Imagem de NASA colhe primeiros rabanetes plantados no Espaço no megacurioso

A astronauta Kate Rubins realizou a colheita dos primeiros rabanetes a serem plantados em microgravidade

A NASA acaba de dar mais um passo para criar missões de longo-prazo à Lua e a Marte no final de 2020. Após 27 dias de maturação, a astronauta Kate Rubins colheu no dia 30 de novembro 20 rabanetes plantados em microgravidade na Estação Espacial Internacional. 



Os alimentos cresceram dentro da estrutura do Advanced Plant Habitat (APH), uma estrutura criada para testar o cultivo de comida no Espaço. Eles foram embrulhados em papel alumínio, colocados em um armazém refrigerado e devem ser enviados de volta à Terra durante a próxima missão de reabastecimento da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115725-spacex-divulga-video-de-barco-capturando-pedaco-de-foguete.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">SpaceX</a>.



<h2>Produção de alimentos no Espaço</h2>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
https://www.youtube.com/watch?v=UT0K3GmNV7E&feature=emb_imp_woyt
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A hortaliça foi escolhida para fazer parte do experimento Plant Habitat-02 (PH-02) por ser bem compreendida pelos cientistas e também por alcançar maturidade em apenas 27 dias.



Além disso, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/humor/32602-confira-as-aventuras-do-rabanete-fujao-galeria-.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">rabanete</a> é uma planta-teste viável para as missões espaciais de longo-termo justamente por ser comestível e muito nutritivo, o que permitiria aos astronautas plantarem seu próprio alimento. A agência norte-americana ressaltou ainda que o vegetal é geneticamente parecido com a Arabidopsis, uma flor semelhante a um repolho e que tem sido estudada frequentemente em microgravidade.



O experimento PH-02 permitiu aos cientistas da NASA avaliarem o equilíbrio ideal para o cultivo de plantas no Espaço. Segundo o relatório, os rabanetes receberam uma quantidade precisa de minerais para não necessitar de manutenção constante por parte da equipe. 



<h2>Funcionamento da APH</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://cdn.mos.cms.futurecdn.net/eFKMp4Vfavhnnd3icuTjTG-970-80.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/28/28184714900032.jpg" alt="(Fonte: NASA/Divulgação)" /></a><figcaption>(Fonte: NASA/Divulgação)</figcaption></figure>



A câmara da APH é equipada com luzes de LED vermelhas, azuis, verdes e brancas de amplo espectro, as quais fornecem o estimulo necessário para o crescimento das plantas. Por fim, um sofisticado sistema de controle garante a quantidade exata de água quando necessário.



Conforme o comunicado da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114935-helicoptero-da-nasa-para-viagem-a-marte-esta-pronto-para-voar.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">NASA</a>, a APH também contém 180 sensores que ajudam os cientistas do Centro Espacial John F. Kennedy, localizado nos Estados Unidos, a monitorar o crescimento das hortaliças e regular a temperatura, umidade e níveis de dióxido de carbono dentro da câmara. 



Para a próxima etapa, a agência espacial norte-americana pretende aumentar o plantio de rabanetes no Espaço para poder compará-los com amostras plantadas na Terra, o que ajudará no aperfeiçoamento das plataformas para o futuro.

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NASA colhe primeiros rabanetes plantados no Espaço

Imagem de As 4 coisas mais esquisitas que já caíram do céu no megacurioso

Bolas de fogo, espaçonaves e até mesmo iguanas! Confira alguns dos objetos mais bizarros que já voaram pelo céu da Terra

Ao longo de bilhões de anos de existência, o planeta Terra já vivenciou algumas experiências extraordinárias e extremamente curiosas, sobretudo quando o assunto envolve coisas esquisitas que sobrevoaram os céus do nosso mundo.



De bolas de fogo que dizimaram espécies inteiras até iguanas voadoras, são diversas histórias que marcaram o passado da nossa existência. Por isso, nós separamos uma lista com quatro desses acontecimentos incríveis para você se surpreender. Olha só!



<h2>1. Fim dos dinossauros</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://pixabay.com/pt/illustrations/dinossauro-meteoro-impacto-5277285/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/28/28202547077059.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" /></a><figcaption>(Fonte: Pixabay/Reprodução)</figcaption></figure>



Há cerca de 66 milhões de anos, uma enorme explosão deu fim ao período Mesozoico. Vindo do Espaço, uma monstruosa pedra foi responsável por atingir a superfície do planeta e causar a morte de todos os dinossauros que aqui habitavam.



De acordo com uma simulação do Imperial College de Londres, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/astronomia/35626-qual-e-a-diferenca-entre-asteroide-meteoro-meteorito-e-meteoroide-.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">meteoro</a> possuía o ângulo “perfeito” para não dar qualquer chance de sobrevivência para os gigantes moradores da Terra. Os gases liberados pela rocha alteraram a atmosfera do planeta e causaram uma mudança climática responsável pela morte de 75% da vida local.



<h2>2. Meteoro verde</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/28/28202044508055.webp" alt="(Fonte: CSIRO/Divulgação)" /><figcaption>(Fonte: CSIRO/Divulgação)</figcaption></figure>



Em 2020, a agência nacional de ciência da Austrália, CSIRO, capturou em vídeo um incrível meteoro sobrevoando a costa da Tasmânia — infelizmente, as imagens foram feitas em preto e branco.



De acordo com a CSIRO, o objeto espacial entrou na atmosfera terráquea em chamas, cruzou o céu oceânico e desintegrou no mar. Conforme os relatos de moradores da região, o meteoro realmente possuía coloração esverdeada a olho nu.



<h2>3. A explosão da SpaceX</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/28/28202407030058.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" /><figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure>



O ano de 2020 também foi marcado por pedaços de uma espaçonave voando pelo céu, mas nada alienígena! O fato aconteceu depois da empresa <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115725-spacex-divulga-video-de-barco-capturando-pedaco-de-foguete.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">SpaceX</a> lançar o protótipo chamado de SN8 em um teste de altitude.



A espaçonave decolou da estação de Boca Chica, nos Estados Unidos, subiu a 12,5 quilômetros do chão e fez diversas manobras aéreas. Entretanto, o foguete desceu rápido demais e acabou explodindo durante a aterrizagem — o que já havia sido previsto pelo CEO Elon Musk.



<h2>4. Iguanas voadoras</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/28/28202744498061.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" /><figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure>



No sul da Flórida, o Serviço Nacional de Meteorologia costuma enviar um alerta para a população sobre a possibilidade de uma “Chuva de Iguanas” quando as temperaturas da região ficam abaixo dos 4,4ºC. 



Isso porque, durante o tempo frio, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/98266-um-ataque-de-iguana-pode-ser-a-coisa-mais-assustadora-que-voce-ja-viu-hoje.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">iguanas</a> que ficam no topo das árvores sofrem com a desaceleração de seus metabolismos e perdem a força para se segurar nos ramos. Dessa forma, os animais ficam rígidos e caem no chão aparentando estarem mortos.



Porém, basta a temperatura voltar a subir que elas logo retomam às suas atividades corriqueiras.

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As 4 coisas mais esquisitas que já caíram do céu

Imagem de Fragmento de meteorito da África veio de um asteroide gigante no megacurioso

Análise de fragmento de meteorito que caiu na África revela sua origem em planeta-anão que já desapareceu

Recentemente, uma equipe de cientistas liderada pelo Southwest Research Institute publicou um estudo na revista Nature Astronomy, no qual identifica a origem de um meteorito cravejado de diamantes que explodiu sobre o Sudão em 2008.



Segundo  os pesquisadores, o fragmento batizado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/106974-meteorito-que-caiu-na-africa-pode-ter-diamantes-de-planeta-extinto.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Almahata Sitta (AhS)</a> veio de um asteroide do tamanho de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115562-ceres-teria-um-mar-de-agua-salgada-abaixo-da-superficie.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Ceres, o planeta-anão</a> localizado no cinturão de asteroides, e pode ser definido como uma condrito carbonáceo (CC), tipo de meteorito formado por alterações aquosas de baixa temperatura e pressão.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/28/28235208944002.jpg" alt="Fonte: NASA/Divulgação" /><figcaption>Almahata Sitta (Fonte: NASA/Divulgação)</figcaption></figure>



<h2>A chegada do asteroide na Terra</h2>



A  história do Almahata Sitta teve início em outubro de 2008, quando cientistas da NASA descobriram um asteroide em rota de colisão com a Terra. Eles sabiam que a maior parte da rocha iria queimar ao entrar em nossa atmosfera, e que o material que sobrasse cairia nas areias do deserto da Núbia.



Quando a NASA avistou o meteoro de 8,2 mil quilos e 4 metros antes do impacto, posicionou sua equipe para antecipar a possível queda das rochas, e vasculhar a areia para localizar fragmentos. Foi a primeira vez na história que um asteroide foi localizado, e seus restos encontrados logo após o impacto na atmosfera.



<h2>A análise do meteorito</h2>



Desde a recuperação desses <a href="https://www.megacurioso.com.br/astronomia/35626-qual-e-a-diferenca-entre-asteroide-meteoro-meteorito-e-meteoroide-.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">materiais meteoríticos</a>, pequenos fragmentos do Almahata Sitta foram analisados. A amostra estudada na presente pesquisa, catalogada como AhS 202, era tão pequena que 10 cópias dela poderiam ser facilmente colocadas em cima de uma cabeça de prego.



A equipe analisou a amostra de 50 miligramas do AhS utilizando um microscópio infravermelho para identificar sua composição mineral. A análise espectral revelou um conjunto incomum de minerais que se formam em temperaturas e pressões “intermediárias”, maiores do que as de um asteroide típico, mas inferiores às de um planeta.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/28/28235531666003.jpg" alt="Fonte: NASA/Divulgação" /><figcaption>(Fonte: NASA/Divulgação)</figcaption></figure>



Entre esses minerais hidratados, um chamou a atenção dos pesquisadores: o anfibólio, cuja presença é raríssima em meteoritos CC. Para a geóloga planetária Vicky Hamilton, coautora do estudo: “o AhS é uma fonte acidental de informações sobre os primeiros materiais do Sistema Solar”. 



Ao apontar a origem do fragmento num planeta-anão de 940 quilômetros de diâmetro, os cientistas acreditam que esse corpo celeste já deve ter colapsado há algum tempo, pois um objeto dessa magnitude não passaria despercebido da comunidade científica.

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Fragmento de meteorito da África veio de um asteroide gigante

Imagem de Sinestesia: o 'dom' de escutar as cores e saborear palavras no megacurioso

Esta condição neurológica que faz certos seres humanos ativarem segundo sentido em reações involuntárias, criando experiências bizarras

Sabe qual é o som da cor azul? Ou então que gosto tem a palavra “amor”? Se para você esse conceito pode parecer esquisito, existe uma pequena parcela de pessoas no mundo que literalmente conseguem vivenciar essa maluca mistura de sensações criadas pela mente humana.



Conhecido como <a href="https://www.megacurioso.com.br/neurociencia/24525-animacao-mostra-como-seria-a-percepcao-de-pessoas-com-sinestesia-video-.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">sinestesia</a>, essa condição neurológica afeta cerca de 1 a 4% da população mundial e faz com que os estímulos de um sentido primário acarretem reações involuntárias de um segundo sentido. Dessa forma, esses indivíduos podem saborear canções, cheirar palavras ou até mesmo ter sensações táteis por uma voz.



<h2>O mistério da sinestesia</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/28/28173737226013.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" /><figcaption>(Fonte: Pixabay/Reprodução)</figcaption></figure>



Em entrevista, o psicólogo cognitivo da Universidade de Michigan David Brang disse receber e-mails o tempo todo de pessoas lhe perguntando se suas sensações peculiares podem de certa forma serem caracterizadas como um caso de sinestesia.



O grande problema é que ainda não existem testes concretos que possam diagnosticar precisamente essa condição. “É um mix de sensações, o que torna esse transtorno muito difícil de ser identificado através da metodologia de engenharia reversa”, completou Brang.



A teoria mais forte entre a comunidade científica é de que cérebros sinestésicos possuem conexões neurais extras. Dessa forma, um determinado tipo de estímulo pode despertar a reação de dois ou mais meios sensoriais de uma pessoa, fazendo com que, por exemplo, um primeiro encontro possa ser arruinado por alguém possuir um nome de “mau gosto” — literalmente.



<h2>Casos famosos</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/28/28173343207012.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" /><figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure>



A sinestesia parece ser uma condição um tanto quanto mais recorrente dentro do mundo artístico, tendo alguns casos famosos pela história. Em 1876, o compositor e maestro húngaro Frank Listz demonstrou-se extremamente irritado com seus músicos na Academia Real de Música de Budapeste.



Na visão de Listz, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/desenhos-animados/42616-orquestra-toca-musicas-de-desenhos-classicos-voce-reconhece-todas-video-.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">orquestra</a> seguia tocando uma versão “exacerbadamente rosa”, quando na verdade deveriam tentar serem “um pouco mais azuis”. Já para o artista plástico russo Wassily Kandinsky, nascido em 1866, cada canção lhe presenteava com belas <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/36371-por-que-os-homens-nao-conseguem-distinguir-tantas-cores-quanto-as-mulheres-.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">cores</a>, que posteriormente eram pintadas em suas telas.



Ao mesmo tempo que o conteúdo extra sensorial possa ser extremamente difícil de ser compreendido por pessoas não sinestésicas e consegue se tornar um certo empecilho nas atividades cotidianas, é inegável que estas pessoas adquirem uma visão de mundo completamente extraordinária.

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Sinestesia: o 'dom' de escutar as cores e saborear palavras

Imagem de Queda do Arecibo é prova do descaso com infraestrutura científica no megacurioso

Depois de enfrentar ventos, furacões, terremotos e variações atmosféricas, o Arecibo acabou colapsando por falta de verbas

Da mesma forma que se desligam os aparelhos de um doente que é mantido vivo artificialmente, tão logo a National Science Foundation (NSF) dos Estados Unidos anunciou que fecharia o radiotelescópio de prato único de Arecibo, a gigantesca estrutura, a segunda maior do planeta, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116924-gigante-radiotelescopio-de-arecibo-desaba.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">simplesmente desabou</a>.



Era 1º de dezembro de 2020, e drones esvoaçavam nervosamente capturando os últimos momentos de uma lenda se desfazendo aos pedaços. Quem conhecia intimamente <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115837-apos-2-meses-sinal-de-radio-misterioso-volta-a-emanar-do-espaco.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">o Arecibo</a> sabe que sua morte havia sido anunciada há muito tempo, e que a queda, cinematográfica como os filmes ali rodados, era inevitável.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/29/29095354271020.jpg" alt="Fonte: NAIC/Observatório de Arecibo/Reprodução" /><figcaption>Plataforma científica do radiotelescópio iluminada à noite (Fonte: NAIC/Observatório de Arecibo/Reprodução)</figcaption></figure>



Em um tempo em que as pessoas se limitam a ler os resumos das notícias, é mais fácil creditar o fim do Arecibo a um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115625-observatorio-de-arecibo-tem-funcionamento-interrompido-por-acidente.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">cabo de metal auxiliar que se partiu</a>, no início deste ano, devido ao furacão Isaías ou dos violentos tremores de terra que sacudiram Porto Rico.



<h2>O que causou a morte do Arecibo?</h2>



A verdade é que o colapso total do Arecibo não foi causado pelos sintomas (estes foram apenas alertas), mas deveu-se a anos de dificuldades financeiras. Especialista em tecnologia e desenvolvimento de infraestruturas, a professora Raquel Velho, do Rensselaer Polytechnic Institute, em Troy nos EUA, afirma que o Arecibo é um exemplo clássico de tensão entre a manutenção de instalações e o progresso científico.



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Arecibo Telescope Collapse" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/Eenw0p14ZrM?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
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A importância e a grandeza do Arecibo acaba chamando nossa atenção para uma questão preocupante: muitos dos nossos observatórios e telescópios atuais estão envelhecendo. Será que a sociedade está disposta a gastar dinheiro com suas manutenções? Deixamos em funcionamento máximo e depois os descartamos, deixando que morram numa obsoleta “fila de espera” tecnológica?



Com o outrora imponente espelho já sendo coberto pela vegetação da floresta portorriquenha, astrônomos e pesquisadores questionam o que virá a seguir. A solução seria construir um telescópio novo e mais moderno naquele local? Ou simplesmente seguir em frente e investir em tecnologias economicamente mais leves e viáveis? Pelo que parece, nem a NSF sabe responder.

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Queda do Arecibo é prova do descaso com infraestrutura científica

Imagem de Tibor Gánti: um cientista revolucionário totalmente desconhecido no megacurioso

O biólogo propôs um modelo revolucionário da mais simples unidade de vida possível, mas só agora suas ideias estão sendo valorizadas

Não há consenso a respeito da origem e da evolução da vida. A própria palavra “<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116967-recorde-bebe-nasce-de-embriao-congelado-ha-27-anos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">vida</a>” possui diversas definições, o que torna ainda mais difícil responder uma das questões mais fundamentais da Biologia: como foi o primeiro organismo do planeta?



A visão deste cientista esquecido pela História tem ganhado cada vez mais espaço atualmente, pois ele propôs um modelo que pode ser justamente ou algo muito próximo do mais simples ser vivo que já existiu.



<h3>Por quê nunca ouvimos falar de Gánti?</h3>



Tibor Gánti, cientista teórico <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/53450-proxima-parada-hungria-conheca-melhor-mais-essa-riqueza-da-europa.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">húngaro</a>, nasceu em 1933 e trabalhou durante a época da <a href="https://www.megacurioso.com.br/virus-bacterias-e-protozoarios/44547-medicos-sovieticos-curavam-infeccoes-com-virus-e-a-tecnica-pode-voltar.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Cortina de Ferro</a>, barreira ideológica entre os mundos capitalista e comunista que impedia a ciência de fluir em benefício de toda a espécie humana. Em consequência, seus livros jamais foram traduzidos para idiomas mais acessíveis internacionalmente.



Além disso, há relatos descrevendo o biólogo como alguém que tinha dificuldade para trabalhar em equipe, muitas vezes preferindo ser recluso.



Em 2019, Gánti faleceu ainda relativamente desconhecido no próprio meio acadêmico. Contudo, suas ideias e seu modelo da forma mais simples de vida possível, chamado “Chemoton”, estão sendo cada vez mais discutidos e respeitados.



<h2>Chemoton </h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/23/23160133163058.png" alt="(Fonte: Eörs Szathmáry - Research Gate / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Eörs Szathmáry – Research Gate/Reprodução)</figcaption></figure>



De maneira resumida, Gánti afirmou que a forma de vida mais simples possível precisa ser composta de genes, metabolismo e uma membrana, todos conectados. O metabolismo produz o que sustenta os genes e a membrana, e a forma genética exerce influência no formato da membrana.



Esta unidade é auto-replicante e, por ser tão simples, provavelmente se reproduziria com sucesso tanto na Terra, quanto em outros meios bioquímicos.



A ideia de Tibor Gánti vai totalmente na direção oposta de hipóteses minimalistas ainda amplamente consideradas viáveis, como a de que a vida começou com apenas um RNA. Algo que chama atenção é que, mesmo sendo um modelo integralista, o Chemoton ainda é extremamente simples.



<h3>Tentando (re)criar modelos protobiológicos</h3>



Um estudo realizado por Sara Szymkuc através da Polish Academy of Sciences, na Varsóvia, aponta que centenas de elementos essenciais à vida podem partir de apenas seis elementos químicos, entre eles água e metano.



Pesquisas assim buscam criar em laboratório modelos como o Chemoton, mas ainda não foi possível alcançar nenhum deles.

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Tibor Gánti: um cientista revolucionário totalmente desconhecido

Imagem de Se o trenó do Papai Noel fosse real, ele seria puxado por renas fêmeas! no megacurioso

Apenas as renas fêmeas mantêm as galhadas durante o Natal, sabia?

Se você é superfã do <a title="Datas Comemorativas" href="https://www.megacurioso.com.br/tags/datas-comemorativas" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Natal</a> e acha que essa é a melhor época do ano, deve estar familiarizado com boa parte das <a title="4 contos natalinos macabros para aterrorizar as suas festas de fim de ano" href="https://www.megacurioso.com.br/datas-comemorativas/89268-4-contos-natalinos-macabros-para-aterrorizar-as-suas-festas-de-fim-de-ano.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">histórias natalinas</a> mais populares que existem por aí. Também há uma boa chance de você conhecer o nome das renas que puxam o <a title="Confira algumas curiosidades interessantes sobre o Papai Noel" href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/58742-confira-algumas-curiosidades-interessantes-sobre-o-papai-noel.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">trenó do Bom Velhinho</a>, não é mesmo? Só para refrescar a sua memória, os animais se chamam Rudolph, Dasher, Dancer, Prancer, Vixen, Comet, Cupid, Donner e Blitzen — ou Rodolfo, Corredor, Dançarino, Empinador, Raposa, Cometa, Cupido, Trovão e Relâmpago, em português.



Mas tem um detalhe: se as renas do <a title="Discussão natalina: confira três teorias sobre a existência do Papai Noel" rel="noopener noreferrer" href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/56668-discussao-natalina-confira-3-teorias-sobre-a-existencia-do-papai-noel.htm" target="_blank">Papai Noel</a> existissem na vida real, apesar de os animais serem retratados nos desenhos e especiais de Natal como machos, eles quase certamente seriam… fêmeas — e Rodolfo e outros animais do time teriam que mudar de nome. E de onde saiu essa história? De acordo com Rae Paoletta, do site <a style="background-color: transparent" rel="noopener noreferrer" href="https://www.inverse.com/article/39327-santas-reindeer-are-females-science-says" target="_blank">Inverse</a>, tudo começou com um revelador tweet postado por uma moça chamada <a rel="noopener noreferrer" href="https://twitter.com/catreynoldsnyc?ref_src=twsrc%5Etfw&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.inverse.com%2Farticle%2F39327-santas-reindeer-are-females-science-says" target="_blank">Cat Reynolds</a> e que acabou viralizando. Veja:



<figure class="mt-2 size-large"><img loading="lazy" width="1024" height="675" src="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/12/5fe266e8d2ec1.jpeg" alt=" class="wp-image-128120" srcset="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/12/5fe266e8d2ec1.jpeg 1024w, https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/12/5fe266e8d2ec1-768x506.jpeg 768w" sizes="(max-width: 1024px) 100vw, 1024px" /></figure>



“As renas macho perdem suas galhadas no inverno e as fêmeas, não, portanto o trenó do Papai Noel é, na verdade, puxado por um time de garotas fortes, poderosas e subestimadas!!!!! É isso aí, meninas!! Eu vejo vocês!!!” — em tradução livre.



<h2>Garotas poderosas</h2>



É claro que o pessoal do Inverse foi conferir se esse papo das galhadas e tal era verdade e, conversando com um biólogo especialista em animais silvestres, averiguou que a informação presente no tweet está correta. Segundo o profissional, apesar de as renas macho e fêmea contarem com galhadas, durante o inverno no Hemisfério Norte — que corresponde aos meses de dezembro, janeiro e fevereiro —, os “meninos” perdem os chifres no final do outono, enquanto as “meninas” mantêm os seus até o início da primavera.



<img src="https://mega.ibxk.com.br/2017/12/19/rena-do-nariz-vermelho-19112655044054.jpg" alt="Rena do nariz vermelho">E agora, Rodolfo? (Geek.com)



A razão disso está relacionada com o fato de as fêmeas precisarem defender recursos durante a gestação, que normalmente ocorre nessa época do ano. Outra questão interessante é que, no inverno, cerca de 50% da massa corporal das fêmeas consiste em gordura, enquanto os machos perdem bastante massa adiposa e passam a contar com apenas 5% de gordura corporal — o que significa que elas estariam mais bem preparadas e fisicamente aptas para levar o Bom Velhinho para distribuir os presentes.



Vale lembrar que nem todas as renas são dotadas das características galhadas. Entretanto, para que os integrantes do time que aparece nas representações do Papai Noel tenham chifres em pleno dezembro, eles teriam que ser fêmeas, e não machos. E aí, caro leitor natalino, você gostaria de sugerir novos nomes para Rodolfo e companhia?



***



Publicado originalmente em 19/12/2017

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Se o trenó do Papai Noel fosse real, ele seria puxado por renas fêmeas!

Imagem de E se o Papai Noel realmente tivesse que entregar presentes em uma noite? no megacurioso

Professor calcula quanto tempo o bom velhinho demoraria se tivesse que visitar todas as crianças do planeta em apenas 24 horas.

Você já parou para pensar em quanto tempo o Papai Noel demoraria em entregar todos os presentes em uma única noite, se isso realmente fosse possível? De acordo com o professor de engenharia mecânica e aeroespacial Larry Silverberg da Universidade Estadual da Carolina do Norte, aproximadamente seis meses natalinos!



Segundo o site POPSCI, Silverberg apresentou essa complicada — e importante — questão aos seus alunos, que estabeleceram alguns números para poder solucionar o problema. Vamos aos cálculos, então: parte-se do pressuposto que o Papai Noel precisa entregar presentes para cerca de 200 milhões de crianças, que vivem em casas distribuídas em uma área de aproximadamente 518 milhões de quilômetros quadrados.



<img src="https://mega.ibxk.com.br/2012/12/materias/29657550113104012.jpg" alt=""> (Fonte da imagem: <a href="http://www.thinkstockphotos.com/" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Thinkstock</a>)



<h2>Cálculos natalinos</h2>



Considerando que cada casa conta com uma média de 2,67 crianças, isso significa que o velhinho precisará visitar cerca de 75 milhões de residências. A distância média entre cada domicílio é de 2,6 quilômetros, assim, Noel terá que percorrer mais de 196 milhões de quilômetros em 24 horas. Porém, para que isso fosse possível, o trenó teria que viajar a uma velocidade média de 8.180.297 quilômetros por hora!



<img src="https://mega.ibxk.com.br/2012/12/materias/29657550113104119.jpg" alt=""> (Fonte da imagem: <a href="http://www.thinkstockphotos.com/" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Thinkstock</a>)



Mas pense na situação: não é muito seguro que um velhinho gorducho viaje a uma velocidade dessas, ainda mais levando algumas renas e elfos de carona, não é mesmo? Portanto, os alunos de Silverberg propuseram um cenário um pouco mais realista, baseado na Teoria da Relatividade.



<h2>“Tempo natalino”</h2>



Os estudantes sugeriram que o Papai Noel tirasse proveito da Teoria da Relatividade e esticasse o tempo como se fosse um elástico. Dessa forma, o bom velhinho teria meses para entregar todos os brinquedos, enquanto que para nós, teriam se passado apenas alguns minutos.



Agora, se o velhinho decidisse desenvolver um sistema de entregas baseado na Teoria da Relatividade, usando 750 trenós em vez de apenas um, o trabalho poderia ser concluído em apenas 24 horas natalinas — equivalentes a 5 minutos terrestres — e a uma velocidade muito mais segura para a gangue do Noel, ou seja, a apenas 130 quilômetros por hora. Nada que um par de jatos acoplados nas laterais dos trenós não resolvam!

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E se o Papai Noel realmente tivesse que entregar presentes em uma noite?

Imagem de Abelhas utilizam cocô para combater vespas e proteger a colmeia no megacurioso

As abelhas-melíferas-asiáticas desenvolveram um método pouco convencional para combater ataques em grupo de vespas-mandarinas

Novas pesquisas do Departamento de Ciências Biológicas do Wellesley College em Massachusetts, Estados Unidos, apontam um novo comportamento de defesa das abelhas-melíferas-asiáticas (Apis cerana) no combate a ataques de grupos de vespas assassinas. 



Segundo um estudo publicado em 9 de dezembro na revista PLOS One, as presas cercam as entradas de colmeias com fezes de outros animais, criando uma barreira que impede a invasão de predadores.



Historicamente, espécies de vespas-mandarinas são predadores vorazes destas abelhas, investindo em equipe contra colmeias. Normalmente, as vespas gigantes realizam <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116832-alemanha-criou-supercaes-de-caca-entre-as-guerras-mundiais.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">caças</a> de forma individual, mas no final de sua temporada de reprodução — quando a ninhada é numerosa e há a necessidade de aumentar a quantidade de alimentos — os insetos passam a se unir em pequenas hordas, tornando o ataque mais rápido e violento.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/14/14084757399016.jpg" alt="(Fonte: Wellesley College / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Wellesley College/Reprodução)</figcaption></figure>



Porém, as defesas das abelhas ganharam novos contornos. Sob uma tremenda pressão dos invasores estrangeiros, as abelhas-melíferas tiveram que elaborar estratégias mais eficazes que não tivessem, como base, o uso de plantas. 



Foi então que passaram a coletar fezes animais e colocá-las ao redor das entradas das colmeias. “Esta defesa de esterco é bastante sofisticada; são necessários vários trabalhadores para executá-la”, disse Heather Mattila, autora principal do projeto.



Até o momento, a ciência conhece alguns sistemas de proteção das abelhas, como o assobio, o balançar do abdômen ou um ataque direto que sufoca o inimigo ou aumenta o calor corporal a ponto de causar morte instantânea. Contudo, a segurança baseada nas barreiras de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117053-pandas-gigantes-adoram-rolar-em-coco-de-cavalo.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">cocô</a> foi observada de forma inédita, adicionando mais um capítulo interessante sobre os mecanismos funcionais de proteção dos insetos.



<h2>Resultados rápidos</h2>



A observação de apiários em 67 fazendas no Vietnã mostrou que cerca de 94% das colmeias apresentavam as portas de cocô. De acordo com os pesquisadores, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116572-abelhas-identificam-colegas-de-colonia-por-suas-bacterias-intestinais.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">abelhas</a> coletavam resíduos de galinheiros e de esterco de mamíferos, levantando muros sólidos que cansavam as vespas após inúmeras tentativas de escavação.



Aparentemente, a presença das fezes libera uma substância química desagradável para os invasores, escondendo os traços das marcas deixadas por vespas e afastando-as da colmeia protegida. “Ainda temos muitas ideias para explorar – é uma grande questão em aberto agora”, concluiu Mattila.

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Abelhas utilizam cocô para combater vespas e proteger a colmeia

Imagem de Bactéria antiga ajuda carrapatos a sobreviverem na pele humana no megacurioso

Bactéria causadora da doença de Lyme permite que carrapatos se alimentem por um período maior de tempo 

Um novo estudo realizado pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, identificou o agente capaz de fazer com que carrapatos passem mais tempo se alimentando em pele humana. Segundo as pesquisas, a toxina da antiga bactéria Borrelia burgdorferi estaria ajudando os artrópodes a sobreviverem e transmitirem a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115452-vacina-para-doenca-de-lyme-apresenta-avanco-importante.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">doença de Lyme</a>. 



Há aproximadamente 40 milhões de anos, o carrapato-do-veado (Ixodes scapularis) desenvolveu uma enzima antibacteriana incrivelmente potente, derivada de uma antiga <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116431-escarlatina-pode-estar-retornando-por-causa-de-bacteria-clonada.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">bactéria</a> que se formou e evoluiu nas entranhas do animal. 



Através do processo de “transferência horizontal”, alguns genes que transportavam as instruções para a formação da toxina foram passando entre as gerações, a medida que se fortaleciam e afetavam diversos outros organismos.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/14/14102440403033.jpg" alt="(Fonte: Cell / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Cell/Reprodução)</figcaption></figure>



Os resultados da pesquisa apresentaram informações interessantes sobre a forma de atuação da substância no corpo do carrapato-do-veado, com impactos diretos em seu sistema digestivo e nos mecanismos de liberação de substâncias. De acordo com os biólogos, um efetor — parte terminal de um órgão capaz de ativar a secreção a partir do estímulo dos impulsos nervosos — antibacteriano domesticado (Dae2) por carrapatos desenvolveu especificidade ampliada.



A toxina Dae2, secretada no sistema digestivo do parasita enquanto ele se alimenta, foi capaz de matar os micróbios da pele dos mamíferos durante os testes, mas não conseguiu eliminar a Borrelia burgdorferi, responsável por transmitir a doença de Lyme a seres humanos. “Essas descobertas sugerem que os carrapatos resistem aos seus próprios patógenos enquanto toleram simbiontes”, disse Beth M. Hayes, do Departamento de Bioquímica e Biofísica da Universidade da Califórnia.



Dessa forma, as conclusões levam a crer que a presença do efetor evita que o carrapato seja atacado por comensais presentes na pele humana, já que os micróbios são eliminados durante o processo. A Dae2, então, seria um mecanismo de defesa particular de alguns grupos dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116362-parasita-controlador-de-mentes-pode-nos-tornar-mais-impulsivos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">parasitas</a>.



<h2>As consequências do bloqueio da toxina</h2>



Durante os testes, os cientistas bloquearam a atuação da toxina para avaliar os resultados. Rapidamente, a criatura não resistiu tempo suficiente na pele humana e acabou morrendo. “O que é estável e harmonioso para os carrapatos é ruim para nós, e o que é estável e harmonioso para nossa pele é ruim para os carrapatos”, disse Seemay Chou, principal autor do trabalho.



O biólogo acredita que os estudos poderão levar a novas conclusões sobre o papel da toxina no organismo do predador e dos humanos, funcionando como regulador de diversas atividades entre os vetores.

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