Imagem de Nova espécie de coruja é descoberta, mas já pode estar em perigo no megacurioso

Pesquisadores identificaram animal pelo seu canto único, semelhante ao de alguns insetos

<head></head><body>Um grupo de pesquisadores identificou uma nova <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/75612-24-especies-de-corujas-que-vao-te-impressionar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espécie de coruja</a> no arquipélago africano da República Democrática de São Tomé e Príncipe. O animal foi registrado pela primeira vez em 2016, mas acredita-se que sua existência é conhecida desde 1928.Depois de alguns estudos mais aprofundados, a equipe verificou que havia diferenças o suficiente para considerá-la uma nova espécie. Porém, mesmo recém-descoberto, o animal pode ser classificado como “criticamente em perigo” na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN).<h2>A nova espécie</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/30/30223306268002.jpg" alt="Detalhes da nova espécie de coruja. (Fonte: ZooKeys)">Detalhes da nova espécie de coruja. (Fonte: ZooKeys)Existem diversos itens que precisam ser considerados, antes de sugerir uma nova espécie de ser vivo. Muitas vezes, animais que são fisicamente muito diferentes podem ser geneticamente o mesmo e vice-versa. Por isso, é relativamente comum que novas espécies sejam sugeridas no meio científico.Foi isso que aconteceu com um grupo de corujas encontradas na Ilha de Príncipe, na República Democrática de São Tomé e Príncipe. O animal, que já era conhecido na região, pertence a um grupo grande e bastante diverso de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114992-voce-sabia-que-corujas-tambem-dormem-de-brucos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">corujas</a>, conhecido como Otus. Porém, com um estudo que considerou a morfologia, cor e padrão da plumagem, vocalizações e genética, foi possível classificar que se tratava de fato uma nova espécie.&nbsp;Otus é o nome genérico dado a um grupo de pequenas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113328-coruja-obesa-e-resgatada-apos-nao-conseguir-mais-voar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">corujas</a>, comumente chamadas de corujas-do-mato. Elas são encontradas na Eurásia e na África, e o grupo possui espécies bastante conhecidas.Uma das características que ajudou a equipe a reconhecer a espécie como única foi a sua vocalização. Essas corujas emitem um piado curto e repetido, em um ritmo rápido de cerca de uma nota por segundo. É um ruído bastante semelhante ao de alguns insetos e ele costuma ser emitido em duetos, principalmente após o anoitecer.<h2>Dando nome às corujas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/30/30225825655000.png" alt="Ceciliano do Bom Jesus, o Bikegila. (Fonte: Martim Melo)">Ceciliano do Bom Jesus, o Bikegila. (Fonte: Martim Melo)Após se identificada, o animal recebeu o nome científico Otus bikegila. Ele homenageia o guarda do Parque Natural do Obô, Ceciliano do Bom Jesus, cujo apelido é Bikegila. Os pesquisadores afirmaram que sem a contribuição do guarda, a descoberta não teria sido possível. O nome popular da coruja é mocho-do-príncipe.Esta é a oitava espécie conhecida de ave endêmica na Ilhe de Príncipe. Por se tratar de uma ilha de apenas 139 km², há uma preocupação especial na conservação do local — o mesmo vale para as ilhas vizinhas de São Tomé e Ano-Bom, está última pertencente à Guiné Equatorial.A equipe também realizou um levantamento em toda a Ilha de Príncipe para determinar a distribuição e dimensão populacional da nova espécie. Eles descobriram que os animais são encontrados apenas na parte desabitada do sul da ilha, ocupando uma área de cerca de 15 km².Por se tratar de uma extensão muito pequena e ser o único local do mundo onde a espécie é encontrada, a equipe sugeriu que a espécie seja classificada como “criticamente em perigo” —o nível de ameaça mais alto da IUCN. A organização ainda está avaliando esta recomendação.</body>

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Nova espécie de coruja é descoberta, mas já pode estar em perigo

Imagem de Espécie de 'dinossauro anão' é desenterrada na Transilvânia no megacurioso

Apelidado de 'transilvanossauro', criatura tinha cerca de 1,95 metro de comprimento e vivia entre crocodilos e tartarugas pré-históricos

<head></head><body>Embora a Transilvânia seja conhecida como a terra do Drácula, tudo indica que essa também era a terra dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/33852-dinossauro-de-245-milhoes-de-anos-e-descoberto-em-museu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauros</a>. Recentemente, um grupo de pesquisadores identificou um conjunto de ossos que seriam de uma espécie de "dinossauro anão", o qual teria vagado por aquela região em tempos pré-históricos.A criatura foi apelidada de Transylvanosaurus platycephalus, ou transilvanossauro, em um estudo publicado no Journal of Vertebrate Paleontology. &nbsp;Segundo os pesquisadores, a espécie recém-descoberta era um membro da família herbívora Rhabdodontidae, que viveu em nosso mundo há 70 milhões de anos — durante o período Cretáceo Superior.&nbsp;<h2>Origem em ilhas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/30/30183012024671.jpg" alt="(Fonte: Pedro Nicolau/Ilustração)">(Fonte: Pedro Nicolau/Ilustração)Com base nos fragmentos de ossos encontrados pelos pesquisadores, foi possível estimar que o transilvanossauro media cerca de 1,95 metro de comprimento, caminhava sobre duas pernas e tinha uma cauda incrivelmente poderosa. Além disso, esses animais tinham cabeças chatas e largas.O período Cretáceo Superior aconteceu logo depois que a Pangeia se dividiu em vários continentes, e o que hoje é a Europa um dia já foi uma série de ilhas tropicais semelhantes às atuais Ilhas Galápagos. A região da Romênia onde foram encontrados os ossos do "dinossauro anão" era, naquela época, um arquipélago tropical.A descoberta dessa espécie de dinossauro fornece mais informações para o que era conhecido como "regra de ilha", uma teoria que sugere que grandes espécies de animais evoluídos em ilhas são notavelmente menores do que suas contrapartes crescidas no continente. A razão por trás dessa teoria ainda é desconhecida, mas pesquisadores acreditam que esteja diretamente relacionado com a quantidade de recursos limitados para esses animais se desenvolverem.<h2>Juntando pedaços</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/30/30182904070669.jpg" alt="(Fonte: Felix Augustin/Peter Nickolaus/Dylan Bastiaans)">(Fonte: Felix Augustin/Peter Nickolaus/Dylan Bastiaans)Ao longo das pesquisas, a equipe de estudos não conseguiu identificar qualquer fragmento de osso com mais de 12 centímetros, mas conseguiu determinar uma quantidade surpreendente de informações sobre essa criatura pré-histórica &nbsp;— incluindo os contornos do seu cérebro.Como próximo passo, o plano seria comparar essas proporções do cérebro e dos olhos do transilvanossauro com outras espécies relacionadas, o que forneceria mais informações sobre quais sentidos eram importantes para a sobrevivência desses animais. Para a sorte dos especialistas, os ossos foram preservados pelo sedimento de um leito de rio pré-histórico por dezenas de milhões de anos, permanecendo em ótimas condições.Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121297-maior-fossil-de-pterossauro-desde-o-jurassico-e-encontrado-na-escocia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fósseis</a> foram localizados na Bacia de Hateg, região que provou ser uma das mais importantes para a descoberta de vertebrados do Cretáceo Superior na Europa. Até agora, dez espécies diferentes de dinossauros foram identificadas naquela área. Na visão dos pesquisadores, o transilvanossauro teria vivido ao lado de outros dinossauros anões, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121785-5-fatos-sobre-o-crocodilo-do-nilo-o-maior-predador-africano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crocodilos</a>, tartarugas e pterossauros voadores.&nbsp;Ao que as descobertas recentes indicam, as ilhas que compunham a Europa moderna tinham uma população de espécies mais diversificada do que comumente se pensava no passado. Portanto, tais dados são extremamente relevantes para tentarmos desvendar mais informações sobre o passado da Terra e de como a vida selvagem se comportava na natureza.</body>

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Espécie de 'dinossauro anão' é desenterrada na Transilvânia

Imagem de Quais são as diferenças entre o pernilongo e o borrachudo? no megacurioso

Ambos gostam de sangue, mas não são os mesmos insetos

<head></head><body>Podemos dizer que os pernilongos e borrachudos são parentes próximos, especialmente no incômodo que causam. Em comum, esses dois mosquitos gostam de se alimentar de sangue. Por isso, não perdem a oportunidade de “picar” os seres humanos. E tanto um quanto o outro merecem atenção, pois conseguem <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121742-emilio-ribas-o-medico-que-mudou-o-combate-de-epidemias-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">transmitir diversas doenças</a>.Mas, quem é quem nessa história?<h2>Os pernilongos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/30/30161550509540.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Em comparação aos borrachudos, os pernilongos são relativamente maiores. Aliás, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123370-larvas-de-mosquito-usam-suas-cabecas-como-arpoes-para-capturar-presas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nome pernilongo</a> é um termo popular usado para se referir há diversos mosquitos integrantes da família Culicidae. É bem provável que você conheça o mais famoso deles, o Aedes aegypti, responsável por transmitir a dengue. Também temos Culex sp. e o Anopheles sp., vetor da malária.O Aedes&nbsp;costuma colocar seus ovos em solo úmido que recebe água periodicamente. Já o Anopheles, Culiseta&nbsp;e Culex&nbsp;preferem botar seus ovos na água. Geralmente, os ovos eclodem fazendo surgirem as larvas em apenas 48 horas. Em pouco tempo já estão prontos para buscar por sangue, já que agora são adultos.<h2>Os borrachudos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/29/29204526045013.jpg" alt="Borrachudo. (Fonte: Ilha Bela/ Wikimedia Commons/Fritz Geller-Grimm/ Reprodução)">Borrachudo. (Fonte: Ilha Bela/ Wikimedia Commons/Fritz Geller-Grimm/ Reprodução)Os borrachudos&nbsp;são os “baixinhos” entre os mosquitos. Geralmente, eles tem entre 1 e 4 milímetros. Costumam se desenvolver em água em movimento. Aliás, assim como os pernilongos, suas picadas podem ser incômodas, causar alergias e transmitir doenças.As larvas dos borrachudos se alimentam por cerca de 21 dias de restos orgânicos encontrados na água, como alimentos, fezes humanas e de animais. Depois disso, passam cinco dias em um casulo, período que se transformam em pupas. Após esse tempo, estão prontos para sair da água e seguir com a vida adulta.<h2>Diferenças e semelhanças</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/30/30161552654541.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Como apontamos, tanto os pernilongos quantos os borrachudos gostam de sangue. Também há diferenças importantes como o tamanho de cada um. Contudo,&nbsp;a forma como eles se alimentam é o que os difere ainda mais.O pernilongo usa seu aparelho bucal, formado por uma espécie de cânula para sugar o sangue. Já o borrachudo não conta com uma “agulha” para ajudar nesse processo. Para sugar o sangue, ele simplesmente usa sua boca afiada para dilacerar a pele da pessoa, provocando uma ferida, para, então, ter acesso ao sangue.Se ainda está na dúvida em como diferenciar um do outro, observe suas asas. As do borrachudo são transparentes e lisas, já as asas do pernilongo apresentam diferentes padrões de desenhos, sendo compostas por um tipo de construção em escamas.<h2>Como se proteger</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/30/30161555344542.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Como o borrachudo se desenvolve em água corrente, o ideal é não jogar nos rios e riachos fezes humanas, esterco e água usada na cozinha. Manter esses leitos de água livres de lixo também ajuda. Além disso, existem pássaros que se alimentam deles, por isso, a proteção das matas entra na conta.No caso dos pernilongos, as saídas mais práticas para afastá-los é usar barreiras físicas, como telas para proteger janelas e portas, assim como <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123530-o-que-fazer-caso-um-inseto-entre-no-seu-ouvido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mosquiteiros para berços e camas</a>.E, claro, nada de deixar água parada e suja para evitar a proliferação do Aedes aegypti. Também se deve canalizar os esgotos, bem como limpar e manter tampadas caixas de gordura. Por fim, usar o popular repelente pode ser a solução para fechar o pacote.</body>

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Quais são as diferenças entre o pernilongo e o borrachudo?

Imagem de Comer carne foi importante para a evolução humana? no megacurioso

Estudos indicam que, embora nossos antepassados de fato consumissem carne animal, isso não ajudou no desenvolvimento dos nossos cérebros

<head></head><body>Uma teoria bastante popular entre pesquisadores afirma que uma dieta rica em carne fez com que o Homo erectus, o ancestral direto do Homo sapiens, pudesse investir mais em seu intelecto — o que fez os seres <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123180-quantas-pessoas-ja-viveram-na-terra-ao-longo-dos-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">humanos</a> se diferenciarem de outros animais ao redor do planeta.No entanto, estudos recentes questionam as evidências básicas usadas para criar essa concepção, afirmando que o consumo de carne nada esteve relacionado com a nossa evolução intelectual com o passar das gerações. Veja só o que dizem os novos relatórios ao longo dos próximos parágrafos!<h2>Alimentação e evolução</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/25/25191245212356.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Há anos, a teoria de que o consumo de carne permitiu o desenvolvimento do cérebro humano passou a ser batizada de hipótese "a carne nos tornou humanos". Cientistas que apoiam essa linha de pensamento acreditam que sair de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122737-qual-a-diferenca-entre-a-proteina-animal-e-a-vegetal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dieta de vegetais</a> para uma dieta rica em proteínas e gorduras, vindas da carne e da medula óssea de carcaças, faria com que alguém tivesse a energia necessária para alimentar um cérebro maior.Inclusive, esse apreço pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121579-o-que-aconteceria-se-a-industria-da-carne-acabasse.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">carne</a> teria tornado o H. erectus e seus ancestrais carnívoros mais habilidosos, aprendendo a usar ferramentas para adquirir seu alimento. Porém, um novo estudo feito pela The George Washington University tem questionado todas as evidências.Publicado na revista PNAS, o artigo revela que houve uma explosão de ossos cortados e ferramentas de pedra há 1,9 milhão de anos, quando nossos ancestrais ainda andavam por aí. No entanto, os pesquisadores acham que a culpa pode ser dos antropólogos que escavaram mais locais desse período.<h2>Ideia controversa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/25/25191247019357.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Na visão da coautora do estudo Briana Pobiner, é evidente o aumento no número de ossos com marcas de corte nessa época histórica, porém isso não oferece nenhuma certeza. "O que estávamos tentando descobrir é: isso é um sinal comportamental real? Ou é apenas sinal de que você obtém mais fósseis marcados com cortes se você retirar mais fósseis do solo?”, argumentou.Para obter uma melhor visão da situação, a equipe voltou a locais que datam de 2,6 milhões a 1,2 milhão de anos atrás e contou o número de fósseis e o número de ossos massacrados. Caso o consumo de carne tivesse realmente ajudado na nossa evolução, os pesquisadores esperavam encontrar um aumento de 10% a 50% no número de ossos cortados após a existência do H. erectus.Em vez disso, a análise mostrou que os índices de abate não mudaram muito com o tempo. Locais com mais ossos encontrados inevitavelmente apresentaram números maiores de ossos abatidos, mas isso só sugere que os hominídeos anteriores também cortavam pedaços de carne.Como forma de conclusão do artigo, Pobiner e seus colegas não descartam completamente a possibilidade da "carne ter nos tornado humanos", porém reclama a falsa de senso crítico da comunidade científica ao avaliar descobertas do passado. No fim das contas, o estudo mostra que a evolução humana é muito sutil e complexa para encontrarmos soluções simples sobre o que nos tornou quem somos hoje.</body>

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Comer carne foi importante para a evolução humana?

Imagem de Skylab: como a estação espacial virou alvo de caçadores de tesouro no megacurioso

Após despencar do céu, em um episódio vergonhoso e temido, pessoas começaram a caçar pedaços da estação para vender

<head></head><body>Um dos motivos pelos quais o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120058-por-que-o-homem-nunca-mais-voltou-a-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">homem nunca mais voltou à Lua</a>, por exemplo, é o investimento bilionário que se tornará <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123532-os-detritos-espaciais-estao-destruindo-os-oceanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lixo espacial</a> assim que deixar a atmosfera da Terra. Com exceção da cápsula Orion, o novo foguete da NASA é um sistema descartável de uso único, com o Programa Artemis custando US$ 93 bilhões para um único lançamento. Isso justifica o tanto de pressão social e política para que o governo dos Estados Unidos encerrasse a Corrida Espacial.É, no mínimo, curioso como tantas horas de trabalho, pesquisa, viagens internacionais e bilhões de dólares investidos em maquinário avançado acabam sem valor nenhum no fundo do oceano.Pensando em tirar algum lucro disso, caçadores de tesouro venderam por muito dinheiro pedaços do Skylab, a primeira estação espacial americana, lançada oficialmente em 14 de maio de 1973, no apogeu da exploração espacial.<h2>Caindo do céu</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/22/22200216152005.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)O Skylab foi projetado com o intuito de abrigar 9 astronautas, que viveriam nele e realizariam suas pesquisas suspensos a milhares de quilômetros acima da Terra. Para operar a estação, era necessário centenas de engenheiros, cientistas e técnicos apenas para analisar os dados recebidos a cada instante.Nem com um maquinário tão complexo e considerado revolucionário para sua época, o Skylab conseguiu durar. Afinal, a estação foi projetada para subir, não para descer, e o decair de sua órbita levou ao inevitável. Em 11 de julho de 1979, com suas 77 toneladas, o Skylab caiu do espaço e se desintegrou, chovendo sobre a Terra US$ 2,2 bilhões em formato de sucata flamejante em regiões remotas do Oceano Índico e da Austrália Ocidental.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/22/22200331731006.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)No dia em que isso aconteceu, milhões de pessoas entraram em pânico, temendo por suas vidas, visto que a NASA não sabia onde os destroços iam parar, apesar dos cálculos sofisticados da época. Os engenheiros até tentaram apontar o Skylab para que se desintegrasse sobre o oceano ao sul da Cidade do Cabo, na África do Sul, mas não tiveram muito sucesso. E enquanto uns se refugiavam em <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121707-bunkers-apocalipticos-o-negocio-que-fatura-milhoes-por-ano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bunkers</a>, outros faziam competições e apostas sobre onde os destroços da estação aterrissariam.Por sorte, o que sobrou do empreendimento caiu em áreas pouco povoadas da Austrália. Foi nesse momento que caçadores de tesouro começaram a tentar fazer lucro com a desgraça e a vergonha bilionária que foi o Skylab, inflamados, na maioria, pela mídia da época.O San Francis Examiner&nbsp;chegou a oferecer uma recompensa de US$ 10 mil para quem trouxesse um pedaço do Skylab até três dias após o acidente. O jovem Stan Thornton, de Esperance, na Austrália, foi o felizardo da vez, cuja casa foi atingida por alguns pedaços da estação americana.<h2>A caça ao tesouro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/22/22200510208007.jpg" alt="(Fonte: Omega Forums/Reprodução)">(Fonte: Omega Forums/Reprodução)O movimento do jornal catapultou o interesse pelos restos do Skylab, ainda que nenhum outro local estivesse oferecendo uma recompensa por isso. As pessoas simplesmente imaginavam que em algum dia as partes fossem ser valiosas, por isso disputaram espaço com aspirantes a colecionadores e caçadores de tesouros para coletarem esses pedaços, vendendo-os a quem podia ou mantendo como itens de exibição pessoal.Muito embora o governo dos EUA fosse, tecnicamente, o proprietário dos destroços, optou por não exercer seu direito de reclamá-los sob tratados internacionais, até para não atrair mais publicidade para aquela catástrofe vergonhosa.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/22/22200602880008.jpg" alt="(Fonte: Wired/Reprodução)">(Fonte: Wired/Reprodução)Alguns itens acabaram chegando aos museus norte-americanos, mas sua maioria permaneceu em instituições locais nos confins do sudoeste da Austrália. O museu Balladonia é um deles e abriga um par de grandes peças de metal do orbitador da estação espacial, um deles, inclusive, com a inscrição SKYLAB em letras vermelhas. Em 1990, um fazendeiro de Esperance desenterrou um pedaço do tanque de oxigênio do Skylab, hoje em um museu local da cidade.Os detritos da estação já foram vendidos em leilões por até US$ 55 mil, adquiridos como recordação por pessoas comuns, em casas de leilões especializadas nesse tipo de peça, como a Regency-Superior.A trajetória do Skylab na história da exploração espacial americana permanece como um capítulo estranho e que poucos, principalmente a NASA, gostam de lembrar.</body>

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Skylab: como a estação espacial virou alvo de caçadores de tesouro

Imagem de Como os camaleões mudam de cor? no megacurioso

Ao contrário do que a maioria das pessoas podem pensar, os camaleões não mudam de cor apenas para fugir de predadores

<head></head><body>Os camaleões são criaturas magníficas conhecidas pelo sua grande habilidade de se disfarçar na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122443-5-invencoes-modernas-inspiradas-na-natureza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">natureza</a> e mudar de coloração rapidamente. O que muitas pessoas não sabem, no entanto, é que é um grande equívoco pensar que eles fazem isso para tentar ficar iguais ao fundo onde estão posicionados.Na verdade, os camaleões geralmente mudam de cor para regular sua temperatura corporal e sinalizar suas intenções para outros membros de sua espécie. Como eles são animais de sangue frio, dependem desse mecanismo para manter uma temperatura do corpo favorável a determinadas situações. Conheça mais sobre esse impressionante "fenômeno" da natureza!<h2>Interação social colorida</h2><blockquote class="twitter-tweet">It's changing colors like politicians. <a href="https://t.co/0vbuKYUlGT">pic.twitter.com/0vbuKYUlGT</a>— Figen (@TheFigen_) <a href="https://twitter.com/TheFigen_/status/1592842640026144768?ref_src=twsrc%5Etfw">November 16, 2022</a></blockquote>Quando um camaleão está com frio, uma de suas primeiras técnicas é mudar para uma cor mais escura. Dessa forma, conseguirão absorver mais calor da luz solar e manter o corpo aquecido. Ao contrário dessa situação, também é bem comum que eles optem por cores mais pálidas quando estão muito quentes e querem refletir um pouco do calor.Porém, o fato mais enigmático e curioso sobre essa doida <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119926-como-a-camuflagem-ajudou-na-evolucao-das-especies.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudança de cores</a> é que ela também tem um grande fator social. A mudança de coloração cumpre um aspecto de comunicação muito grande dentro da espécie, como o exemplo de machos ficando mais claros para sinalizar domínio territorial e ficando mais escuros para encontros que exigem mais agressividade.As fêmeas, por sua vez, fazem algo parecido. A coloração pode ser usada para mostrar aos machos ao redor de que ela está pronta para acasalar. Por esse motivo, é até muito bom para pessoas que têm <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116711-camaleao-desaparecido-ha-mais-de-100-anos-e-redescoberto-em-madagascar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">camaleões</a> de estimação entender o que essas mudanças de cor significam, o que fornece mais informações sobre o humor do animal.&nbsp;<h2>Entendendo a mudança de cor</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/23/23184922012415.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Agora que você tem uma noção do porquê os camaleões mudam de cor dentro da natureza, é preciso se perguntar outra coisa: como eles são capazes de realizar essas mudanças tão bruscas em um curto espaço de tempo? Para isso, precisamos ter em mente que a camada externa da pele desses animais é completamente transparente.Abaixo dessa camada, existem diversas outras partes da pele que contêm células especializadas chamadas de cromatóforos. Cada nível da pele possui cromatóforos preenchidos com sacos de diferentes pigmentos. A mais profunda &nbsp;dela contém os melanóforos, que estão repletos de melanina marrom — o mesmo pigmento que fornece as diferentes tonalidades da pele humana.No topo dessa camada, também é possível encontrar as células chamadas iridóforos, que possuem um pigmento azul capaz de refletir a luz azul e branca. No topo de suas células, os camaleões também estão carregados de xantóforos e eritróforos, os quais contêm pigmentos amarelos e vermelhos, respectivamente.Quando um indivíduo experimenta mudanças na temperatura corporal ou no seu humor, seu sistema nervoso diz aos cromatóforos quando devem expandir ou contrair. Isso fará com que a cor das células se transformem, criando uma grande variedade de cores e padrões. Os camaleões são tão incríveis que podem apresentar uma gama de cores que rotaciona entre o vermelho, rosa, amarelo, azul, verde e marrom!</body>

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Como os camaleões mudam de cor?

Imagem de 8 curiosidades sobre o peru (a ave, não o país!) no megacurioso

A ave que tem o nome de um país é rápida, inteligente e possui uma excelente visão

<head></head><body>Perus são <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112210-10-aves-incriveis-e-assustadoras-que-voce-tem-que-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aves muito interessantes</a>. São animais <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/39743-10-fatos-sobre-os-corvos-que-vao-deixar-voce-fascinado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extremamente inteligentes</a>, com uma ótima visão e capazes de correr com certa agilidade. Apesar disso, eles já quase foram extintos devido ao seu alto consumo durante o jantar de ação de graças nos Estados Unidos.Confira abaixo oito curiosidades sobre essa ave.<h2>1. O nome da ave veio do país</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/18/18105548440223.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)O peru é uma ave norte-americana, mas seu nome em português é o mesmo de um dos nossos vizinhos. E a explicação para isso é que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120695-por-que-o-peru-tem-esse-nome-se-ele-nao-e-peruano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os portugueses acreditavam que a ave tinha origem peruana</a>. O mais curioso é que esse mesmo erro aconteceu com o nome em inglês. Turkey é utilizado tanto para se referir à ave quanto à Turquia. E o motivo é que os ingleses acreditavam que o peru tinha origem na Turquia, e batizaram o animal com o nome do país.<h2>2. Os perus quase foram extintos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/18/18105828018237.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)No feriado de ação de graças, o peru costuma ser o prato principal da maioria das famílias nos Estados Unidos. Isso fez com que, no início do século 20, a combinação de caça excessiva e destruição do habitat diminuísse a população de perus selvagens para cerca de 30.000 aves. A situação só foi revertida depois de um rigoroso trabalho de conservação da espécie. O trabalho foi tão bem-sucedido, que a ave se tornou um incômodo em algumas partes dos Estados Unidos.&nbsp;<h2>3. Perus fêmeas não gorgolejam</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/18/18105927586239.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Perus de ambos os sexos cacarejam e emitem outros ruídos típicos da ave. Porém, apenas os machos gorgolejam. Esse som, tão característico, é a versão do peru para o rugido de um leão. Ele serve para avisar sua presença para as fêmeas e alertar seus rivais para ficarem longe. Para maximizar o alcance de seus cantos, os perus machos costumam gorgolejar em cima das copas das árvores.&nbsp;<h2>4. Os perus dormem nas árvores</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/17/17162550197617.jpg" alt="(Fonte: John H. Gavin/WickedLocal)">(Fonte: John H. Gavin/WickedLocal)E falando de árvores, os perus selvagens preferem subir nelas para dormir. Como eles têm muitos predadores naturais, como coiotes, guaxinins, águias e corujas, quando o sol se põe, os perus sobem nas árvores. Eles começam voando para um galho baixo, depois saltam desajeitadamente para cima, galho por galho, até atingirem uma altura segura.&nbsp;<h2>5. Ambos os perus machos e fêmeas têm barbela</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/18/18105709517226.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)A barbela é a característica pele vermelha pendurada sob o bico do peru. Ela ajuda os perus a regularem melhor a temperatura corporal. Como é uma região muito vascularizada, ela permite que as aves dissipem o calor do corpo com mais facilidade.<h2>6. Os perus têm uma visão excelente</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/18/18110020656240.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Os perus estão no grupo de aves com uma visão muito nítida. Eles conseguem enxergar cores com uma melhor definição que nós, e também são capazes de ver a luz ultravioleta. Além disso, eles têm uma ótima visão periférica. Para se ter uma ideia, a visão humana tem cerca de 180 graus da esquerda para a direita. Já os perus, devido à posição dos seus olhos nas laterais de suas cabeças, podem ver 270 graus da esquerda para a direita.<h2>7. Perus podem ser rápidos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/18/18110317361242.png" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Nada nos perus sugere que eles podem ser rápidos. Mas a verdade é que eles são excelentes corredores. Em terra, um peru correndo pode atingir uma velocidade de até 40 km/h — tão rápido quanto um elefante durante um ataque. Além disso, em curtas distâncias eles são capazes de voar a 80 km/h.<h2>8. Os perus são pássaros inteligentes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/18/18110414645243.png" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Os perus tem várias habilidades importantes para sobreviver em ambientes selvagens. Eles são capazes de se planejar com antecedência e reconhecer padrões. Os perus também conseguem se reconhecer pelo som e podem visualizar um mapa de seu território.</body>

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8 curiosidades sobre o peru (a ave, não o país!)

Imagem de T-Rex pode ter sido 70% maior do que sabemos, diz estudo no megacurioso

Novas pesquisas indicam que os Tiranossauros Rex podem ter pesado até 15 toneladas, o que seria maior que dois elefantes africanos juntos

<head></head><body>Se o assunto é <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122890-mais-de-um-asteroide-pode-ter-levado-a-morte-dos-dinossauros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauros</a>, inegavelmente o Tiranossauro Rex é um dos mais famosos e talvez o primeiro que surge em nossas mentes. Embora essa criatura colossal tenha vivido muito antes de nossa existência nesse planeta, novas descobertas seguem surgindo para desafiar nossa concepção sobre esses animais pré-históricos.Para se ter ideia, uma pesquisa feita pelo Museu Canadense da Natureza, em Ottawa, sugere que nós subestimamos o tamanho dessa espécie desde que ela foi descoberta em 1902. De acordo com o artigo, eles podem ter sido quase 70% maiores do que se pensava anteriormente. Entenda o caso!<h2>Criaturas colossais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/22/22115954474198.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Segundo o estudo apresentado pela Society of Vertebrate Paleontology, estima-se que o maior espécie de T. Rex já registrado até hoje, o qual ganhou o apelido de "Scotty", pesava um pouco menos de 9 toneladas quando estava vivo. No entanto, os autores da pesquisa passaram a afirmar que outros indivíduos da espécie poderiam ter pesado até 15 toneladas.Para métodos de comparação, isso significaria que um único <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123258-por-que-o-tiranossauro-rex-tinha-bracos-tao-curtos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">T. Rex</a> poderia ser mais pesado que dois elefantes africanos juntos. Em entrevista para o Live Science, o coautor do estudo, Jordan Mallon, disse que sua equipe chegou a tal conclusão examinando os registros fósseis existentes atualmente, gerando uma estimativa de que cerca de 2,5 bilhões dessas criaturas já vagaram pela Terra no passado.Desse número total, os cientistas ressaltam que apenas 32 fósseis adultos já foram descobertos, o que significa que o conhecimento científico que temos sobre esses colossos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122952-dragoes-pre-historicos-foram-os-primeiros-repteis-planadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pré-históricos</a> é baseado em informações extremamente limitadas. Sendo assim, seria bem provável que os exemplares descobertos até então fossem um tanto quanto menores a média dos que viviam no passado.<h2>Modelo de existência da espécie</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/22/22004734786006.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Para a análise profunda dos dados, a equipe de estudo acabou criando dois modelos de estudo para avaliar os T. Rex: um que desconsidera qualquer tipo de dimorfismo e outro com disparidades brutais entre os indivíduos. Isso nada mais é do que considerar as possíveis variações de tamanho entre os sexos.Em um universo onde o dimorfismo fosse uma realidade entre essas criaturas, os pesquisadores acreditam que nós podemos estar falando sobre animais que pesavam até mesmo 24 toneladas em seu estado mais absurdo. Esse modelo foi refutado, no entanto, porque registros de indivíduos maiores já deveriam ter sido descobertos pela paleontologia moderna.Sendo assim, um método mais conservador foi adotado. Os pesquisadores ressaltaram, porém, que tudo isso não passa de especulação e que há muito para ser estudado ainda. Em suas redes sociais, Mallon afirmou que ele e sua equipe ainda estão trabalhando em alguns detalhes técnicos para apresentar um manuscrito final, mas que existe uma forte percepção de que o modelo de T. Rex com até 15 toneladas é completamente "mecanicamente viável". Dessa forma, só nos resta esperar por novas atualizações no futuro!</body>

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T-Rex pode ter sido 70% maior do que sabemos, diz estudo

Imagem de Como a captação das impressões digitais evoluiu com os séculos no megacurioso

Apesar de o método revolucionário ter ajudado na evolução da humanidade, ele também é considerado um problema

<head></head><body>Apesar de a biometria estar atualmente associada à tecnologia para preservar a segurança, o uso da impressão digital&nbsp;surgiu em meados do século XIX com a necessidade de exploração da possibilidade de melhor identificar uma pessoa em situações legais ou forenses.Esse tipo de identificação foi a porta de entrada para que a tecnologia percebesse que as digitais não são a única parte do corpo que pode ser medida, alcançando métodos revolucionários como o rastreamento biológico complexo – muito útil para solucionar crimes ao determinar as características de um indivíduo –, os scanners de íris e o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122816-provavelmente-ha-uma-copia-sua-por-ai-e-ela-pode-ter-o-seu-dna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">reconhecimento facial</a>, ambos populares já no século XXI.No entanto, como acontece com todo avanço controverso, a popularização da impressão digital culminou em inconsistências no armazenamento de dados, e seu compartilhamento acidental, também associado ao controle governamental sobre os cidadãos, cercado por preconceito em um sistema considerado até opressor.<h2>Das paredes aos cartões</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Smithsonian Magazine&nbsp;" data-fonte-url="https://www.smithsonianmag.com/smart-news/ancient-fingerprints-show-both-women-and-men-made-pottery-chaco-canyon-180972350/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/16/16221229052102.jpg" alt="(Fonte: University of North Florida/Reprodução)">(Fonte: University of North Florida/Reprodução)O código mais marcante da humanidade são as impressões digitais, estampadas em cavernas pelo homem Neandertal, que viveu durante o Pleistoceno Médio na Europa e no Oriente Médio, na Península Ibérica, há cerca de 400 mil anos, e extintos há 28 mil anos.Uma das primeiras digitais encontradas foi um traçado petraglyph de uma mão, encontrado no lago Kejimkujik, na Nova Escócia, e em esculturas neolíticas em Gavrinis, na França. Na Babilônia, os povos já usavam sua digital como meio de assinar contratos, pressionando os dedos em tábuas de argila e gravando a superfície de documentos, reforçando uma prática que prevalece até hoje.&nbsp;Por volta de 1792 a.C., a impressão foi usada pela primeira vez para identificação de criminosos, durante a época Hamurábi, onde funcionários do Estado coletavam as impressões daqueles que prenderam. Historiadores concluíram que também foram usadas como prova em casos criminais, pois apareceram em um documento de julgamento que remonta o período de 300 a.C.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/16/16221338376103.jpg" alt="(Fonte: National Gallery of Canada/Reprodução)">(Fonte: National Gallery of Canada/Reprodução)Em 1870, o criminologista francês Alphonse Bertillon fundou o primeiro laboratório de identificação criminal com base em medidas do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123451-em-800-anos-esta-pode-ser-a-aparencia-dos-seres-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">corpo humano</a>, criando o campo da antropometria judicial que, embora não usasse impressões digitais, contribuiu essencialmente para determinar o futuro dos sistemas de classificação de identidade a partir da década de 1970 – até quando seu sistema Bertillon foi utilizado na Europa e Estados Unidos.O método do francês se baseava na combinação do então crescente uso da fotografia com medidas detalhadas do corpo, documentados em cartões que poderiam ser pesquisados pelas autoridades, por exemplo. Neles, constavam a largura da cabeça, a distância entre o cotovelo e a extremidade do dedo médio.Quando sua complexidade e excesso de margens de erros começaram a ficar aparentes demais, o uso das impressões digitais como método mais simples e eficaz assumiu o comando, dando início a uma era que mudou tudo.<h2>A ideia de Faulds</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/16/16221554879104.jpg" alt="Henry Faulds. (Fonte: Fingerprinting Scottsdale/Reprodução)">Henry Faulds. (Fonte: Fingerprinting Scottsdale/Reprodução)Com a turba de pessoas que <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119273-o-primeiro-semaforo-instalado-em-londres-no-sec-xix-trouxe-caos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">invadiram as cidades durante a Revolução Industrial de 1800</a>, veio o anonimato urbano se infiltrando na sociedade, afetando a polícia na hora de identificar as pessoas, fazendo do método Bertillon um desafio maior do que já era.As impressões digitais não eram novidade naquela época, mas a ideia de que pudessem ajudar a identificar estranhos em grande quantidade, sim. O médico escocês Henry Faulds foi um dos nomes que exploraram essa ideia, sobretudo depois de implementar a identificação por meio de impressões digitais após descobrir impressões em antigas cerâmicas japonesas, usando a técnica com seus colegas de trabalho.Ao mergulhar dedos na tinta e pressioná-los no papel, Faulds notou que o padrão contido em cada dedo não era o mesmo. Com isso, ele realizou vários julgamentos para testar sua teoria sobre o uso das impressões em casos criminais, chegando a resolver um pequeno crime – &nbsp;quando solucionou quem estava roubando álcool do hospital ao comparar as impressões digitais deixadas na garrafa com uma que havia coletado de um colega de trabalho.Em 1880, Faulds publicou um trabalho de pesquisa na Nature explicando suas descobertas e seu valor para identificação criminal.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/16/16221746968105.jpg" alt="Francis Galton. (Fonte: Hulton Archive/Getty Images)">Francis Galton. (Fonte: Hulton Archive/Getty Images)Faulds relatou a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121591-cadernos-roubados-de-charles-darwin-reaparecem-apos-duas-decadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Charles Darwin</a>, que não se mostrou interessado, e repassou ao antropólogo britânico Francis Galton que, apesar de ter se apropriado da ideia e não ter dado nenhum crédito, contribuiu com detalhes de sua pesquisa, mostrando que os padrões e linhas do topo de um dedo deveriam ser usados ao comparar impressões para identificação.Ao publicar seu livro&nbsp;Finger Prints, em 1892, Galton inspirou Edward Henry, chefe de polícia em Bengala, na Índia, a não só incorporar impressões digitais no protocolo de identificação em seu trabalho, como também desenvolver o Sistema de Classificação Henry.&nbsp;Criado em 1896, o método revolucionário era uma maneira mais fácil de identificar pessoas e também a solução para o problema da falta de agrupamentos primários que simplificassem o processo de busca. O sistema tinha como base a atribuição de valores numéricos a 10 dedos e apenas na adição dos números onde apareceu um padrão de espiral. O resultado foi 1.024 grupos primários para pesquisa.<h2>O futuro da humanidade</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/16/16221851857106.jpg" alt="(Fonte: enot-poloskun/Getty Images)">(Fonte: enot-poloskun/Getty Images)O Federal Bureau of Prisons, em Nova York, foi a primeira agência norte-americana a adotar impressões digitais para identificação. Em 1906, a Lei dos EUA já usava o Sistema Henry, com o FBI estabelecendo o Departamento da Divisão de Identificação em meados de 1924, a fim de servir como banco de dados central de registros de identificação criminal.Da mesma forma que a técnica de Bertillon caiu com o boom da Revolução Industrial, o mesmo aconteceu na primeira metade do século XX, com o número crescente de registros de impressões e a necessidade de uma maneira de classificação mais fácil.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/16/16221957685107.jpg" alt="(Fonte: The Conversation/Reprodução)">(Fonte: The Conversation/Reprodução)A ideia de automação do recurso foi a saída, com os computadores entrando como força de trabalho em 1967, constituindo o primeiro banco de dados criminal digital nacional, o National Crime Information Center (NCIC). A classificação NCIC acelerou o processo de pesquisa, mas ainda não conseguia identificar uma impressão, tampouco coletá-la digitalmente, o que só aconteceu em 1972 com o primeiro leitor automático de impressões digitais instalado em Washington, fazendo nascer o Sistema de Identificação Automatizada.O século XXI chegou para a fazer acontecer a transição dos mapas matemáticos das pequenas características e padrões da impressão para os perfis de DNA, responsáveis por revelarem bem mais sobre o indivíduo do que apenas sua identidade – o que é um problema.</body>

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Como a captação das impressões digitais evoluiu com os séculos

Imagem de As sementes de melancia que revelam o passado da humanidade no megacurioso

Há seis mil anos, pastores consumiam sementes de melancia ao invés da polpa da fruta, que era muito amarga

<head></head><body>Há cerca de 6 mil anos, um grupo de pastores recolheu suas ovelhas em uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119353-caverna-com-obras-de-arte-neandertais-e-descoberta-na-alemanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">caverna</a> no norte da África — mais especificamente em Uan Muhuggiag, no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119761-como-era-o-saara-antes-de-ser-um-deserto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Saara</a> da atual Líbia — para passar a noite. Tudo o que se sabe sobre a estadia é baseado no que foi encontrado por arqueólogos, milênios mais tarde.O grupo provavelmente estava se alimentando de melancias não domesticadas, com a polpa amarga, mas com sementes saborosas. O principal indício disso é que no local, as poucas sementes fossilizadas encontradas não foram cuspidas, mas caíram sem que os pastores tivessem percebido.<h2>Conhecendo hábitos do passado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/16/16183856367023.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Encontrar restos de alimentos neste local específico só foi possível devido ao ar seco e salgado da caverna, que preservou os restos esquecidos ou deixados pelos pastores. Para entender o que fazia das sementes daquela antiga melancia tão especiais, uma equipe de cientistas sequenciou o DNA de uma delas — o código genético mais antigo recuperado de uma planta.O genoma revelou que as sementes pertenciam a uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119324-de-onde-vieram-as-melancias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">melancia selvagem</a>, que provavelmente tinha a polpa amarga. O que a equipe de arqueólogos acredita é que os antigos saarianos consumiam as sementes de melancia muito antes de a fruta evoluir para a doce e domesticada que temos atualmente (Citrullus lanatus).<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/16/16183619895016.jpg" alt="(Fonte: Christie Images LTD 2015/Reprodução)">(Fonte: Christie Images LTD 2015/Reprodução)Para eles, os restos de plantas — como as sementes de melancia — fornecem informações sobre dietas e estilos de vida das sociedades passadas. Um dos estudos feitos com as sementes consistia em digitalizá-las com raios-X de alta resolução. Foi com essas imagens detalhadas que a equipe descobriu rachaduras nas sementes, sugerindo que elas haviam sido mordidas por dentes humanos.Os estudos genéticos com estas sementes revelaram que elas vieram de uma melancia sem as mutações-chave para a doçura e para a cor vermelha. Era, com certeza, uma fruta muito diferente da que nós consumimos atualmente, com um interior amargo e branco.<h2>Sementes saborosas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/16/16183858528024.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Com todas essas informações, é plausível admitir que os saarianos mastigavam essas sementes. Porém, o destino da polpa é incerto. Eles poderiam descartar o material de gosto ruim, usar para alimentar o gado ou para cozinhar algum tipo de ensopado.&nbsp;Porém, até o momento, os arqueólogos não encontraram vestígios de polpa da fruta — que poderiam ter sido preservados em panelas ou presos no tártaro dos dentes. Os estudos genéticos também procuraram cruzar o DNA de sementes de melancias encontradas em outros lugares da África, para tentar entender como a fruta evoluiu para a que temos hoje.Até o momento, os resultados apenas conseguiram documentar a diversidade perdida de plantas de melancia usadas para alimentação durante alguns milhares de anos. Também é possível inferir que os primeiros cultivadores parecem ter trabalhado com tipos doces e amargos da fruta, bem como com o cruzamentos entre espécies da planta.O próximo passo é tentar entender em que momento as várias espécies de melancia começaram a deixar de existir. Além disso, enquanto não forem encontrados os vestígios de polpa da melancia de Uan Muhuggiag, o seu destino continuará sendo um mistério.</body>

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