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Estudiosos dizem que a banalização de conteúdos sobre psicopatia pode ser nociva

<head></head><body>A febre do gênero "<a href="https://www.megacurioso.com.br/true-crime/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">true crime</a>" reacendeu o fascínio que as pessoas têm pelos psicopatas. É difícil entender exatamente o apelo desses sujeitos, que parecem transitar entre vários comportamentos, indo do carismático ao extremamente impiedoso.Mas será que existem tantos psicopatas assim, como somos levados a crer, ou o termo já virou um rótulo mal empregado?<h2>A popularização da psicopatia nas redes sociais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/02/02085520335020.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Recentemente, um video do perfil "@everythigmentalissues", no Tiktok, viralizou ao mostrar um psicólogo clínico revelando como os "psicopatas" respondem ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125629-6-fatos-sobre-o-estresse-que-voce-deveria-saber.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estresse</a>. Segundo sua explicação, a reação tem a ver com o sistema nervoso autônomo, a parte do corpo que reage em situações de ameaça.&nbsp;Nessas ocasiões, a amígdala envia sinais ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/103929-glandula-pituitaria-o-que-ela-faz-e-qual-e-sua-importancia-no-organismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hipotálamo</a>, que aciona o sistema nervoso autônomo para se preparar para a ação. Em seguida, acontece a liberação de epinefrina (adrenalina) em nossas correntes sanguíneas, o que faz nosso coração disparar e ficarmos em alerta, prontos para reagir.De acordo com o vídeo, o organismo dos psicopatas teria outra reação: a descarga de adrenalina não é a mesma e o coração não dispara. Por consequência, eles não se estressariam como as outras pessoas. Mas, segundo o escritor e historiador especialista em saúde Russell Moul, focar nesta característica promoveria uma redução enganosa do que significa a psicopatia.<h2>A "maldade" na psicopatia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/02/02085612513022.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)O problema, segundo Moul, é que toda essa popularização dos diagnósticos de psicopatia acaba prejudicando os indivíduos que sofrem de distúrbios mentais e os reduz a "pessoas más", diminuindo as possibilidades de que eles consigam ajuda."A definição de uma 'pessoa má' baseia-se na lógica cíclica em que atos malignos são executados por uma pessoa má simplesmente porque ela é má e faz coisas más. É inútil e explica muito pouco. O diagnóstico de 'psicopata' produz o mesmo resultado, mas com um verniz medicalizado. O termo é emocionalmente carregado e corre o risco de dar a um indivíduo com problemas de saúde mental um rótulo que o coloca além de qualquer ajuda", afirma Moul ao IFL Science.O neurocientista Gabriel C. S. Gavin concorda. “Longe de ser uma descrição útil, o termo 'psicopata' evoca a imagem perfeita de alguém que você não estaria desesperado para ajudar, alguém tão desumano quanto aqueles anteriormente marcados como maus”, escreveu em um artigo no periódico Psychology Today.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/08/08164640584267.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Segundo Gavin, o termo se tornou uma espécie de guarda-chuva que agrupa convenientemente vários tipos de comportamentos e pessoas, que vão desde os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120000-os-6-paises-que-mais-produziram-serial-killers-na-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">serial killers,</a> até os banqueiros ou aquele ex-namorado mau caráter.E isso é essencialmente nocivo, assim como a divulgação de "métricas" de psicopatia entre as pessoas, que sugerem que é possível prever quem estaria mais propenso a cometer crimes. "Receber uma pontuação alta em uma escala de psicopatia no sistema de justiça criminal pode ser facilmente usado para tirar conclusões empiricamente duvidosas de que a pessoa em questão não responderá ao tratamento e/ou não poderá ser reabilitada. Para mim, a comparação promove o estigma da saúde mental, principalmente no que diz respeito aos diagnósticos de personalidade. Isso pode criar barreiras adicionais para as pessoas encontrarem atendimento digno e apropriado para suas condições", afirma o psicólogo Xander Mach ao IFL Science.Por tudo isso, caso você esteja entre os tantos sedentos por conteúdos sobre psicopatas, considere a possibilidade de que todo esse material possa estar causando prejuízos ao conhecimento sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124189-8-formas-praticas-e-peculiares-para-cuidar-da-saude-mental.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">saúde mental.</a></body>

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Será que pessoas psicopatas realmente existem?

Imagem de Por que sempre sobra um "espaço" para a sobremesa? no megacurioso

Não, não temos um estômago separado para os doces, porém nosso cérebro nos induz a comer mais quando apresentado a comidas diferentes

<head></head><body>Que atire a primeira pedra quem nunca "mandou ver" num rodízio de pizza, churrascaria, buffet livre ou almoço de família, mas pegou os talheres novamente quando a sobremesa foi servida.&nbsp;Há quem diga que existe um compartimento reservado para as sobremesas no organismo, que sempre está disponível para elas, não importa o quanto você se empanturre antes. Mas o que a ciência diz sobre isso? A teoria do "estômago de sobremesa" tem fundamento?Tem e não tem. Não é verdade que existe um compartimento reservado. Mas nós realmente encontramos um "espaço extra" para a sobremesa... no nosso cérebro. Ele é quem comanda esse mecanismo de comilança.<h2>Você está cheio... Será?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/09/09231425480001.jpg" alt="&quot;Pode trazer as doces&quot;, diz a pessoa que comeu 25 pedaços de pizza no rodízio. (Fonte: Getty Images)">"Pode trazer as doces", diz a pessoa que comeu 25 pedaços de pizza no rodízio. (Fonte: Getty Images)O professor Len Epstein, da Escola de Medicina da Universidade de Buffalo, em Nova York (Estados Unidos), explica que boa parte desse mecanismo é uma questão de estímulo. Isso quer dizer que as pessoas podem parar de comer porque "se cansaram" daquela comida, já sabem o gosto dela e não tem estímulo para&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/118442-10-mitos-e-verdades-sobre-a-alimentacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">continuar comendo</a>. Está bom assim.Mas, se você oferece um novo sabor, aroma ou textura, o cérebro "desperta" novamente e nós sentimos vontade de comer mais um pouquinho. Afinal, há algo novo para experimentar."É fácil superar essa sensação de 'ah, eu estou cheio", afirmou Epstein ao portal LiveScience. Esse mecanismo que nos faz comer mais quando um alimento diferente é servido tem o nome científico de saciedade sensorial específica.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/11/11120916697112.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)O professor fez alguns <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estudos científicos</a> demonstrando a saciedade sensorial específica na prática. Em 2011, ele analisou um grupo com 32 mulheres: parte delas comeu o famoso mac-and-cheese americano cinco vezes numa semana, a outra parte comeu cinco vezes ao longo de cinco semanas.As mulheres que comeram mac-and-cheese repetidamente, comeram menos que as outras, a quem esse prato foi servido só uma vez por semana.&nbsp;Outra pesquisa, de 2013, separou 31 em crianças em três grupos: um recebeu o mesmo mac-and-cheese por cinco dias, o segundo recebeu marcas diferentes desse alimento, enquanto o terceiro grupo provou alimentos calóricos variados, como nuggets e hambúrgueres. De novo, as crianças com variedade de opções comeram mais que as crianças do mac-and-cheese.Esse é o mesmo padrão que faz a gente comer feito um leão em um buffet, ou arranjar espaço para a sobremesa depois de se empanturrar num almoço de família. Variedade.<h2>Uma vantagem evolutiva... Ou não?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/11/11120947680113.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Alguns estudiosos do assunto acreditam que os seres humanos fazem isso por uma questão evolutiva: pessoas gostam de variedade porque precisam de nutrientes variados, de grupos alimentares diferentes. Não que uma pizza doce tenha esses nutrientes — que os 25 pedaços de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/125052-quem-inventou-a-pizza-a-historia-do-alimento-mais-amado-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pizza salgada</a> também não tinham —, mas nosso cérebro continua buscando a variedade."Agora, esse tiro sai pela culatra com a variedade de comidas densas em calorias que nós temos disponíveis. A variedade estimula o consumo excessivo e pode estar contribuindo para a obesidade", afirma Barbara Rolls, da Universidade Penn State.Até porque o estímulo é só uma parte do fenômeno do "estômago de sobremesa": há também a questão do açúcar, que nos fornece uma baita carga de dopamina. Se você se acostumou a comer sobremesa, essa dopamina começa a ser liberada antes dela — o que faz você sentir uma vontade gigante de devorá-la.&nbsp;Então o que isso tudo nos ensina? Bom... Nós podemos tentar "hackear o sistema" e fornecer variedade para o cérebro com alimentos mais saudáveis, como frutas.<a href="https://www.megacurioso.com.br/culinaria/" rel="noopener noreferrer" target="_blank"></a></body>

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Por que sempre sobra um 'espaço' para a sobremesa?

Imagem de Por que temos mais vontade de fazer cocô quando estamos estressados? no megacurioso

Muitas vezes, as situações de estresse podem refletir no trato intestinal

<head></head><body>Em situações de ansiedade ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125629-6-fatos-sobre-o-estresse-que-voce-deveria-saber.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estresse</a>, muitas pessoas costumam relatar um mesmo sintoma: uma vontade quase incontrolável de ir ao banheiro eliminar as fezes.Mas será que esse "cocô do estresse" é real? Qual é a ligação entre o cérebro e o trato digestivo?<h2>A realidade sobre o "cocô do estresse"</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07175008811387.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Sim, ele existe, e não é fruto de um efeito psicológico em massa. Ainda que não exista um diagnóstico oficial, os médicos concordam que este é um sintoma real. "Existe uma forte conexão mente-intestino, e é por isso que como você se sente emocionalmente pode afetar seu intestino", afirma a nutricionista Amanda Sauceda, em entrevista à Reader's Digest.Às vezes, o sintoma se manifesta apenas como uma vontade (como quando sentimos as tais "borboletas no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104106-como-e-que-o-nosso-estomago-nao-digere-ele-mesmo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estômago</a>", ou sensação de gases), mas é comum que o estresse realmente cause a eliminação das <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124201-como-as-fezes-humanas-estao-sendo-usadas-para-construir-casas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fezes</a>. Às vezes, os efeitos podem ser outros, como diarreia, náusea e constipação.Isso ocorre por questões fisiológicas, relacionadas à conexão entre o cérebro e o intestino, que ainda não é bem entendida pelos pesquisadores. Entretanto, um estudo feito em 2020 com 100 corredores profissionais constatou que, no dia em que tinham uma corrida importante, eles apresentavam mais sintomas de desconforto intestinal, incluindo náuseas e refluxo. Por isso, é plausível pensar que as emoções afetam o aparelho digestivo.A Associação de Ansiedade e Depressão da América (ADAA) pontua que o corpo libera hormônios e outras substâncias químicas em situações que estamos sob forte emoção. Esses elementos afetam o trato digestivo e podem perturbar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124578-o-que-sao-probioticos-e-qual-e-sua-importancia-para-a-saude-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">microbiota intestinal</a>, causando efeitos diversos.<h2>Tem como evitar?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07174944193385.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Os médicos sugerem que esse sintoma não é exatamente um problema, mas que ele deve ser encarado como um possível indicativo para outras questões. "Seu <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121520-por-que-o-intestino-e-o-nosso-segundo-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">intestino</a> também pode ser um guia. Não falamos o suficiente sobre como seu instinto pode nos dar uma pista de como estamos nos sentindo. Às vezes, podemos estar estressados e nem perceber, mas nosso corpo percebe e o estresse se manifesta como 'cocô de estresse'", explica a nutricionista Amanda Sauceda.Caso a situação esteja o incomodando, é possível tomar algumas atitudes proativas para tentar minimizar o sintoma. O exercício físico frequente costuma ajudar, assim como a prática de atividades relaxantes (como <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais-fofos/103011-de-boa-na-lagoa-nova-pratica-de-ioga-vira-febre-nos-estados-unidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ioga</a>) e o apoio psicológico de um profissional.Em casos mais raros, o "cocô do estresse" pode ser sim um sintoma de algo mais sério, como um indicativo da presença da síndrome do intestino irritável ou alguma condição mais séria, como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/85341-doenca-de-crohn-voce-sabe-o-que-e.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doença de Crohn</a>. Por isso, é preciso se atentar à frequência com que isso tende a acontecer.O médico gastroenterologista David Leventhal sugere que pessoas que sofrem de dores abdominais pelo menos uma vez por semana durante vários meses, passem mais de três dias sem evacuar ou tiverem mais de três evacuações por dia, devem marcar uma consulta para verificar o que pode estar acontecendo.Se o cocô tiver sangue, causar muita dor ou apresentar uma cor muito escura ou muito pálida, também é recomendado fazer uma visita ao médico.</body>

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Por que temos mais vontade de fazer cocô quando estamos estressados?

Imagem de 6 regras de etiqueta em espaços para nudistas no megacurioso

Saiba como se preparar caso esteja pensando em frequentar uma praia nudista

Se voc&ecirc; tem curiosidade em saber como seria passar um tempo numa praia ou num resort destinado a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115548-nudista-persegue-javali-que-roubou-seu-notebook-em-berlim.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nudistas</a>, tenha em mente: n&atilde;o &eacute; bagun&ccedil;a! H&aacute; v&aacute;rias regras que devem ser obedecidas pelos presentes para que todas e todos possam desfrutar de bons momentos sem constrangimentos ou problemas.
Caso voc&ecirc; esteja cogitando ir para um desses lugares, confira neste texto seis regras da boa etiqueta que devem ser cumpridas ao chegar l&aacute;!
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122229-5-maneiras-como-alguns-paises-lidam-com-a-nudez.htm" target="_blank" rel="sponsored">5 maneiras como alguns pa&iacute;ses lidam com a nudez</a>
<h2>1. Voc&ecirc; provavelmente ter&aacute; que guardar seu celular</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07201219659499.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Se voc&ecirc; tentar entrar em uma praia de nudismo carregando seu celular, &eacute; bem prov&aacute;vel que algu&eacute;m chame a sua aten&ccedil;&atilde;o. Afinal, uma das premissas b&aacute;sicas desses locais &eacute; a de proteger a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109203-como-proteger-a-sua-privacidade-ao-cruzar-fronteiras-de-outros-paises.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">privacidade</a> das pessoas (afinal, voc&ecirc; certamente n&atilde;o gostaria que uma foto sua sem roupa fosse parar num celular de um desconhecido).
Em alguns resorts, os visitantes s&atilde;o orientados a colocar um adesivo vermelho bem vis&iacute;vel na lente da c&acirc;mera do celular, para que possam us&aacute;-los com tranquilidade sem que ningu&eacute;m desconfie de estarem tirando fotos dos demais presentes.
<h2>2. Voc&ecirc; precisa carregar sempre uma toalha</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07201408018501.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Na maior parte dos lugares de nudismo, os visitantes s&atilde;o orientados a sempre carregar consigo uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/cultura-nerd/102705-dia-da-toalha-10-razoes-para-entender-o-fascinio-por-douglas-adams.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">toalha</a> de banho, para poderem us&aacute;-la quando forem sentar em algum lugar. A medida tem fins sanit&aacute;rios &ndash; protegendo tanto a sa&uacute;de de quem senta quanto a de quem vai sentar no mesmo lugar depois.
<h2>3. &Eacute; recomendado evitar carinhos em p&uacute;blico</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07201812670503.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
A maior parte dos clubes de nudismo tem como premissa a aprecia&ccedil;&atilde;o da natureza e da liberdade a partir de um estilo de vida natural, sem roupas. Ou seja, estes locais n&atilde;o pretendem estimular que pr&aacute;ticas amorosas mais "quentes" sejam realizadas na frente de desconhecidos.
Segundo Carolyn Hawkins, coordenadora de rela&ccedil;&otilde;es p&uacute;blicas da American Association for Nude Recreation (AANR), os espa&ccedil;os nudistas nos Estados Unidos t&ecirc;m regras que pro&iacute;bem <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125312-beijo-uma-expressao-de-afeto-atraves-dos-seculos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">demonstra&ccedil;&otilde;es p&uacute;blicas de afeto</a> mais calorosas. O m&aacute;ximo que &eacute; autorizado &eacute; segurar as m&atilde;os do parceiro ou dar um breve abra&ccedil;o em um amigo.
<h2>4. Em alguns lugares, d&aacute; para ficar de roupa</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07202133488505.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
H&aacute; uma cren&ccedil;a espalhada de que s&oacute; pode entrar em clubes de nudismo quem topa ficar pelado. Entretanto, h&aacute; alguns lugares que estabelecem regras de "roupas opcionais". Isso significa que os participantes podem manter, sim, suas roupas (nem que seja apenas uma camiseta) at&eacute; que se sintam confort&aacute;veis o suficiente para ficar totalmente nus.
J&aacute; os estabelecimentos que t&ecirc;m a orienta&ccedil;&atilde;o "sem roupa" exigem o contr&aacute;rio. Mas, mesmo nos lugares mais flex&iacute;veis quanto aos trajes, costuma ser requisitado que todos tirem as roupas caso v&atilde;o mergulhar em uma piscina ou em uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122319-jacuzzi-a-banheira-de-hidromassagem-que-surgiu-devido-a-uma-doenca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">banheira de hidromassagem</a>.
<h2>5. Voc&ecirc; vai poder comer sem roupa</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07202240155507.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Pode parecer perigoso comer pelado (imagine se uma sopa quente cai no colo!), mas a maioria dos clubes nudistas recebe clientes nus em seus restaurantes &ndash; desde que venham com a toalha j&aacute; referida para poderem se sentar com seguran&ccedil;a. E, mesmo o ambiente sendo livre, os atendentes costumam fazer seu servi&ccedil;o bem vestidos.
<h2>6. N&atilde;o tente ir sozinho em um clube de nudismo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07202658916509.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
H&aacute; muito controle nos lugares de nudismo para que eles n&atilde;o sejam mal interpretados como espa&ccedil;os sexuais. Por isso, h&aacute; um esfor&ccedil;o para existir um equil&iacute;brio entre pessoas de diferentes <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123150-o-que-e-fluidez-de-genero.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">g&ecirc;neros</a>.&nbsp;
Os casais n&atilde;o costumam ter problemas para entrar nesses clubes e praias, mas os solteiros podem n&atilde;o ser admitidos. "Se um &uacute;nico homem ou mulher chega aos port&otilde;es, eles s&atilde;o questionados se t&ecirc;m experi&ecirc;ncia em nudismo", explica Carolyn Hawkins. A ideia central &eacute; espantar aqueles (principalmente homens) que querem ir l&aacute; apenas para espiar os outros.

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6 regras de etiqueta em espaços para nudistas

Imagem de Buldogues franceses não foram "projetados" para viver no calor no megacurioso

Devido ao calor extremo que afeta os Estados Unidos nos últimos anos, raças como os buldogues franceses lutam para respirar direito

<head></head><body>Em 2023, o buldogue francês foi eleito a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125552-as-6-racas-de-cachorro-mais-perigosas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">raça</a> de cachorro mais popular dos Estados Unidos. No entanto, algumas das características desse cão — como o rosto achatado e sua língua enorme — também fazem com que ele tenha diversos problemas de respiração. Por consequência, sobreviver ao verão é um verdadeiro problema para esta espécie.Os buldogues franceses são braquicefálicos e têm focinhos excepcionalmente curtos. Isso também significa que eles possuem palato mole na parte de trás da boca, o que causa bloqueio no fluxo de ar para a traqueia e os pulmões.<h2>Vivendo no calor</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/04/04023539616005.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Algumas das características que dificultam a respiração dos buldogues são bem visíveis ao olho humano, como as suas narinas estreitas e línguas grandes. Juntas, essas condições os tornam altamente suscetíveis às síndromes braquicefálicas obstrutivas das vias aéreas, vistas pelos veterinários como doenças respiratórias crônicas.Instintivamente, esse tipo de problema degrada a qualidade de vida do animal. Raças braquicefálicas também tem expectativa de vida mais curta. No Reino Unido, por exemplo, os buldogues franceses estão entre as menores expectativas de vida entre todas as raças da região.Estudos feitos pela Universidade de Cambridge mostram que 90% desses <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126885-cachorro-do-tamanho-de-chihuahua-teria-vivido-entre-romanos-da-inglaterra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cães</a> testados apresentam algum tipo de restrição nas vias aéreas. O problema é tanto que alguns donos submetem seus pets a cirurgias invasivas, como alargar as narinas, apenas para fornecer algum tipo de alívio.<h2>Refrescando no calor</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/04/04023604556008.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Embora as dificuldades de respiração sejam problemas intrínsecos aos cães braquicefálicos, existem algumas medidas para amenizar esse tipo de problema. A coisa mais óbvia a se fazer para prevenir a exaustão pelo calor e a insolação é mantê-los longe do sol.Durante o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123483-6-lugares-na-terra-onde-o-sol-nao-se-poe-no-verao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">verão</a>, a melhor maneira é evitar passear com seu pet por períodos prolongados. Sintomas como respiração ofegante excessiva, dificuldade para respirar e aumento da frequência cardíacas são fortes indícios de preocupação. Além disso, sintomas mais graves podem incluir convulsões e diarreia com sangue e vômito, que são claros sinais de superaquecimento.Pelo bem da saúde do seu cachorro, é importante sempre mantê-los hidratados ou sob o uso de cobertores refrescantes especializados. Além da temperatura do ar, o calor do asfalto é uma grande preocupação, pois pode causar ferimentos aos cães. Quando estiver muito calor, lembre-se de manter seu animal de estimação o máximo de tempo possível dentro de casa para evitar qualquer tipo de exaustão pelo calor.Além das raças braquicefálicas, cães com sobrepeso, idosos, filhotes e aqueles com doenças pulmonares ou cardíacas também precisam de cuidados redobrados. No fim das contas, a melhor forma de garantir que o seu cachorro não sofrerá com o verão é ter certeza de que ele sempre estará refrescado nos dias mais quentes do ano.&nbsp;</body>

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Buldogues franceses não foram 'projetados' para viver no calor

Imagem de As 6 músicas mais escutadas em casamentos pelo mundo no megacurioso

Saiba quais canções fazem parte da lista das mais escutadas durante as festas matrimoniais do planeta

Casamentos n&atilde;o apenas s&atilde;o um momento especial para o par que est&aacute; firmando la&ccedil;os, como tamb&eacute;m costuma ser um dia de muita felicidade para amigos e fam&iacute;lias. N&atilde;o &agrave; toa, s&atilde;o algumas das celebra&ccedil;&otilde;es mais incr&iacute;veis que podemos presenciar durante o nosso tempo na Terra.
Al&eacute;m disso, todo <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121875-3-tradicoes-de-casamento-e-a-historia-por-tras-delas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">casamento</a> costuma ser seguido por uma festa maravilhosa e muito divertida entre todos os convidados. E, logicamente, toda boa festa precisa contar com uma playlist musical lotada de cl&aacute;ssicos e que seja um sucesso entre os presentes. Logo, quando o tema &eacute; matrim&ocirc;nio, quais m&uacute;sicas s&atilde;o as mais populares nesse tipo de festividade? Veja s&oacute; essa lista que separamos para voc&ecirc;!
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123332-os-7-destinos-mais-populares-para-casamentos-no-mundo.htm" target="_blank" rel="sponsored">Os 7 destinos mais populares para casamentos no mundo</a>
<h2>6. Dancing Queen - ABBA</h2>
<iframe width="90%" height="152" style="border-radius: 12px;" src="https://open.spotify.com/embed/track/0GjEhVFGZW8afUYGChu3Rr?utm_source=generator" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Para inaugurar a lista, &eacute; imposs&iacute;vel deixar de fora a ic&ocirc;nica m&uacute;sica Dancing Queen, da banda <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119837-10-artistas-que-como-o-abba-levaram-decadas-para-lancar-outro-disco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ABBA</a>. Lan&ccedil;ada em 1976, essa can&ccedil;&atilde;o &eacute; um verdadeiro sucesso entre v&aacute;rias gera&ccedil;&otilde;es. Para se ter ideia, ela aparece em pelo menos 5.770 playlists no Spotify relacionadas a casamentos.&nbsp;
Al&eacute;m disso, n&atilde;o tem como n&atilde;o ficar maravilhado e entusiasmado ao ouvir o refr&atilde;o:
"Ooh You can dance, You can jive, Having the time of your life. Ooh, see that girl, Watch that scene, Digging the dancing queen"
<h2>5. Perfect&nbsp;- Ed Sheeran</h2>
<iframe width="90%" height="152" style="border-radius: 12px;" src="https://open.spotify.com/embed/track/0tgVpDi06FyKpA1z0VMD4v?utm_source=generator" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Pulando algumas d&eacute;cadas musicais, quem aparece na quinta coloca&ccedil;&atilde;o &eacute; o cantor brit&acirc;nico com sua m&uacute;sica Perfect (2017). O hit rom&acirc;ntico aparece atualmente em 6.358 playlists relacionadas a casamentos no Spotify. Ao que tudo indica, Sheeran &eacute; um dos maiores nomes entre os casais apaixonados do s&eacute;culo XXI.
Outra m&uacute;sica sua bastante comum em festas de casamento &eacute; Thinking Out Loud (2014), que costuma fazer os pombinhos loucos de amor ca&iacute;rem aos prantos no altar.&nbsp;
<h2>4. Shut Up and Dance - Walk The Moon</h2>
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O maior sucesso da banda de rock norte-americana Walk The Moon, Shut Up and Dance (2014), parece ter tamb&eacute;m ca&iacute;do nas gra&ccedil;as dos rec&eacute;m-casados. A can&ccedil;&atilde;o aparece atualmente em 6.362 playlists de casamento e &eacute; curiosamente baseada em uma hist&oacute;ria real.
Segundo o vocalista Nicholas Petricca, ele estava com seus melhores amigos em uma balada no Echo Park, em Los Angeles, quando uma mo&ccedil;a simplesmente o "mandou calar a boca e dan&ccedil;ar". Rom&acirc;ntico, n&atilde;o &eacute; mesmo?
<h2>3. Yeah! - Usher</h2>
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Com impressionantes 7.550 apari&ccedil;&otilde;es em playlists de casamento no Spotify, a terceira posi&ccedil;&atilde;o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125534-as-7-musicas-mais-antigas-de-todos-os-tempos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">m&uacute;sicas</a> mais famosas em casamentos fica com o hit Yeah! (2004), do cantor Usher. Embora n&atilde;o seja uma m&uacute;sica para casais apaixonados, &eacute; ineg&aacute;vel que essa can&ccedil;&atilde;o anima qualquer um na pista de dan&ccedil;a.&nbsp;
O hit bombou de verdade no in&iacute;cio dos anos 2000 e nunca mais parou de ser tocado.
<h2>2. Marry You - Bruno Mars</h2>
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O segundo lugar na lista vai para o cantor Bruno Mars, autor do cl&aacute;ssico rom&acirc;ntico Marry You (2010), aparecendo em 7.805 playlists de casamento no Spotify. No ano de lan&ccedil;amento da can&ccedil;&atilde;o, Mars e seus co-roteristas afirmaram que a m&uacute;sica basicamente tenta capturar a sensa&ccedil;&atilde;o de um casamento espont&acirc;neo dos tipos que acontecem em Las Vegas.
Posteriormente, o m&uacute;sico foi perguntado se alguma das suas pr&oacute;prias "hist&oacute;rias malucas em Vegas" haviam inspirado a can&ccedil;&atilde;o. Como resposta, ele disse "sim, eu n&atilde;o quero falar sobre isso" entre risadas.&nbsp;
<h2>1. I Wanna Dance with Somebody (Who Loves Me) - Whitney Houston</h2>
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O maior sucesso nas festas de casamento &eacute; disparadamente o hit I Wanna Dance with Somebody (Who Loves Me), da ilustre cantora Whitney Houston, que foi lan&ccedil;ado em 1987. A m&uacute;sica &eacute; t&atilde;o popular nesse tipo de festividade que aparece em 10.933 playlists sobre casamentos no Spotify.&nbsp;
O produtor Narada Michael Walden originalmente pensou que a demo da can&ccedil;&atilde;o era "muito country" para se tornar popular. Ent&atilde;o, ele precisou dar alguns retoques para que essa maravilhosa balada virasse um s&iacute;mbolo da cultura pop.&nbsp;

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As 6 músicas mais escutadas em casamentos pelo mundo

Imagem de O segredo do fast food: o que torna esses alimentos tão viciantes? no megacurioso

O motivo pelo qual você não consegue parar de comer fast food é porque ele é feito para ser 'perfeito'

<head></head><body>“Amo muito tudo isso”, dizia o slogan&nbsp;de 2003 da rede de fast food&nbsp;McDonald’s. E faz sentido, afinal são cerca de 84,8 milhões de adultos comendo fast food&nbsp;todos os dias só nos Estados Unidos, de acordo com um levantamento do Centro Nacional de Estatísticas de Saúde do Centro de Controle de Doenças (CDC).Em 2021, a indústria de fast food&nbsp;foi avaliada em cerca de US$ 647,7 bilhões e estima-se que atinja aproximadamente US$ 998 bilhões até 2028. Não é por acaso que existem mais de 541 mil restaurantes do tipo pelo mundo, sendo que 40 mil deles pertencem ao McDonald’s.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10155240180275.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)O que é irônico, porém, é que poucas pessoas param para se questionar por que “amam muito tudo isso”. O que faz um lanche do McDonald’s ou do Burger King tão irresistíveis? Por qual motivo, mesmo com a barriga cheia, você já se pegou desejando comer mais? O que há por trás do excesso de desejo e bem-estar que esse tipo de comida causa? O que nos faz comer compulsivamente alimentos que sabemos que nos fazem mal?A resposta é simples, mas pouco difundida: a comida do fast food é projetada para ser perfeita.<h2>O produto ideal</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10155420945281.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Não é novidade para ninguém que a indústria alimentícia controla a sociedade igual uma entidade governamental, com suas alavancas capitalistas que impulsionam tudo e a todos para o consumismo desenfreado. Ela exerce influência significativa sobre o bem-estar, hábitos alimentares, escolhas de consumo, economia e até mesmo a política, sustentando um lobby poderoso que dita todos os passos que o mercado precisa dar.Foi aqui que vimos como nos tornamos reféns dos alimentos <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/126786-ultraprocessados-como-nos-tornamos-refens-de-uma-alimentacao-nociva.htm#:~:text=Um%20relat%C3%B3rio%20de%202021%20do,est%C3%A3o%20com%20sobrepeso%20ou%20obesos." rel="noopener noreferrer" target="_blank">ultraprocessados</a> e como o excesso desses produtos nas prateleiras contribui para empurrar a população para um cadafalso alimentício. Mas não chegamos a falar o porquê continuamos desejando ir até a última batata frita da embalagem, tampouco se isso é culpa de pessoas como Howard Moskowitz.Formado em matemática no Queens College e em psicologia experimental em Harvard, Howard desenvolveu o conceito de como criar versões ideais de produtos alimentícios com base nas preferências individuais dos consumidores, um mecanismo que ele chamou de “otimização hedônica de alimentos”.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10155601211285.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Na década de 1980, Howard foi responsável por fazer a empresa Campbell Soup Company alcançar US$ 600 milhões em receita ao reformular o molho de tomate da marca Prego. Na época, o produto estava perdendo aderência entre os consumidores devido à grande competição do mercado, então o cientista conduziu experimentos com milhares de pessoas para tentar determinar qual fórmula agradaria a todos.No entanto, Howard concluiu que a diversificação de produtos poderia ser mais eficaz do que a busca por uma solução única, assim introduzindo várias versões do molho de tomate, com sabor adicional de cebola, cogumelos e ervas, por exemplo. Essa estratégia levou à expansão estratosférica da empresa no mercado, alcançando diferentes preferências.Se hoje os norte-americanos se esbaldam ainda mais em Dr. Pepper, o refrigerante mais antigo dos EUA, é porque as mãos de Howard passaram por ele. Em 2015, a empresa Keuring Dr. Pepper chamou o cientista para elaborar a fórmula do seu novo sabor de cereja e baunilha. O produto começou com 59 variações de doçura, submetidas a mais de 3 mil testes de sabor pelo país. Ao colher os resultados, Howard fez sua mágica matemática para descobrir qual seria a quantidade de açúcar ideal para o refrigerante.<h2>O ponto da felicidade</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10155834855289.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)E isso é a síntese perfeita do que se trata a engenharia de alimentos, uma área que não só lida com o processamento, qualidade e segurança dos alimentos, mas envolve a pesquisa e desenvolvimento de novas formulações, considerando sabor, textura, valor nutricional e apelo ao consumidor.No competitivo mercado alimentício, a satisfação é o único sentimento que o marketing não consegue comprar dos seus consumidores. Por essa razão, quando o jornalista britânico Malcolm Gladwell disse que Howard foi "a pessoa que mais fez para tentar deixar felizes todos os norte-americanos", ele não estava exagerando.A indústria normalmente busca atender algumas preferências, encontrando sabores ou texturas que alcancem um número razoável de pessoas. Howard, porém, preferiu estender suas pesquisas para satisfazer a maioria. Assim, ele desenvolveu o conceito de “ponto da felicidade”, um método que busca encontrar o ponto ideal para agradar diferentes segmentos de consumidores em relação a um determinado produto.Sua abordagem permitiu que as empresas diversificassem a oferta do mesmo produto ao criar diferentes versões dele, visando atender a essas preferências específicas. Em meados de 1970, Howard foi contratado pela PepsiCo para ajudá-los a alcançar um público maior com seu refrigerante. Foi dessa forma que surgiram variações da bebida, como a Pepsi Diet&nbsp;e Pepsi Light.<h2>O ciclo da mente viciada</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10160257132292.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)O problema é que esse mecanismo é responsável por viciar as pessoas em alimentos que não são nada saudáveis. O ponto da felicidade desencadeia vias de recompensa no cérebro incentivando a sinalização de dopamina, um neurotransmissor envolvido em sentimentos de euforia, felicidade, motivação e prazer. Uma vez que os alimentos são confeccionados com altas cargas de dopamina, as pessoas continuam voltando para mais. Aos poucos, isso constrói uma mente viciada, perpetuando um ciclo de desejo de comer mais fast food, ganhar peso, e comer de novo.O psiquiatra Judson Brewer disse, em sua palestra no TED Talks, que esse ciclo acontece a partir da memória de dependência. O cérebro lembra de quais ações nos faz sentir bem, como comer chocolate. Após repetir o processo o suficiente, essa ação se torna um hábito tão inerente à mente que nada além de uma reeducação alimentar consegue mudar.Por isso há uma linha muito tênue entre aproveitar o sentimento que a comida pode oferecer e engatar em um ciclo de hábitos não saudáveis com alimentos que atingem em excesso o nosso ponto da felicidade.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10160350760293.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Em um estudo de 2010 feito com camundongos que comeram açúcar e gorduras separadamente, os pesquisadores Johnson e Kenny descobriram que o cérebro envia mensagens sinalizando que o estômago já está cheio. No entanto, quando esse excesso de açúcar é combinado com componentes que atingem o ponto da felicidade, seus receptores são sobrecarregados, impedindo o cérebro de dizer que o corpo já está satisfeito. Com isso, quanto mais alimentos os ratos ingeriam, mais eles tinham que comer para obter o mesmo prazer da próxima vez.E antes que você se pergunte: sim, nós somos esses ratos vivendo em loops&nbsp;de desejo por uma comida que não é saudável. Em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 1 bilhão de pessoas têm obesidade, sendo que 650 milhões são adultas, 340 milhões são adolescentes e 39 milhões são crianças.Em 2022, o Australian Dietary Guidelines&nbsp;apontou em sua pesquisa que adolescentes australianos com idades entre 14 e 18 anos obtêm mais de 40% de sua energia diária de alimentos fast food. Vale considerar, porém, que estamos falando de alimentos discricionários, ou seja, que não são necessários para satisfazer as necessidades nutricionais do corpo e não pertencem aos cinco grupos alimentares.Ou seja, eles estão comendo porque não conseguem mais parar, mas Howard Moskowitz e qualquer outro cientista alimentar têm pouca ou quase nenhuma culpa nisso. Eles apenas usam a ciência a seu favor para o progresso, como acontece em qualquer ramo.&nbsp;Além disso, as pesquisas já mostraram que a maioria das pessoas ingere fast food&nbsp;em excesso não pelo sabor, mas por ser barato e conveniente. Um relatório do CDC disse que esse consumo diminui com a idade, resta saber a que preço.</body>

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O segredo do fast food: o que torna esses alimentos tão viciantes?

Imagem de Schadenfreude: por que ficamos felizes quando o outro se dá mal? no megacurioso

Schadenfreude é uma palavra em alemão que tenta explicar o porquê das pessoas gostarem de ver algumas pessoas terem problemas 

<head></head><body>Não precisa responder em voz alta a essa pergunta: você já ficou feliz com a desgraça alheia? É possível que sim — e existem vários motivos para isso. Em determinados momentos, o problema de outra pessoa pode soar como uma constatação de que o alguém estava certo.Por exemplo: se um amigo diz que o outro deveria levar um guarda-chuva e é ignorado, ele pode ficar alegre ao ver que seu colega ficou ensopado depois de um temporal — ainda que não demonstre isso.Os alemães (como sempre) têm uma palavra para isso: Schadenfreude. O termo, quase impronunciável para nós, é uma junção de duas outras palavras alemãs: schaden (dano) e freude (alegria). Portanto, uma tradução literal seria a “alegria pelo dano”, mas o dano alheio, é claro.<h2>Schadenfreude é algo recente?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07103448297085.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesAs <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122423-5-dicas-para-lidar-com-as-emocoes-em-conversas-dificeis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">emoções humanas são muito complexas</a>. Pesquisadores do mundo todo têm se dedicado a entender as causas e consequências do Schadenfreude, que não é um fenômeno novo.O filósofo alemão Arthur Schopenhauer acreditava que esse sentimento deveria ser abominado, pois era a demonstração de um sentimento maligno, já que a desgraça alheia que trouxe alegria à pessoa não teria oferecido a ela nenhum benefício concreto, apenas prejudicado o outro.O francês Charles Baudelaire argumentava que o Schadenfreude estava alicerçado no sentimento de superioridade de quem o sentia. Ele exemplificava seu argumento citando as pessoas que observam as outras caindo no gelo.Ao verem os outros caindo, o observador poderia se sentir superior, pois ele não caia. É possível trazer esse exemplo para os nossos dias, como os acidentes de trânsito, em que o motorista que observa pode se achar mais habilidoso por não estar envolvido com o acidente.O filósofo francês René Descartes afirmava que esse sentimento pode indicar um ímpeto por justiça, quando a pessoa se alegra com a desgraça que atingiu alguém considerado mau ou que fez algo considerado ruim.<h2>Redes sociais têm estimulado o Schadenfreude?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07103529584087.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesComo as redes sociais intensificam a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/110278-7-sinais-que-pessoas-invejosas-emitem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comparação entre as pessoas</a> e o acesso às informações, alguns pesquisadores argumentam que elas têm estimulado o crescimento desse sentimento.Quando o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi diagnosticado com covid-19, houve um crescimento de 30.500% em pesquisas relacionadas ao termo Schadenfreude, o que indica que muita gente se sentiu feliz com a doença de Trump.Já o sentimento de comparação constante pode fazer com que as pessoas se alegrem com uma desgraça alheia para que não se sintam tão inferiores.Ao mesmo tempo, os algoritmos usados pelas redes sociais dividem as pessoas em grupos e subgrupos. Isso pode criar um comportamento de bando, como o visto por torcidas organizadas de futebol.Nele, as pessoas podem se alegrar com a desgraça do outro pelo simples fato dela atingir alguém de um grupo considerado rival.Uma forma de minimizar o Schadenfreude seria buscando ter um comportamento empático, colocando-se no lugar do outro e buscando compreender que aquela desgraça trouxe para aquela pessoa dor.</body>

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Schadenfreude: por que ficamos felizes quando o outro se dá mal?

Imagem de Dia da superdotação: oor que pessoas com alto QI esquecem mais facilmente? no megacurioso

Dentre os diversos fatores que levam a isso, a velocidade com a qual o cérebro trabalha é o principal fator que acelera o esquecimento, afirma o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu

No dia 10 de agosto &eacute; comemorado o Dia Internacional da Superdota&ccedil;&atilde;o pela OMS (Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de), que destaca a import&acirc;ncia de reconhecer e apoiar pessoas com altas habilidades intelectuais, mas tamb&eacute;m refor&ccedil;a a import&acirc;ncia de entender as especificidades desse p&uacute;blico. Uma das principais caracter&iacute;sticas de pessoas com alto QI &eacute; a sua facilidade de esquecer informa&ccedil;&otilde;es, mas voc&ecirc; sabe por que isso acontece?
De acordo com o especialista em alto QI Dr. Fabiano de Abreu Agrela, consultor de pessoas com altas habilidades e membro de 7 sociedades de alto QI, entre elas as famosas Mensa e Triple Nine Society, e colunista do Mega Curioso, isso n&atilde;o deve ser encarado como um problema.
&ldquo;O fato de uma pessoa com superdota&ccedil;&atilde;o esquecer mais facilmente n&atilde;o significa necessariamente que ela tenha uma certa dificuldade em mem&oacute;ria, e sim que o c&eacute;rebro dela utiliza o esquecimento como recurso para potencializar o seu funcionamento&rdquo;.
Existem quatro raz&otilde;es para pessoas com alto QI esquecerem mais:
<h2>1. Carga cognitiva</h2>
&ldquo;Pessoas com alto QI geralmente possuem mentes altamente ativas, pensam em v&aacute;rias coisas ao mesmo tempo e est&atilde;o constantemente processando informa&ccedil;&otilde;es. Esse alto n&iacute;vel cognitivo pode levar a uma &lsquo;sobrecarga&rsquo; que pode afetar a mem&oacute;ria&rdquo; Explica Dr. Fabiano de Abreu.
<h3>2. Complexidade</h3>
&ldquo;Pessoas com alta intelig&ecirc;ncia t&ecirc;m uma maior tend&ecirc;ncia a se aventurar em atividades mais cognitivamente complexas, o que pode colaborar para que informa&ccedil;&otilde;es mais triviais ou com menor relev&acirc;ncia tenham menos aten&ccedil;&atilde;o e sejam esquecidas mais facilmente&rdquo;.
<h3>3. Mente inquieta</h3>
&ldquo;Indiv&iacute;duos com alto QI possuem c&eacute;rebros mais acelerados e inquietos, em uma busca constante por novidades e conhecimentos, fazendo com que haja constantemente um ac&uacute;mulo de informa&ccedil;&otilde;es e isso prejudica o ac&uacute;mulo e a manuten&ccedil;&atilde;o de novas mem&oacute;rias&rdquo; Afirma.
<h3>4. C&eacute;rebro otimizado</h3>
&ldquo;J&aacute; existem estudos que refor&ccedil;am que a alta capacidade do c&eacute;rebro de uma pessoa com superdota&ccedil;&atilde;o funciona de forma otimizada e mais r&aacute;pida, ou seja, &eacute; mais acelerado e para manter essa velocidade &eacute; necess&aacute;rio que algumas mem&oacute;rias sejam deixadas de lado em prol de &lsquo;manter o sistema funcionando&rsquo;&rdquo; Pontua Dr. Fabiano de Abreu.

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Dia da superdotação: por que pessoas com alto QI esquecem mais facilmente?

Imagem de Como a indústria de cirurgia estética coreana 'destrói' sua sociedade no megacurioso

Entenda por que (e como) os coreanos cada vez mais enxergam a aparência física como o principal alicerce de sua sociedade

<head></head><body>A crise também é estética – e isso nunca fez tanto sentido. Em um relatório anual de pesquisa global sobre procedimentos estéticos e cosméticos, a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) divulgou que houve um aumento geral de 19,3% nos procedimentos estéticos realizados em 2021, fechando o ano com 17,5 milhões de procedimentos não cirúrgicos realizados no mundo.A lipoaspiração foi o procedimento cirúrgico estético mais realizado em 2021, com 1,9 milhão de pessoas deitando em uma mesa para fazê-lo. Os cinco principais procedimentos mais populares continuam sendo a lipoaspiração, o aumento mamário, a cirurgia de pálpebras, a rinoplastia e a abdominoplastia. Entre os não cirúrgicos está o Botox, com mais de 7 milhões de intervenções realizadas pelo mundo.Muito embora os Estados Unidos sejam líderes em intervenções estéticas, com 30,4% de todos os procedimentos não cirúrgicos e 15,5% de todos os cirúrgicos, eles ainda não conseguiram chegar ao patamar da Coreia do Sul. Lá, a ultravalorização da aparência na sociedade, combinada com a indústria do entretenimento e a herança histórica, fizeram da nação uma espécie de Meca das intervenções estéticas.<h2>A aparência é o que importa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03161501915358.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)O Ministério da Saúde e Bem-Estar da Coreia relatou que 397 mil turistas, dos quais 48 mil eram de países ocidentais, pousaram no Aeroporto Internacional de Incheon, em Seul, no ano de 2017 para realizar seus sonhos estéticos. Combinados, eles gastaram cerca de US$ 200 milhões, representando 33,6% da receita total de pacientes estrangeiros, um gasto quase quatro vezes maior em relação a 2012.Se pelo menos um quinto dos turistas vão à Coreia para fins estéticos, é porque desde 1994, como mostrou uma pesquisa do Instituto Gallup, 86% da população sul-coreana acredita que a “aparência é o que importa na vida”. Portanto, qual outro país do mundo seria melhor para fazer uma intervenção desse tipo do que aquele no qual uma em cada cinco mulheres já fizeram algum procedimento estético?Afinal, na Coreia, o presente da maioria das meninas quando atingem os 18 anos não é um carro, mas uma volta com tudo pago pelo distrito de Gangnam, em Seul, onde 500 clínicas estéticas se enfileiram com preços disputadíssimos para realizar o sonho de alguém ter a mandíbula remodelada ou as pálpebras "consertadas".<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03161221686355.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Esse era o caso de Erin Yi, uma estudante da Universidade da Califórnia que, apesar de ter nascido fora da Coreia, cresceu ouvindo que seria levada para lá quando atingisse a maioridade só para "consertar" suas pálpebras. Erin nasceu com monopálpebras, uma característica tipicamente vista em povos asiáticos, especialmente coreanos, enquanto as pálpebras duplas são conhecidas por serem um traço dos ocidentais. Elas são tão admiradas na cultura coreana que se tornaram tradição que as meninas as recebam de presente ao se formarem no Ensino Médio.Por si só, esse já é um tópico delicado de um debate espinhento em que não há um consenso por parte de sociólogos, médicos ou historiadores. De um lado, estão aqueles que acreditam que essa “aversão” pelas monopálpebras seja uma necessidade dos asiáticos em se encaixarem em um ideal de beleza eurocêntrico. Do outro, no entanto, está quem alega que a raça ou a intenção de “parecer branco” não é mais central nas escolhas dos coreanos modernos para modificar sua aparência. Em vez disso, eles querem apenas ser pessoas que aparentam ter feito cirurgias plásticas.<h2>O mapa do horror</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03161758177363.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Para muitos, essa supervalorização da aparência desde muito jovem pode parecer uma falha moral ou de caráter, mas não para uma sociedade com mais de dois milênios de história construída sobre o confucionismo. A filosofia e o sistema de valores desenvolvidos pelo filósofo chinês Confúcio exerceram grande influência em várias sociedades asiáticas, sobretudo a sul-coreana, pregando a modéstia e a apresentação de si mesmo como uma demonstração de respeito pelos outros e pela sociedade.Esses valores são constantemente atribuídos à beleza e à aparência física — por serem centralizados na importância de cultivar virtudes pessoais tanto quanto a benevolência, justiça, sinceridade, respeito, lealdade e retidão moral. A cultura confucionista incentivou por séculos seu povo a cuidar de sua aparência para manter uma imagem respeitável e harmoniosa perante o próximo. Em algumas interpretações da filosofia de Confúcio, a beleza física foi vista como uma manifestação externa da virtude moral interna. Portanto, indivíduos considerados bonitos podem ser vistos como mais virtuosos ou moralmente superiores.Séculos de contato da Coreia com outras nações asiáticas reforçaram essa ideia de percepção da beleza e valorização da aparência física como traço moral, assim como a hipervalorização da própria raça atingiu seu pico após a ocupação da Coreia pelo Japão, em 1910.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03161927282368.jpg" alt="(Fonte: Korea Post/Reprodução)">(Fonte: Korea Post/Reprodução)Pelos 35 anos nos quais a Coreia foi governada como colônia, seu povo foi cercado por tentativas de desracialização e imposição de padrões estéticos pelos japoneses. Eles foram submetidos a fortes propagandas falsas que retratavam atores e atrizes japoneses com características físicas consideradas atraentes e desejadas, como traços faciais específicos e cor mais clara da pele.Essa foi a raiz de uma ênfase pela busca de uma aparência ocidentalizada, a começar pelos olhos, de onde surgiu a tradição em "consertar" o problema que são as monopálpebras. As escolas controladas pelos japoneses impuseram uma doutrinação sobre o que era ser bonito e como os coreanos precisavam se adequar àquela estrutura. Os que não se enquadravam aos padrões de beleza eram discriminados e sofriam todo o tipo de exclusão social, a começar pelo trabalho. Diante disso, os procedimentos estéticos foram a única solução de sobrevivência.A antiga prática do gwansang (a adivinhação baseada na fisionomia facial) remonta ao século VII e sustenta que as características do rosto de uma pessoa compõem um “mapa”, revelando sua personalidade, seu passado, presente e futuro. Durante a ocupação da Coreia, os japoneses deturparam o gwansang&nbsp;e o basearam à etnia. Havia pessoas especializadas em ler o rosto dos coreanos para determinar se eram mais inteligentes ou nobres para ocupar cargos ou espaços.Com isso, não só foi criado um ambiente socialmente mais receptivo aos procedimentos estéticos, mas também o Japão "importou" para a Coreia vários cirurgiões-plásticos dos EUA e partes da Europa para se colocarem disponíveis aos coreanos que queriam não sofrer esse corte civilizacional.<h2>Falso deus</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03162234441369.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)A indústria de cirurgia plástica coreana floresceu mesmo após a Crise Financeira Asiática de 1997, quando os mercados do país entraram em colapso, obrigando o Fundo Monetário Internacional a reestruturar à força a economia coreana para que se assemelhasse mais com os mercados livres privatizados das nações ocidentais.Uma vez que isso diluiu as proteções trabalhistas, tornando mais fácil para as empresas demitirem seus funcionários, a crise de desemprego feroz propiciou um mercado mais competitivo, apoiado totalmente na aparência física. Em 2013, em uma pesquisa com 273 diretores de departamentos de recursos humanos na Coreia, o portal de empregos Saramin revelou que 84,2% dos entrevistados alegaram que suas decisões de contratação eram influenciadas pela aparência física e roupas de um candidato.Com esse efeito, o mercado de trabalho impulsionou as pessoas a se submeterem à controversa “cirurgia do emprego” para terem mais chances de contratação, tendo como base apenas feedbacks agressivos e preconceituosos de recrutadores durante entrevistas. Apesar de a prática ter sido proibida pelo governo coreano em 2017, ela persiste, causando danos psicológicos e socioeconômicos pelo país ao reforçar um padrão de ódio entre as pessoas.Em uma sociedade tradicionalmente patriarcal, onde as normas culturais e sociais favorecem os homens em muitos aspectos, as mulheres são as que mais saem perdendo quando o assunto é procedimento estético. Uma análise feita pelo Korean Youth Panel Study (KYPS) com 2.230 participantes indicou que a insatisfação corporal das mulheres é significativamente maior do que a dos homens. O centro de pesquisa Statista fez um levantamento em 2020 reforçando que apenas 2% dos homens entre 19 e 29 anos se submeteram a cirurgias plásticas.Um estudo de 2016, organizado pelo Hospital Gangnam Severance, mostrando que mulheres jovens sul-coreanas com uma imagem corporal negativa são mais propensas a depressão escancara ainda mais o problema: a sociedade coreana sucumbiu à plasticidade da aparência de tal maneira que não há volta. Hoje, submeter-se a uma quantidade absurda de cirurgias estéticas se tornou a única forma de os coreanos se sentirem inclusos e mostrarem que são “o tipo certo de pessoa”. Estamos falando de uma sociedade que prospera na crítica, no ódio, na condenação e no julgamento do próximo com base na aparência, como se tivesse saído de um romance de Scott Westerfeld em que ser normal é considerado “feio” em uma nação que emula extrema perfeição.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03162622319377.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Enquanto isso, o culto e a glorificação da beleza coreana cria pessoas que se sentem incapazes, como Christina Lim. Em entrevista à ABC News, a jovem que aspirava a uma carreira como tradutora e intérprete na televisão disse que recebia uma quantidade imensa de comentários de ódio de pessoas que não achavam que ela era “visualmente adequada” o suficiente para aparecer em rede nacional.Ela não viu outra saída senão deitar em uma mesa de cirurgia por mais de 10 horas para refazer sua mandíbula e remodelar o nariz. Três meses depois, Lim ainda estava deitada em uma cama de hospital sofrendo com as dores do pós-operatório. “Eu não diria que estou bonita, mas posso dizer que estou melhor agora. Estou feliz com esse rosto, acho que vou viver melhor com ele”, confessou aos repórteres da ABC.Recuperada, Lim voltou a ser procurada pelo jornal e revelou que não recomendava o procedimento a ninguém porque preferia a morte do que as dores do pós-operatório. Apesar disso, ela sentia que tudo valeu a pena e que não teria feito nada de diferente.Christina Lim ou qualquer outro cidadão médio coreano não têm como fugir dos rostos perfeitos da indústria do entretenimento, dos elementos propagandísticos que incentivam a cirurgia estética a qualquer custo, das alavancas econômicas que intitulam a Coreia do Sul como “a Meca da cirurgia plástica”; muito menos de uma tradição que ainda se agarra ao ditado popular: “Seu deus te cria, mas seu deus-médico é quem te faz”. E para uma sociedade que se equilibra na corda bamba entre ser ou parecer, a decisão em deitar em uma mesa de cirurgia acaba sendo fácil demais.</body>

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