A famosa "pelanquinha" tão comum nos felinos desempenha funções importantes.

<p>Muitos tutores de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127544-por-quanto-tempo-os-gatos-podem-ficar-sozinhos-em-casa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gatos</a> certamente já notaram a presença de uma protuberância na barriga dos felinos e ficaram preocupados em relação à saúde deles. Mas, na verdade, não há motivos para aflição, uma vez que a chamada <strong>bolsa primordial&nbsp;não tem relação com obesidade ou outras doenças</strong>.</p><p>Também conhecida como “pelanquinha” ou “pancinha de gato”, a estrutura é comum à espécie e não passa de<strong>&nbsp;uma camada extra</strong> <strong>gordura sob a pele</strong>, segundo o cardiologista veterinário da Universidade Cornell (Estados Unidos), Bruce Kornreich. Herança genética de gerações passadas, ela também pode ser encontrada em outros felinos.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/19/19101232830039.jpg" alt="A bolsa primordial fica próximo às patas traseiras do gato. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A bolsa primordial fica próxima às patas traseiras do gato. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>De modo geral, <strong>o saco primordial aparece entre seis e 12 meses, ou após a castração</strong>, tanto nos machos quanto nas fêmeas. Ele fica em uma área mais próxima às patas traseiras do bichano e pode se mostrar maior em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118588-6-das-racas-de-gatos-mais-raras-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">raças</a> como bengal, pixie-bob e bobtail japonês.</p><p>Como se parece muito com uma barriguinha mais avantajada, a bolsa primordial dos gatos pode ser de difícil identificação nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/112652-gato-obeso-vira-sucesso-ao-ser-obrigado-a-fazer-exercicios-fisicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pets com sobrepeso</a>. Uma maneira de diferenciá-la é verificar a movimentação da pelanca — <strong>caso ela balance durante os movimentos do felino, trata-se da bolsa transmitida entre gerações</strong>.</p><h2>Para que serve a bolsa primordial?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/19/19101337645040.jpg" alt="A "><figcaption>A "pelanquinha" é herança de gerações passadas dos felinos. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>A função real da bolsa na região abdominal do gato não é totalmente conhecida. Mas há algumas hipóteses para a sua existência, como a <strong>proteção dos felinos</strong>, atuando como uma barreira em ataques de predadores, protegendo órgãos vitais ou evitando cortes quando o animal corre em meio à vegetação.</p><p>Ela também pode desempenhar a <strong>função de estocar energia</strong>, lembrando que a bolsa é herança de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124127-como-os-gatos-eram-tratados-em-diferentes-regioes-na-idade-media.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">épocas em que os gatos não eram domesticados</a>. “Na natureza, os gatos podem passar um tempo sem tentativas bem-sucedidas de capturar presas”, disse Kornreich ao <i>Inverse</i>, permitindo que eles sobrevivam à falta temporária de alimentos.</p><p>O especialista destaca, ainda, que a bolsa primordial pode ser a <strong>responsável pela flexibilidade felina</strong>. A pele extra facilitaria o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121816-como-a-anatomia-dos-gatos-os-deixa-flexiveis-e-ageis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ato de torcer o corpo enquanto o animal pula</a>, além de auxiliar no ganho de velocidade durante uma corrida, aumentando a elasticidade das pernas.</p><h2>Ela pode ser removida?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/19/19101707075044.jpg" alt="A remoção cirúrgica da bolsa não é recomendável. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A remoção cirúrgica da bolsa primordial não é recomendável. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p><strong>Com o avançar da idade e a perda da elasticidade, a bolsa pode cair ainda mais</strong>, <strong>aumentando o volume da barriga</strong>. Gravidez, amamentação e acúmulo de líquidos também alteram a sua aparência, levando tutores a acreditar que ela precisa ser removida.</p><p>Mas, como ela não possui qualquer associação com doenças e se tratando de uma característica natural, a<strong>&nbsp;remoção da bolsa primordial não é recomendada pelos veterinários</strong>. De qualquer forma, os responsáveis pelo pet devem ficar atentos aos sinais de sobrepeso do bichinho, relacionados a outras causas.</p>

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Bolsa primordial dos gatos: o que é, para que serve e como identificá-la?

Descubra os segredos por trás dos hábitos de sono das aves e como elas se adaptam para dormir em meio à natureza.

<p>Como todos os seres vivos, os pássaros precisam de sono para recarregar as energias e se manterem saudáveis. No entanto, você já se perguntou como essas criaturas aladas conseguem dormir enquanto enfrentam os desafios da vida selvagem?</p><h2>Benefícios do sono para os pássaros</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/24/24134249930047.jpg" alt="Aves dormindo juntas empoleiradas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Aves dormindo juntas empoleiradas. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Assim como em outros animais, dormir ajuda a economizar energia, regula o metabolismo e permite que eles evitem atividades de alta energia durante os períodos de descanso. Além disso, o repouso é essencial para o desenvolvimento do cérebro, fortalecendo as conexões entre as células cerebrais e contribuindo para a memória.</p><p>Algumas espécies de pássaros adotaram estratégias únicas para lidar com os desafios do sono na natureza. Por exemplo, os pombos são conhecidos por tirarem sonecas revigorantes, enquanto as aves migratórias, como os pardais, reduzem drasticamente as horas de sono durante suas jornadas épicas. No entanto, a falta ou os distúrbios nos padrões de sono podem afetar negativamente o aprendizado e o desenvolvimento da memória dos pássaros jovens, afetando a saúde e o bem-estar.</p><h2>Hábitos de sono incomuns</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/24/24134756749049.jpg" alt="Algumas aves dormem de olhos abertos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Algumas aves dormem de olhos abertos. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Embora o sono seja essencial, dormir profundamente na natureza pode ser perigoso devido à presença de predadores. Para lidar com essa ameaça, algumas aves desenvolveram hábitos incomuns. Os pinguins-de-barbicha, por exemplo, evitam dormir profundamente para poderem permanecer vigilantes e proteger seus filhotes. Para descansar, eles realizam <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128231-pinguins-de-barbicha-com-filhotes-sobrevivem-tirando-microcochilos-de-4-segundos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">milhares de microcochilos por dia</a>.</p><p>Outra estratégia adotada por alguns pássaros é dormir literalmente com um olho aberto. Patos e avestruzes são capazes de entrar em um estado de meio sono, conhecido como observação, permitindo que fiquem atentos a possíveis ameaças enquanto ainda descansam.</p><h2>Os pássaros podem dormir enquanto voam?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/24/24134836673050.jpg" alt="Ave Fragata. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>(Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Estudos recentes revelaram que algumas espécies, como as fragatas, são capazes de adormecer parcialmente durante o voo. Durante a migração, elas podem fechar um dos olhos e entrar em um estado de descanso que permite que continuem voando sem interrupções.</p><p>Embora seja um feito extraordinário, os pássaros que dormem enquanto voam ainda precisam lidar com os desafios da privação de sono. Apesar disso, essa capacidade demonstra a incrível adaptabilidade e a capacidade de sobreviver em ambientes desafiadores.</p><p>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118928-conheca-5-habitos-de-sono-interessantes-do-mundo-animal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sono das aves</a> é um fenômeno fascinante que revela muito sobre a adaptação e a sobrevivência no reino animal. Desde padrões de sono comuns até hábitos incomuns desenvolvidos para enfrentar os perigos da natureza, os pássaros demonstram uma incrível variedade de estratégias para garantir um descanso adequado.</p>

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Você sabe como os pássaros dormem?

Procurando por um cão que não seja tão "barulhento"? Descubra as raças ideais para quem busca por companhia sem latidos constantes.

<p>Cães são ótimos companheiros, mas seus latidos frequentes podem ser um desafio para quem vive em ambientes com muitos vizinhos, como apartamentos. Felizmente, alguns cães são naturalmente mais calmos e silenciosos.</p><p>E, mesmo que todos eles latam ocasionalmente, algumas raças tendem a ser mais reservadas quando se trata de vocalização. Descubra 10 <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128870-as-racas-de-caes-com-a-vida-mais-longa-segundo-a-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">raças de cães</a> que costumam latir pouco!</p><h2>1. Basenji</h2><p style="text-align:center;"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/chZ6Thvk8MU?si=WMUoShox8VFp9gAx&amp;start=40" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe></p><p>O basenji é uma raça da África Central, e é conhecido por ser um cachorro "sem latido" devido à anatomia incomum de sua laringe. Sua comunicação emite sons únicos, incluindo uma vocalização que se assemelha a um 'yodel'.</p><p>Os basenjis são cães inteligentes e independentes, mas também podem ser teimosos, exigindo consistência no treinamento.</p><h2>2. Dogue Alemão</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/20/20212031460298.jpg" alt="Dogue Alemão. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Dogue Alemão. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Embora sejam gigantes, os Dogues Alemães são notavelmente calmos e raramente latem. Sua natureza tranquila e disposição para agradar os tornam ótimos cães de família. Eles costumam ser leais e protetores, além de dóceis e amigáveis, especialmente com as crianças.</p><h2>3. Terra-nova</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/20/20212406733301.jpg" alt="Terra Nova. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Terra-nova. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Os exemplares dessa raça de grande porte são excelentes nadadores e ideais para famílias, especialmente devido à sua natureza tranquila e inclinação para serem "cães babás". Apesar de seu tamanho, os terra-novas são gentis e pacientes, especialmente com crianças.</p><h2>4. Cavalier king charles spaniel</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/20/20212628961302.jpg" alt="Cavalier King Charles Spaniel. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>(Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Esses pequenos cães são conhecidos por latir com moderação e são ótimos companheiros para pessoas mais velhas. Justamente por amarem estar perto de seus donos, os cavaliers podem desenvolver ansiedade de separação ocasional. São cães gentis e afetuosos, ideais para lares tranquilos.</p><h2>5. Galgo inglês</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/20/20212745601303.jpg" alt="Galgo Inglês. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Galgo inglês. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Os galgos ingleses tendem a ser bem quietos, com sua natureza dócil e independente os tornando adequados até mesmo para apartamentos. São cães ágeis e elegantes, mas também podem ser reservados com estranhos.</p><h2>6. Shiba inu</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/20/20212910898305.jpg" alt="Shiba Inu. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Shiba inu. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Originários do Japão, os shiba inus foram criados para a caça e são bastante independentes. Eles não são carentes e tendem a latir apenas quando excitados ou chateados. São cães leais e corajosos, mas também podem ser teimosos e desafiadores no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124931-as-6-racas-de-caes-mais-faceis-de-treinar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">treinamento</a>.</p><h2>7. Coton de Tulear</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/20/20212959694306.jpg" alt="Coton de Tulear. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Coton de Tulear. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Com sua pelagem branca e macia, os Coton de Tulear são cães pequenos e tranquilos. Apesar de ótimos companheiros de colo, eles podem ficar ansiosos se deixados sozinhos por muito tempo.</p><h2>8. São-bernardo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/20/20213051383307.jpg" alt="São Bernardo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>São-bernardo. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Esses cães grandes e gentis são mais propensos a babar do que a latir. Os são-bernardos são leais e protetores, alertando sua família apenas quando necessário, além de gentis e pacientes com famílias com crianças.</p><h2>9. Malamute-do-alasca</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/20/20212230750299.jpg" alt="Malamute do Alasca. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Malamute-do-alasca. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Originário do Ártico, o malamute-do-alasca é um cão calmo que não late muito, mas pode ser predatório com animais pequenos devido aos seus instintos de caça. Eles também são cães leais e protetores, mas podem ser independentes e teimosos, o que exige um treinamento consistente desde filhotes.</p><h2>10. Borzoi</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/20/20212322687300.jpg" alt="Borzoi. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Borzoi. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>O borzoi, também conhecido como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114692-conheca-eris-a-cadela-com-o-maior-focinho-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">galgo russo</a>, é famoso por sua calma e graciosa presença. São cães elegantes e nobres, mas também podem ser reservados com estranhos e precisam de socialização desde cedo.</p>

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Conheça 10 raças de cães que quase não latem

Apesar de ter provas do contrário, o preconceito de que as fêmeas são menores que os machos virou norma entre os mamíferos por muitos anos.

<p>Um artigo recente publicado na <i>Nature Communications</i> decidiu testar a hipótese, que aprendemos na escola como uma verdade, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127144-as-7-regras-que-determinam-o-tamanho-dos-animais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">de que a maioria dos machos é maior do que as fêmeas de sua espécie</a>. Baseado em <strong>um estudo que observou 429 espécies de mamíferos de diversas ordens, o trabalho teve como objetivo de investigar os preconceitos sexuais na biologia</strong>.</p><p>Dimorfismo sexual é o termo usado para definir as diferenças notáveis entre machos e fêmeas da mesma espécie, e geralmente envolve características como cores diferentes, penas exuberantes, chifres e, muitas vezes, um macho com tamanho corporal avantajado. Este é especialmente útil quando existe competição para ter acesso às fêmeas.&nbsp;</p><p>Após analisar dados sobre a massa corporal de 429 espécies diferentes de mamíferos<strong>,</strong> os autores do estudo concluíram que 38,7% dos animais estudados têm tamanhos iguais, ou seja, são sexualmente monomórficos. Entre os dismórficos, 16,2% têm fêmeas maiores que os machos, e em 45,1% das espécies, os machos são maiores.</p><h2>As diferenças de tamanho entre os sexos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/13/13175613728353.jpg" alt="(Fonte: Nature Communications/Divulgação)"><figcaption>(Fonte: Tombak <i>et al.</i>/Divulgação)</figcaption></figure></figure><p>No quadro acima, a extensão do dimorfismo sexual apurado varia de acordo com os grupos de espécies, com algumas apresentando diferenças mais pronunciadas do que outras. Por exemplo, <strong>quase metade dos morcegos têm fêmeas maiores que os machos</strong>, número que chega a 60% entre os coelhos e lebres.</p><div data-message-author-role="assistant" data-message-id="e1c20fae-989c-496f-9f35-d3bdfa5d4a76"><p>Mamíferos de tamanhos iguais, independentemente do sexo, ocorrem entre cavalos, lêmures e toupeiras douradas, além de metade do grupo de mamíferos mais rico em espécies: os roedores. <strong>Já nos carnívoros, grupo que inclui ursos, gatos e focas, a primazia de tamanho é sempre dos machos.</strong> Recordistas em dimorfismo sexual, os elefantes-marinhos chegam a atingir um peso três vezes maior que o de suas fêmeas.&nbsp;</p><p>Essas diferenças de tamanho mais extremas muitas vezes mascara o quadro real do dimorfismo, atribuindo aos machos uma suposta hegemonia entre os mamíferos. Isso normalmente ocorre porque os machos são em média 1,3 vez maiores que as fêmeas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/70017-dominantes-e-perigosas-9-especies-de-animais-lideradas-pelas-femeas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">enquanto estas, quando maiores, geralmente atingem 1,1 vez o tamanho dos machos</a>.&nbsp;</p><h2>Preconceitos contra espécies de tamanho menor</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/13/13184121000362.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)"><figcaption>(Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>De acordo com os autores do novo trabalho, a prevalência da primazia de tamanho dos machos (<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128235-mariposa-comprova-que-darwin-estava-certo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que vem desde o livro <i>A Descendência do Homem e Seleção em Relação ao Sexo</i>, de Charles Darwin</a>) apenas reflete "a falta de atenção científica dada às fêmeas e às espécies menos carismáticas", diz um comunicado.&nbsp;</p><p>O estudo também levanta algumas questões importantes sobre a seleção sexual jamais imaginadas no livro de 1871. Por exemplo: ter o mesmo tamanho do seu homólogo no sexo oposto é vantajoso? <strong>Se maior é melhor, os machos que são menores que as fêmeas continuam competindo por elas em lutas com outros "baixinhos"?</strong></p><p>Para responder a essas perguntas, novas espécies deverão ser estudadas para testar a importância do tamanho, quando se trata de batalha dos sexos.</p></div>

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A maioria dos mamíferos machos não são maiores que as fêmeas, diz estudo

Mesmo espécies extintas há milhares de anos podem ter deixado um pedaço do seu material genético em populações atuais.

<p>Na maioria dos casos, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127764-5-animais-que-estao-vencendo-a-luta-contra-a-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">processo de extinção</a> representa o fim completo de uma espécie. Além de não existir nenhum indivíduo vivo, não há mais traços dele presentes em populações modernas.</p><p>Porém, em muitos casos, <strong>o material genético pode ter sido compartilhado, fazendo com que espécies que não existem há centenas de milhares de anos ainda possam estar "vivas"</strong> <strong>geneticamente</strong>. Confira cinco casos em que isso ocorre.</p><h2>1. Cannabis</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/05/05102356888085.jpg" alt="Cannabis. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Cannabis. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Até 2021, a origem da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122557-maconha-como-ela-ja-foi-aceita-e-muito-disputada-pelo-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cannabis</a> era incerta. A comunidade científica sabia que a planta tinha origem asiática e acreditavam que ela vinha de algum lugar da Ásia Central. Contudo, um estudo feito em 2021 sequenciou mais de 100 genomas de cannabis, revelando que as plantas evoluíram na China.</p><p>O estudo também permitiu a descoberta de uma nova linhagem da planta, até então desconhecida. Hoje, esta linhagem está extinta, mas é possível encontrar seus traços genéticos nas contemporâneas.</p><h2>2. Lobo vermelho</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/05/05102538374086.jpg" alt="Lobo Vermelho. (Fonte: Wikimedia Commons)"><figcaption>Lobo Vermelho. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure><p>Os lobos vermelhos eram uma espécie bastante comum no sudeste dos Estados Unidos. Porém, na década de 1980, a caça e a perda de habitat foram responsáveis pela extinção deles na natureza. Pouco tempo depois, os habitantes da Ilha Galveston, no Texas, começaram a reparar na presença de cães parecidos com coiotes, e que poderiam ter alguma relação com o lobo vermelho.</p><p>Quando pesquisadores começaram a realizar análises genéticas, eles descobriram que não apenas os cães estavam mais próximos dos lobos do que dos coiotes, como eles também carregavam um gene dos lobos vermelhos originais.</p><h2>3. Tartaruga-das-galápagos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/05/05110723197131.jpg" alt="George Solitário. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Jorge Solitário. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>A tartaruga-gigante-de-galápagos é a maior espécie de tartaruga terrestre do mundo e pode ser encontrada em diversas ilhas do arquipélago equatoriano. Por se tratar de um animal que não sabe nadar, a maioria das ilhas possui uma subespécie própria, como foi o caso da tartaruga-das-galápagos-de-pinta, cujo último indivíduo — conhecido como “Jorge Solitário” — faleceu em 2012.</p><p>Porém, em 2020 foi descoberta uma fêmea híbrida na Ilha Isabela que carregava genes da tartaruga-das-galápagos-de-pinta. Além disso, pesquisadores também encontraram 29 tartarugas com ancestralidade parcial da tartaruga-das-galápagos-de-floreana, uma espécie extinta no século XIX.</p><h2>4. Urso-das-cavernas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/05/05111600436141.png" alt="Urso-das-cavernas. (Fonte: Wikimedia Commons)"><figcaption>Urso-das-cavernas. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure><p>Há aproximadamente 25 mil anos, o gigantesco urso-das-cavernas foi extinto. Estudos recentes compararam o DNA de seus fósseis com o dos ursos-pardos modernos, revelando que estes últimos carregam entre 0,9% e 2,4% de DNA do urso-das-cavernas. Esta descoberta inesperada destaca a hibridação entre duas espécies notavelmente distintas.</p><p>Embora os ursos-das-cavernas fossem herbívoros e enormes — os machos podiam pesar até 1 tonelada, enquanto os machos de ursos-pardos têm em média 300 kg—, eles compartilharam um período de coexistência com os ursos pardos, possibilitando a transferência de genes entre eles.</p><h2>5. Denisovanos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/05/05112442647150.jpg" alt="Reconstrução artística de uma adolescente denisovana. (Fonte: Science)"><figcaption>Reconstrução artística de uma adolescente denisovana. (Fonte: Maayan Harel/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122831-6-fatos-sobre-os-denisovanos-hominideos-parentes-dos-neandertais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">denisovanos</a> foram uma espécie ancestral de humanos que viveram no planeta por algumas dezenas de milhares de anos, e que mantiveram algum nível de relacionamento com os <i>Homo sapiens</i>. Ao menos, com os antepassados dos tibetanos.</p><p>Sabemos disso porque o pouco material genético dos denisovanos já encontrado aponta para a presença de uma pequena variação no gene EPAS1. Esse gene, presente em todos os humanos, regula a produção de hemoglobina em resposta à diminuição dos níveis de oxigênio no sangue.</p><p>Porém, a variação presente nos denisovanos, que fez com que eles conseguissem sobreviver com mais facilidade em ambientes com o ar mais rarefeito, também está presente nos tibetanos.</p>

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5 espécies extintas que continuam geneticamente vivas

Animal tem características muito particulares, que vão desde uma grande inteligência até um potente veneno. 

<p style="text-align:justify;">Os polvos, essas criaturas misteriosas dos oceanos, continuam a nos cativar com suas habilidades únicas e comportamentos intrigantes. Esse animal, que dança elegantemente no fundo dos mares, muitas vezes representa um ser mítico, que aparece tanto em lendas nórdicas quanto em contos da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125638-4-personagens-da-cultura-pop-e-suas-inspiracoes-bizarras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cultura pop</a>.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;">Assim como seus oito belos e habilidosos tentáculos, vamos mergulhar fundo no fascinante mundo desses cefalópodes e explorar oito curiosidades que revelam sua verdadeira grandeza nos mares.</p><h2 style="text-align:justify;">1. Inteligência extraordinária&nbsp;</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/18/18170947095322.jpg" alt="Os polvos são animais muito inteligentes. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Os polvos são animais muito inteligentes. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)</figcaption></figure></figure><p style="text-align:justify;">Os polvos são conhecidos por sua inteligência notável. Basta lembrar do famoso polvo Paul, que "previa" os resultados da Copa de 2010 e fazia sucesso acertando os resultados. Com cérebros altamente desenvolvidos em relação ao seu tamanho, esses animais são capazes de resolver problemas complexos, aprender com experiências passadas e até mesmo usar ferramentas. De acordo com especialistas, o polvo tem tantos neurônios quanto os cachorros.&nbsp;</p><h2 style="text-align:justify;">2. Braços multitarefa&nbsp;</h2><p style="text-align:justify;">Uma das características mais fascinantes dos polvos é a habilidade de realizar múltiplas tarefas simultaneamente. Cada um dos seus oito braços possui um "minicérebro", permitindo que executem diversas ações independentes. Contando com o cérebro principal, é como se fossem 9 cérebros, sendo o maior o guia de tudo. Com mais de 2 mil ventosas em seus braços, os polvos são verdadeiras máquinas de exploração marinha.</p><h2 style="text-align:justify;">3. Camuflagem perfeita&nbsp;</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/18/18164947418313.jpg" alt="O polvo tem grande capacidade de camuflagem. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>O polvo tem grande capacidade de camuflagem. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)</figcaption></figure></figure><p style="text-align:justify;">Os polvos são verdadeiros <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127729-nova-especie-de-lagarto-dragao-tem-habilidade-de-camuflagem-impressionante.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mestres da camuflagem</a>. Eles podem mudar rapidamente de cor e textura para se misturar ao ambiente e se proteger de predadores. Além disso, algumas espécies têm a capacidade de imitar outras criaturas marinhas, tornando-se praticamente invisíveis aos olhos dos inimigos.</p><h2 style="text-align:justify;">4. Longevidade milenar</h2><p style="text-align:justify;">Para compreender plenamente os polvos, é essencial voltar no tempo. Esses incríveis invertebrados têm uma história antiquíssima, com fósseis datando de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121472-polvo-ancestral-mais-antigo-do-mundo-e-descoberto-no-canada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mais de 330 milhões de anos</a>. Sim, eles existem desde antes mesmo dos tempos dos dinossauros!</p><h2 style="text-align:justify;">5. Três corações e sangue azul</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/18/18165416018316.jpg" alt="Os polvos têm três corações e, ainda, sangue azul. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Os polvos têm três corações e, ainda, sangue azul. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)</figcaption></figure></figure><p style="text-align:justify;">Diferentemente dos mamíferos, os polvos possuem três corações e, ainda, tem sangue azul. A coloração do sangue está relacionada à presença de hemocianina, uma proteína à base de cobre que os ajuda a transportar oxigênio em ambientes frios e com baixo teor de oxigênio, como as profundezas do oceano. Já os três corações têm funções específicas. Dois basicamente bombeiam sangue até as guelras, enquanto o terceiro é responsável por fazer o sangue chegar aos outros órgãos.</p><h2 style="text-align:justify;">6. Curioso comportamento sexual</h2><p style="text-align:justify;">O processo de acasalamento dos polvos é único e muitas vezes fatal para os machos. Após transferirem o esperma para a fêmea utilizando um braço modificado chamado hectocótilo, a maioria dos machos morre, enquanto as fêmeas se dedicam à proteção e incubação dos ovos. É uma história de amor com um final trágico.</p><h2 style="text-align:justify;">7. Comunidades subaquáticas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/18/18170602390320.jpg" alt="Os polvos fazem verdadeiras cidades subaquáticas. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Os polvos fazem verdadeiras cidades subaquáticas. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)</figcaption></figure></figure><p style="text-align:justify;">Contrariando a ideia de que são solitários, os polvos foram descobertos construindo <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121040-5-cidades-submersas-que-podem-ser-encontradas-no-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cidades subaquáticas</a>, conhecidas como "Octopolis" e "Octlantis". Nessas comunidades, os polvos vivem e interagem em um ambiente social incomum para essas criaturas marinhas. É como uma pequena metrópole no fundo do mar!</p><h2 style="text-align:justify;">8. Veneno e Defesa</h2><p style="text-align:justify;">Enquanto muitos polvos podem parecer criaturas pacíficas, eles possuem um segredo sombrio: seu veneno. Embora apenas algumas espécies sejam perigosas para os humanos, todos os polvos são venenosos. Esse veneno, injetado através de seu bico, não apenas paralisa suas presas, mas também inicia o processo digestivo, demonstrando mais uma vez a incrível adaptação desses animais.</p>

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Sangue azul? Três corações? Veja 8 curiosidades sobre o polvo, o bailarino dos mares

Pode parecer estranho, mas pequeno besouro usa nossa galáxia para encontrar o caminho até o seu esconderijo, levando consigo seu valioso material fecal.

<p style="text-align:justify;">No vasto universo das curiosidades da natureza tão presentes aqui no blog, uma criatura pequena, mas surpreendentemente astuta, ganha destaque: o besouro de esterco ou, como é mais comumente conhecido, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121735-6-fatos-incriveis-sobre-o-besouro-rola-bosta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">besouro-rola-bosta</a> (<i>Scarabaeus satyrus</i>). Este ser humilde, que se alimenta de matéria fecal e desempenha um papel vital nos ecossistemas, também revela um talento notável para a navegação celestial,&nbsp;<strong>usando a Via Láctea como seu guia cósmico enquanto transporta seus precários tesouros fecais</strong>.</p><p style="text-align:justify;">O&nbsp;<i>Scarabaeus satyrus</i> é de origem africana e normalmente inicia sua jornada noturna indo em busca de excrementos frescos. Após encontrar o material, transformam um pedaço de esterco em uma bola, a qual habilmente rolam para longe da pilha original antes de enterrá-la para consumo posterior. Mas o que intriga os cientistas é como esses besouros conseguem manter um curso reto, especialmente em noites escuras e sem lua.</p><h2 style="text-align:justify;">O brilho da Via Láctea</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/18/18122721896139.jpg" alt="A Via Láctea ilumina a noite em lugares sem poluição luminosa. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>A Via Láctea ilumina a noite em lugares sem poluição luminosa. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)</figcaption></figure></figure><p style="text-align:justify;">Ao direcionar a bola de esterco para seu esconderijo, o bicho vai empurrando com as patas traseiras, como se estivesse fazendo uma parada de mão — também chamada de "plantar bananeira". Dessa maneira, percebe-se que ele faz essa movimentação olhando para baixo. Sabendo disso, como eles conseguem levar corretamente a bola até o local determinado?</p><p style="text-align:justify;">A resposta reside nos céus estrelados acima deles. Assim como os antigos egípcios associavam os escaravelhos aos corpos celestes, os besouros de esterco, que são da mesma família dos escaravelhos, também encontram orientação na vastidão do cosmos.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;">Estudos revelaram que esses insetos, mesmo com sua visão limitada, podem distinguir o gradiente de claro a escuro da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121120-5-misterios-incriveis-nao-desvendados-sobre-a-via-lactea.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Via Láctea</a>, utilizando-o como uma espécie de bússola celestial.</p><p style="text-align:justify;">Para testar essa habilidade peculiar, pesquisadores realizaram experimentos, inclusive em um planetário em Joanesburgo, onde os besouros foram observados em diferentes cenários estelares.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;">Surpreendentemente, os besouros mantiveram sua trajetória quando expostos apenas à representação da Via Láctea, mas se perderam quando apenas as estrelas mais brilhantes foram mostradas. Isso sugere que&nbsp;<strong>eles não dependem de constelações específicas, mas sim da diferença de brilho ao longo da Via Láctea para se orientarem</strong>.</p><h2 style="text-align:justify;">Simples e eficaz</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/18/18122947932141.jpg" alt="Os besouros-rola-bosta sobem na bola de esterco para ajudar na localização. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Os besouros-rola-bosta sobem na bola de esterco para ajudar na localização. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)</figcaption></figure></figure><p style="text-align:justify;">A estratégia dos besouros, embora simples em comparação com a navegação estelar de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122039-como-uma-flecha-ajudou-a-entender-a-migracao-dos-passaros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aves migratórias</a>, é eficaz para suas curtas jornadas noturnas. Ao comparar o brilho das diferentes partes da Via Láctea, esses pequenos navegadores conseguem manter um curso reto enquanto transportam suas preciosas cargas de esterco.</p><p style="text-align:justify;">Seguir em linha reta é importante, pois além de evitar errar o caminho para casa, essa habilidade contribui para a dispersão saudável de resíduos animais nos ecossistemas, enriquecendo o solo com nutrientes essenciais e reduzindo a propagação de pragas.&nbsp;</p><p>Em diversos lugares onde habitam, <strong>os besouros-rola-bosta enterram até 80% do estrume de animais</strong>, desempenhando um papel crucial na regulação do meio ambiente.</p><p style="text-align:justify;">Caso encontrem algo no caminho que os façam sair da trajetória, eles rapidamente sobem em cima da bola de esterco e fazem observações para voltarem à direção correta. Por isso, se em algum momento você encontre com um desses animaizinhos no topo de uma dessas bolas, saiba que ele está apenas se orientando para poder seguir viagem.&nbsp;</p>

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Besouros usam a Via Láctea como bússola para levar cocô para casa

Restaurar uma espécie à beira da extinção é um desafio monumental; e para o peixe-mão-vermelho, cada novo nascimento traz uma esperança renovada.

<p>Os recifes da costa da Tasmânia abrigam uma das criaturas mais raras do mundo: o peixe-mão-vermelho. Com uma <strong>população estimada em apenas cerca de 100 adultos</strong>, esses peixes enfrentam uma ameaça de extinção devido à degradação do habitat e às mudanças climáticas.</p><p>No entanto, um projeto de conservação pioneiro oferece uma chance única de sobrevivência para essa espécie única. <strong>Essa iniciativa oferece uma nova esperança</strong> para o futuro do peixe-mão-vermelho e de outras espécies ameaçadas.</p><h2>O renascimento de uma espécie</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/24/24201204310068.jpg" alt="Mãe peixe-mão-vermelha e seus ovos. (Fonte: University of Tasmania/Reprodução)"><figcaption>Mãe peixe-mão-vermelho e seus ovos. (Fonte: University of Tasmania/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Apelidado de "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/105632-um-dos-peixes-mais-raros-do-mundo-e-visto-na-tasmania-e-ele-e-bem-bizarro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peixe mais raro do mundo</a>", o peixe-mão-vermelho, conhecido cientificamente como <i>Thymichthys politus</i>, enfrenta uma ameaça iminente de extinção. No entanto, graças ao programa de reprodução em cativeiro, coordenado pela "Fundação para as espécies mais ameaçadas da Austrália", 21 filhotes foram criados com sucesso em 2023. Esse marco histórico representa um quarto da população selvagem conhecida desses peixes únicos, oferecendo uma nova chance para sua sobrevivência.</p><p>A mãe dos peixes-mão-vermelho cuida dos ovos até a eclosão, após cerca de 50 dias. O objetivo final é reintroduzir esses filhotes na natureza, fortalecendo assim a população selvagem e garantindo sua sobrevivência a longo prazo. No entanto, antes de serem liberados no oceano, os filhotes passam por uma fase crucial de treinamento.</p><h2>'Escola' prepara os peixes para a vida selvagem</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/24/24202159243069.jpg" alt="Peixes-mão recém-nascidos em um aquário de laboratório. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>Filhotes de peixes-mão em um aquário de laboratório. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Os desafios são grandes após a eclosão, já que os filhotes emergem como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115303-instituto-ambiental-decreta-extincao-de-peixe-mao-australiano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peixes-mão</a> completamente formados, medindo apenas 10 milímetros de comprimento. Alimentá-los e garantir seu bem-estar é uma tarefa árdua, mas crucial para seu desenvolvimento saudável e sua futura sobrevivência na natureza.</p><p>Financiada pela Fundação, a "escola de peixes" é uma iniciativa que visa desenvolver habilidades essenciais para os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119249-tubarao-branco-por-que-e-impossivel-te-los-em-cativeiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peixes criados em cativeiro</a>. Isso inclui a introdução de habitats complexos, interações com outras espécies e condições que eles provavelmente encontrarão na natureza. Essa fase de aclimatação oferece aos peixes a oportunidade de aprender comportamentos naturais, como procurar comida, encontrar abrigo e interagir com membros de sua própria espécie. O objetivo é aumentar suas chances de sobrevivência após a reintrodução na natureza.</p><p>No entanto, a jornada não termina com o sucesso na "escola de peixes". O futuro do peixe-mão-vermelho e de outras espécies ameaçadas depende da restauração de seu habitat e da continuidade dos esforços de conservação. A reintrodução de filhotes criados em cativeiro na natureza é apenas um passo no longo caminho para a recuperação dessas espécies. Cada filhote de peixe-mão-vermelho representa uma nova esperança e um passo na direção certa para proteger essa espécie única e preciosa, preservando assim a rica biodiversidade das águas da Tasmânia e além.</p>

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Peixe-mão-vermelho: sucesso na reprodução traz esperança à espécie ameaçada

Equipe de biólogos conseguiu registrar em detalhes a desova dos corais, ocorrida no Camboja no início deste mês.

<p>Os recifes de corais estão entre os ecossistemas mais ameaçados pela atividade do homem, e por consequência, pelas mudanças climáticas. Estima-se que desde a década de 1950 eles tenham se reduzido à metade justamente por essa razão.</p><p>Em um dos fenômenos mais observados, o branqueamento de corais, é consequência direta da ausência de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119374-alga-com-tres-sexos-e-descoberta-no-japao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">algas</a> que são fonte de alimentos, e por sua vez, permitem que os recifes tenham cores tão belas e variadas. É assim, gradativamente, que muitos corais morrem diante dos nossos olhos.</p><p>Registrar momentos em que eles se apresentam em seu esplendor, portanto, tem sido cada vez mais difícil, mas ainda assim um grupo de estudiosos conseguiu esse feito.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/17/17235035379002.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Biólogos observaram a reprodução em massa dos corais localizados no Camboja. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Um raro fenômeno registrado em seus mínimos detalhes</h2><p>No golfo da Tailândia, no início do mês de março, uma equipe de biólogos testemunhou a ação dos corais pouco após o pôr do sol. Só que neste caso, não se trata de um registro qualquer, mas do momento raro em que os recifes de coral depositam pequenas bolas no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122354-vida-nas-profundezas-5-fatos-incriveis-sobre-o-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">oceano</a>, numa espécie de "chuva invertida". Essas esferas, que se assemelham a pérolas, parecem flutuar nas águas.</p><p>Esse fenômeno é chamado de desova, e está englobado no processo reprodutivo destes seres, onde as bolinhas são justamente os óvulos e espermatozoides. Apesar de ser um evento particular de cada colônia, os corais conseguem surpreender: diversas colônias se alinham e desovam no mesmo instante, facilitando o encontro dos óvulos e espermatozoides lançados e transformando o momento em uma reprodução em massa.<br><br>Trata-se de um espetáculo belíssimo, mas que também renova as esperanças envolvendo a renovação do ecossistema marinho. Isso porque, como consequência dos problemas citados anteriormente, também é perceptível que os corais acabam postergando esse momento ou mesmo reduzindo a possibilidade de desovar. Confira, no vídeo abaixo, como esse evento se desdobrou.</p><p style="text-align:center;"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/195ixgG838A?si=FLFoo-cAbVzJdpja" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe></p><h2>A luta pela sobrevivência dos recifes de corais</h2><p>O registro, fornecido pela organização ambiental <i>Fauna &amp; Flora,</i> é impressionante, e rendeu comentários: “a primeira vez que vi corais liberando seus feixes de ovos que flutuaram na coluna de água, senti como se estivesse em uma tempestade de neve. Espero que tenhamos muitos corais bebês no futuro”, disse Tharamony Ngoun, que faz parte da organização.</p><p>Por lá, os problemas também existem, mas os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127935-o-planeta-ja-perdeu-metade-dos-seus-recifes-de-coral-desde-1950.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">recifes</a> permanecem estáveis, de certa forma até contrastando com o declínio observado em outras porções do globo. Ainda vale lembrar que, por se tratar de um processo que ocorre anualmente e dura apenas alguns minutos, é grande a dificuldade de registrá-lo em seus mínimos detalhes.</p><p>Embora especulem que espécies menos sensíveis aos impactos climáticos estejam mudando a composição do ecossistema marinho, ainda é muito cedo para afirmar isso. A biodiversidade presente nesta região, no entanto, é o que mais se destaca. Estudá-la, portanto, é necessário para compreender melhor como preservar a vida marinha.</p>

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Espetáculo nas águas: recifes de corais são registrados em momento raro

Estudo publicado na revista Animal Cognition revela que as belugas podem se comunicar a partir de alterações na área superior das suas cabeças.

<p>Os animais marinhos possuem formas bem particulares de se comunicar, variando conforme as espécies. Mas um estudo envolvendo as belugas mostrou que as interações apresentam nuances que sequer eram cogitadas até então. As descobertas foram compartilhadas na edição da revista<i>&nbsp;Animal Cognition</i> deste mês de março.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/19/19231112541000.jpg" alt="As baleias beluga também conseguem exprimir seus sentimentos sem emitir sons. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>As belugas também conseguem exprimir seus sentimentos sem emitir sons. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Uma forma bastante especial de se comunicar</h2><p>As belugas possuem uma forma inusitada de interagir com outros animais da mesma espécie. Para isso, elas se aproveitam de uma característica presente na sua cabeça, ou melhor, na região da sua testa, que tem uma pele bastante flácida e é chamada de "melão".</p><p>Graças a essa característica, elas mudam a forma das saliências presentes nos seus melões, na região frontal do rosto. Feitas de tecido adiposo (gordura), essas estruturas são conhecidas pela capacidade de amplificar sons emitidos. Essa descoberta, portanto, mostra uma função até então desconhecida nesses animais.</p><p>A descoberta é importante considerando que, embora notada entre muitas espécies, como macacos e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128245-as-incriveis-vidas-de-6-caes-que-mudaram-o-rumo-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cães</a>, a habilidade de se comunicar com sinais percebidos visualmente não é presente em grande parcela dos animais, principalmente os marinhos. Isso porque a imobilidade na região dos olhos e mesmo da boca dificulta qualquer alteração, ainda que seja sutil.</p><p>Nesse aspecto, as belugas se destacam como uma exceção dentro do grupo dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128295-golfinho-raro-com-polegares-e-fotografado-na-grecia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cetáceos</a> odontocetos, pois são capazes de alterar a aparência de sua cabeça, permitindo que diversas expressões sejam visíveis a depender da situação.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/19/19231708978001.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Ao analisar mudanças entre animais machos e fêmeas, pesquisadores notaram alterações relacionadas a diversos contextos sociais. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Conhecendo detalhes dessa função comunicativa</h2><p>A partir da observação por algumas horas semanais, algumas nuances foram percebidas. Ao todo, cinco tipos de alterações foram identificados entre os pesquisadores, ajudando a explicar por que o formato dos melões desses animais varia. São eles: achatar, pressionar, empurrar, agitar e levantar.</p><p>Essas variações estão relacionadas a diversos contextos vividos entre os animais, como quando estavam brincando, expressando afeto ou mesmo <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/112306-ciencia-explica-a-irritacao-das-pessoas-quando-estao-com-fome.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">irritação</a>. Curiosamente, até mesmo em situações onde o animal estava sozinho, sem interagir com ninguém, esses sinais foram notados. Será que eles refletem diferentes estados de espírito?</p><p>Mas vale destacar que, segundo o estudo, essas alterações foram mais 34 vezes mais frequentes nas interações sociais com outras belugas. Ainda foi percebido que, uma vez treinadas por humanos, as belugas são capazes de mudar a forma como o melão se apresenta no momento indicado. Esse fato indica que estes animais conseguem controlar totalmente essa área.</p><p>Além disso, os machos costumavam apresentar mais mudanças no formato do melão do que as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127682-ras-femeas-se-fingem-de-mortas-para-nao-fazer-sexo-diz-novo-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fêmeas</a> da espécie, sobretudo quando estavam tentando acasalar. Ou seja, assim como em outras espécies, os animais também ficam mais expressivos e interagem mais quando estão em busca de um parceiro.</p>

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