Músicas que tocam em lojas podem nos influenciar a comprar?

02/06/2023 às 12:002 min de leitura

Não é segredo algum que a música é capaz de despertar emoções e oferecer uma nova percepção. Afinal, ela possui até mesmo o poder nos aproximar de outras pessoas. Mas ao considerar a influência que o som pode exercer em diferentes ambientes, como shoppings, supermercados, bancos e hospitais, o assunto ganha outra dimensão.

Isso porque há uma série de estudos e experimentos que apontam o uso da música de fundo para induzir a determinados comportamentos, uma vez que ela altera a percepção do público em diferentes contextos.

(Fonte: Getty Images/Reprodução)(Fonte: Getty Images/Reprodução)

O poder do estímulo da música ambiente

Num hospital, por exemplo, uma música suave pode deixar os pacientes mais relaxados. Em lojas, as canções também podem ajudar vendedores a ter uma melhor forma de contato com os clientes.

Segundo um estudo publicado em 2015, conduzido por Luca Petruzzellis e Ada Palumbo da Universidade de Bari Aldo Moro, na Itália, em conjunto com Jean-Charles Chebat, da HEC Montreal, no Canadá, as músicas influenciam no momento da compra.

Isso porque em lojas, as canções mais famosas deixavam os clientes mais animados e induziam a uma resposta imediata: como resultado, as pessoas ficam mais suscetíveis a consumir. Possivelmente esse impulso seria um efeito da relação entre o som e a memória.

Por outro lado, as melodias mais conhecidas foram associadas à redução da atenção. Ou seja, diferente das canções mais calmas, que promovem relaxamento entre os clientes, elas não são a escolha ideal para chamar a atenção para uma promoção.

A música clássica, apontada como uma aliada daqueles que desejam se concentrar numa tarefa, ou estudar, também já foi usada com outros propósitos. E um dos casos mais famosos ocorreu no metrô de Londres.

(Fonte: Getty Images/Reprodução)(Fonte: Getty Images/Reprodução)

Música para acalmar 

Em 2003, a música erudita passou a tocar nos vagões de uma linha. Como resultado, segundo a The Independent, o número de roubos diminuiu 33% e o vandalismo caiu 37%. E os ataques aos funcionários também foram reduzidos em 25% ao longo de 18 meses.

Contudo, é importante lembrar que ainda há um elemento subjetivo envolvido. E ele garante que esse recurso nem sempre vai obter o efeito esperado. Afinal, o gosto das pessoas varia e é preciso ter atenção.

Por esse motivo, há locais que estão deixando a música de lado. No metrô de São Paulo, os sons colocados para tocar já motivaram reclamações por parte dos usuários. Da mesma forma, a loja Marks & Spencer, que abusava das composições sonoras para deixar o ambiente mais agradável, aboliu essa prática das suas unidades em 2016.

Ou seja, atentar-se ao som ambiente é uma forma de perceber qual é o comportamento esperado numa determinada situação e avaliar quais benefícios – ou riscos – estão em jogo. Pensando nisso, a melhor saída é investir em formas de desfrutar dos benefícios da música para a rotina.

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