Imagem de Por que a dipirona é proibida nos EUA, Japão e parte da Europa?  no megacurioso

A dipirona é um medicamento centenário e reconhecidamente eficaz que acabou proibido por uma controvérsia sobre um suposto efeito colateral grave

<head></head><body>Um dos remédios para dor e febre mais vendidos no Brasil, a dipirona vive uma situação paradoxal. Enquanto vende aqui mais de 215 milhões de doses — somente no ano passado, segundo a Anvisa – em outros países, como Estados Unidos, alguns países da União Europeia e Japão, <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123277-5-remedios-usados-no-brasil-que-sao-proibidos-no-exterior.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a venda do medicamento está proibida</a>.Criado na Alemanha já com a marca “Novalgina” em 1922 pelo laboratório Hoechst AG, o metamizol (como é conhecido o analgésico e antipirético na Europa) foi por muitos anos <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122141-5-remedios-que-funcionam-mas-nao-sabemos-por-que.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vendido livremente sob várias formas e nomes comerciais</a>.&nbsp;No entanto, em meados da década de 1960, começaram a surgir trabalhos científicos alertando para os riscos de agranulocitose, uma alteração no sangue que reduz a imunidade dos usuários do remédio. Curiosamente, o estudo que determinou a proibição do metamizol nos EUA, alertava sobre os riscos da aminopirina, uma substância com estrutura parecida com a da dipirona.&nbsp;<h2>Por que as autoridades sanitárias dos EUA proibiram a dipirona?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/18/18151319854219.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)De acordo com um artigo conjunto da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), USP, Unifesp e Universidade de Iowa de 2021, “Tendo como base essa semelhança química, os autores não fizeram distinção entre as duas moléculas e assumiram que os dados obtidos para a aminopirina seriam também aplicáveis à dipirona”.&nbsp;Com base nesse estudo de 1964, que calculou a ocorrência de agranulocitose em um de cada 127 consumidores de aminopirina, a agência regulatória dos EUA, FDA, decidiu retirar a dipirona do mercado daquele país em 1977. Seguiram=se <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/126870-paracetamol-e-apontado-como-principal-causa-de-falencia-do-figado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">proibições em outros países</a>, como Austrália, Japão, do Reino Unido e partes da União Europeia.Segundo a farmacêutica bioquímica Laura Marise, doutora em Biociências e Biotecnologia entrevistada pela BBC News Brasil, como “a proibição dela aconteceu justamente nos países que mais fazem pesquisas de eficácia e segurança sobre medicamentos”, isso diminuiu o interesse em se fazer testes e investigações suplementares sobre a dipirona, tornando-a um "pária" nesses lugares.&nbsp;<h2>E por que a dipirona continua liberada no Brasil?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/18/18154910998247.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)De janeiro de 2002 a dezembro de 2005, um grande estudo caso-controle internacional multicêntrico, envolvendo cientistas do Brasil, Argentina e México, avaliou a dipirona. O chamado Latin Study avaliou dados de 548 milhões de pessoas, e identificou 52 casos de agranulocitose, o que significa uma taxa de 0,38 caso por milhão de habitantes/ano, índice considerado baixo.Quatro anos antes, a própria Anvisa já havia realizado o “Painel Internacional de Avaliação de Segurança da Dipirona”, no qual especialistas brasileiros e estrangeiros concluíram que "a eficácia da dipirona como analgésico e antitérmico é inquestionável e que os riscos atribuídos à sua utilização em nossa população são baixos e similares, ou menores, que o de outros analgésicos/antitérmicos disponíveis no mercado".A Anvisa afirmou em nota à BBC News Brasil que, desde a realização do painel em 2001, “não foram identificados <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124246-semaglutida-tudo-sobre-o-medicamento-que-trata-a-obesidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">novos riscos ou emitidos novos alertas de segurança</a> relacionados à dipirona”.</body>

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Por que a dipirona é proibida nos EUA, Japão e parte da Europa? 

Imagem de "Efeito aniversário": o risco de morrer no mesmo dia em que você nasceu no megacurioso

Cientistas que investigavam pessoas que 'adiam' a morte para depois do seu aniversário descobriram que a probabilidade de morrer nessa data é 14% maior

<head></head><body>A fantasia macabra mostrada no filme A morte te dá parabéns, de 2017, no qual uma mulher morre repetidamente no dia do seu aniversário, pode estar mais perto da realidade do que se imagina. <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126916-qual-seria-a-nossa-idade-em-diferentes-planetas-do-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Esse é o chamado “efeito aniversário”,</a> uma evidência estatística que indica uma probabilidade maior de uma pessoa morrer no dia do seu aniversário do que nos demais dias do ano.&nbsp;Como exemplo, são citadas <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/105376-7-figuras-famosas-que-faleceram-no-dia-de-seus-aniversarios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">algumas celebridades que morreram no mesmo dia e mês que nasceram,</a> como o dramaturgo inglês William Shakespeare, a escritora e ativista Betty Friedan que escreveu A mística feminina (obra fundamental para o feminismo moderno), a atriz de Casablanca, Ingrid Bergman, e o padre jesuíta Manuel da Nóbrega, um dos fundadores de São Paulo.Um estudo feito em 2012 por pesquisadores da Universidade de Zurique, na Suíça, que buscava provar o contrário disso — a teoria do "adiamento da morte" para depois da data do aniversário —, acabou concluindo que as chances de alguém "bater as botas" aumentam em até 14% no dia do seu aniversário.<h2>Aniversários que terminam em morte</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/15/15162836059291.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Quando os médicos suíços iniciaram sua pesquisa sobre a relação entre o dia da morte e o dia do nascimento, eles trabalhavam com duas hipóteses: o "adiamento da morte", no qual um indivíduo doente tentava se manter vivo para comemorar mais um ano de vida, e a "reação de aniversário" <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124907-os-sofrimentos-do-jovem-werther-o-livro-que-levou-pessoas-ao-suicidio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">em que pessoas morrem por suicídio</a> ou por excessos cometidos na comemoração.Depois de analisar "dados extraídos dos registros computadorizados das estatísticas suíças de mortalidade" de quase 2,4 milhões de cidadãos com 1 ano de idade ou mais, falecidos de 1969 a 2008, os pesquisadores descobriram um aumento de 13,8% no potencial de morte na data do aniversário. Esse percentual sobe para 18% no caso de pessoas com 60 anos ou mais.Apesar de trabalharem com a hipótese de suicídio na data da comemoração, os registros mostraram que a principal causa foram doenças vasculares e cerebrovasculares de longa duração (mais em mulheres do que em homens), mas também por acidentes, como quedas no dia do aniversário (possibilidade 44% maior em homens).<h2>Por que os aniversários terminam de forma letal?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/15/15170338570331.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Depois que as amostras de morte por câncer e por suicídio no dia do aniversário se mostraram muito limitadas, uma teoria levantada para justificar o aumento de mortes foi de que as pessoas experimentam mais atividades físicas durantes as comemorações, como dança, sexo ou muita agitação. Afinal, estressar um sistema cardiovascular comprometido pode acelerar um evento cardíaco.&nbsp;Outra presença inevitável na maioria das festas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125346-5-maneiras-como-o-alcool-pode-sabotar-a-perda-de-peso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o álcool pode ser responsável por quedas</a>, além de outros tipos de acidentes.Seja o que for, a conclusão final é que, embora não evoquem mecanismos de adiamento, os aniversários "parecem terminar de forma letal com mais frequência do que o esperado". Na dúvida, guarde as velas.</body>

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'Efeito aniversário': o risco de morrer no mesmo dia em que você nasceu

Imagem de Como aprender a dizer não em qualquer situação? no megacurioso

Dizer não nem sempre é fácil. Mas é possível treinar para conseguir dizê-lo com mais facilidade

<head></head><body>Saber dizer não é um fator fundamental para a manutenção da própria saúde mental. Ocorre que nem todo mundo desenvolveu essa habilidade, e seguidamente acaba se metendo em situações indesejadas por simplesmente não conseguir estabelecer os próprios limites.Traçar esta linha é algo que pode ajudar a reservar a energia para as coisas que são mais importantes. Mas por que é tão difícil para alguns dizer não? E será que é possível aprender a fazer isso?<h2>Por que é tão difícil dizer não?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/14/14130508090198.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Os psicólogos alertam que ser aceito é uma necessidade intrínseca ao ser humano. "Todos nós queremos nos sentir amados, valorizados e necessários, e dizer sim preenche muitas dessas <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/107155-11-provas-de-que-as-melhores-invencoes-nascem-da-necessidade-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">necessidades humanas</a> básicas. Todos nós também tememos ser rejeitados, deixados de lado ou desapontar os outros", explicou o psicólogo Jeff Temple, da Universidade of Texas Medical Branch, para a Reader's Digest.Um fator que também interfere na nossa dificuldade de dizer não é a relação com quem nos pede alguma coisa. Pode ser mais doloroso negar algo à nossa mãe do que para alguém que temos uma relação menos afetiva.Contudo, o principal elemento que nos traz essa dificuldade é bem simples: não fomos ensinados a fazer isso. "As pessoas geralmente têm dificuldade em encontrar as palavras certas para dizer não sem parecer rudes ou maldosas. Assim como outros tipos de etiqueta, é uma habilidade que fica melhor e mais fácil com a prática", afirma Valerie Sokolosky, especialista em&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/126708-mapa-mostra-regras-de-etiqueta-praticadas-no-mundo-inteiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">etiqueta</a>.<h2>Como aprender a dizer não</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/14/14130537145200.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Por isso, vale a pena buscar aprimorar as nossas maneiras pelas quais possamos recusar algo de maneira que seja confortável, sem que nos sintamos mal por isso. Uma dica é esclarecer para nós mesmos quais são os nossos valores e prioridades, para ter clareza sobre o que não estamos dispostos a fazer.Depois, é necessário encontrar um equilíbrio entre as demandas, tendo em vista o que foi elencado como prioridade. Por exemplo: se nosso objetivo é obter uma promoção, talvez seja necessário dizer não a certas demandas familiares para conseguir nos dedicar ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125151-semana-de-4-dias-de-trabalho-vai-ser-testada-por-empresas-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">trabalho</a>. Se a prioridade agora é a vida familiar, o oposto vai acontecer.É claro que isso não é simples, e nem sempre conseguimos dizer não para a família ou o chefe. E aí entra outro ponto sugerido pelos especialistas, que é "treinar" as maneiras mais polidas para dizer não.Valerie Sokolosky dá a dica inclusive de testar alguns "scripts" que podem ser usados pessoalmente ou em mensagens escritas, para que se possa dizer não firmemente, mas com educação. Entre as opções, é possível usar frases como "agradeço o convite, mas vou ter que passar dessa vez"; "obrigado por pensar em mim, não poderei ir", "muito atencioso da sua parte me convidar, mas estou esgotado"; "queria poder ajudar, mas tenho já um compromisso"; e assim por diante.Outra dica dada por Valerie Sokolosky é não alongar o tempo de resposta. Quanto mais se demora para responder um pedido, mais difícil será de dizer não. Ir direto ao ponto também é recomendável: evite dar respostas muito longas ou ficar explicando excessivamente porque você está dizendo não. Desse modo, deixa-se claro que os seus limites são claros e não negociáveis.</body>

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Como aprender a dizer não em qualquer situação?

Imagem de O que quer dizer "sair à francesa" e de onde veio esse hábito? no megacurioso

Entenda o que quer dizer essa expressão, que varia de acordo com o país.

<head></head><body>No início dos anos 1990, ficou muito popular uma música da cantora Marina Lima chamada À Francesa.&nbsp;Neste momento, muita gente no Brasil começou falar sobre "sair à francesa", sem saber direito a que estava se referindo.Mas você sabe o que quer dizer a expressão "sair à francesa"?<h2>O que quer dizer "sair à francesa"?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10142932776215.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Em artigo da revista Veja, o escritor e jornalista Sérgio Rodrigues explica que sair à <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126963-linhagem-humana-desconhecida-pode-ter-sido-encontrada-na-franca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">francesa</a> é uma locução que quer dizer "ir embora de um evento social sem se se despedir, e sendo muito discreto, tentando não ser notado".O mais curioso é que essa expressão tem variações de acordo com os países. Na França, por exemplo, fala-se filer à l’anglaise, ou seja, “sair à inglesa”. Já nos Estados Unidos, diz-se "sair à irlandesa" — e credita-se então às pessoas da Irlanda a tendência de sair de fininho.Por isso mesmo, há diferentes explicações sobre a origem da expressão. De acordo com o filólogo Antenor Nascentes, no livro&nbsp;Tesouro da fraseologia brasileira, a locução teria surgido por conta do espanto que os franceses teriam da saída seca dos ingleses em eventos sociais, por serem mais práticos e sem cerimônia.Em razão da relação de amor e ódio que França e Inglaterra mantinham entre si, os franceses acabaram replicando o comportamento no século XVIII, quando virou moda por lá.Já o "sair à irlandesa" (que também aparece na variação "despedida irlandesa") é uma expressão que teria surgido nos Estados Unidos na época da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125236-frederico-o-grande-o-rei-que-popularizou-as-batatas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grande Fome da Batata</a> na Irlanda, ocorrida no século XIX. Por conta disso, houve um êxodo do povo irlandês, e muitos deles foram parar na América.Uma das explicações para a origem da expressão americana é que, por beberem muito, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124621-por-que-nao-existem-cobras-na-irlanda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">irlandeses</a> teriam o hábito de fugir rapidamente de uma festa ou um bar para evitar o constrangimento.</body>

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O que quer dizer 'sair à francesa' e de onde veio esse hábito?

Imagem de Coober Pedy: cidade subterrânea na Austrália tem até igreja no megacurioso

Cerca de 3 mil pessoas vivem em Coober Pedy, uma cidade funcional que fica embaixo do deserto

<head></head><body>A capacidade engenhosa de se adaptar tem garantido a sobrevivência da humanidade. Além dos desafios impostos pela natureza, o próprio ser humano se coloca em perigo, criando novos problemas que precisam ser resolvidos com criatividade. Um exemplo disso é a cidade australiana de Coober Pedy.Coober Pedy é uma palavra de origem aborígene que significa “buraco de homem branco”. Era assim que os nativos se referiam ao local no meio do deserto em que dezenas de homens brancos iam para cavar buracos profundos, que nunca foram fechados.Esses homens eram mineiros que estavam (e ainda estão) procurando uma pedra preciosa muito apreciada pelos joalheiros: a opala. Cerca de 80% de toda opala do mundo vem da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123459-por-que-existem-tantos-animais-estranhos-na-australia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Austrália</a>.<h2>Coober Pedy começou graças a sorte de um menino</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/12/12171716321005.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesExpedições em busca de riquezas não são raras na história. Em 1915, William Hutchison era um adolescente de apenas 14 anos. Ele acompanhava o pai e os seus sócios em uma expedição pelo deserto australiano em busca de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126902-por-que-o-ouro-e-um-mineral-tao-macio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ouro</a>.Em determinado momento, o garoto ficou sozinho e decidiu explorar a área em busca de água. Ele se perdeu e seu pai ficou desesperado quando anoiteceu e o adolescente não voltava para casa.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/12/12172102270013.jpg" alt="Joia com pedra de opala. Fonte: Getty Images">Joia com pedra de opala. Fonte: Getty ImagesContudo, mais tarde, William apareceu sorridente, com os bolsos cheios de opalas. Esse foi o início de uma corrida por riquezas rumo ao deserto que terminou enriquecendo alguns sortudos — e enchendo o local com crateras.<h2>Mineiros passaram a morar nos buracos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/12/12171746873006.jpg" alt="Casa em Coober Pedy. Fonte: Getty Images">Casa em Coober Pedy. Fonte: Getty ImagesCom o passar dos anos, os buracos feitos pelos mineiros passaram a ser usados como casas. Dessa forma, era possível ganhar alguma qualidade de vida no deserto, fugindo do calor constante de 45 °C, em um ambiente em que não há uma árvore para fazer sombra. No subsolo, as temperaturas são bem mais amenas, ficando na média de 22 °C.De repente, o que era para ser provisório foi se tornando permanente. Os buracos deixaram de ser tocas e passaram a receber acabamento, tornando-se casas.Ainda embaixo da terra, foram surgindo obras de infraestrutura, como ruas. O comércio também se desenvolveu e hoje há até cassinos e hotéis em Coober Pedy.Se você não quer se render à jogatina, pode visitar uma galeria de arte ou ir às belas igrejas subterrâneas — são quatro templos no total.<h2>Milhares de pessoas vivem em Coober Pedy</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/12/12171929261010.jpg" alt="Igreja cristã em Coober Pedy. Fonte:Getty Images">Igreja cristã em Coober Pedy. Fonte:Getty Images A população de Coober Pedy é grande: cerca de 3 mil pessoas vivendo embaixo da terra. A maioria ainda está lá sonhando em enriquecer com as opalas, mas a cidade também tem atraído turistas e servido como cenário de filmes de sucesso, como Mad Max.O ar chega à cidade por meio de chaminés que podem ser vistas da superfície. Em vez de soltarem fumaças, elas servem para levar ar ao local e criar correntes de ar que ajudam os moradores a viver adequadamente.A água vem por meio de um encanamento de 25 km que retira água da Grande Bacia Artesiana, o imenso aquífero que existe no país, com 1,7 milhão de km2.</body>

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Coober Pedy: cidade subterrânea na Austrália tem até igreja

Imagem de O que é o "paradoxo do queijo", que colocaria vegetarianos em contradição? no megacurioso

Segundo pesquisa publicada na revista Apetite, é possível notar dissonância cognitiva em vegetarianos que participaram do estudo sobre o consumo de queijo 

<head></head><body>Muitas decisões que tomamos em nossas vidas são resultantes de crenças profundas que mantemos, como nossa fé, ideologia política, tradições culturais etc. Contudo, nem sempre esses posicionamentos são totalmente coerentes.Um exemplo disso é o “paradoxo do queijo” que avalia uma possível contradição na <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/111798-vegetarianos-ou-comedores-de-carne-afinal-quem-vive-mais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">argumentação de vegetarianos</a> que consomem queijo. A ideia faz parte de um artigo publicado na revista científica Apetite, que publica artigos relacionados aos estudos da alimentação e nutrição humanas.Nesse estudo, os pesquisadores analisaram o comportamento de voluntários que <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/111933-famosos-vegetarianos-conheca-10-deles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">se declaravam vegetarianos</a>, mas continuavam consumindo produtos de origem animal que não fossem a carne, como ovos, leite e queijos.A ideia era entender o seguinte: se os vegetarianos não consomem carnes por terem uma preocupação moral com os animais, como podem consumir ovos, leites e queijo, sendo que a produção desses alimentos também depende da exploração desses bichos? Haveria uma contradição nessa argumentação?Para responder a essa e outras perguntas, os pesquisadores fizeram uma série de entrevistas com voluntários. O resultado mostrou que os vegetarianos consultados percebem a contradição, mas buscam minimizá-la com argumentos que justifiquem a decisão de comer os alimentos de origem animal.<h2>Os argumentos usados para justificar o consumo de queijo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10233745204002.jpg" alt="Vegetarianos foram estudados em artigo da revista Apetite. Fonte: Getty Images">Vegetarianos foram estudados em artigo da revista Apetite. Fonte: Getty ImagesO artigo mostra que os participantes do estudo optaram por não comer carne devido a um posicionamento moral e ético. Eles reconheciam que o consumo de outros alimentos de origem animal poderia contradizer esse posicionamento, mas argumentavam que deixar de consumir carne era mais simples do que parar de comer ovos, leite e queijo.O estudo ainda mostra que muitos participantes consideravam que não comer carne já era uma forma de contribuir com as causas que acreditavam e que comer ovos, leite e queijo reduzia o custo de ser vegetariano.Os pesquisadores notaram que quanto mais industrializado era um produto, como é o caso do queijo, menor era a sua associação com os animais ou com o sofrimento que sua produção geraria a esses bichos.Muitos voluntários do estudo demonstraram certa repulsa ao leite, mas a mesma rejeição não foi vista em relação ao queijo. Na prática, o consumo de queijo seria pior para a causa dos animais do que o consumo de leite, pois é necessário muito leite para se produzir o queijo. São cerca de 10 litros de leite integral para a produção de apenas um quilo de queijo.Outro argumento usado para justificar o consumo desses alimentos seria a sua origem que atenderia a padrões de produção conscientes e que estavam de acordo com suas crenças, como a produção de produtos orgânicos e que, em teoria, respeitassem os animais.<h2>Paradoxo do queijo é exemplo de dissonância cognitiva</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10233948398003.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesA dissonância cognitiva acontece quando uma pessoa sente um mal-estar devido à contradição entre aquilo que pensa, aquilo que sente e aquilo que faz. Esse sentimento pode ocorrer em muitas esferas de nossas vidas.No caso do paradoxo do queijo, muitos vegetarianos que participaram do estudo apresentaram esse desconforto, pois eles se tornaram vegetarianos por uma questão moral (defender os animais), mas ao continuar comendo queijo, criavam uma contradição que quando revelada gerava um desconforto.Quando isso ocorre, é comum que as pessoas tentem criar argumentos para minimizar esse desconforto, mas também é comum que o aceitem e que deixem de fazer aquilo que contradiz a sua crença inicial — ou, elas também podem deixar de lado essa crença. Aliás, pessoas que comem carne, mas dizem gostar de animais podem passar pela mesma experiência.</body>

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O que é o 'paradoxo do queijo', que colocaria vegetarianos em contradição?

Imagem de 6 animais com comportamentos surpreendentemente humanos no megacurioso

Em determinado sentido, essas incríveis criaturas da natureza são capazes de agir de forma parecida com a nossa espécie

<head></head><body>Entre todas as espécies existentes no mundo, o ser humano é a única que gosta de se gabar por se sentir superior aos demais. Pela nossa capacidade de raciocínio lógico, nos sentimos mais inteligentes, desenvolvidos e diferentes de tudo que já pisou nesse incrível planeta que habitamos.Contudo, embora sejamos indivíduos peculiares e vivamos em uma sociedade muito diferente da natureza selvagem, alguns de nossos comportamentos não são exatamente uma particularidade humana. Quer entender sobre o que estamos falando? Veja só esses seis animais com comportamentos surpreendentemente parecidos com os nossos!<h2>1. Golfinhos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10190127102402.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Donos de uma inteligência notável e pertencentes a estruturas sociais complexas, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124962-golfinho-albino-extremamente-raro-e-visto-na-africa.htm#:~:text=Em%202017%2C%20um%20filhote%20albino,Instagram%2C%20Facebook%20e%20no%20Twitter%3F" rel="noopener noreferrer" target="_blank">golfinhos</a> apresentam diversos traços parecidos com os humanos. Um dos mais impressionantes é a sua capacidade de comunicação. Estudos mostram que esses animais usam um sistema sofisticado de cliques, assobios e linguagem corporal para transmitir informações.Além disso, os golfinhos são capazes de demonstrar empatia e compaixão, muitas vezes ajudando indivíduos feridos ou angustiados dentro de seus grupos.&nbsp;<h2>2. Grandes símios</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10190012457400.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Os grandes símios, também conhecidos como grandes macacos, são nossos parentes vivos mais próximos, e há muito tempo cativam pesquisadores pelos seus comportamentos surpreendentemente parecidos com os de um humano. Essas inteligentes criaturas, incluindo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126716-chimpanze-e-bonobo-quais-semelhancas-eles-possuem-com-o-ser-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chimpanzés</a>, gorilas e orangotangos, também possuem um sistema de comunicação bem desenvolvido.Esses incríveis animais usam gestos complexos, vocalização e expressões faciais para transmitir emoções, intenções e desejos. Outra semelhança fascinante é a capacidade que eles têm para usar ferramentas, podendo usá-las para encontrar comida ou até mesmo modificar seus arredores.<h2>3. Corvos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10185950713397.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Vistos como criaturas enigmáticas e místicas, os corvos há muito tempo instigam o imaginário humano por sua inteligência e comportamento. Essas belas aves, além de terem uma complexa estrutura social, exibem comportamentos cooperativos que lembram as sociedades humanas.O mais intrigante sobre os <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/39743-10-fatos-sobre-os-corvos-que-vao-deixar-voce-fascinado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">corvos</a>, contudo, é que eles possuem uma forma de comunicação que ultrapassa a simples vocalização. Estudos mostram que essas criaturas podem se comunicar sobre eventos passados utilizando um repertório de sons com significados distintos.<h2>4. Papagaios</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10185932483395.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Os papagaios são conhecidos ao redor do mundo por suas habilidades vocais extraordinárias e aparência marcante. Além de conseguirem imitar algumas falas humanas, essas aves também são capazes de formar fortes laços emocionais com seus cuidadores humanos e até mesmo com outros papagaios.Não é nada anormal que um papagaio demonstre afeto, lealdade e empatia. Quando criados em cativeiro, um papagaio pode ser capaz de resolver quebra-cabeças, usar ferramentas e até mesmo dançar ao som de alguma música envolvente.<h2>5. Pinguins</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10185917557393.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Se não bastassem serem criaturas completamente adoráveis e cativantes, os pinguins são outros animais com comportamentos parecidos aos dos humanos. Apesar de viverem em ambientes hostis e remotos, essas aves exibem interações sociais e dinâmicas familiares que refletem as nossas.Os pinguins são pais dedicados, exibindo comportamentos afetuosos e carinhosos com seus filhos. Por fim, essas criaturas não apenas são monogâmicas, como também demonstram afeto por seus parceiros por vocalizações e gestos — muito parecido conosco.<h2>6. Abelhas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10185859715392.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Vistas geralmente como meros insetos polinizadores, as abelhas são animais bastante complexos. Essas notáveis criaturas possuem métodos complexos de comunicação, organização e tomada de decisão, espelhando alguns aspectos importantes das sociedades humanas.Além disso, as abelhas exibem uma notável divisão de trabalho dentro de suas colônias, quase operando como uma empresa. Essa divisão garante o bom funcionamento da colônia e maximiza sua eficiência, refletindo o conceito humano de especialização em diferentes profissões. E para acabar, um enxame funciona quase como uma democracia, tomando decisões baseadas no que a maioria decidir.&nbsp;</body>

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6 animais com comportamentos surpreendentemente humanos

Imagem de Como a pandemia mudou a forma que percebemos o tempo? no megacurioso

Neurocientistas conduziram um estudo que analisou como a pandemia de covid-19 afetou nossas memórias

<head></head><body>Um estudo da área da neurociência sugere que a pandemia de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/126937-efeitos-da-covid-longa-sao-equivalentes-a-envelhecer-10-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a> pode ter nos afetado de uma maneira curiosa: ela mudou a nossa percepção do tempo. O artigo, publicado pela neurocientista cognitiva Nina Rouhani ao lado de outros colegas, aponta que a turbulência dos anos pandêmicos pode ter diminuído a distância entre os eventos lembrados.A premissa levantada é que a noção do tempo parece ter "encolhido". Agora, os pesquisadores querem entender o porquê, e o que isso pode revelar sobre a forma como entendemos a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125595-falsas-memorias-o-que-e-o-fenomeno-que-distorce-suas-lembrancas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">memória</a>.<h2>As concepções sobre a memória e a pandemia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/09/09181639186353.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Antes da pandemia, a doutora Nina Rouhani já estava em busca de tentar entender os funcionamentos da memória humana. Com a chegada desta grande crise de saúde mundial, em 2020, ela teve a oportunidade de estudar nuances deste fenômeno em tempo real.Neste período, parecíamos estar transbordados de muitas informações e acontecimentos, como a quantidade de notícias, as tragédias e a incerteza sobre o que estava se desdobrando no mundo. Tudo isso, segundo a neurocientista, configurava como uma espécie de "tesouro de memórias".Ela comandou então um experimento online entre abril de 2020 e janeiro de 2021 com a participação de 1.000 norte-americanos. Eles deveriam relatar o que lembravam de ocorrer em suas vidas durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118567-a-era-das-pandemias-sera-essa-a-nossa-realidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pandemia</a>, mas os relatórios mensais acabaram sendo coletados pela equipe até 2023.Os pesquisadores queriam entender não apenas o lado individual da memória, mas também o que as pessoas lembravam sobre eventos coletivos surpreendentes – um fenômeno chamado na psicologia de "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122946-6-fatos-surpreendentes-sobre-a-memoria-em-diferentes-especies.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">memórias</a> de flash", que compreende a memória muito vívida que se instala quando algum evento muito singular acontece conosco ou no mundo.O que eles começaram notar é que o período pandêmico parecia bagunçar como os participantes percebiam os momentos vivenciados ou testemunhados. E vários fatores colaboraram para isso, como a quantidade de momento de memória flash e os longos períodos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/99968-preguica-pode-ser-sinal-de-q-i-alto-sabia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">monotonia</a>, em que os dias pareciam se repetir.Rouhani explicou ao Vox: "se você pensar sobre os processos que está usando ao pensar sobre a percepção subjetiva do tempo, um deles é o número de memórias. Quando você sai de férias e volta, parece que um século se passou". A mudança de cenário, portanto, faz com que criemos mais memórias, enquanto a repetição causa o efeito oposto.<h2>Os resultados</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/09/09181705152356.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Os pesquisadores liderados por Nina Rouhani analisaram, então, a descrição que os participantes da pesquisa deram sobre as distâncias entre os grandes eventos relatados pela notícia, e levantaram a hipótese de que houve uma compressão no tempo. Ao lembrar de acontecimentos ligados à covid, os respondentes da pesquisa os mencionavam como se tivessem ocorrido com uma menor distância temporal em relação ao que lembravam de eventos parecidos transcorridos antes e depois da pandemia.Segundo os neurocientistas, a chave para entender essa mudança de padrão pode ser a emoção. Eventos emocionalmente carregados, sejam eles positivos ou negativos, são mais fáceis de lembrar. Mas, quando há muito <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124455-o-estresse-pode-ser-contagioso-segundo-a-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estresse</a>, tende a acontecer um bloqueio nas nossas memórias. Pessoas com depressão, por exemplo, podem lembrar nitidamente do passado longínquo, mas terem memórias vagas sobre o que aconteceu recentemente.O estudo constatou que o mau humor constante da pandemia de covid-19 causou um maior volume de memórias, especialmente para os que tiveram mais episódios de melancolia e <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122908-depressao-conheca-os-6-tipos-mais-comuns-da-doenca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">depressão</a>. Contudo, houve um "desfoque" dessas lembranças – a qualidade delas era pior.Por fim, a pesquisa também sugere que a falta de detalhes dessas memórias permeadas pelo estresse aumenta a possibilidade de que essas memórias nos atormentem no presente. Por isso, os pesquisadores apontam que fazer um exercício para lembrar bem do passado – um método que é chamado de indução de memória episódica – pode nos ajudar a "recriar" essas lembranças e dar sentidos positivos a elas. </body>

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Como a pandemia mudou a forma que percebemos o tempo?

Imagem de A testosterona faz com que os homens chorem menos? no megacurioso

Entenda até que ponto o antiquado ditado 'homens não choram' pode ter sido resultado de efeitos hormonais

<head></head><body>Um dos grandes estereótipos existentes na sociedade é que todo "homem de verdade" não pode <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/85747-6-fatos-cientificos-sobre-o-choro.htm#:~:text=1%20%E2%80%93%20Chorar%20alivia&amp;text=De%20todos%20os%20participantes%2C%2028,At%C3%A9%20a%C3%AD%2C%20nada%20muito%20surpreendente." rel="noopener noreferrer" target="_blank">chorar</a>. Afinal, por muito tempo, o ato de chorar foi visto pelo sexo masculino como um sinal de fragilidade e fraqueza, o que criou uma geração de homens que simplesmente são incapazes de demonstrar sentimentos de maneira correta.Porém, será que existe uma razão biológica por trás dessa frase? Embora nós saibamos que homens podem, sim, chorar, e que isso não é nem um pouco um sinal de "perda de masculinidade", alguns estudos sugerem que níveis mais altos de testosterona podem acabar inibindo o choro. Entenda mais sobre isso nos próximos parágrafos!<h2>Choro em humanos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/08/08021833250011.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Apesar das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119855-como-as-nossas-lagrimas-se-parecem-pela-lente-do-microscopio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lágrimas</a> escorrerem de nossos rostos em momentos de fortes emoções, o motivo pelos quais os seres humanos choram não são completamente compreendidos pela ciência até hoje — sendo visto até como um "enigma" para uma parcela de pesquisadores.&nbsp;Até mesmo os cães, nossos companheiros animais mais próximos, não derramam lágrimas, apesar de também serem capazes de sentir e expressar uma gama de emoções. Então, por que nós somos dessa forma? Algumas teorias apontam que o choro emocional é uma forma de comunicação não-verbal ou uma forma de liberar a dor emocional pelo corpo.&nbsp;Ser capaz de chorar, inclusive, parece ser a chave para nossa capacidade de regular nossas próprias emoções, algo que não acontece muito bem em pessoas com condições médicas que as impedem de formar lágrimas. Mesmo assim, muitas ideias sobre o choro enraizadas em nossas mentes não possuem bases científicas tão convincentes assim.&nbsp;<h2>Testosterona e falta de choro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/08/08021850667013.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Em 2018, um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, partiu do princípio de que os homens realmente parecem chorar com menos frequência, em média, e por períodos mais curtos do que as mulheres. Inclusive, criou-se a hipótese de longa data de que a suscetibilidade feminina para o choro seria causada pelo hormônio prolactina.&nbsp;Vale ressaltar, no entanto, que a pesquisa foi amplamente baseada em experimentos feitos com patos, e estudos mais recentes em humanos não forneceram evidências tão conclusivas assim. Então, o que a ciência teria a dizer sobre os hormônios nos homens? Segundo os pesquisadores, a hipótese de que o aumento da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121582-dieta-com-muita-proteina-pode-reduzir-testosterona-em-homens.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">testosterona</a> os impede de chorar é "um pouco mais convincente" do que a hipótese apresentada anteriormente.Estudos mostram que homens que recebem medicamentos antitestosterona como parte do tratamento do câncer de próstata, e mulheres transexuais que usam tratamentos hormonais para reduzir os níveis do hormônio masculino, às vezes relatam um aumento no choro.&nbsp;Os pesquisadores ressaltam, contudo, que embora pesquisas possam sugerir que a testosterona tem algum efeito inibitório sobre o ato de chorar, é difícil ignorar que os fatores culturais e sociais em torno da masculinidade provavelmente também levaram à disparidade de lágrimas derramadas entre os sexos.</body>

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A testosterona faz com que os homens chorem menos?

Imagem de "Empregos de garotas preguiçosas": conheça os modos de trabalho crescendo entre a geração Z no megacurioso

A ideia dos chamados 'lazy girl jobs' é falar de empregos em que se ganha muito e se trabalha pouco

Um novo movimento do mundo do trabalho est&aacute; se popularizando nas redes sociais: depois da <a href="http://O%20que%20%C3%A9%20a%20'demiss%C3%A3o%20silenciosa'%20e%20o%20que%20ela%20pode%20causar" rel="noopener noreferrer" target="_blank">"demiss&atilde;o silenciosa"</a>, surgem os&nbsp;"lazy girl jobs" (em portugu&ecirc;s, algo como "empregos de garotas pregui&ccedil;osas"). Nos v&iacute;deos agregados pela hashtag #lazygirljobs, pessoas (principalmente mulheres) mostram seus trabalhos pouco estressantes, mas bem pagos e realizados quase sempre de forma remota.
A moda come&ccedil;ou a pegar quando uma TikToker chamada Gabrielle Judge publicou um v&iacute;deo dizendo que havia v&aacute;rios empregos dispon&iacute;veis no mercado e que era poss&iacute;vel ganhar cerca de US$ 80 mil por ano sem trabalhar muito.
<h2>O conceito por tr&aacute;s dos "lazy girl jobs"</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/05/05102220046007.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
A discuss&atilde;o em torno desses empregos se associa ao "movimento <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122106-antitrabalho-conheca-o-movimento-que-nao-para-de-crescer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antitrabalho</a>", que tem ganhado cada vez mais for&ccedil;a na internet. Quem fala sobre isso critica a cultura do excesso de trabalho, que na maior parte das vezes traz muito mais lucros aos empregadores do que aos trabalhadores.
Um tema envolvido neste debate &eacute; a ideia de que os funcion&aacute;rios de uma empresa precisam estabelecer limites mais claros sobre o quanto eles v&atilde;o se dedicar em suas rotinas. N&atilde;o por acaso, em 2022 um movimento que se tornou bem popular foi o da "demiss&atilde;o silenciosa", que diz respeito a entregar apenas aquilo que foi acordado dentro do hor&aacute;rio definido, sem ir al&eacute;m.
O que transparece por tr&aacute;s dos "lazy girl jobs" &eacute; uma sensa&ccedil;&atilde;o coletiva de esgotamento e de des&acirc;nimo em rela&ccedil;&atilde;o ao funcionamento das jornadas trabalhistas, al&eacute;m da cobran&ccedil;a de que todos precisam ser constantemente produtivos &ndash; at&eacute; mesmo quando n&atilde;o est&atilde;o trabalhando.
Gabrielle Judge, tida como a criadora da express&atilde;o, diz que elaborou o termo de uma forma debochada para provar um ponto: que defender um equil&iacute;brio entre a vida profissional e pessoal costuma ser visto como algo pregui&ccedil;oso.
<h2>A repercuss&atilde;o da ideia na gera&ccedil;&atilde;o Z</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/05/05102203066004.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
A populariza&ccedil;&atilde;o do conceito tem tamb&eacute;m se associado com as demandas expressas pela gera&ccedil;&atilde;o Z, que se sente constantemente inadequada aos padr&otilde;es de sucesso pessoal e profissional que foram estabelecidos para ela. De acordo com Suzy Welch, professora da NYU Stern School of Business, a trend do TikTok fala muito sobre quest&otilde;es relativas a esses jovens, como o medo da ansiedade.
Em entrevista ao Squawk Box da CNBC, Welch declarou que a tend&ecirc;ncia viral n&atilde;o diz respeito &agrave; pregui&ccedil;a, mas sim sobre o "forte desejo da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/126883-geracao-z-esta-bebendo-cada-vez-menos-diz-pesquisa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gera&ccedil;&atilde;o Z</a> de evitar a ansiedade a qualquer custo". De forma cr&iacute;tica, ela tamb&eacute;m credita este anseio &agrave; exist&ecirc;ncia de pais superprotetores, que teriam criado "um bando de 20 e poucos anos que nunca teve que tomar decis&otilde;es dif&iacute;ceis ou fazer coisas muito dif&iacute;ceis. Quando eles come&ccedil;am a sentir isso, eles ficam, tipo,'eu quero fugir!'".
Contudo, h&aacute; muita gente vendo esse movimento de forma bem mais positiva. &Eacute; o caso Danielle Roberts, que se autodenomina uma &ldquo;coach anticarreira&rdquo;. Segundo ela, essas tend&ecirc;ncias <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123317-qual-e-a-relacao-entre-a-demissao-silenciosa-e-o-antitrabalho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antitrabalho</a> t&ecirc;m gerado uma esp&eacute;cie de revolu&ccedil;&atilde;o dos trabalhadores que n&atilde;o aceitam mais os modelos que existem, uma vez que eles n&atilde;o contemplam as suas necessidades.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/09/fonte-getty-images-09160033077275.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
"As pessoas est&atilde;o gastando muitas horas por dia fazendo algo que as esgota e n&atilde;o necessariamente melhora sua qualidade de vida. E, em vez de chamar as pessoas que est&atilde;o se desfazendo desse sistema de pregui&ccedil;osas e dizer a elas que elas s&oacute; precisam trabalhar mais, precisamos falar sobre por que &eacute; uma tend&ecirc;ncia em primeiro lugar e ir um n&iacute;vel mais profundo", declarou Roberts.
Ela ainda complementa com um ponto interessante: o de que haveria um erro na defesa de um equil&iacute;brio entre vida e trabalho, pois sup&otilde;e que "viver demais" significaria ser um mau trabalhador. "Vimos que a semana de trabalho de 40 horas est&aacute; ultrapassada. Podemos produzir a mesma quantidade de trabalho, se n&atilde;o mais, em uma fra&ccedil;&atilde;o do tempo. Portanto, querer nos manter presos em cadeiras, e n&atilde;o apenas por 40 horas, mas por mais de 40 horas, &eacute; apenas um meio de controle. Se voc&ecirc; os contratou, deve confiar em seus funcion&aacute;rios para fazer seu trabalho e faz&ecirc;-lo bem", opina.

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