sobre sua reprodução e origem. Como é possível cultivar e reproduzir frutas sem a presença das sementes?<h2>Como as frutas sem semente se reproduzem</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/16/16122551089107.jpg" alt="Uva da espécie Thompson Seedless. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Uva da espécie Thompson Seedless. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O processo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/126893-como-as-plantas-com-frutos-sem-sementes-se-reproduzem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">produção de frutas sem sementes</a> envolve dois principais métodos: partenocarpia e cultivo de plantas triploides. Na partenocarpia, o fruto se desenvolve sem fertilização, podendo ocorrer naturalmente devido a mutações genéticas ou ser induzido por técnicas agrícolas. Por exemplo, as bananas e algumas variedades de uvas sem sementes, como a Thompson, são conhecidas por essa característica. Os agricultores preservam as características desejáveis propagando as videiras por meio de técnicas como enxertia ou estacas enraizadas, garantindo assim a continuidade da espécie.Por outro lado, frutas como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119844-6-frutas-que-simplesmente-nao-nascem-em-arvores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">melancias</a> sem sementes são cultivadas a partir de plantas triploides, que possuem três conjuntos de cromossomos e são estéreis, incapazes de produzir sementes. O método para obter plantas triploides envolve cruzamentos cuidadosos entre plantas com diferentes números de cromossomos. Essas frutas triploides são vantajosas para os agricultores, pois produzem frutos sem sementes, facilitando o manejo da colheita e evitando a propagação indesejada das plantas.<h2>Benefícios das frutas sem sementes</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/16/16122805090108.jpg" alt="O cultivo de frutas sem sementes pode oferecer maior eficiência na colheita. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>O cultivo de frutas sem sementes pode oferecer maior eficiência na colheita. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os benefícios das frutas sem sementes são amplos e influenciam tanto os consumidores quanto os produtores. Uma das principais vantagens é a conveniência: podem ser consumidas diretamente, sem a necessidade de remover sementes, simplificando o processo de preparação e tornando-as ideais para lanches rápidos e práticos. Além disso, apresentam geralmente uma textura mais consistente e uniforme, o que contribui para uma experiência de consumo mais agradável. Esses benefícios não apenas impulsionam a demanda dos consumidores, mas também incentivam <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121609-tecnicas-agricolas-que-podem-diminuir-o-uso-de-fertilizantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">técnicas agrícolas</a> especializadas para garantir sua disponibilidade no mercado.Para os produtores, cultivar frutas sem sementes também pode trazer vantagens como menor susceptibilidade a pragas e doenças, facilitando o armazenamento e transporte devido à ausência de sementes. Com o avanço da genética e da biotecnologia, os agricultores estão adotando novas técnicas para desenvolver e melhorar variedades de frutas sem sementes, visando a sustentabilidade e a diversidade genética das plantas. Essas inovações facilitam o cultivo eficiente e econômico dessas frutas em todo o mundo, contribuindo para torná-las mais acessíveis, nutritivas e ecologicamente sustentáveis.Agora, respondendo à pergunta inicial: não precisamos de sementes para plantar frutas sem sementes. Como vimos, isso se deve ao fato de que essas frutas são produzidas por meio de técnicas agrícolas especializadas. Ou seja, esses métodos eliminam a necessidade de sementes convencionais para o plantio, permitindo que as frutas se desenvolvam sem esse componente essencial.

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De onde vêm as sementes para plantar frutas sem sementes?

Donald 'Reef' Nelson era fascinado por tubarões e chegou a fazer mergulho livre para estudá-los

O biólogo Dr. Donald "Reef" ("coral" em inglês) Nelson participou da produção do icônico <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128652-megalodon-estudo-traz-nova-perspectiva-sobre-a-aparencia-do-gigante.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tubarão</a>, de Steven Spielberg, como conselheiro de ciência tanto no primeiro longa-metragem quanto na sequência de 1978. Entretanto, Nelson não concordava com a visão&nbsp;que o filme de 1975 passou sobre os tubarões, e dedicou boa parte de sua trajetória a pesquisar esses animais.Na primeira vez em que se encontrou com um tubarão, em 1959, o cientista fez uma descoberta inovadora. Ele percebeu que o som de peixes feridos poderia atrair os predadores — algo observado após a aproximação de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121615-6-fatos-sobre-o-tubarao-tigre-que-voce-nao-sabia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tubarão-tigre</a> que encontrou Nelson após este matar um peixe.Em parceria com o pesquisador Dr. Samuel "Sonny" Gruber, gravou uma série de falsos barulhos de peixes morrendo, que foram reproduzidos em uma experiência subaquática por um alto-falante ultrassônico. O resultado das vibrações de baixa frequência foi a visita de 22 tubarões curiosos. A dupla publicou a descoberta na <a href="https://www.science.org/doi/10.1126/science.142.3594.975" rel="noopener noreferrer" target="_blank">revista Science</a>&nbsp;em 1963.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/15/15000448263001.jpg" alt="nhnhgng"><figcaption>Nelson descobriu que tubarões se atraem por sons de baixa frequência emitidos por peixes. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Pesquisa de Nelson trouxe outra perspectiva sobre tubarões</h2>A pesquisa de Gruber e Nelson contribuiu para um conhecimento mais aprofundado do comportamento desses <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128764-primeiro-avistamento-de-um-filhote-de-tubarao-branco-da-historia-e-registrado-na-california.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">grandes predadores</a>. Foi possível observar, por exemplo, que um som similar ao de um peixe morrendo também pode ser&nbsp;reproduzido por nadadores e banhistas, atraindo atenção indesejada.&nbsp;O desejo de Nelson de se concentrar nos estudos sobre tubarões incluía outros métodos de aproximação. Uma das técnicas incluía mergulhar livremente até 18 metros de profundidade e&nbsp;perseguir os tubarões até irritá-los — conhecida como "kamikaze". Essa prática possibilitava que o biólogo observasse o comportamento dos animais quando estavam sob ameaça, uma etapa fundamental para sua pesquisa.E foi em meio aos estudos que <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125596-5-aventureiros-reais-que-inspiraram-indiana-jones.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Spielberg</a> conheceu Nelson. O cineasta visitou o&nbsp;Shark Lab — fundado pelo pesquisador em 1966 — na década de 1970. Spielberg se intrigou pela quantidade de mapas e anotações científicas sobre tubarões feitas em guardanapos e pedaços de papel e fez cópias de tudo. Os documentos apareceram no escritório do personagem Matt Hooper&nbsp;em Tubarão.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/15/15000602383002.jpg" alt="Steven Spielberg, diretor de 'Tubarão', usou as anotações de Donald Nelson como inspiração para o filme"><figcaption>Steven Spielberg, diretor de Tubarão, usou as anotações de Donald Nelson como inspiração para o filme. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Nelson continuou a utilizar a técnica kamikaze até 1976, quando encontrou um tubarão particularmente agressivo. A partir de então, continuou sua pesquisa com o dispositivo que inventou e chamou de SOS, ou&nbsp;Shark Observation Submersible&nbsp;(Submersível de Observação de Tubarões, em tradução livre). O cientista e sua equipe demonstraram que, ao contrário do que a maioria pensava, os tubarões são <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127251-femeas-de-tubarao-martelo-se-reunem-todo-ano-em-ilha-da-polinesia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">criaturas altamente sociáveis</a>.

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