Imagem de Pesquisadores tentam evitar a extinção dos odores do mundo no megacurioso

<head></head><body>O olfato&nbsp;certamente é um dos sentidos que mais estimulam a memória. O cheiro de um lugar, de um perfume, comida ou produto pode te levar para diversos momentos em sua vida. Como mostra uma matéria do The Harvard Gazette, os cheiros estão ligados à emoção e à memória de maneira intrínseca, visto que passam pelo sistema límbico do nosso cérebro, responsável pelas respostas comportamentais.Você provavelmente também já testemunhou um cheiro simplesmente "morrer", quando um local favorito de infância fechou ou quando aquele cheiro do moletom de alguém que você gostava tanto sumiu no momento em que ela deixou de existir.Já se perguntou como um cheiro simplesmente morre? Será que se extingue para sempre ou só não o encontramos mais?<h2>Recolhendo parte do tempo</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Shutterstock" data-fonte-url="https://images.ctfassets.net/cnu0m8re1exe/4TWKoFnc4NHTHzpLkxbXLD/d7adffbaa8254b39bb92292eca887e2c/shutterstock_689186398.jpg?fm=jpg&amp;fl=progressive&amp;w=660&amp;h=433&amp;fit=fill"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/14/14204912432051.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)É isso que a ciência quer saber, ou melhor, quer fazer. Cientistas têm tentado reviver cheiros que entraram em "extinção", por assim dizer. A pesquisadora Cecilia Bembibre, do Instituto de Patrimônio Sustentável da UCL, têm feito experimentos com o cheiro dos livros porque acredita que a fragrância deles carregam um imenso valor patrimonial cultural.Bembibre entrou em uma jornada para tentar resgatar os odores do passado que já foram considerados extintos, e também preservar para o futuro os que estão ao nosso redor hoje."Eu queria abordar uma questão que tem sido pouco pesquisada — que tem a ver com os cheiros como herança olfativa da humanidade", disse a pesquisadora em entrevista à BBC. Ela ressalta que o engajamento que o governo faz para a preservação dos patrimônios culturais sempre tem a ver com a parte visual, nunca com a estimulação dos sentidos.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;CNN&nbsp;" data-fonte-url="https://cnnespanol.cnn.com/wp-content/uploads/2016/10/161004192334-cnnee-encuentro-intvw-cecilia-bembibre-olores-historia-00034108-full-169-e1475631208404.jpg?quality=100&amp;strip=info"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/15/15091552077053.jpg" alt="Cecilia Bembibre. (Fonte: CNN/Reprodução)">Cecilia Bembibre. (Fonte: CNN/Reprodução)Mas como fazer isso? Segundo Bembibre, um dos métodos envolve a exposição de uma fibra de polímero ao odor para que os compostos químicos causadores do cheiro no ar possam grudar nela. Em seguida, é analisado a amostra em laboratório, dissolvendo os compostos presos à fibra, separando-os e os identificando.&nbsp;A outra maneira de extração do cheiro é através da separação e identificação dos compostos diretamente das amostras de gás — um método muito comum na indústria de perfumes, alimentos e bebidas, pois permite a identificação de compostos ativos de odor volátil.&nbsp;<h2>A importância de um cheiro</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Sensory Cities&nbsp;" data-fonte-url="http://www.ksta.de/image/23638888/2x1/940/470/c77708efcb8b253d87a8852e87cd94ba/TU/71-96217441--null--29-02-2016-07-39-26-038-.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/15/15091710436054.jpg" alt="(Fonte: Michael Bause/Sensory Cities)">(Fonte: Michael Bause/Sensory Cities)Recorrer a "narizes especialistas", como o de perfumistas ou designers de aromas, também é uma alternativa importante. "Caracterizamos o cheiro do ponto de vista humano, e isso é importante porque, se queremos preservá-lo para o futuro, depende de muitos fatores. Não apenas a composição química, mas também a nossa experiência", acrescenta Bembibre.Apesar de a Unesco ter adotado uma convenção desde 2003 para proteger o patrimônio cultural imaterial, que inclui práticas sociais, tradições orais e artes cênicas, os aromas não figuraram a lista.Só o Japão classificou os 100 lugares mais cheirosos do país, que incluíam odores naturais e culturais, por ordem do ministro do Meio Ambiente para reconhecer a importância histórica dos odores da nação. Em 2016, o Centro de Pesquisa para Civilizações da Anatólia, na Universidade Koç, em Istambul, abriu a exposição "Scents and the City" para explorar 4 mil anos de História através dos cheiros.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;American Chemical Society&nbsp;" data-fonte-url="https://acs-h.assetsadobe.com/is/image//content/dam/cen/95/47/09547-scitech1-opener-new.jpg/?$responsive$&amp;wid=700&amp;qlt=90,0&amp;resMode=sharp2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/15/15091916343055.jpg" alt="(Fonte: American Chemical Society/Reprodução)">(Fonte: American Chemical Society/Reprodução)Segundo Alex Rhys-Taylor, da Goldsmiths University, especialista na experiência multissensorial do espaço urbano, embora possa levar algum tempo para criar um arquivo de cheiros reconhecido, inclusive pela Unesco, o processo final deve considerar a diversidade de classes sociais e evitar preservar apenas os aromas de espaços privilegiados."Me preocuparia se estivéssemos apenas curando ou coletando os aromas de um setor social específico", disse ele. Rhys-Taylor ressalta que o cheiro de um pub com fumaça, homens, cerveja derramada no chão e desinfetante saindo dos banheiros também faz parte de uma coleção muito importante para história social de Londres, por exemplo.Para o especialista, estes cheiros representam mais verdadeiramente um lugar ou cultura do que qualquer outro.</body>

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Pesquisadores tentam evitar a extinção dos odores do mundo

Imagem de Mistério sobre antiga forma de vida 'alienígena' no Ártico é resolvido no megacurioso

Cientistas descobriram o segredo por trás de como esponjas gigantes sobrevivem no Ártico

Em 2016, vivendo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114272-oceano-artico-ficara-sem-gelo-ate-2050-aponta-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sob o gelo do &Aacute;rtico</a>, foi descoberta uma verdadeira cidade de esponjas gigantes, que se desenvolveram nas profundezas das &aacute;guas geladas da regi&atilde;o. Mas, at&eacute; agora, o que intrigava os cientistas era como esses animais faziam para sobreviver.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120234-6-criaturas-muito-esquisitas-que-vivem-no-fundo-do-mar.htm" target="_blank">6 criaturas muito esquisitas que vivem no fundo do mar</a>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/16/16114354412242.jpg" alt="(Fonte: Maksim Romashkin/Pexels)" />(Fonte: Maksim Romashkin/Pexels)
<h2>Novas informa&ccedil;&otilde;es, novas descobertas</h2>
As esponjas s&atilde;o consideradas um dos animais mais antigos da Terra. Elas podem ser encontradas em quase que todos os lugares do planeta, incluindo o<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111687-quando-o-gelo-do-artico-vai-desaparecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;fundo do Oceano &Aacute;rtico</a>. A quest&atilde;o &eacute; que nesse &uacute;ltimo caso os cientistas n&atilde;o sabiam como elas se sustentavam.
Recentemente, uma equipe liderada pelo pesquisador e professor Antje Boetius, do Instituto Alfred Wegener em Bremerhaven, na Alemanha, conseguiu enviar c&acirc;meras e equipamentos para as&nbsp;profundezas do gelo&nbsp;com o intuito de obter mais dados sobre o que eles definiram como um verdadeiro jardim de esponjas no fundo do oceano.
Analisando as imagens os cientistas notaram que, sob as esponjas, existia uma biomassa composta principalmente por vermes marinhos. H&aacute; milhares de anos, gases vazavam de fontes hidrotermais na regi&atilde;o, o que criou o habitat perfeito para esses vermes. No entanto, eles morreram entre 2 e 3 mil anos atr&aacute;s, quando a atividade dos vulc&otilde;es submersos cessou.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Alfred-Wegener-Institut/PS101 AWI OFOS system/Antje Boetius/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.livescience.com/arctic-sponges-eat-extinct-ecosystem"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/16/16113939881240.jpg" alt="(Fonte: Alfred-Wegener-Institut/PS101 AWI OFOS system/Antje Boetius)" />(Fonte: Alfred-Wegener-Institut/PS101 AWI OFOS system/Antje Boetius)
Conforme o estudo publicado na Nature Communications em fevereiro deste ano, algumas das esponjas tinham, no m&iacute;nimo, 300 anos de idade. O resultado das an&aacute;lises tamb&eacute;m apontou que as bact&eacute;rias Chloroflexi tiveram um papel importante na degrada&ccedil;&atilde;o dos vermes fossilizados, liberando mat&eacute;ria org&acirc;nica para que as esponjas pudessem se alimentar.
Considerando que esse jardim de esponjas vive na regi&atilde;o h&aacute; s&eacute;culos e agora existem milhares delas, &eacute; de se pensar que algum dia a comida vai acabar. Por&eacute;m, para Teresa Morganti, bi&oacute;loga do Instituto Max Planck de Microbiologia Marinha, na Alemanha, que ajudou a analisar o material da equipe do professor Boetius, &eacute; muito prov&aacute;vel que isso n&atilde;o aconte&ccedil;a, devido ao metabolismo extremamente lento das esponjas.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Alfred-Wegener-Institut/PS101 AWI OFOS system/Antje Boetius/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.livescience.com/arctic-sponges-eat-extinct-ecosystem"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/16/16114144490241.jpg" alt="(Fonte: Alfred-Wegener-Institut/PS101 AWI OFOS system/Antje Boetius/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Alfred-Wegener-Institut/PS101 AWI OFOS system/Antje Boetius)
Contudo, mesmo que os f&oacute;sseis de vermes n&atilde;o se esgotem t&atilde;o cedo, esses misteriosos organismos correm risco de sobreviv&ecirc;ncia, especialmente devido &agrave;s amea&ccedil;as imediatas que as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas t&ecirc;m causado na regi&atilde;o.
Por outro lado, com o derretimento do gelo, nutrientes da superf&iacute;cie podem chegar ao fundo g&eacute;lido do Oceano &Aacute;rtico, tornando o local atrativo para outras formas de vida marinha.&nbsp;

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Mistério sobre antiga forma de vida 'alienígena' no Ártico é resolvido

Imagem de Microscópio óptico: como vemos coisas tão pequenas com ele? no megacurioso

O microscópio óptico é secular e foi fundamental para o avanço das ciências e da humanidade

Tamb&eacute;m conhecido como microsc&oacute;pio de luz, o microsc&oacute;pio &oacute;ptico &eacute; o tipo mais usado nos mais diversos ramos da ci&ecirc;ncia, permitindo a observa&ccedil;&atilde;o de objetos min&uacute;sculos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108494-13-imagens-microscopicas-para-voce-ver-o-mundo-com-outros-olhos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ampliando as imagens em at&eacute; 1.000 vezes</a>. Seu funcionamento &eacute; bem simples: a amplia&ccedil;&atilde;o &eacute; realizada por meio de um conjunto de lentes feitas de vidro ou cristal e uma fonte de luz.
Ele &eacute; um dos mais importantes para a identifica&ccedil;&atilde;o e compreens&atilde;o de princ&iacute;pios gerais e caracter&iacute;sticas especiais em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; estrutura das c&eacute;lulas, tecidos e microrganismos. Em suma, eles nos permitem ver e estudar coisas que seriam imposs&iacute;veis a olho nu.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119855-como-as-nossas-lagrimas-se-parecem-pela-lente-do-microscopio.htm" target="_blank">Como as nossas l&aacute;grimas se parecem pela lente do microsc&oacute;pio?</a>
<h2>A estrutura b&aacute;sica e o funcionamento</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/21/21090516262071.jpg" alt="(Fonte: Oleg Bolochev/Pexels)" />(Fonte: Oleg Bolochev/Pexels)
Para que possamos ver algo aumentado, o microsc&oacute;pio &oacute;ptico conta com uma lente objetiva e uma lente ocular, que est&atilde;o colocadas nas extremidades opostas de um tubo, chamado "canh&atilde;o". Este, por sua vez, &eacute; formado de duas partes que podem ser estendidas ou encurtadas. Esse movimento de extens&atilde;o e encurtamento &eacute; respons&aacute;vel pela aproxima&ccedil;&atilde;o ou afastamento do conjunto objetiva-ocular.
Na pr&aacute;tica, o microsc&oacute;pio amplia um objeto em dois est&aacute;gios. A luz do espelho &eacute; refletida atrav&eacute;s do objeto que desejamos visualizar na lente objetiva, que produz a primeira amplia&ccedil;&atilde;o. A imagem produzida pela lente objetiva &eacute; ampliada novamente pela lente ocular, que funciona como uma lupa comum. Por meio da lente ocular conseguimos ver a imagem ampliada do objeto.
<h2>A hist&oacute;ria do microsc&oacute;pio</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/21/21090956840077.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Um dos primeiros relatos de lentes remete ao ano 721 a.C., chamadas de Lente de Layard. Eram objetos talhados, polidos e tinham propriedade de amplia&ccedil;&atilde;o. J&aacute; as <a href="https://www.megacurioso.com.br/sol/35838-sol-e-lentes-de-aumento-uma-soma-incendiaria--video-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lupas</a> foram descritas ao longo da hist&oacute;ria da humanidade em muitos povos. Mas o primeiro microsc&oacute;pio surgiu apenas em 1595, criado pelos holandeses Hans e Zacharias Jansen.
Ao inserirem v&aacute;rias lentes em um tubo, notaram que o objeto visto parecia estar ampliado, mas com resultado diferente do que uma lupa convencional apresentaria. Apesar da similaridade entre eles, quando nos referimos &agrave; sua inven&ccedil;&atilde;o, estamos falando do "microsc&oacute;pio composto".
O uso do aparelho s&oacute; foi sistematizado a partir do s&eacute;culo XVII, causando grande impacto na ci&ecirc;ncia, ainda que a imagem fosse borrada. Em 1827, Giovanni Amici criou as primeiras lentes acrom&aacute;ticas e, em 1840, as lentes de imers&atilde;o, que possibilitaram imagens melhores.
<h2>O impacto da microscopia nas ci&ecirc;ncias</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/21/21090714106074.jpg" alt="(Fonte: RODNAE Productions/Pexels)" />(Fonte: RODNAE Productions/Pexels)
As primeiras descobertas feitas com microsc&oacute;pios foram do ingl&ecirc;s <a href="https://www.megacurioso.com.br/literatura/32185-livro-do-seculo-17-mostra-como-e-o-mundo-microscopico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Robert Hooke</a> e do holand&ecirc;s Anton Van Leeuwenhoek. Hooke produziu um livro com desenhos detalhados de suas descobertas em 1665 e foi o primeiro a usar o termo "c&eacute;lula".
J&aacute; Leeuwenhoek produziu suas pr&oacute;prias lentes, com as quais, pela primeira vez, foi poss&iacute;vel enxergar e documentar a presen&ccedil;a de seres microsc&oacute;picos. Em 1675, foi o primeiro a descrever bact&eacute;rias, c&eacute;lulas vermelhas do sangue e a vida em uma gota de &aacute;gua.
N&atilde;o haveria melhorias no equipamento at&eacute; meados do s&eacute;culo XIX, quando grandes avan&ccedil;os permitiram que ele fosse aprimorado. O surgimento de empresas como a alem&atilde; Zeiss foram fundamentais, fazendo com que microsc&oacute;pios se tornassem acess&iacute;veis a todos e, desta forma, a ci&ecirc;ncia avan&ccedil;asse.

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Microscópio óptico: como vemos coisas tão pequenas com ele?

Imagem de Relógio de sol: entenda por que ele foi uma revolução  no megacurioso

Inventado há mais de 5 mil anos, o relógio solar é muito mais complexo do que parece

Atualmente, temos um <a href="https://www.megacurioso.com.br/gadgets/77465-relogio-sem-ponteiros-mostra-as-horas-pela-temperatura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rel&oacute;gio em cada aparelho</a> eletr&ocirc;nico da nossa casa. Entendemos como as horas, os minutos e os segundos s&atilde;o medidos, mas nem sempre foi assim.
No passado, o rel&oacute;gio de sol era considerado o que havia de mais moderno em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; mensura&ccedil;&atilde;o do tempo. Apesar de parecer extremamente rudimentar, esse aparelho s&oacute; foi poss&iacute;vel devido &agrave; evolu&ccedil;&atilde;o do pensamento humano sobre conceitos complexos, como a astronomia. Tudo isso, em um per&iacute;odo da hist&oacute;ria em que n&atilde;o existiam nem telesc&oacute;pios.
<h2>O rel&oacute;gio de sol nas primeiras civiliza&ccedil;&otilde;es humanas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/22/22120507614201.jpg" alt="Rel&oacute;gio solar eg&iacute;pcio. (Fonte: Conselho de Administra&ccedil;&atilde;o do Museu de Ci&ecirc;ncias de Londres)" />Rel&oacute;gio solar eg&iacute;pcio. (Fonte: Conselho de Administra&ccedil;&atilde;o do Museu de Ci&ecirc;ncias de Londres)
Foram os eg&iacute;pcios que criaram o primeiro modelo de rel&oacute;gio solar. Esse objeto era composto por dois pedacinhos de madeira espetados em um peda&ccedil;o maior. O tempo, como em todos os&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/universo/41806-conheca-o-relogio-de-pulso-que-mostra-um-pouco-do-universo-a-voce.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">modelos de rel&oacute;gio solar,</a>&nbsp;era acompanhado de acordo com a movimenta&ccedil;&atilde;o das sombras dos objetos iluminados pelo Sol.
Conforme as sociedades foram evoluindo, o rel&oacute;gio solar foi se tornando mais complexo. Babil&ocirc;nios, &aacute;rabes e gregos tamb&eacute;m criaram seus rel&oacute;gios de sol &mdash; sendo que o modelo mais moderno desses rel&oacute;gios era o &aacute;rabe. Esse rel&oacute;gio j&aacute; n&atilde;o era mais de madeira e contava com um ponteiro em &acirc;ngulo, que dava mais precis&atilde;o &agrave;s marca&ccedil;&otilde;es, facilitando a visualiza&ccedil;&atilde;o do tempo percorrido. &nbsp;&nbsp;
<h2>O funcionamento do rel&oacute;gio solar</h2>
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/ToxDGva9BLo?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Bem, &nbsp;como o nome sugere, o rel&oacute;gio solar depende do Sol, mas n&atilde;o apenas dele. O que faz com que o Sol crie uma sombra em um objeto parado aqui na Terra &eacute; o movimento de rota&ccedil;&atilde;o do nosso planeta. Ao girar em torno do seu eixo imagin&aacute;rio, a Terra faz com que diferentes locais recebam a luz solar. &Eacute; por isso que a forma mais primitiva de dividir o tempo foi o dia e a noite, ou seja, o per&iacute;odo em que h&aacute; luz do Sol e o per&iacute;odo em que h&aacute; trevas. &nbsp;&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/22/22120813271210.jpg" alt="Movimento da Terra &eacute; a base do funcionamento do rel&oacute;gio solar. (Fonte: Pexels)" />Movimento da Terra &eacute; a base do funcionamento do rel&oacute;gio solar. (Fonte: Pexels)
Para transformar a sombra gerada pelo Sol em uma representa&ccedil;&atilde;o do tempo, voc&ecirc; precisa estabelecer alguns crit&eacute;rios. Um deles &eacute; marcar a posi&ccedil;&atilde;o inicial da sombra. Em seguida, voc&ecirc; deve tra&ccedil;ar o tamanho total do seu rel&oacute;gio solar.
A forma mais simples de fazer isso &eacute; criar um c&iacute;rculo em volta da sombra visualizada. Esse c&iacute;rculo deve ter o raio correspondente ao comprimento dessa sombra. Depois, identifique o hor&aacute;rio que o seu rel&oacute;gio moderno marca quando a sombra &eacute; projetada. Isso dar&aacute; a voc&ecirc; um par&acirc;metro inicial para acompanhar o avan&ccedil;o das horas.
Ah! O rel&oacute;gio deve ficar parado, pois a movimenta&ccedil;&atilde;o ir&aacute; alterar a posi&ccedil;&atilde;o da sombra. &nbsp;&Eacute; claro que o rel&oacute;gio solar tem limita&ccedil;&otilde;es na marca&ccedil;&atilde;o do tempo. Os mais precisos marcam o tempo de hora em hora.
<h2>A cria&ccedil;&atilde;o do rel&oacute;gio moderno e do conceito de horas</h2>
O rel&oacute;gio mec&acirc;nico surgiu no s&eacute;culo XIV. Contudo, a inven&ccedil;&atilde;o do conceito de horas &eacute; bem mais antiga. O primeiro registro dessa ideia se refere aos babil&ocirc;nios, h&aacute; mais de 5 mil anos. Assim como os eg&iacute;pcios, eles perceberam que as sombras se movimentavam no decorrer do dia. Eles dividiram o trajeto da sombra em 24 partes, sendo seis delas antes do meio-dia e as outras seis referentes ao per&iacute;odo depois do &nbsp;meio-dia. O meio-dia foi escolhido como refer&ecirc;ncia, pois &eacute; quando o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112248-tempestade-solar-cataclismica-pode-atingir-a-terra-em-100-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sol</a> est&aacute; a pino e as sombras n&atilde;o se estendem. &nbsp;

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Relógio de sol: entenda por que ele foi uma revolução 

Imagem de Wordle e Termo: entenda por que o jogo ficou tão popular no megacurioso

Descobrir a palavra do jogo virou febre nas redes sociais, mas você tem ideia do motivo?

Durante a pandemia, surgiram milhares de novas tend&ecirc;ncias que visavam &agrave; manuten&ccedil;&atilde;o do entretenimento durante o isolamento r&iacute;gido. Entre a populariza&ccedil;&atilde;o de novas redes sociais, como o TikTok, e o surgimento de novos influenciadores digitais, uma outra vertente chamou aten&ccedil;&atilde;o no per&iacute;odo: o jogo Wordle, que tem sua vers&atilde;o em portugu&ecirc;s chamada Termo.
A ideia &eacute; que todos os dias uma palavra secreta surge no computador, e o usu&aacute;rio tem seis tentativas de adivinhar qual &eacute;. O jogo s&oacute; pode ser utilizado uma vez por dia, criando uma atmosfera de desafio e satisfa&ccedil;&atilde;o para aqueles que conseguem desvendar o mist&eacute;rio.
<h2 class="uk-text-justify">Por que o Wordle e o Termo foram criados?</h2>
O jogo foi criado meramente com a inten&ccedil;&atilde;o de divertir &mdash; o criador deseja que seja divulgado, mas n&atilde;o para a capta&ccedil;&atilde;o financeira, mas sim para que as pessoas vejam que o online pode ser puramente divertido. A pandemia, por si s&oacute;, gerou um aumento de ansiedade na sociedade em geral, e esse sentimento criou uma atmosfera extremamente negativa.
As redes sociais s&atilde;o um perigo nesse sentido por promoverem uma aparente dissipa&ccedil;&atilde;o dessa atmosfera com a libera&ccedil;&atilde;o de dopamina. As ferramentas das redes sociais ajudam na libera&ccedil;&atilde;o desse neurotransmissor, por&eacute;m essa &eacute; uma subst&acirc;ncia viciante e, por isso, a quantidade usufru&iacute;da deve ser cada vez maior, o que gera um novo ciclo de ansiedade.
Nesse contexto, o TikTok, por exemplo, &eacute; um aplicativo malicioso por promover a ansiedade com coisas f&uacute;teis e divertidas. A ansiedade recorre &agrave; am&iacute;gdala cerebral, que busca um mapa de mem&oacute;rias negativas para resolver a situa&ccedil;&atilde;o de "perigo"; assim como recorre ao sistema l&iacute;mbico para uma libera&ccedil;&atilde;o cada vez maior de dopamina, neurotransmissor da recompensa, o que passa a n&atilde;o ser suficiente com o tempo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/22/a-22185305384559.jpg" alt="a" />
&Eacute; justamente esse sistema de recompensa cerebral que levou &agrave; populariza&ccedil;&atilde;o do Wordle e do Termo. Quanto maior o desafio, maior a recompensa, ou seja, maior a intensidade de libera&ccedil;&atilde;o de dopamina.
Sendo que, mediante &agrave; cultura das redes sociais, que est&aacute; vinculada ao virtual e sua sem&acirc;ntica, assim como ao imediatismo que a internet promove, um jogo f&aacute;cil, r&aacute;pido e recompensador passa a ser um bom mecanismo para essa sensa&ccedil;&atilde;o procurada para nos livrar dessa atmosfera negativa, assim como suprir a depend&ecirc;ncia do v&iacute;cio.
No entanto, apesar de ser necess&aacute;rio o cuidado quanto ao v&iacute;cio em eletr&ocirc;nicos, acredito que o Wordle e o Termo promovam a neuroplasticidade cerebral. Afinal, &eacute; melhor esse jogo do que outras ferramentas que nada desenvolvem.
***
Fabiano de Abreu Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; doutor e mestre em Ci&ecirc;ncias da Sa&uacute;de nas &aacute;reas de Psicologia e Neuroci&ecirc;ncias com o t&iacute;tulo reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa; PhD em neuroci&ecirc;ncia pela Logos University International/City University. &Eacute; tamb&eacute;m mestre em Psican&aacute;lise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; p&oacute;s-graduado em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal e em Neuroci&ecirc;ncia, Neuroci&ecirc;ncia Aplicada &agrave; Aprendizagem, Neuroci&ecirc;ncia em Comportamento, Neurolingu&iacute;stica e Antropologia pela Faveni do Brasil. Conta com especializa&ccedil;&otilde;es avan&ccedil;adas em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica pela TrainingHouse em Portugal, The Electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks, Neuroscience em Harvard (EUA). &Eacute; bacharel em Neuroci&ecirc;ncia e Psicologia pela Emil Brunner World University (EBWU) e licenciado em Biologia e Hist&oacute;ria pela Faveni do Brasil; tecn&oacute;logo em Antropologia pela UniLogos (EUA); com especializa&ccedil;&otilde;es em Intelig&ecirc;ncia Artificial na IBM e Programa&ccedil;&atilde;o em Python na Universidade de S&atilde;o Paulo (USP); e MBA em Psicologia Positiva na Pontif&iacute;cia Universidade Cat&oacute;lica (PUC).

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Wordle e Termo: entenda por que o jogo ficou tão popular

Imagem de 5 vezes que você usou o Teorema de Pitágoras e não lembra no megacurioso

Saiba quais são os cenários da sua vida que a matemática teve grande utilidade e você nem sequer percebeu

<head></head><body>Você é do tipo de pessoa que passou os anos do colégio se perguntando quando é que usaria tudo que aprendeu nas aulas de matemática? Recentemente, o youtuber e influenciador digital Felipe Neto afirmou que, com 34 anos de vida, nunca precisou usar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121048-babilonios-ja-usavam-geometria-mil-anos-antes-de-pitagoras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Teorema de Pitágoras</a> e ironizou: "Creio que um dia irei (usar)."Em sua fala, Felipe também questiona se todos os anos de estudo foram simplesmente à toa. Mas será mesmo que todas as coisas ensinadas a você no colégio não tiveram validade nenhuma senão usar no vestibular? Veja só cinco vezes que você acabou usando o Teorema de Pitágoras na vida e nem percebeu.<h2>1. Viagem de carro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/17/17091404541075.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Imagine o seguinte cenário: dois amigos marcaram de se encontrar em um parque para iniciar uma viagem de carro e um deles irá dar a carona. Porém, para chegar até o local, o motorista pode optar por duas rotas. Em uma delas, ele seguirá para o norte por 3 km e depois virará ao oeste por 4 km. No total, ele teria que percorrer 7 km.Porém, existe uma segunda opção que vai por uma trilha de terra e corta essas duas ruas anteriores em uma diagonal. Ao olharmos no mapa, podemos notar que um triângulo retângulo foi formado e, ao fazer os cálculos para descobrir a hipotenusa, notaremos que o segundo caminho levará apenas 5 km para ser concluído.<h2>2. Pintar uma parede</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/17/17091602651077.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Pintores precisam usar o Teorema de Pitágoras o tempo todo para decidir qual será a altura de uma escada na hora de pintar uma parede. E como isso funciona? Para que a escada não caia no chão, é necessário decidir qual a distância que ela deverá estar afastada da parede.Nesse cenário, a própria escada servirá como hipotenusa. Portanto, se precisamos pintar uma parede de 3 metros de altura e temos uma escada de 3,6 metros, concluiremos pelos cálculos que ela devera ser apoiada em uma distância de 2 metros da parede, garantindo que ela permaneça sem cair.<h2>3. Determinar o tamanho de um monitor</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/17/17091658838079.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Se recebemos uma propaganda de que um monitor tem 16 polegadas de altura e 14 polegadas de comprimento, como saberemos o real tamanho da tela? Para isso, também será necessário fazer alguns cálculos, uma vez que a hipotenusa dessa tela nos dirá as polegadas reais que estamos procurando.Em um cálculo simples e rápido, poderemos ver que esse monitor possui 21 polegadas e teremos uma noção se esse tamanho é o que buscamos ou não.<h2>4. Construções físicas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/17/17091755088080.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Principalmente para quem trabalha com <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120716-qual-o-legado-da-arquitetura-grega-para-o-mundo-moderno.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">arquitetura</a> e marcenaria, o Teorema de Pitágoras é usado o tempo todo. Logo, qualquer pessoa que tem uma casa precisou dessa <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120839-6-vezes-que-equacoes-matematicas-revolucionaram-o-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">matemática</a> sem saber. Vejamos: na tentativa de construir o telhado inclinado de uma casa, precisaremos encontrar qual será o comprimento diagonal dessa cobertura.Se sabemos a altura do telhado e o comprimento para cobrir, poderemos usar essas informações para concluir a obra. Com isso, você teria os dados exatos para cortar vigas de tamanho adequado para suportar o telhado ou calcular a área do telhado que você precisaria cobrir com telhas.<h2>5. Comprar uma mala</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/17/17091837761081.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Se você estiver procurando por uma mala nova para viajar, mas não sabe exatamente quanto cabe nessa bagagem, uma das formas eficientes de determinar esses cálculos é através do Teorema de Pitágoras. Portanto, se um vendedor te diz que tem uma mala de 67 cm de comprimento e 30 cm de largura, você pode usar esses números a seu favor.Como isso, você descobrirá que a mala possui cerca de 70 cm de altura e saberá se essas medidas serão boas o suficiente para comportar seus pertences.</body>

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5 vezes que você usou o Teorema de Pitágoras e não lembra

Imagem de Neandertais: fósseis desafiam teorias sobre seu desaparecimento no megacurioso

Extintos há mais de 40 mil anos, teorias apontavam que seu extermínio estaria ligado aos humanos modernos, mas tudo isso pode mudar

Publicada na revista cient&iacute;fica Science Advances, a descoberta de f&oacute;sseis em uma caverna no sul da Fran&ccedil;a pode modificar o que pens&aacute;vamos ter levado ao exterm&iacute;nio dos neandertais.&nbsp;A ideia mais aceita atualmente afirma que os humanos modernos teriam exterminado os neandertais ap&oacute;s sua chegada &agrave; &Aacute;frica, h&aacute; cerca de 40 mil anos. Contudo, os dentes e as ferramentas de pedra de uma crian&ccedil;a descoberta sugerem que o Homo sapiens estava na Europa Ocidental h&aacute; aproximadamente 54 mil anos.
<h2>Neandertais e humanos modernos podem ter coexistido por milhares de anos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/10/10200938094002.jpg" alt="(Fonte: Do Nano ao Macro)" />(Fonte: Do Nano ao Macro)
A teoria atual que consta em nossos livros de hist&oacute;ria sugere que os neandertais surgiram na Europa h&aacute; 400 mil anos e teriam sido extintos h&aacute; pouco mais de 40 mil anos, data&ccedil;&atilde;o que coincidiria com a chegada do Homo sapiens&nbsp;ao continente africano.
Entretanto, a descoberta da equipe do professor Ludovic Slimak, da Universidade de Toulouse, aponta que o sapiens chegou cerca de 12 mil anos antes da data atualmente aceita. Na pr&aacute;tica, isso significaria que as 2 esp&eacute;cies teriam coexistido na Europa por mais de 10 mil anos antes que os neandertais fossem extintos.
As evid&ecirc;ncias encontradas sugerem que o grupo de humanos a quem pertenciam os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121082-o-que-os-fosseis-podem-revelar-sobre-o-futuro-do-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">f&oacute;sseis</a> viveu no s&iacute;tio por pouco tempo, cerca de 2 mil anos, desocupando o local depois disso. Com a sa&iacute;da deles, os neandertais teriam retornado, ocupando a regi&atilde;o por mais alguns milhares de anos, at&eacute; o retorno dos humanos modernos.
<h2>Superioridade do humano moderno foi fruto de organiza&ccedil;&atilde;o social</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/10/10201635657008.jpg" alt="(Fonte: Greelane)" />(Fonte: Greelane)
Com as novas evid&ecirc;ncias encontradas, uma pergunta que se levanta &eacute;: como n&oacute;s, humanos modernos,&nbsp;ter&iacute;amos conquistado superioridade sobre os neandertais se coexistimos por milhares de anos?
Entre as diferentes hip&oacute;teses apresentadas est&atilde;o a capacidade de produzirmos arte, linguagem e ter um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120815-6-mitos-sobre-o-cerebro-humano-que-voce-ainda-escuta-por-ai.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">c&eacute;rebro</a>, possivelmente, melhor. Por&eacute;m, a que tem sido mais aceita &eacute; a de que est&aacute;vamos mais organizados do que eles. Nossos grupos sociais seriam maiores, armazenar&iacute;amos melhor o conhecimento e desenvolver&iacute;amos coisas a partir desse conhecimento.
Esse cen&aacute;rio ajuda a compreender outra descoberta, feita em 2010. Nesse ano, cientistas descobriram que os humanos modernos t&ecirc;m uma pequena quantidade de DNA neandertal. Seria um indicativo de que as esp&eacute;cies teriam cruzado. O que n&atilde;o se sabe &eacute; se essas trocas foram pac&iacute;ficas, se houve sequestro de f&ecirc;meas de um grupo por outro ou se os humanos modernos adotaram beb&ecirc;s neandertais abandonados ou &oacute;rf&atilde;os.
<h2>F&oacute;sseis sugerem que houve equil&iacute;brio entre neandertais e humanos modernos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/10/10201221391003.jpg" alt="(Fonte: Heil Praxis)" />(Fonte: Heil Praxis)
Para Chris Stringer, do Museu de Hist&oacute;ria Natural de Londres, as novas descobertas indicam que nossa esp&eacute;cie surgiu muito antes e levantam questionamentos sobre o que consideramos como "vit&oacute;ria dos humanos modernos sobre os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119353-caverna-com-obras-de-arte-neandertais-e-descoberta-na-alemanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neandertais</a>".
"&Agrave;s vezes os neandertais estavam em vantagem; outras, os humanos modernos. Ent&atilde;o, houve certamente um equil&iacute;brio", disse Stringer em entrevista &agrave; BBC News. "N&atilde;o foi uma vit&oacute;ria do dia para a noite", ele afirmou.
Achados, ferramentas e dente de crian&ccedil;a foram surpresas para toda a equipe. As ferramentas, de modo particular, s&atilde;o importantes, pois s&atilde;o feitas da mesma forma que outras encontradas em diferentes locais. At&eacute; ent&atilde;o, os cientistas n&atilde;o tinham certeza de quais esp&eacute;cies seriam respons&aacute;veis por elas.

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Neandertais: fósseis desafiam teorias sobre seu desaparecimento

Imagem de 6 tecnologias atuais que podem nos transformar em ciborgues no megacurioso

Com o avanço da ciência e tecnologia, estamos cada vez mais perto de nos tornarmos ciborgues

<head></head><body>A franquia cinematográfica <a href="https://www.megacurioso.com.br/cinema/49206-9-fatos-que-voce-nao-sabia-sobre-o-exterminador-do-futuro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O Exterminador do Futuro</a> (1984) foi uma das responsáveis por eternizar os ciborgues — organismos nos quais alguma estrutura ou elemento cibernético foi incorporado — na cultura popular.Ainda que possam imaginar que ciborgues sejam criaturas futuristas que combinem características humanas e sobre-humanas em um corpo robótico, estamos mais próximos de sermos considerados um ciborgue do que você imagina.Nos Estados Unidos, por exemplo, estima-se que 10% da população local seja composta por ciborgues no sentido técnico, ou seja, em que tecnologias desenvolvidas pelo homem substituíram alguma parte do corpo, como marcapassos e até pele artificial. Confira 6 tecnologias que já existem e podem nos "tornar" ciborgues.<h2>1. Marcapasso</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/16/16160311008435.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Projetado para evitar complicações em seres humanos com batimentos cardíacos irregulares, o marcapasso eletrônico surgiu em 1958, fruto do trabalho dos médicos William Chardack e Andrew Gage, e do engenheiro Wilson Greatbatch.O primeiro marcapasso eletrônico foi implantado em um humano em 1960, permitindo que a pessoa vivesse por dez meses sem que nenhuma complicação fosse notada. Com o avanço da tecnologia, os marcapassos melhoraram exponencialmente e continuam sendo usados por milhões de seres humanos até os dias atuais, a ponto de serem um dispositivo considerado comum.<h2>2. Coração artificial</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/15/15112520815164.jpg" alt="(Fonte: Bertrand Guay/AFP/Getty Images)">(Fonte: Bertrand Guay/AFP/Getty Images)O primeiro coração&nbsp;artificial&nbsp;do mundo ainda está em fase de testes, mas já mostra que ele pode conferir mais autonomia a pessoas com casos graves de insuficiência cardíaca. Chamado de CARMAT-Total Artificial Heart (C-TAH), o dispositivo possui um mecanismo de autorregulação adaptável ao dia a dia do paciente.O uso do coração artificial faria com que menos ajustes e idas a centros médicos fossem necessários. A FDA, agência reguladora de saúde dos EUA, aprovou seu uso em fevereiro de 2021. Desde então, é possível fazer uso do coração artificial como uma tecnologia paliativa, ou seja, usada enquanto se aguarda o transplante de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120905-porque-energeticos-sao-tao-perigosos-para-o-coracao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coração</a> tradicional.<h2>3. Exoesqueleto robótico</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/16/16161208868442.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Exoesqueletos robóticos já são uma realidade. Seu uso, tanto como dispositivo médico como para o consumidor final, já foi aprovado pela FDA. Ainda que as formas de apresentação possam variar, de modo geral os exoesqueletos robóticos são cintas vestíveis projetadas para ajudar pacientes a obter mais mobilidade, proporcionando alívio da dor.No Brasil, um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveu um exoesqueleto robótico com o objetivo de auxiliar profissionais da área da saúde no tratamento de vítimas de acidente vascular cerebral (AVC). Ele ajuda a tratar várias articulações da perna simultaneamente, como tornozelo, joelho e quadril.<h2>4. SmartBone, o osso inteligente</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/15/15112939519170.jpg" alt="(Fonte: IBI SA)">(Fonte: IBI SA)Em 2012, a IBI, uma empresa suíça de biotecnologia, lançou o SmartBone, projetado para ser usado como substituto do osso humano orgânico. O SmartBone foi criado a partir da combinação de uma matriz óssea mineral bovina com polímeros bioabsorvíveis e fragmentos de colágeno.De acordo com a empresa, o SmartBone imita todas as características de um osso humano saudável, incluindo alto desempenho mecânico. Não é adamantium e ninguém vai se tornar o Wolverine, mas é consenso que se trata de um grande avanço em se termos de procedimentos médicos.<h2>5. BrainGate, o cérebro tecnológico</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/QRt8QCx3BCo" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Outra tecnologia desenvolvida para ajudar seres humanos, o BrainGate é um sistema de implantes cerebrais criado por neurocientistas e pesquisadores da Brown University, em Providence, nos Estados Unidos.Através do uso de eletrodos implantados no cérebro de um paciente, esta tecnologia restaura algumas funções dos músculos de indivíduos que tenham perdido o controle de seus membros ou outras funções corporais, como pacientes de esclerose lateral amiotrófica (ELA) ou que tiveram lesão na medula espinhal.Desde seu surgimento, ele mudou a vida de muitos pacientes, que passaram a conseguir se alimentar sozinhos, por exemplo. Essa tecnologia segue em desenvolvimento para que possa estar, um dia, disponível a todos os pacientes. E não, ninguém vai ter um cérebro capaz de ler mentes.<h2>6. Olhos biônicos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/15/15113101972171.jpg" alt="(Fonte: Second Sight/Reprodução)">(Fonte: Second Sight/Reprodução)Ok, provavelmente a visão biônica, por meio de um olho robótico, seja uma das primeiras coisas que você pense quando falamos de ciborgues. Agora, a ciência já desenvolveu olhos biônicos cujos progressos ajudaram muitas pessoas a ter uma visão funcional.A Second Sight, empresa americana, desenvolveu um deles, batizado de Argus II. Ele é a combinação de um implante ocular em miniatura com uma câmera e um processador, que transformam a maneira como o paciente enxerga o mundo.Usando uma espécie de óculos, a câmera ali montada recebe as informações, que são convertidas em pulsos elétricos e transmitidas para a retina. O implante ocular, então, estimula a retina do paciente, enviando as informações para o cérebro do usuário, que consegue simular a visão. É um passo inicial para que pessoas que tenham perdido a visão possam "enxergar" novamente — só não há possibilidade de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112055-ciclope-de-x-men-enxerga-tudo-vermelho-os-quadrinhos-respondem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">visão raio-x</a>, ninguém aqui vai se tornar um X-Men.</body>

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6 tecnologias atuais que podem nos transformar em ciborgues

Imagem de Carros autônomos: saiba quando isso será possível no megacurioso

Se você sonha em não precisar mais dirigir, saiba que ainda vai demorar um bom tempo para os carros autônomos se tornarem populares

Em algumas cidades dos Estados Unidos, a Waymo (empresa ligada ao Google) j&aacute; est&aacute; oferecendo servi&ccedil;os de t&aacute;xi aut&ocirc;nomo: eles s&atilde;o chamados por um aplicativo e chegam vazios &agrave; casa do passageiro. A pessoa pode se sentar em qualquer lugar &mdash; at&eacute; mesmo no banco do motorista, j&aacute; que n&atilde;o h&aacute; nenhum. Quem recepciona o usu&aacute;rio &eacute; um rob&ocirc;, que fala pelo sistema de som do <a href="https://www.megacurioso.com.br/carros/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">carro</a>.&nbsp;
Isso j&aacute; existe, por&eacute;m, se trata de uma novidade que ainda est&aacute; em teste em poucos lugares do mundo. A maioria de n&oacute;s ainda precisa de um motorista humano ou dirige nosso pr&oacute;prio ve&iacute;culo. Isso leva &agrave; pergunta: quando essa tecnologia dos ve&iacute;culos aut&ocirc;nomos vai estar realmente dispon&iacute;vel para o grande p&uacute;blico.&nbsp;
A resposta curta &eacute;: vai demorar. Para entender o porqu&ecirc;, continue a leitura.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/15/15134544882289.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
<h2>Um motorista super inteligente</h2>
Um dos principais objetivos dos carros aut&ocirc;nomos &eacute; aumentar a seguran&ccedil;a no tr&acirc;nsito: eles ser&atilde;o programados para andar da maneira mais calma poss&iacute;vel, respeitando todas as regras. Mesmo assim, n&atilde;o d&aacute; para garantir que os motoristas humanos no caminho v&atilde;o fazer a mesma coisa, n&eacute;?
Portanto, programar um carro aut&ocirc;nomo vai muito al&eacute;m de acelerar, frear e virar as rodas para fazer curvas. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120572-robos-vs-ia-quem-e-quem-na-batalha-das-maquinas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">intelig&ecirc;ncia artificial</a> precisa saber como agir &mdash; e agir r&aacute;pido! &mdash; em v&aacute;rias situa&ccedil;&otilde;es complexas. Um carro fechando a passagem do nada, pedestres que atravessam a rua sem olhar, gente furando o sinal... E por a&iacute; vai!&nbsp;
Nos pr&oacute;ximos anos, o maior desafio de empresas que desenvolvem carros aut&ocirc;nomos &eacute; compreender essas possibilidades e programar suas intelig&ecirc;ncias artificiais para lidar com elas. Antes disso, simplesmente n&atilde;o vai ser poss&iacute;vel largar o volante e deixar que um rob&ocirc; dirija pela gente.&nbsp;
<h2>Quem deixou esse rob&ocirc; dirigir?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/15/15135731609297.jpg" alt="(Fonte: Tesla/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Tesla/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Mas essa quest&atilde;o da intelig&ecirc;ncia artificial &eacute; s&oacute; o come&ccedil;o: os carros aut&ocirc;nomos deixam uma s&eacute;rie de outros questionamentos: as ruas e as sinaliza&ccedil;&otilde;es est&atilde;o adequadas para que os rob&ocirc;s consigam process&aacute;-las? H&aacute; internet de alta velocidade (5G) para que as intelig&ecirc;ncias artificiais se comuniquem bem? Como ficam os seguradoras, que levam em conta o perfil do motorista, nos seus c&aacute;lculos? E se houver acidentes, de quem &eacute; a responsabilidade?
Essas perguntas precisam ser respondidas para atualizar a legisla&ccedil;&atilde;o sobre carros aut&ocirc;nomos. Atualmente, os servi&ccedil;os como a Waymo precisam de autoriza&ccedil;&atilde;o especial para fazer seus testes. Voc&ecirc; ainda n&atilde;o pode comprar um carro aut&ocirc;nomo e andar nele sem estar no banco do motorista. Mesmo em carros que possuem sistemas de automatiza&ccedil;&atilde;o, como os da Tesla, voc&ecirc; deve ficar com as m&atilde;os no volante. Se voc&ecirc; tira, o carro exibe alertas.&nbsp;
<h2>Um servi&ccedil;o de primeira</h2>
A real &eacute; que termos um carro aut&ocirc;nomo nas nossas garagens n&atilde;o &eacute; a prioridade desses projetos &mdash; a maioria deles, como a Waymo, &eacute; pensada como servi&ccedil;o. Ent&atilde;o, &eacute; mais prov&aacute;vel que voc&ecirc; venda seu carro para usar um t&aacute;xi rob&ocirc;, e n&atilde;o que tenha seu pr&oacute;prio ve&iacute;culo para andar no banco do carona. At&eacute; porque eles ser&atilde;o bem caros, n&eacute;?
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/15/15170240702441.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Dito isso, nem mesmo os t&aacute;xis rob&ocirc; devem se popularizar no curto ou m&eacute;dio prazo. As primeiras aplica&ccedil;&otilde;es em grande escala ser&atilde;o em ambientes controlados, como &ocirc;nibus internos de aeroporto ou ve&iacute;culos de entrega. Outra quest&atilde;o importante &eacute; a utiliza&ccedil;&atilde;o de ve&iacute;culos sem motorista em situa&ccedil;&otilde;es de risco, como minas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120241-fukushima-como-o-desastre-poderia-ter-sido-evitado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">usinas nucleares</a>, zonas militares e transportes rodovi&aacute;rios.&nbsp;
Ent&atilde;o, quando &eacute; que a gente poder&aacute; ser conduzido por uma intelig&ecirc;ncia artificial, sem se importar com o tr&acirc;nsito? Bem... Especialistas ouvidos pela rede brit&acirc;nica BBC dizem que s&oacute; depois de 2030. Ainda vale a pena tirar carteira de motorista.

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Carros autônomos: saiba quando isso será possível

Imagem de Descubra como essas 6 pedras preciosas se formam no megacurioso

Entenda como combinações de elementos e a influência do ambiente ajudam na formulação dessas incríveis joias 

Quando olhamos um belo anel de diamante ou um incr&iacute;vel brinco de esmeralda, temos dificuldade de pensar que um dia aqueles elementos j&aacute; fizeram parte do solo. Afinal, os mesmos processos geol&oacute;gicos que d&atilde;o forma e remodelam nosso planeta tamb&eacute;m s&atilde;o respons&aacute;veis por gerar as situa&ccedil;&otilde;es de temperatura e press&atilde;o ideais que combinar&atilde;o elementos em formosas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118196-7-pedras-preciosas-que-sao-extremamente-raras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pedras preciosas</a>.
Mas ser&aacute; que voc&ecirc; faz ideia de como tudo isso funciona? Pensando nisso, n&oacute;s decidimos abordar um pouco mais sobre esse assunto nos pr&oacute;ximos par&aacute;grafos e aprofundar o seu conhecimento a respeito da maneira como algumas das joias mais preciosas da Terra s&atilde;o criadas. Veja s&oacute;!
<h2>1. Diamante</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/16/16094307643086.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Para a surpresa de muitos, o diamante&nbsp;&eacute; uma das poucas pedras preciosas que n&atilde;o se forma na crosta da Terra. Feita completamente de carbono, essa belezura reluzente se cria no manto terrestre, que nada mais &eacute; do que um impressionante oceano subterr&acirc;neo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115195-lua-teve-oceano-de-magma-por-cerca-de-200-milhoes-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">magma</a> com temperaturas muito elevadas.
Como a press&atilde;o e o calor no manto s&atilde;o fortes a ponto de liquefazer rochas, eles tamb&eacute;m conseguem comprimir e fundir o carbono na forma de <a href="https://www.megacurioso.com.br/cotidiano/36328-diamante-azul-de-us-10-milhoes-e-encontrado-na-africa-do-sul.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">diamantes</a>. Ent&atilde;o, essa pedra preciosa &eacute; carregada at&eacute; a superf&iacute;cie pelo magma, misturando-se com as rochas magm&aacute;ticas.
<h2>2. Rubi e safira</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/16/16094513659089.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Rubi e safira s&atilde;o duas pedras fundamentalmente g&ecirc;meas, exceto por um fator de distin&ccedil;&atilde;o: o cr&ocirc;mio. Quando uma por&ccedil;&atilde;o de magma, contendo alum&iacute;nio e/ou cr&ocirc;mio, encontram bols&otilde;es de ar &mdash; por&ccedil;&atilde;o de oxig&ecirc;nio &mdash; na crosta terrestre, esses elementos se combinam criando uma pedra preciosa.
O cr&ocirc;mio, um elemento raro muito raro, &eacute; a subst&acirc;ncia que fornece a cor vermelha do rubi. Se ele n&atilde;o estiver presente, a pedra ganhar&aacute; uma colora&ccedil;&atilde;o azulada e ser&aacute; batizada de safira.&nbsp;
<h2>3. Jade</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Jade#/media/File:Nephrite_jade_(Precambrian)_(Granite_Mountains,_Fremont_County,_Wyoming,_USA)_3_(49703436701).jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/16/16094607753093.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
N&oacute;s possu&iacute;mos o costume de batizar de jade dois tipos de minerais diferentes: a jade&iacute;ta e a nefrita. Ambas se formam durante o processo de cria&ccedil;&atilde;o das chamadas rochas metam&oacute;rficas, que acontece quando a temperatura e a press&atilde;o nas profundezas da crosta terrestre recombinam os elementos de uma pedra sem derret&ecirc;-la.
Por esse motivo, forma-se uma pedra compacta e extremamente dura, que costuma ter colora&ccedil;&atilde;o variando do esbranqui&ccedil;ado ao verde-escuro.
<h2>4. Esmeralda</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/16/16094810286096.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
A esmeralda &eacute; formada em fontes hidrotermais, quando flu&iacute;dos geotermais passam a fluir de uma fissura na crosta terrestre e interagem com os minerais de determinada regi&atilde;o. Em geral, essa pedra preciosa combina os elementos ber&iacute;lio, alum&iacute;nio, sil&iacute;cio e oxig&ecirc;nio em uma solu&ccedil;&atilde;o aquosa.
Quando essa solu&ccedil;&atilde;o aquosa se resfria, as esmeraldas se solidificam. Sua cor verde &eacute; devido &agrave; presen&ccedil;a de quantidades m&iacute;nimas de cr&ocirc;mio e, &agrave;s vezes, van&aacute;dio. Al&eacute;m disso, sua raridade faz dela uma das pedras mais valiosas no mundo.
<h2>5. Turquesa</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/16/16094946819098.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Outra pedra que surge de uma solu&ccedil;&atilde;o aquosa &eacute; a turquesa. Para sua formula&ccedil;&atilde;o, &eacute; necess&aacute;rio a presen&ccedil;a de tr&ecirc;s elementos: f&oacute;sforo, cobre e alum&iacute;nio. A diferen&ccedil;a para a esmeralda, entretanto, &eacute; que essa solu&ccedil;&atilde;o n&atilde;o deriva do magma proveniente do manto, mas sim da infiltra&ccedil;&atilde;o de &aacute;gua da superf&iacute;cie da crosta da Terra.
Quando essa infiltra&ccedil;&atilde;o se aprofunda o suficiente para fazer com que o calor evapore a &aacute;gua, a gema que varia entre o verde e o ciano se forma.&nbsp;
<h2>6. Quartzo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/16/16095215243100.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
A forma&ccedil;&atilde;o do quartzo prov&eacute;m de uma solu&ccedil;&atilde;o aquosa contendo &aacute;tomos de sil&iacute;cio, o que pode ocorrer em fontes hidrotermais, como a esmeralda, ou em veios de &aacute;gua de superf&iacute;cie na crosta terrestre, como a turquesa. Por&eacute;m, essa pedra possui a presen&ccedil;a de certas impurezas, como o ferro, que alteram a sua forma&ccedil;&atilde;o.&nbsp;
Nessa etapa, um quartzo pode acabar adquirindo uma colora&ccedil;&atilde;o violeta, fazendo com que tamb&eacute;m possa ser chamado de ametista.

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