Algumas das gírias mais populares das décadas passadas
01/06/2023 às 12:00•3 min de leitura
Dentre as várias coisas que marcam uma geração estão as formas de se comunicar. Seja em anos mais recentes ou no passado, o vocabulário dos mais jovens sempre incluiu gírias, termos usados para passar uma ideia ou até mesmo representar um grupo específico.
Porém, você faz ideia de quais eram as gírias populares no passado? Caso esteja curioso, vamos falar sobre algumas delas a seguir.
Barbeiro: indicativo de um motorista ruim. Curiosamente, essa gíria possui relação com um período em que barbeiros também faziam serviços como extração de dentes e remoção de calos, mas sem ser um verdadeiro especialista no assunto. Como muitas vezes o resultado era mal feito, acabou se tornando sinônimo de atividades que são feitas dessa forma (inclusive dirigir);
De lascar o cano: utilizando para indicar que algo é muito ruim;
Chá de cadeira: quem toma um chá de cadeira acaba esperando algo por muito tempo;
Marcar touca: se alguém "marca touca", significa que perdeu a oportunidade de fazer alguma coisa.
Anos 1960
Boa pinta: dizer que uma pessoa é "boa pinta" era um elogio, já que indicava que era bonita e tinha boa aparência;
Brotinho: usado para falar sobre uma garota bonita. A expressão ficou bastante popular especialmente por conta da Jovem Guarda, já que alguns artistas costumavam incluí-la em suas canções;
Pão: se por um lado tínhamos "brotinho" para se referir a uma moça bonita, as mulheres podiam falar "pão" quando queriam indicar que estavam falando de um homem bonito;
Cafona: uma coisa cafona é totalmente fora de moda;
Sebo nas canelas: usado para dizer que a pessoa precisa se apressar. Esse termo surgiu por conta de uma técnica utilizada em corridas de rua feitas no Ceará, e para ter alguma vantagem era comum os meninos passarem sebo de carneiro nas pernas (isso fazia a região arder, mas o vento ajudava a aliviar o calor).
Anos 1970
Barra pesada: estar em uma situação "barra pesada" era o mesmo que passar por uma grande dificuldade;
Careta: uma pessoa "careta" era aquela que se mantinha conservadora. Era comumente utilizada para se referir aos mais velhos (especialmente os pais);
Chato de galocha: ser um "chato de galocha" não era algo bom, pois indicava uma pessoa chata e com a qual ninguém gostaria de conversar ou conviver. O termo tem origem no uso das galochas de borracha, que eram úteis para cobrir os sapatos em dias de chuva e, quando não eram removidas, sujavam toda a casa;
Entrar pelo cano: significa que alguém se deu mal em alguma situação;
Tutu: quem tinha bastante "tutu" era considerado sortudo, pois significava que tinha bastante dinheiro.
Anos 1980
Numa nice: pessoas "numa nice" estavam relaxadas e sem qualquer tipo de preocupação;
Viajar na maionese: pessoas que "entravam nesse estado" estavam imaginando coisas absurdas ou sem o menor sentido. Essa expressão pode ter duas origens: uma delas diz respeito a uma viagem prometida por uma fábrica de maionese (possivelmente uma promoção) que nunca ocorreu, enquanto a outra diz que a maionese é uma mistura de vários produtos e por isso acabou escolhida para compor o termo;
Rachar o bico: significa que você está rindo muito de alguma coisa ou situação;
Pentelho: usado para indicar que uma pessoa é muito irritante;
Bode: uma pessoa "de bode" está de mau-humor.
(Fonte: GettyImages/Reprodução)
Anos 1990
Antenado: uma pessoa antenada era aquela que estava por dentro dos assuntos;
Bolado: indicativo de você está chateado ou bravo com alguém/alguma coisa;
Xaveco: iniciar um "xaveco" era o indicativo de que estava interessado em paquerar uma pessoa;
Pagar mico: passar vergonha com alguma coisa. Esse termo surgiu graças ao Jogo do Mico, um game de cartas em que era preciso formar pares de bichos (macho e fêmea) - e o único sozinho era o mico;
Queimar o filme: uma pessoa com o "filme queimado" tinha certamente passado por algo vergonhoso.
Anos 2000
Busão: gíria utilizada para falar de um ônibus;
Tá ligado: é o mesmo que perguntar se uma pessoa entendeu algo que está sendo falado ou explicado;
X9: usado para dizer que uma pessoa é dedo duro. A expressão surgiu por conta de um dos pavilhões do antigo presídio do Carandiru, em São Paulo, pois o Pavilhão X9 era onde ficavam os presos que eram informantes da polícia.
Abalar: uma pessoa que está "abalando" causou uma boa impressão;
Bombado: significa que um lugar está cheio e bastante animado.