Imagem de Turco Mecânico: o robô que enganou a todos no xadrez no megacurioso

A máquina foi uma sensação no final do século XVII, mas não passava de um truque bem ensaiado

Acredita-se que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123832-deep-blue-o-computador-que-derrotou-um-mestre-de-xadrez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">xadrez&nbsp;</a>tenha surgido em meados de 200 a.C., com intuito de representar uma batalha importante na hist&oacute;ria chinesa. Depois acabou sendo esquecido at&eacute; que ressurgiu no s&eacute;culo VII, com novas regras e sob a alcunha de Xiangqi, que significa "jogo do elefante" em chin&ecirc;s.
Sua dissemina&ccedil;&atilde;o pela &Aacute;sia e Europa o tornou o que conhecemos no s&eacute;culo XVI, tendo o padre espanhol Ruy L&oacute;pez como o primeiro mestre enxadrista da hist&oacute;ria moderna.
Apesar do comit&ecirc; da Carnegie Mellon University ter proposto, em 1980, um pr&ecirc;mio milion&aacute;rio para qualquer um que conseguisse criar um computador capaz de vencer o melhor enxadrista do mundo, a tecnologia rudimentar j&aacute; fazia isso, ou pelo menos fingia, muito antes disso.&nbsp;
Em 1770, o Mechanical Turk foi o primeiro rob&ocirc; enxadrista, mas n&atilde;o passava de um truque.
<h2>A m&aacute;quina impressionante</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/18/18141329163264.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Tudo come&ccedil;ou com a vontade do inventor h&uacute;ngaro Wolfgang von Kempelen de impressionar <a href="http://perdido-rumo-a-guilhotina-de-maria-antonieta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Maria Antonieta</a>, imperatriz da &Aacute;ustria. Para tanto, ele criou o Mechanical Turk, ou "turco mec&acirc;nico", um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119139-automat-o-primeiro-sistema-de-fast-food-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aut&ocirc;mato</a> capaz de vencer as pessoas no xadrez.
A m&aacute;quina por si s&oacute; j&aacute; tinha uma apar&ecirc;ncia que chamava aten&ccedil;&atilde;o. Tratava-se de um grande gabinete onde em seu topo havia um tabuleiro de xadrez sobre o qual pairava uma das m&atilde;os do boneco de um homem de turbante acoplado &agrave; estrutura da mesa. Para quem fosse curioso o suficiente, o interior da m&aacute;quina era um emaranhado impressionante de tubos de lat&atilde;o, engrenagens, turbinas e rodas.
Muito al&eacute;m da estrutura, o que mais impressionava os espectadores quando um convidado se sentava para jogar com o advers&aacute;rio mec&acirc;nico era sua capacidade de movimenta&ccedil;&atilde;o. O boneco pegava a pr&oacute;pria pe&ccedil;a, balan&ccedil;ava a cabe&ccedil;a tr&ecirc;s vezes se tivesse colocado a pe&ccedil;a do oponente em xeque, e at&eacute; alertava se seu oponente realizasse uma manobra ilegal. Todos ficavam assombrados com sua capacidade.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/30/wikimedia-commons-30120401715125.jpg" alt="Wikimedia Commons" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Atrav&eacute;s dos s&eacute;culos, o xadrez acabou adquirindo um car&aacute;ter quase sobrenatural na imagina&ccedil;&atilde;o do p&uacute;blico. Afinal, n&atilde;o era considerado t&atilde;o humano aqueles que conseguiam se destacar de maneira excepcional, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125080-e-possivel-separar-a-inteligencia-do-corpo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">raciocinando</a> de uma forma que muitos n&atilde;o achavam ser poss&iacute;vel.
Todo o excesso de intelig&ecirc;ncia no s&eacute;culo XVII foi acompanhado por um toque de divindade. N&atilde;o &eacute; para menos que o S&eacute;timo Selo de Ingmar Bergman mostra um cavaleiro jogando xadrez com a pr&oacute;pria Morte, uma met&aacute;fora para a vida e a guerra.
Mas n&atilde;o havia nada de m&aacute;gico no Turco al&eacute;m de um grande truque muito bem ensaiado. Dentro do gabinete ficava um ex&iacute;mio enxadrista que controlava o boneco por uma s&eacute;rie de alavancas enquanto olhava todas as pe&ccedil;as por baixo do tampo. A maquinaria foi projetada para permitir que cada se&ccedil;&atilde;o fosse revelada por vez, com o jogador secreto movendo as partes da mesa conforme necess&aacute;rio.
<h2>Uma fal&aacute;cia bem escondida</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/18/18143543543281.jpg" alt="(Fonte: Squarespace/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Squarespace/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O Turco se tornou uma febre entre o p&uacute;blico, ainda mais derrotando todos os membros da corte da rainha. No entanto, von Kempelen parou de exibi-lo de repente e passou a se dedicar a criar outros tipos de m&aacute;quinas. Demorou quase 10 anos para que o aut&ocirc;mato voltasse aos olhos do p&uacute;blico em uma turn&ecirc; pela Europa.
Milhares de pessoas pagaram uma boa quantia para tentar vencer a m&aacute;quina, at&eacute; mesmo <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122099-6-curiosidades-pouco-conhecidas-sobre-benjamin-franklin.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Benjamin Franklin</a> durante sua passagem por Paris. O grande truque n&atilde;o foi descoberto nem quando von Kempelen morreu, apesar de terem desconfiado em alguns momentos.
O Turco acabou em um museu, onde foi destru&iacute;do durante um inc&ecirc;ndio, ap&oacute;s uma turn&ecirc; desastrosa em Cuba.

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Turco Mecânico: o robô que enganou a todos no xadrez

Imagem de Octlantis: a cidade subaquática construída por comunidade de polvos no megacurioso

A comunidade subaquática transformou-se em refúgio para um grupo de polvos com comportamentos sociais complexos

Por muito tempo, os polvos sombrios (Octopus tetricus) foram considerados criaturas solit&aacute;rias que interagiam entre si somente na &eacute;poca de acasalamento, uma vez por ano. Contudo, novos estudos t&ecirc;m demonstrado uma faceta diferente para esses animais. Recentemente, pesquisadores trabalhando na costa da Austr&aacute;lia identificaram uma cidade subaqu&aacute;tica inteira constru&iacute;da por esses <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123858-pesquisadores-acham-molusco-transparente-extinto-ha-mais-de-30-mil-anos.htm#:~:text=Pesquisadores%20dos%20Estados%20Unidos%20encontraram,ser%20j%C3%A1%20n%C3%A3o%20existia%20mais." rel="noopener noreferrer" target="_blank">moluscos</a>.
O lugar foi carinhosamente batizado de "Octlantis", ou "Atl&acirc;ntida dos Polvos". Foi por meio da nova descoberta que os cientistas puderam identificar que esses polvos viviam dentro de uma grande comunidade, exibindo comportamentos sociais complexos. Entenda mais sobre o caso nos pr&oacute;ximos par&aacute;grafos!
<h2>Comunidade de polvos</h2>
<span data-fonte="Peter Godfrey-Smith/Reprodu&ccedil;&atilde;o" data-fonte-url="https://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-4898502/Octlantis-Underwater-city-built-entirely-octopuses.html" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/31/peter-godfrey-smith-31131508100172.jpg" alt="Peter Godfrey-Smith" />(Fonte: Peter Godfrey-Smith/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O estudo liderado por pesquisadores da Universidade de Illinois (EUA) analisaram de perto a cidade subaqu&aacute;tica constru&iacute;da em Jervis Bay, na costa leste da Austr&aacute;lia. Segundo o trabalho produzido, cerca de 15 <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120131-6-curiosidades-fantasticas-sobre-os-polvos.htm#:~:text=Polvos%20s%C3%A3o%20capazes%20de%20atravessar,Instagram%2C%20Facebook%20e%20no%20Twitter%3F" rel="noopener noreferrer" target="_blank">polvos</a> sombrios habitam aquela regi&atilde;o, mas ainda existem pouqu&iacute;ssimas informa&ccedil;&otilde;es sobre seus modelos de vida.
At&eacute; ent&atilde;o, esse &eacute; o segundo assentamento conhecido de polvos sombrios encontrado nessa &aacute;rea &mdash; algo que mostra que essas criaturas n&atilde;o s&atilde;o t&atilde;o solit&aacute;rias quanto imagin&aacute;vamos. Na vis&atilde;o dos pesquisadores, a recente descoberta mostra que os polvos podem ser animais bastante soci&aacute;veis caso as condi&ccedil;&otilde;es certas sejam apresentadas.
A "cidade" de Octlantis nada mais &eacute; do que um afloramento rochoso onde os polvos que l&aacute; habitam constru&iacute;ram pilhas de conchas que sobraram de criaturas utilizadas como alimentos, sobretudo ameijoas e vieiras. Posteriormente, essas pilhas de conchas foram esculpidas para criarem tocas, o que demonstra o potencial de engenharia da esp&eacute;cie.
<h2>Caracter&iacute;stica dos polvos sombrios</h2>
<span data-fonte="Peter Godfrey-Smith/Reprodu&ccedil;&atilde;o" data-fonte-url="https://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-4898502/Octlantis-Underwater-city-built-entirely-octopuses.html" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/31/peter-godfrey-smith-31131540530173.jpg" alt="Peter Godfrey-Smith" />(Fonte: Peter Godfrey-Smith/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Conforme destacado pelos pesquisadores, o polvo sombrio costuma ser uma esp&eacute;cie que s&oacute; se retira de suas tocas nos recifes rochosos australianos durante &agrave; noite. Nesse hor&aacute;rio, eles saem para ca&ccedil;ar lagostas, caranguejos e outras criaturas utilizando seus tent&aacute;culos compridos e poderosos.
Durante o dia, por&eacute;m, esses animais gostam de permanecer dentro de suas casas e bloque&aacute;-las com pedras. Sendo assim, as estruturas das "cidades dos polvos" s&atilde;o bastante relevantes dentro do cotidiano dessas criaturas.
<h2>Batalha por espa&ccedil;o</h2>
<span data-fonte="Peter Godfrey-Smith/Reprodu&ccedil;&atilde;o" data-fonte-url="https://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-4898502/Octlantis-Underwater-city-built-entirely-octopuses.html" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/31/peter-godfrey-smith-31131730686174.jpg" alt="Peter Godfrey-Smith" />(Fonte: Peter Godfrey-Smith/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Como pr&oacute;ximo passo, o objetivo dos pesquisadores agora &eacute; poder conhecer mais de perto o segundo assentamento encontrado na regi&atilde;o. A estrutura conta com 23 tocas e foi gravada em v&iacute;deo durante oito dias. Nesse per&iacute;odo, os cientistas puderam ver cerca de 15 polvos acasalando e lutando por espa&ccedil;o.
Durante uma confer&ecirc;ncia sobre comportamento animal em Cairns, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/42622-medo-e-morte-19-fotos-que-provam-que-a-natureza-na-australia-e-assustadora.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Austr&aacute;lia</a>, os pesquisadores apresentaram um v&iacute;deo onde pode-se ver os polvos recolhendo detritos com seus tent&aacute;culos antes de lan&ccedil;&aacute;-los na dire&ccedil;&atilde;o de seus rivais mais pr&oacute;ximos.
Nos casos mais agressivos, alguns polvos sombrios retiravam seus rivais para fora das tocas, perseguiam e escureciam seus corpos como tentativa de amedrontamento. Em determinado ponto, os polvos estavam t&atilde;o focados em lutar entre si que n&atilde;o notaram um tubar&atilde;o tentando se esgueirar pelo assentamento. Os pesquisadores suspeitam que a superlota&ccedil;&atilde;o dessa "cidade" pode ter feito com que diversos conflitos se instaurassem entre o grupo.&nbsp;

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Octlantis: a cidade subaquática construída por comunidade de polvos

Imagem de Julia Hill passou 738 dias morando em cima de uma sequoia gigante no megacurioso

Apesar das dificuldades, a jovem mostrou como o ativismo ambiental é essencial para causar uma mudança

Ao meio-dia de 7 de abril de 2022, o cientista clim&aacute;tico Peter Kalmus e alguns ativistas vestindo jalecos brancos se acorrentaram &agrave;s portas do banco JP Morgan Chase, em Nova York. O protesto lutava contra os investimentos da institui&ccedil;&atilde;o em projetos de minera&ccedil;&atilde;o, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124795-os-problemas-destrutivos-e-mortais-da-perfuracao-por-petroleo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">petr&oacute;leo</a> e g&aacute;s que est&atilde;o contribuindo cada vez mais para o estado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122626-o-que-acontece-se-for-acionada-a-declaracao-de-emergencia-climatica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">emerg&ecirc;ncia clim&aacute;tica global</a>.
O ativismo ambiental surgiu no final do s&eacute;culo XIX com a prote&ccedil;&atilde;o do campo na Europa, do deserto nos Estados Unidos e os impactos na sa&uacute;de desencadeados pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121277-de-relogios-humanos-a-maquinas-de-banho-3-habitos-curiosos-do-passado.htm#:~:text=A%20Revolu%C3%A7%C3%A3o%20Industrial%20foi%20tida,em%20uma%20era%20de%20modernidade." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Revolu&ccedil;&atilde;o Industrial</a>. No entanto, o movimento s&oacute; se concretizou em car&aacute;ter social e ganhou um rosto durante a d&eacute;cada de 1960, com o livro Silent Spring, de Rachel Carson, inspirando protestos contra o uso descontrolado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117152-bhopal-o-desastre-que-matou-mais-de-25-mil-pessoas-na-india.htm#:~:text=O%20local%20onde%20ficava%20a,a%20oportunidade%20de%20enterr%C3%A1%2Dlos" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pesticidas</a> nos EUA.
Provavelmente foi nessa &eacute;poca em que a m&iacute;dia come&ccedil;ou a rotular os ativistas como "loucos" ou "desocupados", mas defender aquilo que acredita n&atilde;o s&oacute; forma uma pessoa como cria uma mudan&ccedil;a que se espalha por toda a sociedade.&nbsp;
Foi assim com Julia Hill, a jovem que passou 2 anos morando no topo de uma &aacute;rvore.
<h2>"O chamado"</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/30/shaun-walker-ap-shutterstock-30114139662106.jpg" alt="Shaun Walker/AP/Shutterstock" />(Fonte: Shaun Walker/AP/Shutterstock/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Nascida em 18 de fevereiro de 1974, em Mount Vernon, no Missouri, Julia Hill se tornou uma ativista ambiental por acidente &ndash; e talvez esse seja o tra&ccedil;o mais extraordin&aacute;rio de como ela foi parar em cima de Luna, uma sequoia de 55 metros de altura e 1.500 anos.
Era 10 dezembro de 1997 e Hill viajava pela Calif&oacute;rnia quando encontrou um grupo de ativistas que protestavam contra a poda das sequoias por madeireiros da Pacific Lumber Company. O que motivou a jovem n&atilde;o foi s&oacute; descobrir que restavam, naquela &eacute;poca, apenas 3% do antigo ecossistema de sequoias gigante, mas tamb&eacute;m sentir a espiritualidade que vinha das &aacute;rvores.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/30/getty-images-30114245800107.jpg" alt="Getty Images" />(Fonte: Getty Images)
Essa rela&ccedil;&atilde;o em tudo tinha a ver com o grave acidente de carro que Hill sofreu aos 20 anos, seguido por um longo per&iacute;odo de recupera&ccedil;&atilde;o em que ela percebeu que sua vida estava desequilibrada. &ldquo;Eu era obcecada pela minha carreira, sucesso e coisas materiais&rdquo;, disse ela. Segundo Hill, o acidente a despertou para a import&acirc;ncia do momento e a necessidade em fazer o que pudesse para causar um impacto positivo no futuro.
Todas essas circunst&acirc;ncias contribu&iacute;ram para que ela se oferecesse para subir por uma semana na sequoia gigante, mas a maneira como a causa e o contato com a &aacute;rvore a impactaram fez ela permanecer por 738 dias em meio aos galhos.
<h2>Um s&iacute;mbolo de resist&ecirc;ncia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/18/18165559826366.jpg" alt="(Fonte: YouTube/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: YouTube/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A partir daquele momento, Hill se tornou porta-voz contra a Pacific Lumber Company e destinou todos os meses que passou em meio aos galhos para chamar aten&ccedil;&atilde;o para o cont&iacute;nuo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116957-desflorestamento-da-amazonia-atinge-apice-desde-2008.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desmatamento</a> e extra&ccedil;&atilde;o do material das sequoias gigantes de maneira indiscriminada na Calif&oacute;rnia da d&eacute;cada de 1990.
Mas nem toda a rela&ccedil;&atilde;o que a jovem desenvolveu com o movimento impediu que ela sofresse. Hill teve que lidar com a campanha da empresa para faz&ecirc;-la desistir da causa, tocando buzinas altas para lev&aacute;-la ao pico de estresse e dificultar seu sono. Al&eacute;m disso, Hill tamb&eacute;m enfrentou as dificuldades de morar nos galhos de uma &aacute;rvore em uma barraca improvisada devido aos imprevistos naturais, como tempestades de inverno com neve e granizo. Sua alimenta&ccedil;&atilde;o era enviada por amigos e apoiadores por meio de uma corda.
Seu protesto s&oacute; terminou quando a Pacific Lumber Company concordou em preservar aquela &aacute;rvore em que estava e todas as outras em um raio de 61 metros. A essa altura, Julia Hill j&aacute; havia se tornado uma das maiores ativistas ambientais dos EUA, de forma repentina.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/30/dan-miles-ran-getty-images-30114356199110.jpg" alt="Dan Miles/RAN/Getty Images" />(Fonte: Dan Miles/RAN/Getty Images)
Ela continuou trabalhando no ativismo ambiental, chegando a lan&ccedil;ar o livro The Legacy of Luna: The Story of a Tree, a Woman and the Struggle to Save the Redwoods. Hill viajou o pa&iacute;s dando palestras e defendendo a conserva&ccedil;&atilde;o da natureza, advogando em prol da responsabilidade social e ambiental que as empresas precisavam ter.
&ldquo;Como nada acontece no vazio, &eacute; cientificamente imposs&iacute;vel n&atilde;o ter algum impacto&rdquo;, afirmou &agrave;&nbsp;BBC.
Sua luta e resist&ecirc;ncia foram essenciais para encorajar e educar milhares de pessoas pelo mundo sobre causas ambientais, e de que todo ato &eacute; valido e urgente.

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Julia Hill passou 738 dias morando em cima de uma sequoia gigante

Imagem de Músicas que tocam em lojas podem nos influenciar a comprar? no megacurioso

Das lojas ao transporte público: experiências mostram como a música ambiente pode induzir a diferentes comportamentos

N&atilde;o &eacute; segredo algum que a m&uacute;sica &eacute; capaz de despertar emo&ccedil;&otilde;es e oferecer uma nova percep&ccedil;&atilde;o. Afinal, ela possui at&eacute; mesmo o poder nos aproximar de outras pessoas. Mas ao considerar a influ&ecirc;ncia que o som pode exercer em diferentes ambientes, como shoppings, supermercados, bancos e hospitais, o assunto ganha outra dimens&atilde;o.
Isso porque h&aacute; uma s&eacute;rie de estudos e experimentos que apontam o uso da m&uacute;sica de fundo para induzir a determinados comportamentos, uma vez que ela altera a percep&ccedil;&atilde;o do p&uacute;blico em diferentes contextos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/25/25231750692037.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>O poder do est&iacute;mulo da m&uacute;sica ambiente</h2>
Num hospital, por exemplo, uma m&uacute;sica suave pode deixar os pacientes mais relaxados. Em lojas, as can&ccedil;&otilde;es tamb&eacute;m podem ajudar vendedores a ter uma melhor forma de contato com os clientes.
Segundo um estudo publicado em 2015, conduzido por Luca Petruzzellis e Ada Palumbo da Universidade de Bari Aldo Moro, na It&aacute;lia, em conjunto com Jean-Charles Chebat, da HEC Montreal, no Canad&aacute;, as m&uacute;sicas influenciam no momento da compra.
Isso porque em lojas, as can&ccedil;&otilde;es mais famosas deixavam os clientes mais animados e induziam a uma resposta imediata: como resultado, as pessoas ficam mais suscet&iacute;veis a consumir. Possivelmente esse impulso seria um efeito da rela&ccedil;&atilde;o entre o som e a mem&oacute;ria.
Por outro lado, as melodias mais conhecidas foram associadas &agrave; redu&ccedil;&atilde;o da aten&ccedil;&atilde;o. Ou seja, diferente das can&ccedil;&otilde;es mais calmas, que promovem relaxamento entre os clientes, elas n&atilde;o s&atilde;o a escolha ideal para chamar a aten&ccedil;&atilde;o para uma promo&ccedil;&atilde;o.
A <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123503-como-fazer-os-jovens-gostarem-de-musica-classica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">m&uacute;sica cl&aacute;ssica</a>, apontada como uma aliada daqueles que desejam se concentrar numa tarefa, ou estudar, tamb&eacute;m j&aacute; foi usada com outros prop&oacute;sitos. E um dos casos mais famosos ocorreu no metr&ocirc; de Londres.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/26/26005023663000.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>M&uacute;sica para acalmar&nbsp;</h2>
Em 2003, a m&uacute;sica erudita passou a tocar nos vag&otilde;es de uma linha. Como resultado, segundo a The Independent, o n&uacute;mero de roubos diminuiu 33% e o vandalismo caiu 37%. E os ataques aos funcion&aacute;rios tamb&eacute;m foram reduzidos em 25% ao longo de 18 meses.
Contudo, &eacute; importante lembrar que ainda h&aacute; um elemento subjetivo envolvido. E ele garante que esse recurso nem sempre vai obter o efeito esperado. Afinal, o gosto das pessoas varia e &eacute; preciso ter aten&ccedil;&atilde;o.
Por esse motivo, h&aacute; locais que est&atilde;o deixando a m&uacute;sica de lado. No <a href="https://www.tecmundo.com.br/mobilidade-urbana-smart-cities/138588-metro-sp-parar-tocar-musica-durante-viagens.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">metr&ocirc; de S&atilde;o Paulo</a>, os sons colocados para tocar j&aacute; motivaram reclama&ccedil;&otilde;es por parte dos usu&aacute;rios. Da mesma forma, a loja Marks &amp; Spencer, que abusava das composi&ccedil;&otilde;es sonoras para deixar o ambiente mais agrad&aacute;vel, aboliu essa pr&aacute;tica das suas unidades em 2016.
Ou seja, atentar-se ao som ambiente &eacute; uma forma de perceber qual &eacute; o comportamento esperado numa determinada situa&ccedil;&atilde;o e avaliar quais benef&iacute;cios &ndash; ou riscos &ndash; est&atilde;o em jogo. Pensando nisso, a melhor sa&iacute;da &eacute; investir em formas de desfrutar dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122220-como-a-musica-afeta-e-estimula-o-nosso-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">benef&iacute;cios</a> da m&uacute;sica para a rotina.

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Músicas que tocam em lojas podem nos influenciar a comprar?

Imagem de Algumas das gírias mais populares das décadas passadas no megacurioso

Veja aqui quais eram os termos mais usados para a comunicação entre os mais jovens ao longo da história

Dentre as v&aacute;rias coisas que marcam uma gera&ccedil;&atilde;o est&atilde;o as formas de se comunicar. Seja em anos mais recentes ou no passado, o vocabul&aacute;rio dos mais jovens sempre incluiu <a href="https://www.megacurioso.com.br/ilustracao-e-pintura/98718-9-girias-e-expressoes-ilustradas-para-se-divertir-na-aula-de-ingles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">g&iacute;rias</a>, termos usados para passar uma ideia ou at&eacute; mesmo representar um grupo espec&iacute;fico.
Por&eacute;m, voc&ecirc; faz ideia de quais eram as g&iacute;rias populares no passado? Caso esteja curioso, vamos falar sobre algumas delas a seguir.
<ul>
<li>Veja tamb&eacute;m: <a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/42569-voce-sabe-qual-a-origem-da-expressao-ok-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Voc&ecirc; sabe qual &eacute; a origem da express&atilde;o OK?</a></li>
</ul>
<h2>Anos 1950</h2>
<ul>
<li>Bafaf&aacute;: o mesmo que confus&atilde;o ou bagun&ccedil;a;</li>
<li>Barbeiro: indicativo de um motorista ruim. Curiosamente, essa g&iacute;ria possui rela&ccedil;&atilde;o com um per&iacute;odo em que barbeiros tamb&eacute;m faziam servi&ccedil;os como extra&ccedil;&atilde;o de dentes e remo&ccedil;&atilde;o de calos, mas sem ser um verdadeiro especialista no assunto. Como muitas vezes o resultado era mal feito, acabou se tornando sin&ocirc;nimo de atividades que s&atilde;o feitas dessa forma (inclusive dirigir);</li>
<li>De lascar o cano: utilizando para indicar que algo &eacute; muito ruim;</li>
<li>Ch&aacute; de cadeira: quem toma um ch&aacute; de cadeira acaba esperando algo por muito tempo;</li>
<li>Marcar touca:&nbsp;se algu&eacute;m "marca touca", significa que perdeu a oportunidade de fazer alguma coisa.</li>
</ul>
<h2>Anos 1960</h2>
<ul>
<li>Boa pinta:&nbsp;dizer que uma pessoa &eacute; "boa pinta" era um elogio, j&aacute; que indicava que era bonita e tinha boa apar&ecirc;ncia;</li>
<li>Brotinho: usado para falar sobre uma garota bonita. A express&atilde;o ficou bastante popular especialmente por conta da Jovem Guarda, j&aacute; que alguns artistas costumavam inclu&iacute;-la em suas can&ccedil;&otilde;es;</li>
<li>P&atilde;o:&nbsp;se por um lado t&iacute;nhamos "brotinho" para se referir a uma mo&ccedil;a bonita, as mulheres podiam falar "p&atilde;o" quando queriam indicar que estavam falando de um homem bonito;</li>
<li>Cafona: uma coisa cafona &eacute; totalmente fora de moda;</li>
<li>Sebo nas canelas: usado para dizer que a pessoa precisa se apressar. Esse termo surgiu por conta de uma t&eacute;cnica utilizada em corridas de rua feitas no Cear&aacute;, e para ter alguma vantagem era comum os meninos passarem sebo de carneiro nas pernas (isso fazia a regi&atilde;o arder, mas o vento ajudava a aliviar o calor).</li>
</ul>
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/rt2-k_Ow4vw" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
<h2>Anos 1970</h2>
<ul>
<li>Barra pesada:&nbsp;estar em uma situa&ccedil;&atilde;o "barra pesada" era o mesmo que passar por uma grande dificuldade;</li>
<li>Careta:&nbsp;uma pessoa "careta" era aquela que se mantinha conservadora. Era comumente utilizada para se referir aos mais velhos (especialmente os pais);</li>
<li>Chato de galocha:&nbsp;ser um "chato de galocha" n&atilde;o era algo bom, pois indicava uma pessoa chata e com a qual ningu&eacute;m gostaria de conversar ou conviver. O termo tem origem no uso das galochas de borracha, que eram &uacute;teis para cobrir os sapatos em dias de chuva e, quando n&atilde;o eram removidas, sujavam toda a casa;</li>
<li>Entrar pelo cano:&nbsp;significa que algu&eacute;m se deu mal em alguma situa&ccedil;&atilde;o;</li>
<li>Tutu:&nbsp;quem tinha bastante "tutu" era considerado sortudo, pois significava que tinha bastante dinheiro.</li>
</ul>
<h2>Anos 1980</h2>
<ul>
<li>Numa nice:&nbsp;pessoas "numa nice" estavam relaxadas e sem qualquer tipo de preocupa&ccedil;&atilde;o;</li>
<li>Viajar na maionese: pessoas que "entravam nesse estado" estavam imaginando coisas absurdas ou sem o menor sentido. Essa express&atilde;o pode ter duas origens: uma delas diz respeito a uma viagem prometida por uma f&aacute;brica de maionese (possivelmente uma promo&ccedil;&atilde;o) que nunca ocorreu, enquanto a outra diz que a maionese &eacute; uma mistura de v&aacute;rios produtos e por isso acabou escolhida para compor o termo;</li>
<li>Rachar o bico: significa que voc&ecirc; est&aacute; rindo muito de alguma coisa ou situa&ccedil;&atilde;o;</li>
<li>Pentelho:&nbsp;usado para indicar que uma pessoa &eacute; muito irritante;</li>
<li>Bode:&nbsp;uma pessoa "de bode" est&aacute; de mau-humor.</li>
</ul>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/24/24141647382225.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)

<h2>Anos 1990</h2>
<ul>
<li>Antenado: uma pessoa antenada era aquela que estava por dentro dos assuntos;</li>
<li>Bolado: indicativo de voc&ecirc; est&aacute; chateado ou bravo com algu&eacute;m/alguma coisa;</li>
<li>Xaveco: iniciar um "xaveco" era o indicativo de que estava interessado em paquerar uma pessoa;</li>
<li>Pagar mico:&nbsp;passar vergonha com alguma coisa. Esse termo surgiu gra&ccedil;as ao Jogo do Mico, um game de cartas em que era preciso formar pares de bichos (macho e f&ecirc;mea) - e o &uacute;nico sozinho era o mico;</li>
<li>Queimar o filme: uma pessoa com o "filme queimado" tinha certamente passado por algo vergonhoso.</li>
</ul>
<h2>Anos 2000</h2>
<ul>
<li>Bus&atilde;o: g&iacute;ria utilizada para falar de um &ocirc;nibus;</li>
<li>T&aacute; ligado: &eacute; o mesmo que perguntar se uma pessoa entendeu algo que est&aacute; sendo falado ou explicado;</li>
<li>X9: usado para dizer que uma pessoa &eacute; dedo duro. A express&atilde;o surgiu por conta de um dos pavilh&otilde;es do antigo pres&iacute;dio do Carandiru, em S&atilde;o Paulo, pois o Pavilh&atilde;o X9 era onde ficavam os presos que eram informantes da pol&iacute;cia.</li>
<li>Abalar: uma pessoa que est&aacute; "abalando" causou uma boa impress&atilde;o;</li>
<li>Bombado: significa que um lugar est&aacute; cheio e bastante animado.</li>
</ul>

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Algumas das gírias mais populares das décadas passadas

Imagem de Como é viver com Transtorno Dissociativo de Identidade? no megacurioso

Pessoas que sofrem traumas graves durante a infância podem criar múltiplas personalidades, levando ao Transtorno Dissociativo de Identidade

<head></head><body>O Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI), também chamado de "múltiplas personalidades", se tornou um prato cheio para a cultura popular. Essa condição psiquiátrica já era debatida na medicina tradicional chinesa, começou a ser estudada mais a fundo no século XIX e tomou os holofotes na cultura ocidental em meados do século XX.Mais especificamente, o boom pode ser atribuído ao filme As Três Faces de Eva, de 1957, que é baseado num caso psiquiátrico real de uma moça norte-americana. Esse filme inspirou também a novela brasileira <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119781-relembre-9-finais-de-novela-que-pararam-o-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Irmãos Coragem&nbsp;(1970)</a>, na qual Glória Menezes interpretava a recatada Lara — que, por vezes, dava lugar à sensual Diana ou à ponderada Márcia, um meio-termo.&nbsp;Posteriormente, produções como Clube da Luta, Cavaleiro da Lua e Fragmentado mantiveram o Transtorno Dissociativo de Identidade na cultura popular. Mais recentemente, diversos perfis em <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121566-entenda-os-impactos-da-cultura-das-redes-sociais-no-seu-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">redes sociais</a> como o TikTok se dedicaram a debater o assunto — com muitas pessoas que afirmam sofrer do transtorno. Tal abordagem, entretanto, também gera críticas.&nbsp;Dito isso, o que de fato é o transtorno e como é viver com ele?&nbsp;<h2>Um diagnóstico difícil e polêmico</h2>Ainda que o Transtorno Dissociativo de Identidade faça parte do DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), uma real definição do problema e até sua existência são debatidos por especialistas.&nbsp;Muitos afirmam que é possível "fingir" ter várias personalidades, que elas podem aparecer com certos processos terapêuticos ou que a dissociação, na verdade, seria uma forma grave de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/100387-transtorno-de-personalidade-borderline-voce-sabe-o-que-e-isso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">transtorno de personalidade borderline</a> ou da esquizofrenia.Para aqueles que defendem o Transtorno Dissociativo de Identidade como uma condição real e separada, ela é definida pela existência de mais de uma personalidade por um longo período de tempo. A personalidade principal geralmente perde a memória quando as outras "entram".<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/31/31013317280001.jpg" alt="Filme As Três Faces de Eva (1957) trouxe o Transtorno Dissociativo de Identidade para a cultura popular (Fonte: Britannica/Reprodução)">Filme As Três Faces de Eva (1957) trouxe o Transtorno Dissociativo de Identidade para a cultura popular (Fonte: Britannica/Reprodução)Contudo, também há relatos de que as personalidades conversam entre si no "espaço mental" da pessoa que sofre com o transtorno. Elas podem criar regras para quando uma ou outra vai entrar, até porque as personalidades costumam ter funções diferentes na vida da pessoa.O transtorno está conectado ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/99250-sindrome-do-estresse-pos-traumatico-por-que-acontece-e-como-superar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estresse pós-traumático</a>, especialmente na infância. De forma resumida, a pessoa "cria" as outras personalidades para lidar com questões que não consegue processar — como um abuso físico, psicológico ou sexual.&nbsp;O tratamento do Transtorno Dissociativo de Identidade é difícil envolve a psicoterapia, além da psiquiatria. É possível administrar medicamentos para aliviar os sintomas.&nbsp;<h2>O testemunho das personalidades</h2>Em 2019, um caso de Transtorno Dissociativo de Identidade virou manchete internacional: Jeni Haynes "chamou" suas personalidades para testemunhar contra o pai, Richard, que abusou de forma sistemática e bárbara da própria filha. Dos 4 até os 11 anos, Jeni sofreu o que a justiça da Austrália chamou de tortura.&nbsp;Quando os abusos físicos e psicológicos começaram, a primeira personalidade que surgiu foi Symphony — uma menina de quatro anos, como Jeni era quando a violência começou. Então, surgiram outras. Ao todo, mais de 2 mil personalidades passaram pelo corpo dessa mulher ao longo de sua vida, como forma de lidar com a tortura sofrida nas mãos do pai.&nbsp;"Eu criei pessoas para lidar com o que eu não conseguia lidar", conta ela. A violência foi tanta que a moça ficou traumatizada pelo resto da vida e só conseguiu contar tudo à mãe — para, a partir disso, levar o caso à justiça — quando já era adulta.Nessa entrevista ao programa 60 Minutes, em inglês, é possível ver quando Jeni "chama" suas personalidades para contar diferentes partes de sua história:<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/2c8xpiCKtHQ" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Symphony conta que, a partir da hora em que ela surgiu, os abusos passaram a ser sofridos por ela — Jeni saía de cena. Cada personalidade que surgiu depois tinha funções diferentes para a mulher e, inclusive, testemunhou sobre partes diferentes do caso, no tribunal.&nbsp;Muscles, um rapaz de 18 anos, vinha para falar sobre os abusos físicos. Já Linda, uma elegante mulher, falou sobre o impacto dos abusos na vida escolar e nos relacionamentos de Jeni. Mas foi depois de um depoimento de Symphony, que durou 2h30, que Richard confessou os seus crimes. Ele foi condenado a mais de 30 anos de prisão e Jeni recebeu uma indenização.</body>

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Como é viver com Transtorno Dissociativo de Identidade?

Imagem de Pessoas que traem não costumam sentir remorso, afirma estudo no megacurioso

Pesquisa mostrou que pessoas que 'pulam a cerca' amam seus cônjuges, mas buscam satisfação sexual com amantes e não se sentem culpados

<head></head><body>Em filmes, séries ou novelas, é comum ver pessoas se sentindo culpadas por uma traição. Ou até quando a traição nem acontece — como naquelas cenas onde o casal quase se beija, mas um dos dois diz que eles não podem "fazer aquilo" com seus cônjuges. A realidade, porém, costuma ser bem diferente da ficção, segundo um estudo recente.&nbsp;Cientistas da Universidade Johns Hopkins fizeram uma pesquisa com 2 mil usuários do Ashley Madison, um site que reúne pessoas que estão procurando um relacionamento extraconjugal.As opiniões dos participantes não poderiam ser mais distantes da ficção. De modo geral, eles amam seus cônjuges e avaliam bem o relacionamento. Mas também acham que a "<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/103768-7-fatos-sobre-traicoes-que-todo-mundo-em-um-relacionamento-deveria-saber.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pulada de cerca</a>" é satisfatória, sentem pouco remorso e não acreditam que sua infidelidade prejudica o casamento. "Esses achados pintam uma imagem mais complicada da infidelidade, comparada ao que a gente achava que sabia", resume Dylan Selterman, professor de psicologia e ciências do cérebro e um dos autores da pesquisa.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/30/30113313841088.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty Images<h2>Um cenário mais contraditório e cheio de nuances</h2>Como Selterman e suas colegas ponderam em seu artigo, publicado recentemente na revista Archives of Sexual Behavior, até mesmo a ciência já afirmou que relacionamentos ruins são um estímulo para a infidelidade. Podem até ser, mas não são os únicos, como mostra a pesquisa.A equipe de cientistas aplicou questionários a cerca de 2 mil usuários do site Ashley Madison, antes e depois das "puladas de cerca" e fez perguntas sobre o estado do casamento, motivos para procurar um ou uma amante, além do bem-estar da pessoa em geral. E as respostas não poderiam ser mais positivas.&nbsp;No artigo, Selterman e as colegas descrevem o usuário típico do site como um homem de meia idade que ama sua esposa, mas não tem satisfação sexual. Por isso, procura uma amante para ter essa "novidade". Além disso, há um desejo de independência e variedade sexual.&nbsp;Depois da traição, não há sentimentos de culpa: os participantes reportavam satisfação sexual e psicológica com seus relacionamentos extra-conjugais.Alguns até podem se questionar se esses participantes não estariam em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120413-relacao-aberta-5-casais-famosos-que-nao-eram-monogamicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">casamentos abertos</a>, onde há permissão para se relacionar com outras pessoas: apenas 15% dos entrevistados relataram uma relação não-monogâmica e alguns até se contradiziam em outras respostas. Na maioria dos casos, o casamento era "aberto" só para o participante mesmo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/30/30113500802090.jpg" alt="Fonte: GettyImages">Fonte: GettyImagesSendo assim, a conclusão dos pesquisadores é que a infidelidade é um fenômeno muito mais cheio de nuances do que a cultura popular e até outras pesquisas científicas haviam mostrado anteriormente. "Às vezes, as pessoas traem até quando os relacionamentos estão muito bons", afirma Selterman.O cientista conclui: "O ponto principal, para mim, é que manter a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123133-6-tipos-de-relacoes-diferentes-da-monogamia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">monogamia</a> ou exclusividade sexual, especialmente ao longo da vida das pessoas, é muito, muito difícil. E eu acredito que as pessoas contam a monogamia como algo certo quando elas se comprometem com alguém em um casamento". Pelo visto, não é nada tão garantido assim...</body>

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Pessoas que traem não costumam sentir remorso, afirma estudo

Imagem de As 4 principais semelhanças entre o Brasil e as Filipinas no megacurioso

As analogias entre o povo filipino e o brasileiro rendem muitos memes nas redes sociais, mas também têm raízes históricas

<head></head><body>As Filipinas ficam do outro lado do mundo, entre o Mar do Sul da China e o Oceano Pacífico. Porém, o povo desse país pode muito bem ser nossos primos distantes: os "filiprimos", como muita gente tem comentado na internet.&nbsp;É cada vez mais comum encontrar comentários sobre as semelhanças entre os filipinos e os brasileiros — ou latinos, de maneira geral. Recentemente, isso surgiu com <a href="https://www.tiktok.com/@greengodictionary/video/7225725978977340677" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um vídeo de duas crianças dançando funk</a>. Teve até quem compartilhou pensando que elas fossem brasileiras, mas elas são filipinas. A semelhança é tanta que dá para confundir.Mas de onde vem essas semelhanças?<h2>1. Colonização</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/24/24224336414018.jpg" alt="As Filipinas têm essa nome por causa do Rei Filipe II, da Espanha (Fonte: Wikimedia Commons)">As Filipinas têm essa nome por causa do Rei Filipe II, da Espanha (Fonte: Wikimedia Commons)Assim como o Brasil, as Filipinas também foram colonizadas por uma potência ibérica de língua latina: os espanhóis. Depois do primeiro contato, em 1521, eles começaram a ocupar o território em 1565, mais ou menos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121534-o-que-teria-acontecido-se-colombo-nao-tivesse-descoberto-a-america.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como fizeram na América</a>.&nbsp;A maior diferença é que, como eles não encontraram tantas riquezas por lá, os espanhóis não se ocuparam tanto com as Filipinas e as utilizaram mais como entreposto logístico na Ásia. Em 1898, eles cederam as ilhas para os Estados Unidos depois de uma guerra.&nbsp;Os filipinos continuaram lutando por sua independência, que foi alcançada em 1946. Hoje, seus idiomas oficiais são o filipino e o inglês, mas é possível ver a influência do espanhol em muitos endereços, nos nomes das pessoas e em outras palavras.&nbsp;<h2>2. Religião</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/24/24225000151019.jpg" alt="As Filipinas são uma das poucas regiões de maioria católica na Ásia (Fonte: GettyImages)">As Filipinas são uma das poucas regiões de maioria católica na Ásia (Fonte: GettyImages)Enquanto a maior parte dos países do Sudeste Asiático é de maioria islâmica — como Malásia e Indonésia —, as Filipinas têm uma ampla superioridade católica: 78% da população se declarou cristã no último censo, de 2020.Isso tem grande influência dos padres que chegaram junto com os colonizadores espanhóis e argumentavam que os nativos não deveriam ser escravizados, mas sim convertidos à fé cristã.Mas isso remete a uma grande diferença entre Brasil e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117872-4-curiosidades-fascinantes-sobre-as-filipinas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Filipinas</a>: os nativos não se misturaram com os colonizadores, inclusive porque nem houve uma ocupação espanhola tão grande nas ilhas como houve de portugueses no Brasil.<h2>3. Vizinhança</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/24/24225556434020.jpg" alt="Os filipinos têm uma cultura diferente de seus vizinhos (Fonte: GettyImages)">Os filipinos têm uma cultura diferente de seus vizinhos (Fonte: GettyImages)O aspecto da religião se relaciona com outra semelhança entre Brasil e Filipinas: ter uma cultura diferente de seus vizinhos. Assim como eles são o único país de maioria católica no Sudeste Asiático, nós também somos os únicos falantes de português na América Latina. Com isso, os dois países construíram uma cultura própria, quase separada de seus vizinhos.Isso aparece, ainda, em outro aspecto comum aos dois países: a cultura <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118134-dia-nacional-do-orgulho-lgbt-curiosidades-sobre-a-data.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">LGBTQIA+</a>. Muitos dos memes e costumes das comunidades queer dos dois países são parecidos. Aliás, as Filipinas são o país mais aberto a estas pessoas na região: 73% de aceitação, contra 9% da Indonésia.<h2>4. Clima e festas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/24/24230217212023.jpg" alt="As Filipinas também são um país quente e festivo (Fonte: GettyImages)">As Filipinas também são um país quente e festivo (Fonte: GettyImages)Pela sua localização, pouco acima da linha do Equador, as Filipinas também têm um clima quente e úmido — comum a muitas regiões do Brasil.Porém, a maior semelhança é o "calor" das pessoas: assim como os brasileiros, os filipinos são um povo festivo, apesar dos problemas sociais do país. Além disso, têm o costume de rir dos próprios problemas e fazer piada com a instabilidade política.&nbsp;Aliás, o histórico democrático das Filipinas também é bastante turbulento. Entre 1965 e 1986, o país viveu uma ditadura sob Ferdinand Marcos. Nos últimos anos, elegeu o populista de direita Rodrigo Duterte e, agora, seu presidente é Bongbong Marcos — filho de Ferdinand, que tem a filha de Duterte como vice.Haja bom humor para lidar com essas situações, né? É nesse contexto que os memes sobre as semelhanças entre Brasil e Filipinas unem os internautas dos dois países.</body>

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As 4 principais semelhanças entre o Brasil e as Filipinas

Imagem de Beijo: uma expressão de afeto através dos séculos no megacurioso

Como o beijo estabeleceu conexões afetivas e fortaleceu a comunicação não verbal ao longo dos anos

<head></head><body>Além de ser uma expressão de afeto, o beijo desempenha um papel fundamental na sociedade moderna. Ele é considerado uma forma íntima de conexão emocional entre os indivíduos desde a antiguidade e desempenha um papel significativo em diversos aspectos da vida social e romântica. Vamos explorar a história do beijo, sua origem na antiga Mesopotâmia e sua evolução ao longo dos séculos.<h2>Quando começamos a beijar?</h2>Você sabia que por volta de 3500 a.C., o beijo já era uma prática comum na antiga Mesopotâmia? De acordo com um artigo publicado recentemente na revista Science, acredita-se que o ato romântico de beijar ocorreu 1 mil anos antes do que era previsto pelos historiadores.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/23/23194844206314.jpg" alt="O beijo romântico se originou em sociedades antigas, há séculos atrás. (Fonte: Unsplash)">O beijo romântico se originou em sociedades antigas, há séculos atrás. (Fonte: Unsplash)<h2>Simbolismo e tradições</h2>A partir de tábuas de argila deixadas pelos antigos mesopotâmicos, é possível identificar dois tipos de beijo: o primeiro era o beijo amigável entre pais e filhos, onde as pessoas beijavam os pés dos mais velhos ou o chão como sinal de respeito ou submissão.O segundo era o beijo labial, mais erótico e íntimo. Esse beijo era reservado para pessoas casados, pois demonstrações públicas de afeto na Mesopotâmia eram desaprovadas. O ato de beijar entre pessoas solteiras era tabu e considerado uma rendição à tentação sexual. Acreditava-se que pessoas que não deveriam ter atividade sexual, como sacerdotisas, poderiam perder a capacidade de falar se beijassem alguém.Sabe-se que, além da Mesopotâmia, outras civilizações antigas também tinham o hábito de trocar beijos. Os egípcios, por exemplo, acreditavam que o beijo era uma forma de transferir o "ka", a força vital, de uma pessoa para outra. Já os gregos consideravam o beijo uma forma de cumprimento e saudação entre familiares e amigos.<h2>Evolução do beijo romântico</h2>O beijo romântico começou a ganhar mais espaço na Grécia Antiga. A poetisa Sappho, conhecido como "a décima musa", escreveu sobre os beijos apaixonados entre mulheres e homens. A partir daí, o beijo romântico se espalhou pela Europa e foi incorporado às demonstrações de amor e afeto nos relacionamentos.<h2>Curiosidades e consequências do ato de beijar</h2>Segundo registros, à medida que mais pessoas adotaram o hábito de beijar na boca, textos médicos antigos descreviam doenças cujos sintomas se assemelhavam a infecções virais transmitidas por <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124350-beijo-no-carnaval-como-ists-contraidas-pela-saliva-afetam-o-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">contato oral</a>.&nbsp;Outro fato curioso é que, durante o ato de um beijo apaixonado, são ativados cerca de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119702-quantos-musculos-nos-usamos-para-realizar-atividades-basicas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">29 músculos faciais</a>, demonstrando o envolvimento físico e emocional. Estudos científicos também mostram que o beijo pode liberar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123186-estudo-identifica-potencial-beneficio-da-ocitocina-o-hormonio-do-amor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">substâncias químicas no cérebro</a>, como a dopamina, associada à sensação de prazer e bem-estar.Seja como expressão de amor romântico ou como forma de saudação, o beijo continua sendo uma das formas mais poderosas de demonstrar afeto.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:55.743Z

Beijo: uma expressão de afeto através dos séculos

Imagem de 4 coisas erradas que Succession conta sobre os negócios no megacurioso

Várias atitudes corporativas mostradas em Succession não seriam viáveis na vida real

<head></head><body>A série Succession chegou ao fim na HBO com grande êxito de audiência na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124173-rede-globo-conheca-todas-as-logos-da-emissora-desde-1965.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">emissora</a>. Milhares de pessoas assistiram às quatro temporadas do drama com tons de comédia em que os membros da família Roy se engalfinhavam (quase sempre metaforicamente) para definir quem sucederia o pai, Logan Roy, o grande chefão do conglomerado de comunicação Waystar Royco.Obviamente, Succession interessava mais por conta dos dramas familiares do que pela parte do funcionamento da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125180-11-empresas-sao-donas-de-quase-tudo-que-achamos-no-supermercado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">empresa</a>&nbsp;— que, se realmente existisse, estaria exibindo alguns elementos meio inverossímeis. Neste texto, compartilhamos 4 retratos errados que Succession faz sobre o mundo dos negócios.<h2>1. O poder de Logan Roy</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Los Angeles Times&nbsp;" data-fonte-url="https://ca-times.brightspotcdn.com/dims4/default/225a13e/2147483647/strip/true/crop/1920x1280+0+0/resize/1200x800!/quality/80/?url=https%3A%2F%2Fcalifornia-times-brightspot.s3.amazonaws.com%2F8e%2F9b%2Fa2badaae4ce7a68263bed413b6b7%2Fbrian-cox.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/29/29195747670005.jpg" alt="(Fonte: Los Angeles Times)">(Fonte: Los Angeles Times)O tema central de Succession é — como o título sugere — descobrir quem vai substituir Logan Roy na empresa que ele mesmo criou. Logan é o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123581-por-que-criancas-podem-ser-mais-eficientes-que-ceos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">CEO</a> da Waystar Royco, mas está já bastante velho e com sérios problemas de saúde que são exibidos desde o primeiro episódio da série.Na vida real, seria muito improvável que Logan Roy tivesse o poder absoluto que é exibido na história. Ele chega ao ponto de demitir os diretores do conselho da Waystar Royco só porque teve vontade. Segundo afirma Kai Liekefett, que é especialista em questões de governança corporativa, "o CEO não pode demitir o conselho, é o contrário".Mas quem trabalha na área de negócios admite que os exageros fazem parte da dinâmica da ficção. Um Logan mais leve e real provavelmente não seria tão carismático. "Parte disso é sobre a dinâmica dramática interna do show — o tipo de tirano que ele é em sua família, que então vemos reproduzido no ambiente de negócios", comenta Diane Kemker, professora de Direito na Southern University Law Center.<h2>2. A disputa entre os filhos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/29/29195832714006.jpg" alt="(Fonte: NBC News)">(Fonte: NBC News)Seria difícil que a Waystar Royco fosse tão bem sucedida (vale lembrar que a emissora tem poder de influência sobre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/46877-21-fatos-interessantes-sobre-alguns-presidentes-dos-estados-unidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">presidente dos Estados Unidos</a>!) com o modo de gestão usado por Logan Roy. Um dos erros crassos que ele comete é colocar seus filhos uns contra os outros, já que eles concorrem para ver quem o pai irá escolher para virar o novo CEO."A falha fatal no planejamento de sucessão do CEO é criar uma corrida pública para o cargo. Essa é a pior coisa que você pode fazer. E essencialmente é isso que acontece na Waystar. E é a roupa suja da família, a família está em público, é uma corrida de cavalos entre os irmãos e Shiv", afirma Aaron Sorensen, sócio da empresa de consultoria corporativa Lotis Blue Consulting.Contudo, Sorensen destaca que, mesmo sendo uma estratégia péssima, é algo que costuma acontecer com alguma frequência em empresas familiares.<h2>3. A participação do conselho</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Vox&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.vox-cdn.com/thumbor/2Ub0qXqB-GTmD8Qv2JUKNH27CTU=/1400x0/filters:no_upscale()/cdn.vox-cdn.com/uploads/chorus_asset/file/19103670/e1bfdbc830cee20cc9f33ae5c8b639a7117df625d039abc61c7cef843b4682595646657425351d0c4fe37d3a75236c1f.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/29/29195604014003.jpg" alt="(Fonte: Vox)">(Fonte: Vox)Se você acompanhou bem Succession, sabe bem que boa parte dos entraves dos Roy ocorria porque eles precisam muitas vezes convencer os acionistas a dar algum voto ou apoiar alguma decisão. Só que, nos negócios reais, provavelmente não seria bem assim."Waystar é uma empresa pública. O que o show erra é que o conselho estaria em tudo isso. Você tem pequenos vislumbres, como: 'Oh, fulano é um proprietário de 4%'. Mas você não tem noção da governança e da dinâmica do conselho. O conselho tem a responsabilidade fiduciária de não deixar isso acontecer, e você não veria isso acontecer dessa maneira", reitera Aaron Sorensen.<h2>4. A saúde do CEO e a qualidade da comunicação organizacional</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/29/29200537346009.jpg" alt="(Fonte: Haute Living)">(Fonte: Haute Living)Logo no primeiro episódio, Logan Roy tem um <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124985-avc-falar-mais-de-um-idioma-pode-ajudar-na-recuperacao-do-derrame.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">derrame</a>. Ele leva muito tempo para se recuperar, e sua saúde nunca volta a ser a mesma. Em uma empresa de grande porte, dificilmente eles passariam tanto tempo navegando com a nebulosidade da incerteza do próximo CEO, pois isso afetaria o negócio de formas muito profundas."Se você está listado na <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123020-como-a-grande-depressao-afetou-o-brasil-em-1929.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bolsa de valores</a> de Nova York, se está listado na NASDAQ, você tem a obrigação em nome de seus acionistas de ter um plano de sucessão em vigor. Parte dos processos de planejamento de sucessão agora inclui exames médicos completos, e isso é submetido à decisão em nome do conselho sobre qual candidato eles desejam contratar. Em última análise, o conselho assume isso, e é responsabilidade do conselho garantir que haja um plano em vigor e que eles estejam procurando os candidatos certos", completa Aaron Sorensen.</body>

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