Ciência
30/05/2023 às 12:00•2 min de leitura
Além de ser uma expressão de afeto, o beijo desempenha um papel fundamental na sociedade moderna. Ele é considerado uma forma íntima de conexão emocional entre os indivíduos desde a antiguidade e desempenha um papel significativo em diversos aspectos da vida social e romântica. Vamos explorar a história do beijo, sua origem na antiga Mesopotâmia e sua evolução ao longo dos séculos.
Você sabia que por volta de 3500 a.C., o beijo já era uma prática comum na antiga Mesopotâmia? De acordo com um artigo publicado recentemente na revista Science, acredita-se que o ato romântico de beijar ocorreu 1 mil anos antes do que era previsto pelos historiadores.
O beijo romântico se originou em sociedades antigas, há séculos atrás. (Fonte: Unsplash)
A partir de tábuas de argila deixadas pelos antigos mesopotâmicos, é possível identificar dois tipos de beijo: o primeiro era o beijo amigável entre pais e filhos, onde as pessoas beijavam os pés dos mais velhos ou o chão como sinal de respeito ou submissão.
O segundo era o beijo labial, mais erótico e íntimo. Esse beijo era reservado para pessoas casados, pois demonstrações públicas de afeto na Mesopotâmia eram desaprovadas. O ato de beijar entre pessoas solteiras era tabu e considerado uma rendição à tentação sexual. Acreditava-se que pessoas que não deveriam ter atividade sexual, como sacerdotisas, poderiam perder a capacidade de falar se beijassem alguém.
Sabe-se que, além da Mesopotâmia, outras civilizações antigas também tinham o hábito de trocar beijos. Os egípcios, por exemplo, acreditavam que o beijo era uma forma de transferir o "ka", a força vital, de uma pessoa para outra. Já os gregos consideravam o beijo uma forma de cumprimento e saudação entre familiares e amigos.
O beijo romântico começou a ganhar mais espaço na Grécia Antiga. A poetisa Sappho, conhecido como "a décima musa", escreveu sobre os beijos apaixonados entre mulheres e homens. A partir daí, o beijo romântico se espalhou pela Europa e foi incorporado às demonstrações de amor e afeto nos relacionamentos.
Segundo registros, à medida que mais pessoas adotaram o hábito de beijar na boca, textos médicos antigos descreviam doenças cujos sintomas se assemelhavam a infecções virais transmitidas por contato oral.
Outro fato curioso é que, durante o ato de um beijo apaixonado, são ativados cerca de 29 músculos faciais, demonstrando o envolvimento físico e emocional. Estudos científicos também mostram que o beijo pode liberar substâncias químicas no cérebro, como a dopamina, associada à sensação de prazer e bem-estar.
Seja como expressão de amor romântico ou como forma de saudação, o beijo continua sendo uma das formas mais poderosas de demonstrar afeto.