Imagem de Estudo revela dinossauro brasileiro que 'comia como pelicano' no megacurioso

Apesar das novas informações sobre colossal dinossauro carnívoro, pesquisa tem sido criticada por potencialmente retirar fósseis ilegalmente do Brasil

<head></head><body>Um novo estudo feito por pesquisadores europeus propõe uma descoberta intrigante: um gigante <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109756-15-coisas-que-voce-talvez-nao-saiba-sobre-dinossauros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauro</a> predador relacionado aos Spinosaurus, mas que capturava suas presas "como um pelicano" estendendo sua mandíbula inferior. Contudo, o estudo tem incomodado paleontólogos ao redor do mundo pelo fato de, potencialmente, os fósseis terem sido retirados ilegalmente do Brasil.A espécie no centro da polêmica seria o Irritator chellengeri, um dinossauro bípede e carnívoro com longos focinhos semelhantes aos dos crocodilos. De acordo com os pesquisadores, tal criatura teria comprimento máximo de 6,5 metros e foi descrita pela primeira vez em 1996 a partir de fósseis de 115 milhões de anos descobertos na Bacia do Araripe, no nordeste brasileiro. Entenda mais sobre o caso!<h2>O dinossauro-pelicano</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/07/07014018470002.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Após os primeiros fósseis do "dinossauro-pelicano" terem sido achados no Brasil, eles foram enviados para a Alemanha, onde residem até hoje no Museu de História Natural de Stuttgart. Segundo o estudo recente publicado na revista Palaeontologia Electronica, os pesquisadores reconstruíram digitalmente o crânio do espécime alojado em Stuttgart e descobriram mais sobre sua anatomia.O dinossauro teria uma mandíbula inferior capaz de se espalhar para os lados, alargando a faringe. Isso seria uma habilidade semelhante a dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119561-6-curiosidades-impressionantes-sobre-os-pelicanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pelicanos</a>, que conseguem alargar seus bicos inferiores para capturar peixes pequenos. Essa descoberta sugere que o I. challengeri provavelmente se alimentava da mesma forma.&nbsp;A nova análise também releva que, devido ao posicionamento dos olhos da espécie, esse dinossauro teria naturalmente inclinado seu focinho em um ângulo de 45 graus e seria capaz de morder rapidamente — mas sem muita força. Quando essas habilidades eram combinadas, o focinho se tornaria adequado para capturar presas em águas rasas e impedi-las de fugir.&nbsp;<h2>Controvérsia dos fósseis</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/07/07014059217003.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Embora o novo estudo seja completamente revolucionário para a paleontologia, a maneira como as informações foram obtidas causou um enorme reboliço no campo científico. Desde que os primeiros fósseis de I. challengeri viajaram do Brasil à Alemanha, a forma como tudo isso aconteceu sempre foi bastante controversa.&nbsp;A relíquia histórica foi desenterrada por escavadores comerciais não científicos e vendidos ao museu alemão antes de 1990, quando o Brasil começou a restringir exportações científicas para outros países. Como resultado, os pesquisadores envolvidos no estudo acreditavam que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124681-5-fosseis-impressionantes-que-foram-descobertos-por-acaso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fósseis</a> pertenciam legalmente à Alemanha.No entanto, uma lei brasileira mais antiga, datada de 1942, afirma que os fósseis brasileiros são de propriedade federal e jamais poderiam ter sido vendidos. Isso significa que, tecnicamente, os fósseis teriam sido roubados pelos escavadores e exportados ilegalmente.Em seu artigo, os pesquisadores europeus reconheceram o "status problemático" dos fósseis em uma declaração ética, mas a situação segue indefinida. Embora os pedidos na internet para que os fósseis retornem ao Brasil estejam em evidência, vale ressaltar que tamanha descoberta científica segue sendo extremamente relevante e o resultado final segue sendo extraordinário, independente de quaisquer decisões legais.&nbsp;</body>

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Estudo revela dinossauro brasileiro que 'comia como pelicano'

Imagem de 5 lições da geologia sobre o aquecimento global no megacurioso

Para celebrar o dia do geólogo, conheça algumas lições que esta ciência nos ensina sobre como o clima na Terra variou nos últimos milhões de anos

<head></head><body>Dia 30 de maio é celebrado o dia do geólogo. Muito mais do que especialistas em rochas, estes profissionais podem nos ajudar a compreender melhor como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116265-mudancas-climaticas-estao-ocasionando-renascimento-de-tempestades.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">clima no planeta</a> variou nos últimos milhões de anos. Assim, é possível que nós possamos nos preparar para as mudanças que devemos enfrentar pelos próximos anos.Os geólogos consideram os últimos 50 milhões de anos como um passado recente. Além desse período representar apenar apenas um por cento da idade da Terra, as placas tectônicas não passaram por grandes mudanças. É isso que faz com que este seja o período de tempo mais relevante para entender as variações climáticas do passado.&nbsp;Abaixo, você pode conferir cinco lições que a geologia nos oferece sobre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125193-aquecimento-global-limite-de-1-5-c-pode-ser-ultrapassado-ate-2027.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aquecimento global</a>.<h2>1. O clima da Terra é altamente variável</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/30/30092507400027.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O período conhecido como Eoceno (56 milhões há 34 milhões de anos) oferece um registro importante e bastante preciso do clima da Terra no passado. A partir de estudos da composição das conchas de corais e outros organismos marinhos, é possível entender como as temperaturas oscilaram. E o que os geólogos percebem é que entre o Eoceno e a última Idade do Gelo (que terminou há cerca de 20 mil anos), o planeta passou de um cenário excepcionalmente quente, para um período excepcionalmente frio. E esse é um padrão esperado para o planeta.<h2>2. A vida resistiu durante os períodos quentes e frios</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/30/30091436989018.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Durante o início do Eoceno, a temperatura do planeta estava tão alta, que os fósseis de animais de sangue frio dessa época são encontrados perto das regiões polares. Os registros da vida desse passado indicam que as florestas eram comuns, assim como a presença de regiões desérticas com vegetação esparsa. Durante a Idade do Gelo, grandes mamíferos podiam ser encontrados nas latitudes mais baixas. O clima em mudança fez com que as espécies que não conseguiram se adaptar, desaparecessem, mas também permitiu que muitas outras evoluíssem.<h2>3. O sol influencia menos nas variações do clima, do que os processos que ocorrem no planeta</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/30/30134635169186.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O sol é um fator determinante para que a vida possa existir na Terra. Porém, ele pouco interfere nas variações climáticas. A partir do estudo das oscilações do clima durante períodos curtos, é possível verificar que o nosso planeta possui ciclos que se repetem, independentemente dos fatores astronômicos. Para se chegar a essa conclusão, os geólogos comparam as variações do clima com as flutuações regulares na inclinação do eixo da Terra e na forma de sua órbita ao redor do sol.<h2>4. Os climas locais são muito variáveis</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/30/30092238820022.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Os registros geológicos são bastante enfáticos: a variação climática é maior em locais específicos. Isso não significa que o clima no planeta como um todo não varie. Mas, o que pode ser observado é que as mudanças nas temperaturas globais induzem mudanças nos padrões de chuva, ventos e correntes oceânicas. E é isso que faz com que um efeito seja maior no ecossistema de uma determinada região do que de outra.&nbsp;<h2>5. O nível do mar tem aumentado... e deve continuar assim pelos próximos anos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/30/30092351256024.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Entre o Eoceno — quando a Antártida praticamente não era coberta por neve — e o auge da Idade do Gelo, os registros geológicos apontam para uma variação dos níveis dos oceanos, de cerca de 180 metros. Isso pode ser comprovado pelos fósseis de animais marinhos em locais longe das costas, assim como pelos depósitos de areia de praia em áreas avançadas dos continentes. Porém, um problema que já pode ser verificado é que os níveis de dióxido de carbono — um dos gases do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121264-aquecimento-global-e-efeito-estufa-qual-e-a-diferenca-entre-eles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">efeito estufa</a> — aumentaram desde o final da Idade do Gelo. E a geologia demonstra que o derretimento acelera com o tempo e pode durar vários milhares de anos.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:56.334Z

5 lições da geologia sobre o aquecimento global

Imagem de 5 observatórios ancestrais onde os humanos olhavam as estrelas no megacurioso

Conheça mais sobre como nossos antepassados também eram cativados pelos mistérios do Universo

Por mais que Galileu Galilei tenha se tornado o primeiro ser humano na hist&oacute;ria a utilizar um telesc&oacute;pio, em 1609, seu interesse descontrolado para saber mais sobre o Universo observ&aacute;vel ao nosso redor n&atilde;o era pioneiro. Por milhares de anos, diversas civiliza&ccedil;&otilde;es antigas ao redor do planeta tentaram entender as estrelas &mdash; tendo resultados impressionantes ou n&atilde;o.
E para tentar falar um pouco mais sobre a conex&atilde;o entre humanos e espa&ccedil;o, n&oacute;s fomos atr&aacute;s de dados que mostram como nossa esp&eacute;cie sempre se mostrou dedicada a desbravar tudo aquilo que existe fora de nosso planeta. Veja s&oacute; cinco <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/26817-5-observatorios-abandonados-e-destruidos-pelo-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">observat&oacute;rios</a> antigos constru&iacute;dos por nossos antepassados para olhar as estrelas de perto!
<h2>1. Observat&oacute;rio Antigo de Pequim</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/30/getty-images-30132357788158.jpg" alt="Getty Images" />(Fonte: Getty Images)
Originalmente constru&iacute;do em 1442, o Observat&oacute;rio Antigo de Pequim nada mais era do que uma evolu&ccedil;&atilde;o de um observat&oacute;rio menor estabelecido no mesmo local em 1227. A estrutura contava com oito instrumentos originais instalados pela Dinastia Ming para poder observar as estrelas e estudar o c&eacute;u noturno.
A lista inclu&iacute;a grandes vers&otilde;es de ferramentas cartogr&aacute;ficas, como um sextante ornamentado, e at&eacute; mesmo instrumentos mais ex&oacute;ticos, como uma esfera armilar. Atualmente, o pr&eacute;dio faz parte do Planet&aacute;rio de Pequim e abriga um museu dedicado &agrave; astronomia chinesa.
<h2>2. Radkan Tower</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/29/29171833569368.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Com cerca de 30 metros de altura e constru&iacute;da no nordeste do Ir&atilde;, a Radkan Tower &eacute; uma torre cil&iacute;ndrica que por muito tempo foi vista como uma tumba antiga ou um farol para os viajantes da regi&atilde;o. No entanto, existem evid&ecirc;ncias de que tal pr&eacute;dio foi um instrumento sofisticado da ci&ecirc;ncia astron&ocirc;mica h&aacute; quase 800 anos.
Datado para meados do s&eacute;culo XIII, o local foi desenvolvido por Nasir al-Din Tusi, um dos maiores estudiosos persas da &eacute;poca. Tusi &eacute; tamb&eacute;m conhecido por fundar o observat&oacute;rio pioneiro do Azerbaij&atilde;o, que teria coletado algumas das informa&ccedil;&otilde;es mais valiosas sobre as estrelas e o c&eacute;u junto da Radkan Tower.
<h2>3. C&iacute;rculo de Goseck</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/30/fonte-getty-images-30132428621159.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Embora pare&ccedil;a uma aleat&oacute;ria constru&ccedil;&atilde;o, o C&iacute;rculo de Goseck &eacute; uma verdadeira estrutura neol&iacute;tica composta por fileiras circulares de postes de madeira constru&iacute;da em um campo de trigo na Alemanha. Estima-se que, por volta do s&eacute;culo V a.C., o recinto era usado por motivos religiosos e para rastrear os movimentos do mundo celestial.
A regi&atilde;o foi descoberta em 1991 e escavada apenas no in&iacute;cio dos anos 2000. A reconstru&ccedil;&atilde;o de suas estruturas mostram um fen&ocirc;meno muito interessante: no in&iacute;cio do solst&iacute;cio de inverno, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123137-tomar-sol-la-onde-o-sol-nao-bate-faz-bem-ou-mal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sol</a> nasce alinhado exatamente com o port&atilde;o sudeste e se p&otilde;es atr&aacute;s do port&atilde;o sudoeste &mdash; o que mostra um entendimento do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124792-o-universo-tem-uma-consciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Universo</a> por parte dos antepassados.
<h2>4. Parque Nacional Hist&oacute;rico da Cultura Chaco</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/30/fonte-getty-images-30132510255162.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Conhecido por ser um lugar antigo e m&iacute;stico, o Parque Nacional Hist&oacute;rico da Cultura Chaco &eacute; um grande achado cultural preservado da hist&oacute;ria pr&eacute;-colombiana na Am&eacute;rica Latina. Os edif&iacute;cios constru&iacute;dos em territ&oacute;rio mexicano est&atilde;o alinhados para capturar os ciclos do Sol e da Lua.
Atualmente, o parque possui um observat&oacute;rio um pouco mais moderno e recebe visitas regulares de turistas interessados em observar o c&eacute;u noturno nos fins de semana de ver&atilde;o. Devido &agrave; condi&ccedil;&atilde;o delicada da &aacute;rea sujeita a eros&atilde;o, algumas partes s&atilde;o proibidas ao p&uacute;blico.&nbsp;
<h2>5. Pedras de Callanish</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/30/fonte-getty-images-30132626301163.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Dentro da Esc&oacute;cia ga&eacute;lica, uma tumba com c&acirc;mara est&aacute; protegida dentro de uma roda feita por fileiras de pedra em formato de c&iacute;rculo &mdash; as quais formam uma esp&eacute;cie de cruz rudimentar. Esse espa&ccedil;o &eacute; conhecido como as Pedras de Callanish e teria sido erguido h&aacute; cerca de 5 mil anos.
Embora as pedras tenham sido usadas para rituais religiosos no passado, pesquisadores acreditam que os meg&aacute;litos presentes ali agiam como uma esp&eacute;cie de observat&oacute;rio astron&ocirc;mico ou calend&aacute;rio celestial para nossos antepassados.

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5 observatórios ancestrais onde os humanos olhavam as estrelas

Imagem de 6 curiosidades sobre o incrível Homem Vitruviano de Da Vinci no megacurioso

Uma das obras mais importantes de Da Vinci — e mais famosas da história — não foi feito para ser exibido e pode representar dois homens em idades diferentes

<head></head><body>O Homem Vitruviano é uma das obras mais famosas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/104197-16-curiosidades-incriveis-sobre-leonardo-da-vinci.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Leonardo da Vinci</a>. O desenho é uma representação de um homem nu em duas posições superpostas. Ele representa as perfeitas e harmoniosas simetrias e proporções do corpo humanos — evidenciadas pelo círculo e pelo quadrado que envolvem o homem.<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119320-leonardo-da-vinci-tem-14-parentes-diretos-vivos-aponta-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Da Vinci</a> criou a pintura, após passar anos estudando os princípios da geometria e das proporções humanas descritos pelo arquiteto romano <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122750-vitruvio-conheca-o-homem-que-inspirou-obra-de-leonardo-da-vinci.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Marcus Vitrúvio Polião</a>. Abaixo você pode conferir seis curiosidades sobre esta importante obra do pintor renascentista.<h2>1. Leonardo nunca pretendeu que o Homem Vitruviano fosse exibido</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/29/29152903509244.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Diversas obras de Leonardo da Vinci foram feitas durante estudos que ele realizou. Como alguém interessado por anatomia e por arquitetura, o artista se debruçou sobre o trabalho de Vitrúvio, e, após concluir seu estudo, em 1490, deixou o desenho guardado. Após a morte de Leonardo, o desenho provavelmente ficou com seu aluno, Francesco Melzi. Nos séculos seguintes ele passou por vários colecionadores e aristocratas, até que em 1822 doado para a coleção da Gallerie dell'Accademia, onde permanece até hoje.<h2>2. Dois homens e 16 posições</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/29/29160702221298.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Como outros trabalhos de Da Vinci, o Homem Vitruviano está envolto em diversos mistérios e vem sendo estudado por especialistas de diferentes áreas, que tentam entendê-lo melhor. Inicialmente, o desenho parece representar um homem em duas posições. Porém, o mais provável é que Da Vinci estivesse pensando em 16 posições diferentes. Além disso, um estudo de 2019 revelou que o rosto do homem, se dividido no meio, apresenta algumas variações. Isso significa que, talvez, o objetivo fosse retratar um homem maduro (lado direito) e um homem mais jovem (lado esquerdo).<h2>3. Pode ter sido feito a partir de uma colaboração</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/29/29153233525250.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Enquanto estudava o trabalho de Vitrúvio, Da Vinci manteve contato com o arquiteto Giacomo Andrea de Ferrara. Ele estava interessado nos estudos de proporções um tempo antes de Da Vinci. Essa descoberta foi feita em 2012 e, embora não tenha encontrado evidências de que ambos tenham trabalhado junto no Homem Vitruviano, historiadores concordam que Da Vinci partiu dos desenhos de Giacomo e conseguiu chegar em uma representação mais precisa dos escritos de Vitrúvio.<h2>4. Pode ser um autorretrato</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/29/29153159486248.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Um dos mistérios que envolvem o famoso desenho é quem foi o homem que serviu de modelo para Da Vinci. Até o momento, não há nenhuma anotação ou registro que respondam essa questão. Porém, há uma descrição que afirma que se tratava de um homem "muito bem construído, forte, muito bonito, com mechas de cabelo que ondulavam e desciam até os ombros". Essa descrição coincide com o perfil do próprio Da Vinci, quando o desenho foi concluído.<h2>5. O Homem Vitruviano provavelmente tinha uma hérnia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/29/29153139998247.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Embora o desenho busque representar a perfeição das proporções do corpo humano, a pessoa que o inspirou poderia não estar muito bem de saúde. Em 2011, após uma análise cuidadosa do desenho, o cirurgião Hutan Ashrafian concluiu que o homem poderia ter uma hérnia inguinal. Além de ser uma condição relativamente comum em homens, a protuberância perto da virilha do homem não parece estar ali por acaso. É muito possível que Da Vinci estivesse apenas reproduzindo da maneira mais fiel possível o modelo usado para o estudo.<h2>6. O esboço original é raramente visto em público</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/29/29153105699246.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Por se tratar de um documento de grande importância para a humanidade, o desenho original é mantido em um local seguro na Gallerie dell'Accademia, em Veneza. Colocá-lo regularmente em uma exposição poderia danificá-lo, por isso, o que é usado em seu lugar são reproduções que buscam imitar todas as características do original. A última vez que ele esteve em uma exposição para o público foi em 2013. A Gallerie fez uma exposição de três meses em homenagem aos 500 anos da morte de Leonardo. Em qualquer outro momento, a única maneira de ver o esboço é solicitando permissão especial para uma sessão privada no Escritório de Desenhos e Impressões.</body>

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6 curiosidades sobre o incrível Homem Vitruviano de Da Vinci

Imagem de Como saber que horas são na Lua? no megacurioso

Cientistas estão tentando encontrar uma forma de criar uma espécie de 'fuso horário' para a Lua

Para a organiza&ccedil;&atilde;o da vida e do bem-estar de todos, temos zonas de hor&aacute;rios pr&eacute;-definidos na Terra. Por&eacute;m, o que acontece quando os astronautas saem em miss&atilde;o na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124997-a-terra-pode-mesmo-perder-sua-lua-e-ficar-sem-satelite-natural.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a>? Usa-se um hor&aacute;rio universal ou o do pa&iacute;s de origem dos exploradores espaciais?
Por padr&atilde;o, o sistema de tempo universal (o mesmo do Meridiano de Greenwich) &eacute; o mais aceito na Lua, mas isso n&atilde;o chega a ser uma regra &ndash; afinal, n&atilde;o h&aacute; um acordo para isso, e em muitos casos o hor&aacute;rio adotado tem por base o pa&iacute;s de origem da miss&atilde;o.
Para deixar esse sistema mais uniforme, a Ag&ecirc;ncia Espacial Europeia (ESA) est&aacute; conversando com outras ag&ecirc;ncias espaciais ao redor do globo para tentar definir um hor&aacute;rio a ser utilizado por todos na <a href="https://www.megacurioso.com.br/lua/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a>.
<h2>Trabalho conjunto</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/22/22225836196006.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Segundo informa&ccedil;&otilde;es que est&atilde;o na rede, a ESA revelou que j&aacute; est&aacute; trabalhando nessas quest&otilde;es desde novembro de 2022. Como nos pr&oacute;ximos anos teremos mais 10 miss&otilde;es tendo a Lua como objeto de estudo, definir um hor&aacute;rio para usar no sat&eacute;lite da Terra se tornou algo essencial.
Apesar de tais conversas ainda estarem em est&aacute;gios iniciais, todos os envolvidos concordaram com a import&acirc;ncia de definir um hor&aacute;rio para a Lua. Isso ajudaria, por exemplo, que miss&otilde;es diferentes pudessem agir de maneira coordenada entre si, criando inclusive uma unidade de tempo para facilitar o monitoramento da passagem de sondas e outros objetos.
Com tudo isso em mente, a ESA deu in&iacute;cio &agrave; iniciativa Moonlight, que vai funcionar em conjunto com o Lunar Communications Relay and Navigation System da NASA. Entretanto, a Moonlight vai precisar de uma escala de tempo compartilhada para facilitar elementos como fixa&ccedil;&atilde;o de posi&ccedil;&otilde;es, por exemplo.
<h2>Miss&atilde;o complicada</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/25/getty-images-25182642118388.jpg" alt="Getty Images" />(Fonte: Getty Images)
Tentar definir um hor&aacute;rio a ser utilizado na Lua &eacute; algo que certamente levar&aacute; algum tempo, especialmente se considerarmos algumas vari&aacute;veis. Como a gravidade no sat&eacute;lite &eacute; um pouco mais baixa, o tempo passa de maneira diferente por l&aacute;: em compara&ccedil;&atilde;o com o nosso planeta, o dia ganha cerca de 56 microssegundos para cada ciclo.
Outro ponto &eacute; um debate referente ao uso do tempo terrestre como refer&ecirc;ncia ou a possibilidade de criar algo totalmente novo para a Lua. Seja como for, essa &eacute; uma conversa que ainda deve ir longe, especialmente se considerarmos que n&atilde;o existe uma autoridade m&aacute;xima extraplanet&aacute;ria para nortear todas as decis&otilde;es &ndash; ou seja, tudo funcionaria na base de acordos.

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Como saber que horas são na Lua?

Imagem de Por que os insetos são atraídos por luzes artificiais? no megacurioso

Entenda o porquê dos insetos gostarem de se aproximar de lâmpadas mesmo quando esse tipo de iluminação pode ser letal para eles

<head></head><body>Basta uma noite quente de verão para você ver de perto uma bizarrice da natureza: atraídos pela forte iluminação dos postes de luz, insetos se acumulam em um mesmo local e vão se "suicidando" um por um no calor da lâmpada. Afinal, é como se toda aquela iluminação artificial funcionasse como uma espécie de kryptonita para tais animais.Mas o que realmente faz criaturas como <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais-sinistros/71861-5-curiosidades-bizarras-sobre-as-mariposas.htm#:~:text=Algumas%20esp%C3%A9cies%20de%20mariposas%20conseguem,elas%20s%C3%B3%20pensam%20%E2%80%9Cnaquilo%E2%80%9D." rel="noopener noreferrer" target="_blank">mariposas</a>, pernilongos e moscas serem tão aficionados pela luz de abajures, postes ou qualquer iluminação artificial criada pelos seres humanos? Para solucionar o mistério dessa estúpida movimentação, nós fomos atrás de respostas. Entenda mais sobre o assunto nos próximos parágrafos!<h2>Insetos e iluminação</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/23/23015145272002.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Teorias a respeito do porquê os insetos gostarem tanto de iluminações artificiais não faltam por aí. Há quem diga que as mariposas usam a lua para navegação e essas luzes se parecem com o satélite natural do nosso planeta. Outros dizem que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120282-os-7-insetos-mais-surpreendentemente-irados-do-reino-animal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">insetos</a> estão tentando escapar para escuridão, mas são enganados por uma ilusão ótica chamada de Bandas de Mach — a qual diz que a borda de uma área iluminada parecerá mais escura do que o resto da escuridão.Em 1965, um estudo levantou a louca hipótese de que essas luzes poderiam de alguma forma imitar os feromônios de acasalamento, o que faria com que um bando de mosquitos se agrupassem ao redor dela. No entanto, nenhuma dessas teorias encontrou comprovação através da ciência.Ao que tudo indica, a solução do mistério é pode ser simples: os insetos voam para as <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124357-exposicao-a-luz-branca-artificial-durante-a-noite-pode-causar-cancer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">luzes artificiais</a> porque respostas evolutivas mais antigas estão sendo sequestradas de seus sistemas. Como as noites eram quase totalmente escuras no passado, certas espécies acabam ficando desorientadas ao encontrarem tal tipo de iluminação no momento errado do dia.<h2>Novas informações</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/23/23015124204001.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Um novo documento lançado em 2023, que ainda não foi revisado por pares, tenta trazer uma visão diferente para o assunto. O artigo desenvolvido por Yash Sondhi, pesquisador da Universidade da Flórida e especialista em mariposas e sistemas sensoriais, observou insetos próximos de luzes artificiais com uma câmera de alta velocidade.As imagens mostraram algo inesperado: mariposas e libélulas ficavam de costas para a luz o máximo possível. Com base nessas observações, os pesquisadores criaram a teoria de que alguns insetos voavam para a luz como forma de se orientar. Como tais animais não conseguem fazer isso muito bem pela gravidade, luz tende a significar "acima" e escuridão "baixo".&nbsp;Por esse motivo, quando as iluminações artificiais estão apoiadas no chão, muitos insetos tendem a virar de cabeça para baixo e cair — culminando numa inevitável morte. O estudo feito por Sondhi e seus colegas pode acabar explicando por que os insetos ficam perto das luzes quando chegam lá, mas ainda não oferece respostas sobre como esses seres vivos identificam luzes em longas distâncias ou por que algumas espécies tendem a ficar mais presas do que outras.</body>

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Por que os insetos são atraídos por luzes artificiais?

Imagem de Demodex: o ácaro que acasala nos poros da pele pode estar em extinção no megacurioso

Saiba que a maioria das pessoas carrega ácaros pelo corpo, que podem ser transferidos de animais para humanos e vice-versa

<head></head><body>Nada está exatamente limpo no mundo. De superfícies de objetos até o nosso próprio corpo – inclusive ele –, tudo está contaminado por vários tipos de germes e bactérias. A maioria das pessoas carrega <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119977-acaro-da-farinha-quem-e-essa-estranha-criatura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ácaros</a> pelo corpo, que podem ser transferidos de animais para humanos e vice-versa, cada um com uma espécie hospedeira preferida.Nesse momento, existem ácaros microscópicos habitando os poros de sua pele, caminhando por suas sobrancelhas, cílios, olhos e boca. Esses são conhecidos como demodex, que têm aproximadamente 0,3 milímetros de comprimento.Mas não se desespere, apesar de haver milhões deles caminhando pelo seu corpo a todo instante, você está seguro. Na verdade, a extinção dos ácaros que habitam os poros da pele pode nos colocar em risco.<h2>Uma vida nada glamorosa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/04/04134910783239.jpg" alt="(Fonte: NPR/Reprodução)">(Fonte: NPR/Reprodução)Existem dois tipos diferentes de Demodex, o folliculorum e o brevis. Ambos possuem corpos longos e transparentes, cobertos por escamas, que os ajudam a se prender aos folículos pilosos. O que os difere, no entanto, é a maneira como dividem espaço no rosto.O D. folliculorum prefere entrar nos folículos capilares, enquanto o D. brevis mergulha — literalmente — nas glândulas sudoríparas. Apesar de preferirem o rosto e os cílios, esses ácaros podem ser encontrados em qualquer parte do corpo, só que em número bem menor.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/04/04134948016241.jpg" alt="(Fonte: Tatiana Nahas/Reprodução)">(Fonte: Tatiana Nahas/Reprodução)A vida de um ácaro não é nada glamorosa — muito pelo contrário —, uma vez que eles se enchem de pele morta, morrem após duas semanas e seus corpos se quebram no interior dos folículos pilosos. O demodex usa os óleos que o corpo humano produz para abastecer suas sessões de acasalamento noturnais e, embora sua presença seja a culpa por condições que desencadeiam acne, rosácea e coceira no couro cabeludo, ele mantém os poros desobstruídos e livres dos óleos que contribuem para problemas de pele.Considerados organismos comensais, não parasitários, ou seja, que apenas obtêm comida e abrigo de seus hospedeiros sem prejudicá-los, não podem ser removidos lavando o rosto ou com uma esfoliação vigorosa. Existem casos raros em que uma infestação deles pode fazer mal a uma pessoa, mas quase sempre em uma situação em que o sistema imunológico está vulnerável.<h2>"Não devemos parar a natureza"</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/04/04135038911242.jpg" alt="(Fonte: Fine Art America/Reprodução)">(Fonte: Fine Art America/Reprodução)Um novo estudo organizado pela Universidade de Bangor e da Universidade de Reading descobriu que a existência do D. folliculorum pode estar ameaçada. Analisando o DNA dos ácaros, foi descoberto que sua antiga relação com os humanos contribuiu para a perda de grande parte da variedade genética dos organismos. Isso significa que viver nos folículos do corpo humano os deixou com uma experiência genética tão isolada que eles estão se aproximando de uma espécie de "beco evolutivo".Com pouco envolvimento entre si para acasalamento, os ácaros transmitiram ao longo dos séculos os mesmos genes, eliminando os que eram desnecessários. Uma vez que não conseguem se proteger da radiação ultravioleta, eles perderam o gene para produzir melatonina, a substância química que os animais noturnos usam para se manterem acordados à noite e que dividem como um subproduto do corpo humano para também alimentarem sua fecundidade.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;BBC&nbsp;" data-fonte-url="https://images.immediate.co.uk/production/volatile/sites/4/2022/06/Computer-illustration-of-a-Demodex-sp-mite-GettyImages-1191008512-d15e802.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/04/04135135214244.jpg" alt="(Fonte: BBC/Reprodução)">(Fonte: BBC/Reprodução)A análise do genoma dos ácaros revelou que eles só podem ser transmitidos de mãe para filho, portanto, nunca se misturarão com os de seu parceiro, não importa quantas vezes eles cruzem o caminho um do outro. À medida que as gerações acontecem, as diferenças no DNA dos ácaros se tornam cada vez menores, até que seu pool genético, algum dia, estará tão pequeno que eles serão extintos.Para a nossa pele, essa não é uma notícia muito convidativa, porque pode significar poros mais obstruídos e uma aparência em tom e textura não muito equilibrados.Quanto a evitar que esses ácaros sejam extintos, Alejandra Perotti, coautora da pesquisa sobre o demodex, sustenta a opinião de que não podemos parar a natureza e nem devemos. "Nossa pele saudável deve ser suficiente para manter populações saudáveis nas próximas gerações", afirmou ela.</body>

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Demodex: o ácaro que acasala nos poros da pele pode estar em extinção

Imagem de Como é dentro de uma bolsa de canguru? no megacurioso

Bolsa funciona como uma espécie de casa pós-gestacional para o pequeno canguru, trazendo inclusive quatro dutos de leite para o bebê

<head></head><body>Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121167-afinal-de-contas-por-que-os-cangurus-pulam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cangurus</a> são animais que possivelmente trazem diversas curiosidades em diversos aspectos, mas talvez nenhum deles chame tanto a atenção quanto a bolsa das mamães - mais especificamente o seu interior.Dentre as diversas perguntas que podem surgir, certamente há a dúvida sobre o lugar ser quente ou frio, se tem pelos e algumas outras coisas que vamos discutir mais abaixo.<ul><li>Veja também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121842-7-fatos-que-provam-como-o-canguru-e-um-animal-excentrico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">7 fatos que provam como o canguru é um animal excêntrico</a></li></ul><h2>Desvendando a bolsa do canguru</h2>Indo direto ao ponto, a bolsa de uma mamãe <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104276-este-e-possivelmente-o-canguru-mais-musculoso-de-todos-os-tempos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">canguru</a> é bem parecida com a textura da sua pele, macia e sem pelos. Ela também é bem quentinha, sendo capaz de manter uma temperatura de cerca de 40 graus — quente o bastante para fazer suar dependendo da situação.Essa temperatura, inclusive, é crucial após a gestação do bebê. Eles nascem cerca de 32 dias após o início da gestação, sendo muito pequenos quando dão o ar da graça em nosso mundo. Acredite: a cria vem ao mundo tão minúscula com&nbsp;o tamanho de uma bala de goma, além de pesar menos de um grama.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/21/21232615174000.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução) No interior, o pequeno canguru encontra quatro tetas (ou dutos de leite) para sua alimentação, se mantendo neste local por cerca de quatro meses e meio. Conforme ganha tamanho, ele começa a escalar a bolsa para sair e observar o mundo que o aguarda do lado de fora."Quando o bebê canguru nasce ele se aproxima de uma das tetas e praticamente se fundi a ela até ficar um pouco mais desenvolvido. A fêmea pode produzir quatro composições diferentes de leite baseado na idade de suas crias", explicou Katrina McCauley, funcionária do Columbus Zoo and Aquarium na Austrália.Essas idas e vindas acontecem no máximo até o bebê completar 12 meses de vida, ponto em que começa a ficar impossível retornar ao local.&nbsp;<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112042-cangurus-gigantes-extintos-tinham-mordida-esmagadora.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cangurus gigantes extintos tinham mordida esmagadora</a></li></ul><h2>Limpeza e higiene</h2>Como comentamos, o bebê canguru chega a passar quase quatro meses dentro da bolsa da mamãe canguru, se alimentando nesse processo e tudo mais. E, como qualquer ser vivo, ele também precisa urinar e defecar — e sim, tudo isso acontece dentro da própria bolsa.Aliás, é nesse momento em que dizemos para você se manter forte, pois essa limpeza é feita pela própria mãe. Para manter a ordem e organização da bolsa, ela costuma enfiar a própria cabeça no local e limpar com a língua, tomando cuidado para não atrapalhar o filhote quando ele é muito pequeno ou tirando ele dali caso já tenha crescido um pouco mais.Por falar em mamãe canguru, ela é capaz de gestar até quatro bebês no período de um ano, sempre um de cada vez. Ela só estará apta a gerenciar uma nova gravidez assim que o filhote conseguir passar mais tempo fora da bolsa, deixando espaço no local para o seu irmão mais novo.</body>

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Como é dentro de uma bolsa de canguru?

Imagem de Como a hibernação pode ajudar astronautas a chegar em Marte? no megacurioso

Empresa financiada pela NASA busca aplicar hibernação terapêutica para possibilitar viagens mais longas

A explora&ccedil;&atilde;o espacial sempre exigiu inova&ccedil;&otilde;es tecnol&oacute;gicas e solu&ccedil;&otilde;es criativas para superar os desafios impostos pelo ambiente hostil do espa&ccedil;o. Nesse sentido, a hiberna&ccedil;&atilde;o induzida por hipotermia terap&ecirc;utica surge como uma potencial abordagem revolucion&aacute;ria para viagens espaciais de longa dura&ccedil;&atilde;o, como as excurs&otilde;es para <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123771-como-astronautas-podem-hibernar-para-viajar-ate-marte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Marte</a>.
Inspirada pelo uso bem-sucedido desse m&eacute;todo em cuidados m&eacute;dicos, a SpaceWorks Enterprises, uma empresa de engenharia aeroespacial, busca aplicar a hipotermia terap&ecirc;utica aos astronautas. A t&eacute;cnica &eacute; usada para tratar pacientes com parada card&iacute;aca ou les&otilde;es cerebrais traum&aacute;ticas.
A teoria por tr&aacute;s dessa abordagem &eacute; simples: as c&eacute;lulas do nosso corpo dependem de um suprimento constante de oxig&ecirc;nio para suas necessidades metab&oacute;licas. Em casos de trauma ou perda de sangue, as c&eacute;lulas ficam privadas de oxig&ecirc;nio e morrem rapidamente. Ao resfriar o corpo, a demanda por oxig&ecirc;nio &eacute; reduzida, proporcionando um tempo valioso.
<h2>C&aacute;psulas de hiberna&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/10/10122957958162.jpg" alt="O nitrog&ecirc;nio pode ser usado para reduzir a atividade metab&oacute;lica dos astronautas pela metade. (Fonte: Getty Images)" />O nitrog&ecirc;nio pode ser usado para reduzir a atividade metab&oacute;lica dos astronautas pela metade. (Fonte: Getty Images)
Financiada pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119879-6-invencoes-da-nasa-que-usamos-todos-os-dias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA</a>, a SpaceWorks Enterprises prop&otilde;e a cria&ccedil;&atilde;o de c&aacute;psulas compactas nas quais os astronautas entrariam em um estado de "torpor sint&eacute;tico". Al&eacute;m disso, a empresa est&aacute; explorando outras t&eacute;cnicas, como o resfriamento do ambiente dentro da espa&ccedil;onave, seguido pelo uso de um sedativo leve para relaxar os tripulantes.
Os exploradores espaciais seriam submetidos a um per&iacute;odo prolongado de hiberna&ccedil;&atilde;o de duas semanas, seguido de um per&iacute;odo ativo de alguns dias, e ent&atilde;o retornariam ao estado de estase novamente. Esse ciclo poderia ser realizado em rota&ccedil;&atilde;o, sempre garantindo pelo menos um membro da tripula&ccedil;&atilde;o acordado.
Os bra&ccedil;os rob&oacute;ticos presentes no m&oacute;dulo espacial poderiam ser programados para movimentar os membros dos astronautas, monitorar os sensores corporais e fornecer est&iacute;mulos el&eacute;tricos aos m&uacute;sculos, mantendo o t&ocirc;nus necess&aacute;rio. Os astronautas receberiam bolsas de nutrientes contendo eletr&oacute;litos essenciais, dextrose, lip&iacute;dios e vitaminas.
<h2>Estudo sobre a hiberna&ccedil;&atilde;o em animais</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/10/10123127070164.jpg" alt="Alguns animais j&aacute; hibernam naturalmente, mas estudos focam em esp&eacute;cies que entram em hiberna&ccedil;&atilde;o induzida. (Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Alguns animais j&aacute; hibernam naturalmente, mas estudos focam em esp&eacute;cies que entram em hiberna&ccedil;&atilde;o induzida. (Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O sonho da hiberna&ccedil;&atilde;o humana desperta um fasc&iacute;nio cient&iacute;fico e abre portas para possibilidades incr&iacute;veis no campo da explora&ccedil;&atilde;o espacial. No entanto, para transformar esse sonho em realidade, &eacute; essencial compreendermos os processos que desencadeiam a hiberna&ccedil;&atilde;o no corpo e no c&eacute;rebro. Para tanto, os estudos com animais s&atilde;o essenciais.
As pesquisas indicam que uma regi&atilde;o do tronco cerebral chamada rafe p&aacute;lida, respons&aacute;vel pelo controle de processos corporais autom&aacute;ticos, pode estar envolvida nesse processo. Em um experimento com ratos e porcos, que normalmente n&atilde;o hibernam, os animais puderam entrar em estado de torpor quando essa regi&atilde;o cerebral foi inibida.
Outro campo de investiga&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica &eacute; o papel do neurotransmissor adenosina, que atua nas vias do hipot&aacute;lamo respons&aacute;veis pelo controle do <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119817-por-que-algumas-pessoas-sentem-sono-depois-de-tomar-cafe.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sono</a>. Uma pesquisa realizada em 2011 revelou que esquilos terrestres do &Aacute;rtico, ao receberem drogas que ativavam os receptores de adenosina, entraram espontaneamente em torpor.
As mitoc&ocirc;ndrias, estruturas presentes em todas as c&eacute;lulas vivas, tamb&eacute;m desempenham um papel fundamental nesse processo. Os pesquisadores est&atilde;o conduzindo experimentos em hamsters em estado de hiberna&ccedil;&atilde;o para investigar se essas c&eacute;lulas possuem adapta&ccedil;&otilde;es especiais que as ajudam a lidar com ambientes estressantes, como o espa&ccedil;o sideral.

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Como a hibernação pode ajudar astronautas a chegar em Marte?

Imagem de Por que a comida de avião tem um gosto ruim? A ciência responde no megacurioso

O ar seco e até os ruídos da turbina podem interferir no paladar durante as viagens aéreas

<head></head><body>Sabe quando bate aquele fome no meio de um voo, mas você logo desiste de lanchar ao lembrar que a comida de avião tem sempre o mesmo gosto, independente do cardápio? Muitas pessoas colocam a culpa no chef da empresa aérea, porém ele pode não ter nada a ver com a falta de sabor dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/111606-comida-de-aviao-o-que-muda-entre-a-comida-da-1-classe-e-a-da-economica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pratos servidos</a>.Um estudo feito pelo Fraunhofer Institute for Building Physics, sediado em Stuttgart, na Alemanha, sugere que a percepção de comidas e bebidas pelas papilas gustativas é diferente quando estamos voando a mais de 10 km de altitude. Além disso, a viagem acontece em uma cabine na qual o ar recirculado tem apenas 12% de umidade.Nestas condições, as passagens nasais se tornam extremamente secas, levando à redução da capacidade do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119466-qual-a-importancia-do-olfato-para-nosso-corpo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sistema olfativo</a>. Como o cheiro desempenha um papel essencial no paladar, a percepção do sabor da comida servida no avião acaba afetada, tornando-se mais suave.O trabalho, publicado na década passada, indica que a capacidade de sentir sabores doces cai 20% devido ao ar seco da aeronave, em combinação com a baixa pressão. Já a intensidade dos sabores salgados pode ser reduzida em até 30%.<h2>Ruídos e outros fatores</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/12/12100600367066.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)A especialista em química de aromas Andrea Burdack-Freitag, coautora do estudo, disse ao site do instituto alemão que as comidas e as bebidas servidas em aviões apresentam o “mesmo sabor de quando estamos <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/39485-confira-5-curiosidades-sobre-o-resfriado-comum.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">resfriados</a>”. E há mais um culpado disso: o ruído da aeronave.Os níveis de ruídos altos, como os da turbina de avião, que na cabine chegam a 80 decibéis, também apresentam efeito significativo na percepção dos sabores doces e salgados. Assim, o prazer pela comida pode ser reduzido quando a pessoa é exposta ao barulho excessivo, equivalente ao de um aspirador.Vale destacar ainda a possibilidade de que os sabores sejam afetados pelo processo de produção dos pratos servidos durante as viagens aéreas. O preparo pode ser iniciado horas antes, em terra firme, seguido do empacotamento, refrigeração e transporte até o local de embarque.Tudo isso pode demorar horas, dependendo do local em que o cardápio é preparado, e há a necessidade de reaquecimento da comida, na aeronave, antes de servi-la. Combinado com os fatores explicados pela ciência, é possível que o processo contribua para o sabor insosso reclamado por muitos passageiros.<h2>Como atenuar os efeitos?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/12/12100655639067.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Uma forma de reduzir os efeitos da secura, da baixa pressão e dos ruídos na percepção dos sabores durante as viagens aéreas é a escolha de um cardápio diferenciado. Uma das alternativas está nos alimentos ricos em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124885-por-que-pessoas-sentem-o-gosto-da-comida-de-formas-diferentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">umami</a>, como cogumelos, carnes maturadas e tomates, pois eles mantêm o sabor mesmo no ambiente da cabine.Pratos contendo alimentos com sabores picantes, azedos e amargos também aparecem como opção, já que igualmente não são afetados pelas condições encontradas na aeronave.</body>

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