Imagem de 6 comidas esquisitas consumidas no período da Grande Depressão no megacurioso

Uma das maiores crises econômicas e sociais dos Estados Unidos, a Grande Depressão levou as pessoas a comerem alimentos estranhos para não passar fome

O Brasil, infelizmente, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/240053-inseguranca-alimentar-cresce-atinge-metade-da-populacao-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">voltou ao mapa da fome</a>, o que tem levado a acompanharmos as pessoas revirando o lixo para comer sobras, entre outros absurdos. Entre 1929 e 1933, os Estados Unidos passaram por uma crise econômica e social muito grande conhecida como Grande Depressão.A quebra da bolsa de Nova Iorque levou a uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120202-panico-de-1873-a-primeira-crise-economica-da-historia-dos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">grande recessão econômica</a>, desacelerando o consumo e minguando os empregos. Muitos estadunidenses, sem condições financeiras de se alimentarem adequadamente, passaram a comer itens esquisitos. Conheça alguns destes alimentos estranhos consumidos durante o período.<h2>1. Pipoca com leite</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/za1D7t9BDz8" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="></iframe>Quase todos os itens deste artigo vão te causar espanto, como por exemplo a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122290-por-que-a-areia-desta-praia-se-parece-com-pipoca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pipoca</a> com leite. Esqueça, não tem nada a ver com as receitas gourmetizadas de pipoca utilizando leite em pó. Durante a Grande Depressão, a pipoca era um item de fácil acesso, assim como o leite.&nbsp;Misturando a pipoca estourada com o leite, o líquido engrossava, ficando semelhante a um mingau. Mais importante que o sabor era o fato de que a união dos ingredientes ajudava a mascarar a fome. Quem tinha condições, acrescia açúcar para dar mais graça ao prato. Há quem considere este o precursor dos cereais matinais açucarados.<h2>2. Salada de Dente de Leão</h2><iframe width="633" height="356" src="https://www.youtube.com/embed/51VhG8MKxJY" title="Great Depression Cooking - Dandelion Salad" frameborder="0" allowfullscreen="></iframe>Existe uma planta chamada dente-de-leão, rica em vitaminas, aminoácidos e minerais. No auge da crise nos Estados Unidos, as donas de casa colhiam a plantinha para utilizar em saladas, misturada com ovos e pedaços de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121897-por-que-o-bacon-pode-ser-tao-perigoso-quanto-o-cigarro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bacon</a>, quando estavam disponíveis.Mais associada com o consumo no formato de chá, o dente-de-leão era útil na proteção do fígado e no fortalecimento da saúde gastrointestinal. Em virtude de sua baixa toxicidade, não colocava em risco a saúde de quem consumisse — e com bacon, quase tudo fica bom.<h2>3. Torta de Vinagre</h2><iframe width="633" height="356" src="https://www.youtube.com/embed/kF5XcLu5eQU" title="VINEGAR Pie FAIL- Desperation Pie | Hard Times - recipes from times of hardship" frameborder="0" allowfullscreen="></iframe>Sim, você leu o título correto, mas pode ser pior se contarmos que a torta de vinagre também ficou conhecida como "torta de desespero". Durante a crise financeira que assolou os Estados Unidos, o limão se tornou um ingrediente caro.Então, quando as pessoas queriam fazer um doce, substituíam o fruto por <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118976-vinagre-no-lugar-do-amaciante-deixa-as-roupas-fofinhas-entenda-como.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vinagre</a> de maçã. Os relatos das pessoas que já experimentaram são positivos, com muitos elogios à mistura de dulçor e picância no sabor. Talvez o nome seja (bem) pior que o alimento.<h2>4. Cebola com manteiga de amendoim</h2><iframe width="633" height="356" src="https://www.youtube.com/embed/PK_iV5tkh_A" title="Brittany’s Bites: Peanut butter-stuffed onions" frameborder="0" allowfullscreen="></iframe>Ok, esta "iguaria" causa arrepios. É necessário explicar que, há quase 100 anos, as hortas urbanas eram relativamente comuns, então itens como cebolas eram fáceis de serem encontrados, cultivados e armazenados. Já a manteiga de amendoim era um produto barato. Novamente, como em outros casos citados aqui, os relatos dizem que o alimento ficava bom.O centro da cebola era retirado (e guardado para outros preparos) e preenchido com pão amanhecido e manteiga de amendoim. Após uma hora no forno, a pasta derretia e caramelizava a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121973-5-tipos-de-cebola-diferentes-e-como-usa-las-na-cozinha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cebola</a>, ficando um sabor agridoce muito agradável. Se alguém tiver coragem de testar a receita, depois nos conte como ficou.<h2>5. Sorvete de Gelatina</h2><iframe width="633" height="356" src="https://www.youtube.com/embed/CU8zereaPfU" title="?? 1938 Depression Era Jell-O Ice Cream Recipe" frameborder="0" allowfullscreen="></iframe>Em países tropicais como o nosso, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121676-sorvete-gelato-e-sorbet-entenda-a-diferenca-entre-as-guloseimas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sorvete</a> é um doce que ajuda a refrescar o calor. Durante a Grande Depressão, era a forma das famílias oferecerem um doce aos seus filhos. Com dinheiro escasso, os pais precisavam escolher entre carne e doces. A escolha óbvia era por alimentos nutritivos.Para contornar a ausência de sobremesa, donas de casa passaram a bater gelatina com creme de lente e chantilly, posteriormente levando para congelar. Pode até não ser um sorvete de verdade, mas dificilmente as crianças deviam se incomodar com isso.<h2>6. Sopa de café</h2><iframe width="633" height="356" src="https://www.youtube.com/embed/3ZZnQ89wp0o" title="Amish Great Depression Dish: Coffee Soup" frameborder="0" allowfullscreen="></iframe>Ouvir falar em prato com café pensando no preço do produto hoje pode causar mais espanto que a receita em si. A sopa de café era uma refeição característica dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118582-6-tradicoes-das-comunidades-amish-que-voce-nao-conhecia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Amish</a>, grupo cristão anabaptista ultraconservador.Para não ser apenas café tomado com colher, eles jogavam no prato pão duro, açúcar e leite, o que transformava a refeição em algo semelhante a um mingau. Pode não parecer apetitoso, mas garantia carboidratos e energia suficiente para encarar um dia de trabalho duro.

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6 comidas esquisitas consumidas no período da Grande Depressão

Imagem de O que Harry Harlow descobriu sobre o amor com os macacos? no megacurioso

O psicólogo Harry Harlow gerou bastante polêmica ao fazer experimentos com macacos rhesus que foram separados de suas mães

<head></head><body>O psicólogo americano Harry Harlow ficou conhecido por conta de seus experimentos: ele fazia alguns testes com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/59849-macacos-aprendem-a-se-reconhecer-em-espelhos-mostra-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">macacos rhesus</a> para entender como os bebês desenvolvem conexões amorosas com suas mães. Para isso, ele criou experiências (que se tornaram bastante controversas) em que os pequenos filhotes de macacos interagiam com "mães" substitutas feitas de pano ou de arame.Nesta época, os cientistas ainda acreditavam que a conexão dos bebês com suas mães se dava pela necessidade de conseguir comida: seria, portante, um instinto de sobrevivência. Por conta disso, alguns psicólogos recomendavam aos pais que não "confortassem" muito os seus filhos para que eles não se tornassem dependentes.No entanto, os experimentos de Harlow revelaram outra coisa: quando os macaquinhos tinham que escolher entre uma mãe de arame com leite e uma mãe de pano sem leite, eles preferiam se agarrar à mãe de pano. Ele ainda provou que os bebês que viviam isolados dos pais não conseguiam desenvolver certas habilidades sociais.<h2>Quem foi Harry Harlow?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/04/04194553457381.jpg" alt="(Fonte: University of Wisconsin)">(Fonte: University of Wisconsin)Harry Harlow nasceu em 1905 no estado de Iowa, nos Estados Unidos. Ele era uma criança brilhante, porém entediada, que passou por algum sofrimento por conta da doença sofrida por seu irmão, Delmer — que, segundo ele escreveu em sua biografia, teria feito que sentisse falta do afeto materno.<div data-google-query-id="CKvIiOqHrvkCFVQN1AodJw4O_A">Harlow começou a estudar na Universidade de Stanford em 1924, onde cursou <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Psicologia</a>. Lá, foi aluno de mestres como Lewis Terman, o desenvolvedor do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118090-nota-de-qi-define-inteligencia-veja-as-pessoas-mais-inteligentes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Teste de QI</a> Stanford-Binet. Quando se formou, em 1930, Harry Harlow conseguiu um emprego na Universidade de Winconsin, em Madison. Foi lá que ele começou seus experimentos com macacos rhesus.</div><h2>As experiências com macacos e suas mães&nbsp;</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Verywell Mind&nbsp;" data-fonte-url="https://www.verywellmind.com/thmb/ixvUv221ETcM_ghOVXncdlVWBYI=/2269x2269/smart/filters:no_upscale()/378550-001-cropped-56a793f45f9b58b7d0ebdb4f.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/04/04194746222382.jpg" alt="(Fonte: Verywell Mind)">(Fonte: Verywell Mind)Em 1957, Harry Harlow começaria um experimento com macacos rhesus que seria bastante polêmico, mas também o tornaria famoso. Muitos psicólogos da época — em especial, os behavioristas — viam o <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/101206-descubra-quais-sao-os-30-sinais-mais-comuns-de-que-alguem-gosta-de-voce.htm?f&amp;utm_source=facebook.com&amp;utm_medium=referral&amp;utm_campaign=thumb" rel="noopener noreferrer" target="_blank">afeto</a> excessivo como perigoso para as crianças, pois elas se tornariam dependentes.&nbsp;Harlow quis explorar esta questão, e começou uma série de testes com macacos bebês em seu laboratório. Primeiramente, ele criou alguns filhotes de macaco em completo isolamento. O que ele observou é que, crescendo sozinhos, os macacos se machucavam e pareciam sempre perdidos. Eventualmente, um parava de comer e morria.Mas ele também notou que esses macacos se agarravam às fraldas de pano, o que os levou para outra fase do estudo: ele começou a colocar "mães" substitutas para os filhotes. Uma era de arame e outra, feita de pano.Às vezes, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119730-frustracao-de-mae-o-lado-da-gravidez-que-poucos-enxergam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mãe</a> de arame tinha uma mamadeira; às vezes, a mãe de pano. O que Harlow notou é que os bebês macacos passavam sempre mais tempo com a mãe de pano, mesmo quando ela não tinha leite. Eles podiam se aproximar da mãe de arame para mamar, mas logo voltavam para a de pano.Ele ainda notou que a mera presença da mãe deixou os bebês mais confiantes: eles eram capazes de explorar mais o território pelo simples fato de a mãe estar lá. Quando eram colocados em um lugar sem a mãe, os macacos gritavam e choravam de medo.<div data-google-query-id="CMW6odmbrvkCFXwuuQYdGPgIsQ">Ele também quis observar como a presença de pares (como irmãos) afetava os filhotes. Harlow descobriu que os macacos que cresceram com colegas e uma mãe interagiam muito facilmente com os outros. Os que só tinham a mãe também interagiam, só que levavam mais tempo. Por fim, macacos sem mãe nem colegas não tinham habilidades sociais.</div><h2>O legado dos estudos de Harry Harlow</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Madison.com&nbsp;" data-fonte-url="https://bloximages.chicago2.vip.townnews.com/madison.com/content/tncms/assets/v3/editorial/a/88/a8880a26-bd12-561b-b090-9dbe207dd8e3/542dadda2a077.image.png"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/04/04200037457384.jpg" alt="(Fonte: Madison.com)">(Fonte: Madison.com)Estes estudos serviram para refutar uma certeza circulante entre os cientistas da época, de que o contato entre mãe e bebê não era importante. Para contrapor isso, Harlow desenvolveu um conceito que chamou de "conforto de contato": quando isso era oferecido aos filhotes (sejam macacos ou humanos), eles tendiam a crescer melhor e serem bem ajustados à sociedade.No entanto, alguns de seus experimentos foram refutados e considerados antiéticos. Ao separar os filhotes de macaco de suas mães, o psicólogo teria causado um dano irreparável a eles. Mas Harlow se defendeu dizendo que este recurso foi essencial para entender o funcionamento do <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/42099-17-fatos-impressionantes-a-respeito-do-amor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">amor</a>, uma das emoções mais poderosas que existem.Ele escreveu: "O amor é um estado maravilhoso, profundo, terno e recompensador. Por sua natureza íntima e pessoal, é considerado por alguns como um tema impróprio para pesquisas experimentais. Mas, quaisquer que sejam nossos sentimentos pessoais, nossa missão como psicólogos é analisar todas as facetas do comportamento humano e animal em suas variáveis componentes". </body>

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O que Harry Harlow descobriu sobre o amor com os macacos?

Imagem de Como começou a exploração e a caça de baleias? no megacurioso

Várias espécies correm risco devido aos excessos humanos

<head></head><body>A história moderna da caça às baleias se baseia em dois pontos que a humanidade conhece bem: ganância e excesso. Quando a espécie mais lucrativa foi caçada a tal ponto de se tornar escassa, a próxima entrava na lista, depois a outra e assim por diante. Foi dessa forma que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120149-baleias-sao-animais-sociaveis-com-os-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">caçamos baleias-azuis</a>, baleias-fin, baleias-sei e baleias-de-minke até não podermos mais.Como por muitas décadas nada foi feito para proteger esses animais, especialistas ambientais costumam dizer que a pesca baleeira&nbsp;seria mais como mineração sem fiscalização do que uma pesca sustentável.<h2>Como tudo começou</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/11/11161829173301.jpg" alt="Baleia-jubarte no mar de Cortez, México. (Fonte: Gettyimages)">Baleia-jubarte no mar de Cortez, México. (Fonte: Gettyimages)O&nbsp;homem primitivo&nbsp;começou a caçar baleias unicamente por necessidade, especialmente nas zonas mais geladas do planeta: a carne e a gordura desses animais conseguiam atender às questões básicas de sobrevivência. Foi assim que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121764-baleias-assassinas-7-fatos-instigantes-sobre-as-orcas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">carne de baleia</a> passou a estar presente nas principais refeições de indígenas da Groenlândia, por exemplo.Esses grupos usavam praticamente tudo de uma baleia: a gordura garantia energia e vitaminas ao corpo, bem como combustível para iluminação. A carne é rica em proteína, ferro e niacina. Os ossos podiam ser usados para construção de ferramentas e trenós.As baleias integram o grupo de cetáceos com mais de 90 espécies conhecidas.&nbsp;Nem todas estão ameaçadas de extinção, mas, no contexto geral, os cetáceos enfrentam duras ameaças às suas espécies, levando algumas delas à beira do desaparecimento total.Até a virada do século, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118694-conheca-os-estranhos-ancestrais-terrestres-das-baleias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">baleias foram caçadas</a> por tudo o que podiam oferecer de forma exaustiva. Somente na década atual é que parte das populações ameaçadas começaram a se recuperar. No entanto, isso não é o bastante.<h2>A caça moderna de baleias</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/11/11162348017305.jpg" alt="(Fonte: Gettyimages)">(Fonte: Gettyimages)Como era de se esperar, chegou o tempo em que as coisas saíram do “modo sobrevivência” e chegaram às práticas comerciais: quanto mais as pessoas precisassem da gordura e da carne das baleias, mais dinheiro os caçadores ganhavam. E quanto mais dinheiro os baleeiros embolsavam, mais caçavam. Não demorou muito para que isso se tornasse um negócio lucrativo para muitos países.Aqui, cabe destacar o povo basco. Esse grupo étnico, com raízes na região sudoeste da França e noroeste da Espanha, deu início à primeira operação comercial oficial de caça às baleias. Isso aconteceu por volta do ano 1000. Os principais alvos eram as baleias-franca.Outros países viram que a prática era lucrativa e desenvolveram seus próprios modelos de caça de baleia. Os ingleses começaram a perseguir as baleias-da-groenlândia em 1611, nos arredores das colônias norte-americanas. O Japão iniciou seu projeto de caça comercial em 1675. Já os estadunidenses começaram a investir pesado na prática em 1712.Boa parte dos baleeiros comerciais preferiam caçar cachalotes, já que eram mais fáceis de pegar e carregavam muito óleo. Outras espécies, como as baleias-sei, as baleias-fin e as baleias-azuis eram um problema, pois além de grandes, nadavam mais rápido que os navios.Então, em 1863, o baleeiro norueguês, Svend Foyn, apresentou ao mundo o Spes et Fides, o primeiro navio baleeiro a vapor.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/11/11162239798304.jpg" alt="(Fonte: Gettyimages)">(Fonte: Gettyimages)Obviamente, com a nova tecnologia as coisas apenas piorariam para as baleias. Além do navio exclusivo, Foyn ainda criou o canhão de arpão: um equipamento que disparava um arpão com explosivos que detonavam dentro da baleia.Além de empregar dezenas de milhares de pessoas ao redor do mundo, o óleo de baleia estava presente em diversos itens do dia a dia das pessoas, tais como sabão, detergentes, lubrificantes, combustível para luminárias, margarina e até cosméticos. Sem contar a carne.<h2>Faz sentido continuar a caçar baleias?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/11/11162549017313.jpg" alt="(Fonte: Gettyimages)">(Fonte: Gettyimages)Devido à pressão de ONGs, da sociedade e de entidades ambientais, a maioria dos países proibiu a caça às baleias. Afinal, os riscos de fazer com que esses animais sumissem dos mares não eram poucos e muito menos pequenos.Contudo, algumas nações, especialmente a&nbsp;Noruega e o Japão, continuam a caçá-las. A explicação é que estão fazendo isso em nome da ciência. Ou seja, capturando baleias para estudá-las cientificamente. Contudo, uma olhada mais atenta permite notar que as “razões científicas” por trás da retomada da caça comercial de baleias, não tem nada de científico.&nbsp;Normalmente, as baleias capturadas sob esse pretexto acabam em mesas de restaurantes, sendo que, não raro, cada animal pode ter um valor de mercado em torno dos US$ 1 milhão quando destinada para o consumo humano.</body>

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Como começou a exploração e a caça de baleias?

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Apesar de o número de pessoas em uma casa ter diminuído desde 1970, a quantidade de banheiros dobrou

<head></head><body>Conforme dados de uma pesquisa elaborada pelo Statista, desde a década de 1960, o número de domicílios nos Estados Unidos mais que dobrou, indo de 53 milhões para cerca de 129 milhões em 2021.A maioria dessas casas, cerca de 34%, são ocupadas apenas por duas pessoas, mostrando que os domicílios familiares com filhos próprios diminuíram desde 1970, indo de 56% para 40% em 2020. Apesar disso, como declarou Bruna Pani, da We Buy Any House, em matéria ao&nbsp;The Independent, no último meio século, estudos mostraram que o número de banheiros por domicílios dobrou, com os americanos construindo casas cada vez maiores devido às condições de terreno.Mas por que os norte-americanos são tão obcecados por banheiros?<h2>Um motivo histórico</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/10/10225201679017.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Nos últimos 10 anos, o número de casas com dez ou mais banheiros também dobrou nos EUA, e para Pani, tudo é uma questão de tamanho combinado com status. E essa relação de amor com <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118889-6-truques-infaliveis-para-limpar-o-banheiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">banheiros</a> privativos tem tudo a ver com isso, visto que é o resultado do benefício do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122535-carros-voadores-sao-uma-realidade-para-o-futuro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">privilégio&nbsp;</a>de ter mais terra para construir coisas – muito diferente do que acontece na Inglaterra, por exemplo.Historicamente, uma combinação de fatores culminou no excesso de banheiros em uma casa, desde a ideia errônea de que doenças se originavam do <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120299-como-a-colera-em-londres-mudou-os-sistemas-de-esgostos-para-sempre.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gás do esgoto</a> – da época em que banheiros eram integrados ao quarto –, até a expansão dos subúrbios que criou a demanda por amenidades, como banheiros a mais.Antes de 1970, o Censo dos EUA indicou haver 37,4 milhões de residências pelo país, das quais 11,5 milhões não tinham água encanada; 13 milhões não tinham vasos sanitários; e 16 milhões delas não tinham banheira ou chuveiro. E mais chocante ainda, mais de 40% (16 milhões) de casas ainda usavam uma bomba manual para conseguir água.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/10/10225340898019.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Por mais de três décadas após a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112268-entenda-como-comecou-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>, a típica casa norte-americana possuía 3 quartos e 1 banheiro, provavelmente porque faziam parte da era em que o encanamento interno era considerado um luxo que poucos poderiam bancar.A pesquisa da National Association of Home Builders mostrou que 53% de todas as novas casas construídas nos EUA no ano passado tinham dois ou mais banheiros, em comparação com apenas 15% em 1971.&nbsp;Para os compradores da nova geração, uma casa boa é medida pela quantidade mínima de banheiros, no caso, dois.<h2>Crescendo com privilégio e o individualismo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/10/10225444117020.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Ou seja, mais banheiros vendem casas, e isso Nadine Ferrata, corretora de imóveis, reforçou em sua entrevista ao The Atlantic,&nbsp;até porque uma pessoa passa em média 30 minutos no banheiro diariamente, somando mais de 182 horas por ano, e sendo que muitos passa bem mais do que a média, como indicou a Pesquisa de Hábitos de Banho da MaP.De acordo com Bella DePaulo, especialista em pessoas solteiras e afiliada acadêmica em Ciências Psicológicas e do Cérebro pela UCSB, ela descobriu durante longas pesquisas para seu livro – How We Live Now –, que quase todo mundo quer desesperadamente por um pouco de privacidade em suas vidas.&nbsp;No caso dessa nova geração, essa necessidade pode ter a ver com o privilégio que tiveram quando menores de terem crescido com um quarto com suíte, desfrutando de uma privacidade que moldou a maneira como cresceram. DePaulo enfatiza que quando as pessoas se acostumam com esses privilégios, é difícil desistir deles quando adultos.&nbsp;No entanto, também é importante ressaltar que a obsessão por banheiros e de ter o próprio espaço, pode estar atrelada ao<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122546-anel-do-humor-a-farsa-que-gerou-milhares-de-dolares-ao-seu-inventor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;individualismo</a>, que aumentou cerca de 12% em todo o mundo desde a década de 1960, como pesquisadores relataram na revista Psychological Science, como consequência do aumento do desenvolvimento socioeconômico e urbanização.</body>

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Por que os norte-americanos são obcecados por banheiros?

Imagem de Dia Internacional da Superdotação: veja mitos e verdades sobre a condição no megacurioso

Entenda o que é verdade e mentira no comportamento de pessoas que QI muito alto

O Dia Internacional da Superdota&ccedil;&atilde;o &eacute; comemorado neste dia 10 de agosto de acordo com a Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial de Sa&uacute;de (OMS). Por fazer parte de 4 sociedades de alto QI, entre elas a International High IQ, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121698-como-e-o-cerebro-de-uma-pessoa-de-alto-qi.htm" target="_blank" title="Como &eacute; o c&eacute;rebro de uma pessoa de alto QI?">Mensa International</a>, Intertel e <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122466-presidente-da-triple-nine-society-fala-sobre-sociedades-mais-inteligentes.htm" target="_blank" title="Presidente da Triple Nine Society fala sobre sociedades de alto QI">Triple Nine Society</a>, esta &uacute;ltima a mais restrita do mundo onde seus membros t&ecirc;m 99,9 de percentil, tenho um contato real com essa condi&ccedil;&atilde;o, al&eacute;m de mais de 50 estudos publicados sobre o tema. Por tamb&eacute;m ser assessor e consultor de pessoas com alto QI, resolvi esclarecer v&aacute;rios mitos e pontuar verdades sobre a superdota&ccedil;&atilde;o.
<h2>1. Todo autista &eacute; superdotado</h2>
Mito. Na realidade, a maioria n&atilde;o &eacute;. O que acontece &eacute; que, como &eacute; comum que&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118256-autismo-entenda-o-que-e-quais-os-sintomas-e-as-causas.htm" target="_blank" title="Autismo: entenda o que &eacute;, quais os sintomas e as causas">pessoas autistas</a> fa&ccedil;am testes de QI, sempre v&atilde;o surgir mais entre eles.
<h2>2. Todo superdotado gosta de xadrez e &eacute; bom em matem&aacute;tica</h2>
Mito. Se a pessoa n&atilde;o gostar de matem&aacute;tica, ela n&atilde;o vai ser boa em matem&aacute;tica. Se ela n&atilde;o gostar de jogo, por exemplo, ela n&atilde;o vai ser bom no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119125-os-5-jogos-de-xadrez-mais-antigos-ja-encontrados.htm" target="_blank" title="Os 5 jogos de xadrez mais antigos j&aacute; encontrados">xadrez</a>. Mas, obviamente, se a pessoa praticar vai ter uma facilidade maior.
As crian&ccedil;as talentosas adoram aprender. O problema &eacute; que, &agrave;s vezes, o que as crian&ccedil;as querem aprender e o que a escola est&aacute; oferecendo podem ser duas coisas muito diferentes. Se uma crian&ccedil;a n&atilde;o estiver disposta a jogar o jogo da escola, as notas podem n&atilde;o refletir sua habilidade.
<h2>3. Superdota&ccedil;&atilde;o &eacute; doen&ccedil;a?</h2>
Mito. A superdota&ccedil;&atilde;o n&atilde;o &eacute; doen&ccedil;a, muito pelo contr&aacute;rio, est&aacute; relacionada &agrave; evolu&ccedil;&atilde;o da esp&eacute;cie. Para praticamente todas as <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122441-como-o-litio-revolucionou-o-tratamento-para-transtornos-mentais.htm" target="_blank" title="Como o l&iacute;tio revolucionou o tratamento para transtornos mentais">doen&ccedil;as psiqui&aacute;tricas</a>, a intelig&ecirc;ncia &eacute; um fator protetivo. Pessoas mais inteligentes e mais bem educadas sofrem menos desses transtornos e, quando sofrem, o progn&oacute;stico &eacute; melhor.
<h2>4. O Brasil n&atilde;o reconhece e ampara seus g&ecirc;nios</h2>
Verdade. O Brasil &eacute; um pa&iacute;s que n&atilde;o tem muito amparo para crian&ccedil;as superdotadas. O pa&iacute;s deveria "enxergar" melhor esses talentos e investir neles. Uma crian&ccedil;a superdotada, por exemplo, precisa estar em s&eacute;ries mais avan&ccedil;adas e o processo de educa&ccedil;&atilde;o &eacute; individual e direcionado. A maioria das escolas n&atilde;o quer ou n&atilde;o consegue ter esse trabalho.
<h2>5. Todas as crian&ccedil;as superdotadas s&atilde;o peculiares</h2>
Verdade. Aqueles que ensinaram crian&ccedil;as superdotadas por algum tempo reconhecem que alguns de seus alunos podem ter certas peculiaridades.&nbsp;Essas peculiaridades variam desde falta de consci&ecirc;ncia social, tend&ecirc;ncia ao perfeccionismo e ficar estressado com coisas aparentemente pequenas, por exemplo.
Durante minha carreira, assessorei e consultei de mais de 30 fam&iacute;lias de crian&ccedil;as superdotadas, entre elas nomes como Laura B&uuml;chele, Caio Temponi, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120280-menino-de-8-anos-com-qi-de-140-bate-recorde-e-e-o-mais-novo-membro-da-mensa.htm" target="_blank" title="Brasileiro de 8 anos est&aacute; entre os mais inteligentes do mundo">Gustavo Saldanha</a>, Theo Ribeiro, Nicolle de Paula, Elio Henrique Dalferth, entre muitos outros. Fica mais f&aacute;cil ajudar algu&eacute;m quando se tem a mesma condi&ccedil;&atilde;o que ela.
***
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias; mestre em Psicologia; P&oacute;s Graduado em neuropsicologia, entre outras p&oacute;s gradua&ccedil;&otilde;es; licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em antropologia, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, professor e investigador cientista na Universidad Santander.

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Dia Internacional da Superdotação: veja mitos e verdades sobre a condição

Imagem de A eleição em que Bolsonaro defendeu o uso da urna eletrônica no megacurioso

Por incrível que pareça, em 1993, o então deputado Jair Bolsonaro discursou para militares defendendo a instalação das urnas eletrônicas para evitar fraudes

<head></head><body>Atualmente, o presidente Jair Bolsonaro parece ser um grande crítico das <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109459-a-historia-da-urna-eletronica-e-das-eleicoes-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">urnas eletrônicas</a> que, segundo ele, seriam fáceis de serem fraudadas. Quem o vê esbravejando sobre o sistema eleitoral pode nem acreditar, mas em 1993, o então deputado federal Bolsonaro pleiteou para que o então sistema de voto em papel se tornasse eletrônico.Filiado ao PPR, partido de Paulo Maluf, Bolsonaro discursou no dia 20 de agosto de 1993 para militares da reserva na sede do Clube Militar do Rio de Janeiro, defendendo que as urnas eletrônicas seriam a forma de evitar as fraudes. "Esse Congresso está mais que podre. Estamos votando uma lei eleitoral que não muda nada. Não querem informatizar as apurações. Sabe o que vai acontecer? Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122084-6-invencoes-militares-bizarras-que-nunca-foram-utilizadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">militares</a> terão 30 mil votos, e só serão computados 3.000", falou em seu discurso.Segundo matéria do Jornal do Brasil veiculada nesta época, a reunião entre Jair Bolsonaro e os militares ocorreu em sigilo, e teve na plateia cerca de 200 pessoas. Além da informatização, Bolsonaro também defendeu outras mudanças no sistema, como a proibição de votos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120190-neurociencia-pode-ajudar-a-melhorar-a-alfabetizacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">analfabetos</a> e a exigência do ensino médio para os candidatos.<h2>O contexto da fala de Bolsonaro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/07/07183932152014.jpg" alt="(Fonte: O Globo)">(Fonte: O Globo)Para entender a defesa de Bolsonaro das urnas eletrônicas, é preciso analisar o que estava acontecendo no país. O Brasil enfrentava forte inflação e o <a href="https://www.megacurioso.com.br/economia/44766-20-anos-do-plano-real-veja-10-curiosidades-sobre-a-moeda-nacional.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Plano Real</a> estava sendo instalado. Em fevereiro de 1994, uma medida provisória instaurou a Unidade Real de Valor (URV), um sistema de conversão financeira que preparava o Brasil para a adoção da nova moeda.Os ânimos do país estavam esquentando, e havia organizações que criticavam o governo de &nbsp;Itamar Franco, e o consideravam ruim para os trabalhadores. Os militares também criticavam a URV, pois, de acordo com a fala de Bolsonaro, os coronéis, capitães e sargentos teriam seus soldos diminuídos.Jair Bolsonaro então assumia um tom crescente contra o governo e, segundo registrado em matéria do Jornal do Brasil, recomendava que houvesse "ações de guerrilha, saques e sabotagem" contra o Plano Real.Na época, Bolsonaro fez várias manifestações confrontativas ao governo, dizendo que o presidente "não era homem" e chamando o então ministro da Fazenda, Rubens Ricupero, de "Bozo Ricupero", pois estaria fazendo "papel de palhaço ao dizer que as medidas protegem salários".<h2>Por que Bolsonaro critica as urnas eletrônicas?</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Portal F5&nbsp;" data-fonte-url="https://portalf5.com.br/v2017/content/uploads/2021/08/4ago1995-o-entao-deputado-jair-bolsonaro-em-seu-gabinete-na-camara-1538004780902_956x500.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/07/07183825277012.jpg" alt="(Fonte: Portal F5)">(Fonte: Portal F5)Este fato ocorrido em 1993 contrasta com uma das principais plataformas de Bolsonaro: colocar o sistema do voto eletrônico sob suspeita. As críticas feitas pelo presidente contra o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122534-qual-e-a-diferenca-entre-voto-branco-e-voto-nulo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tribunal Superior Eleitoral</a> (TSE) vêm ocorrendo pelo menos desde outubro de 2018, quando ele foi para o segundo turno contra o candidato Fernando Haddad, do PT.Em 14 de julho, o Ministério de Defesa sugeriu que as eleições de 2022 tivessem um sistema de votação paralela em cédulas de papel, no intuito de testar a confiabilidade do sistema eletrônico. Mas não colou: a fala de Bolsonaro ocorrida no dia 18 de julho para embaixadores estrangeiros, criticando o TSE, o Supremo Tribunal Federal (STF) e a transparência do pleito, foi imediatamente posta sob descrença.As urnas eletrônica começaram a ser instaladas no Brasil justamente em 1994, em uma experiência feita em Florianópolis e que envolveu 1880 eleitores. Elas foram oficialmente implementadas em 1996, com a participação de 57 municípios. Em 2000, todos os eleitores do Brasil votaram assim e o sistema impresso foi extinto. </body>

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A eleição em que Bolsonaro defendeu o uso da urna eletrônica

Imagem de Conheça 100 nomes proibidos de serem registrados no Brasil no megacurioso

Os cartórios brasileiros podem se recusar a registrar um nome se avaliarem que a criança pode sofrer constrangimentos futuros

Parece lenda urbana, mas não é. Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118611-50-nomes-mais-estranhos-registrados-nos-cartorios-do-brasil.htm?f" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cartórios</a> podem se recusar a registrar o nome de uma criança caso considere que a criança poderá ser prejudicada no futuro. A lei federal 6.015, posta em vigor em 1973, regulou esta questão. Segundo o artigo 5º, o oficial de registro pode intervir e negar o registro de um nome se avaliar que ele poderá causar constrangimentos.Não que seja um processo imediato. Caso chegue a essa conclusão, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120450-luiz-gama-o-advogado-que-conduziu-a-liberdade-escravos-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escrivão</a> no cartório pode questionar os pais pela escolha do nome, apresentar alternativas ou finalmente recusar o registro. Se os pais não concordarem, a decisão passa a ser submetida ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121987-conheca-o-juiz-que-declarou-que-as-mulheres-pertencem-aos-maridos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">juiz</a>.<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118611-50-nomes-mais-estranhos-registrados-nos-cartorios-do-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">50 nomes mais estranhos registrados nos cartórios do Brasil</a></li><li><a rel="noopener noreferrer" target="_blank" href="https://www.tecmundo.com.br/produto/402733-cupom-madeiramadeira-ate-53-off.htm?ab=true&amp;">Aproveite: use o cupom MadeiraMadeira e economize nos melhores móveis para seu lar!</a><a rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;</a></li></ul>O questionamento feito pelo cartório pode envolver não apenas o nome em si, mas a grafia do nome — caso, por exemplo, em que os pais abusam da quantidade de letras ou de repetições. Se for um nome estrangeiro, pode ser também que os pais tenham que levar provas da existência do nome em outros países.<h2>Quais nomes não podem ser registrados?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/07/07192624568003.jpg" alt="(Fonte: Cartório no Brasil)">(Fonte: Cartório no Brasil)Na verdade, não há uma lista de nomes proibidos para o registro (a avaliação é feita pessoalmente pelo escrivão), mas há sim uma lista de termos inválidos para cadastro no <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/231346-datasus-deve-voltar-funcionar-dia-15-afirma-ministro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">DataSUS</a>. Confira a seguir 100 destes nomes que não podem ser escolhidos:1. A mesma2. Aborto3. Acolhedora4. A declarar5. Aquilo que eu gosto6. Amateur7. Anal8. Andarilho9. Arrombado10. Atimorto11. Babaca12. Bacanal13. Bacurinha14. Bicha15. Biscoito recheado16. Boca banguela17. Banguela18. Boquete19. Bucéfula20. Bunda21. Buttman22. Cabaça23. Caixa dos prazeres24. Cachorra25. Cadáver25. Cadastrado26. Calcinha27. Capô de fusca28. Caverna misteriosa29. Chalerinha30. Chatico31. Chupada32. Cocota33. Cona34. Concha35. Desconhecido36. Desejada37. Diretoria38. Dita-cuja39. Encantada40. Erotica41. Esfiha42. Fetiche43. Fantasias sexuais44. Fulano de Tal45. Garagem da frente46. Identidade desconhecida47. House of love48. Idiota49. Informado50. Inexistente51. Largo do bilau52. Mamãe Noel53. Massa folhada54. Mulher55. Não consta56. Não cadastrado57. Não declarado58. Não identificado59. My precious60. Pai ignorado61. Porca do parafuso62. Olho de Tandera63. Sem mãe64. Recém nascido65. Sem informação66. Sonho recheado67. Pimpolha68. Pitbicha69. Prostituta70. Putz71. Quenga72. Tesouro de pobre73. Rua sem saída74. Sadismo75. Safado76. Sapeca77. Secretária78. Setor de embarque79. Sexo80. Suruba81. Taio82. Testador de batina83. Taturana84. Tentativa85. Tesão86. Tomas Turbando87. Triângulo88. Transexual89. Travesseirinho90. Túnel do afogamento91. Uh Tererê92. Vagabundo93. Velcro94. Vibrador95. Vídeo caseiro96. Xumbrega97. XX faleceu xx98. Zona do agrião99. Cachorro10. Voyeurismo<h2>É possível mudar de nome?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/07/07193053911005.jpg" alt="(Fonte: UOL)">(Fonte: UOL)Se mesmo assim a pessoa se sentir constrangida e quiser alterar o seu nome de registro, isso é possível. O prazo estimulado é até um ano após ter atingido a maioridade civil. Depois deste prazo, será necessária uma audiência com o Ministério Público e um parecer judicial.De todo modo, o novo nome passa ainda por avaliação, e o sobrenome não pode ser mudado.

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Conheça 100 nomes proibidos de serem registrados no Brasil

Imagem de Liver King: influenciador come testículos e fígado crus de animais no megacurioso

Liver King documenta seu estilo de vida nas redes sociais

<head></head><body>A maioria de nós conhece ou já ouviu a história de alguém que resolveu se afastar um pouco da vida moderna&nbsp;para se conectar com a natureza ou com seus ancestrais. Porém, dificilmente vamos encontrar uma pessoa como Brian Johnson, também conhecido como Liver King, ou "rei do fígado", em tradução direta.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Fonte: UOMOELEGANTE.IT/ Reprodução)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.uomoelegante.it/liver-king-reveals-the-secret-to-catching-dinner-when-the-supermarket-is-closed/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/21/21134311085338.jpg" alt="Fonte: UOMOELEGANTE.IT/ Reprodução)">Fonte: UOMOELEGANTE.IT/ Reprodução)É bem provável que Brian seja a coisa mais próxima de um homem das cavernas que vamos encontrar no século XXI. Antes de ingressar em sua nova vida com sua família, o Liver King tentou se formar em farmacologia, mas não deu certo.Depois, passou a ajudar sua esposa no consultório de tratamentos odontológicos dela. Nessa época, começaram a vender um produto batizado de “suplemento ancestral”.<h2>O estilo de vida do Rei do Fígado</h2>Parece que a única coisa que separa o Liver King dos homens das cavernas é sua presença nas mídias sociais. Em seus perfis, ele simula jornadas de caça pelo Texas rural, arrasta pesos com os dentes e, claro, mostra sua <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121347-5-refeicoes-bizarras-que-eram-normal-na-era-medieval.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dieta a base de carne e órgãos crus</a>.<iframe class="instagram-media instagram-media-rendered" id="instagram-embed-0" src="https://www.instagram.com/reel/CbXzF4kAcCB/embed/captioned/?cr=1&amp;v=14&amp;wp=486&amp;rd=https%3A%2F%2Fplataforma.nexperts.co&amp;rp=%2Fprojetos%2Fgerenciar%2Fedit%2FeVmzq%2Fk5K1a#%7B%22ci%22%3A0%2C%22os%22%3A433227.89999999944%2C%22ls%22%3A428883.7000000002%2C%22le%22%3A432523.89999999944%7D" allowtransparency="true" allowfullscreen="true" frameborder="0" height="1184" data-instgrm-payload-id="instagram-media-payload-0" scrolling="no" style="background: white; max-width: 540px; width: calc(100% - 2px); border-radius: 3px; border: 1px solid rgb(219, 219, 219); box-shadow: none; display: block; margin: 0px 0px 12px; min-width: 326px; padding: 0px;"></iframe>Embora não seja o único influenciador “carnívoro”, Brian pode ser o mais difundido. Desde que criou seus primeiros perfis em agosto de 2021, ele já acumula mais de 1,5 milhão de seguidores no Instagram e cerca de 3 milhões no TikTok. Aliás, ele chama seus fiéis seguidores de “primais”.Em suas publicações, Liver King foca naquilo que ele denomina de "retorno à primazia do homem antigo". Para o influencer, a masculinidade é formada por meio de treinos intensos e consumo de carne crua.Os vídeos de Brian — autodenominado “CEO de estilo de vida ancestral” — giram em torno de uma série de princípios que, segundo ele, são essenciais para que seus seguidores modernos possam se aproximar de seus “ancestrais primitivos”.<h2>A controversa vida do Live King</h2>O trabalho do Rei do Fígado envolve compartilhar vídeos diários <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/110732-as-9-comidas-mais-estranhas-e-fascinantes-da-tailandia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">documentando suas refeições&nbsp;</a>com testículos crus de animais, shakes de proteína feitos com uma mistura de tripas, ovos crus, língua de boi e medula óssea, entre muitas outras partes de animais. Os treinos e seus banhos de gelo também fazem parte do cronograma. Sua esposa e seus filhos adolescentes seguem os passos do líder.<iframe class="instagram-media instagram-media-rendered" id="instagram-embed-1" src="https://www.instagram.com/reel/CfHQQQqsYf_/embed/captioned/?cr=1&amp;v=14&amp;wp=486&amp;rd=https%3A%2F%2Fplataforma.nexperts.co&amp;rp=%2Fprojetos%2Fgerenciar%2Fedit%2FeVmzq%2Fk5K1a#%7B%22ci%22%3A1%2C%22os%22%3A433304.7999999998%2C%22ls%22%3A428883.7000000002%2C%22le%22%3A432523.89999999944%7D" allowtransparency="true" allowfullscreen="true" frameborder="0" height="1148" data-instgrm-payload-id="instagram-media-payload-1" scrolling="no" style="background: white; max-width: 540px; width: calc(100% - 2px); border-radius: 3px; border: 1px solid rgb(219, 219, 219); box-shadow: none; display: block; margin: 0px 0px 12px; min-width: 326px; padding: 0px;"></iframe>Brian se concentra em nove princípios para sua rotina — eles envolvem algumas <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121532-o-que-e-o-invasivorismo-e-como-isso-virou-tendencia-alimentar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coisas como comer</a>, dormir, tomar sol, se reconectar, se resfriar e, claro, treinar muito. E, como era de se esperar, cada um desses princípios é mais estranho que o outro.Por exemplo, ele fala sobre o princípio ancestral do escudo. De acordo com seu site, “devemos proteger nossa família para evitar perigos”. É algo que já começa a soar meio "coach" (o que também ele é).<iframe class="instagram-media instagram-media-rendered" id="instagram-embed-2" src="https://www.instagram.com/reel/Ce_iCf0N9yJ/embed/captioned/?cr=1&amp;v=14&amp;wp=486&amp;rd=https%3A%2F%2Fplataforma.nexperts.co&amp;rp=%2Fprojetos%2Fgerenciar%2Fedit%2FeVmzq%2Fk5K1a#%7B%22ci%22%3A2%2C%22os%22%3A433363.5%2C%22ls%22%3A428883.7000000002%2C%22le%22%3A432523.89999999944%7D" allowtransparency="true" allowfullscreen="true" frameborder="0" height="1112" data-instgrm-payload-id="instagram-media-payload-2" scrolling="no" style="background: white; max-width: 540px; width: calc(100% - 2px); border-radius: 3px; border: 1px solid rgb(219, 219, 219); box-shadow: none; display: block; margin: 0px 0px 12px; min-width: 326px; padding: 0px;"></iframe>O Rei do Fígado diz, por exemplo, que não devemos usar plástico, algo estranho, já que os plásticos estão sempre presentes em seus vídeos.Sobre o frio, ele diz que o conforto não é bom para o organismo, então, devemos pular em uma banheira com pedras de gelo ou em um lago congelado. Talvez o Liver King não saiba, mas indígenas e outros povos ancestrais vivem há milênios perfeitamente bem na linha do Equador.As pessoas podem achar o que quiserem do Liver King, mas seja ele um tipo de coach selvagem, um maluco preocupado com a "masculinidade ancestral perdida" ou, talvez, apenas um cara que tomou uma decisão radical para lidar com as crises alérgicas dos filhos, como ele próprio afirma, a questão é que tudo isso tem a ver com dinheiro.<iframe class="instagram-media instagram-media-rendered" id="instagram-embed-3" src="https://www.instagram.com/p/Ca4_0t-L-5j/embed/captioned/?cr=1&amp;v=14&amp;wp=486&amp;rd=https%3A%2F%2Fplataforma.nexperts.co&amp;rp=%2Fprojetos%2Fgerenciar%2Fedit%2FeVmzq%2Fk5K1a#%7B%22ci%22%3A3%2C%22os%22%3A443623.89999999944%2C%22ls%22%3A428883.7000000002%2C%22le%22%3A432523.89999999944%7D" allowtransparency="true" allowfullscreen="true" frameborder="0" height="1274" data-instgrm-payload-id="instagram-media-payload-3" scrolling="no" style="background: white; max-width: 540px; width: calc(100% - 2px); border-radius: 3px; border: 1px solid rgb(219, 219, 219); box-shadow: none; display: block; margin: 0px 0px 12px; min-width: 326px; padding: 0px;"></iframe><div hidden="">##SCRIPTINSTAGRAM##</div>Segundo o site GQ, seus produtos incomuns, como cápsulas de cérebro de bois alimentados com capim e suas mais que duvidosas alegações médicas para a saúde, o ajudam a ganhar mais de US$ 100 milhões por ano. Pelo visto, Liver King é um homem das cavernas, só que milionário.</body>

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Liver King: influenciador come testículos e fígado crus de animais

Imagem de Como seria a Terra se os humanos modernos nunca existissem? no megacurioso

Se por um lado o planeta poderia ter uma megafauna mais diversa, outros humanoides poderiam ter ocupado o nosso lugar

<head></head><body>É praticamente impossível ir para algum lugar na Terra que não carregue alguma marca da humanidade. Sejam as grandes cidades, as ruínas de antigos impérios, as florestas que viram pastos e áreas para a agricultura ou o lixo que se acumula em oceanos, montanhas e até em florestas. O progresso que a nossa espécie construiu também causou muito estrago.Mas como seriam as coisas se nós não tivéssemos evoluído para o que somos atualmente? E se nós tivéssemos continuado a viver como caçadores-coletores, em pequenos grupos localizados e não nos espalhássemos por todos os continentes?Não há um consenso sobre como seria esta realidade hipotética, mas alguns cientistas defendem a ideia de um planeta com a natureza (quase) intocada e uma diversidade maior de espécies animais. Por outro lado, um mundo sem os humanos modernos também poderia significar que nossos parentes extintos, como os neandertais, ainda estariam por aqui. E eles, sem dúvida, também teriam mudado a paisagem.<h2>Um enorme Serengeti</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/28/28121359016141.jpg" alt="">Um exemplo do impacto deixado pelos humanos modernos em sua trajetória evolutiva é a extinção de várias espécies de animais. Foi o que aconteceu com as moas, um grupo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/45601-9-passaros-enormes-que-foram-extintos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pássaros gigantes</a>, semelhantes aos avestruzes, que podiam medir até 3,6 metros de altura. Todas as nove espécies dessas aves que habitaram a Nova Zelândia por milhões de anos, desapareceram em cerca de 200 anos com a chegada dos humanos.&nbsp;E elas se juntam a pelo menos outras 25 espécies de vertebrados, incluindo as águias gigantes de Haast que caçavam as moas. Esse exemplo ilustra um problema que acompanhou o desenvolvimento dos seres humanos modernos: <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/44406-conheca-7-dos-mais-incriveis-animais-ja-extintos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a extinção de grandes animais</a>.Sören Faurby, professor sênior de zoologia da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, acredita que os humanos desempenharam um papel fundamental no desaparecimento de grandes mamíferos. Em 2015, ele e sua equipe publicaram um estudo na revista Diversity and Distributions, sugerindo que, sem humanos, a Terra poderia ser atualmente um grande Serengeti, um ecossistema africano repleto de vida.“Em um mundo sem humanos, haveria uma diversidade muito maior de grandes mamíferos e, se você vir uma diversidade maior de grandes mamíferos, tende a ver um habitat muito mais aberto”, explicou Faurby. Ele se baseia nas extinções de grandes mamíferos que aconteceram no continenteeuropeu e nas Américas, após a chegada dos humanos modernos, há alguns milhares de anos.<h2>Mais espécies de seres humanos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/05/05165515920272.jpg" alt="(Fonte: Gettyimages)">(Fonte: Gettyimages)Chris Stringer, professor no Museu de História Natural de Londres, também acredita que sem os humanos modernos, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/104294-e-se-os-neandertais-nunca-tivessem-entrado-em-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neandertais</a> poderiam estar por aí ainda. Segundo Stringer, esses nossos primos distantes levavam vidas complexas na Europa, semelhantes aos humanos modernos, mas tinham dificuldade em lidar com as mudanças climáticas. Como eles também eram pouco numerosos, havia também uma baixa diversidade genética.E eles não foram os únicos. Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112137-rosto-de-denisovano-e-recriado-pela-1-vez-gracas-a-amostra-de-dna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">denisovanos</a> foram uma linhagem próxima dos neandertais e que provavelmente cruzaram o caminho dos nossos antepassados. Caso esses dois grupos tivessem sobrevivido por mais tempo, talvez eles tivessem se tornado os humanos modernos e mudado o cenário do planeta no nosso lugar.“Não há razão para que neandertais ou os denisovanos não pudessem ter feito isso eventualmente”, disse Stringer. “Eles poderiam ter superado qualquer eventual deficiência intelectual através da evolução e poderiam estar cometendo os mesmos erros que cometemos desde então”.</body>

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Como seria a Terra se os humanos modernos nunca existissem?

Imagem de O curioso surto de riso de 1964 em Tanganyika no megacurioso

Problema que começou em uma escola se espalhou por vários vilarejos, atingiu mil pessoas e durou mais de dois anos

<head></head><body>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/neurociencia/74206-por-que-o-riso-e-contagioso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">riso</a> é comumente associado a momentos de alegria e diversão. Embora ele realmente seja uma reação natural para esses momentos, em alguns casos ele pode ser uma manifestação de problemas psicológicos. Foi o que aconteceu em Tanganyika — atual Tanzânia — em 1962.O que começou com algumas alunas de uma escola rindo descontroladamente, se tornou um surto que atingiu cerca de mil pessoas durante dois anos e meio. Crises de riso são relativamente comuns, mas a psicologia ainda discute como elas podem se tornar coletivas. Mesmo assim, casos semelhantes já foram relatados em vários lugares do mundo.<h2>O início do contágio</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/01/01110147348063.jpg" alt="">No dia 30 de janeiro de 1962, três alunas de um internato em Kashasha, no oeste de Tanganyika, começaram a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121236-5-casos-de-histeria-coletiva-completamente-bizarros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rir histericamente</a>. Incapazes de parar, em pouco tempo as <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/107990-voce-consegue-diferenciar-uma-risada-falsa-de-uma-verdadeira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">risadas</a> se espalharam pelo internato, atingindo 95 das 159 alunas. A situação ficou tão descontrolada, que a escola foi forçada a fechar porque as demais estudantes não conseguiam se concentrar nas aulas.&nbsp;Os ataques de risos eram constantes, podendo durar algumas horas e chegando a 16 dias nos casos mais extremos. O internato chegou a ser reaberto em 21 de maio, mas precisou ser fechado novamente quando 57 alunas foram contaminadas. Conforme a epidemia de riso se espalhava, outras 14 escolas também precisaram ser fechadas.Também não demorou muito para que o surto chegasse aos vilarejos próximos. Em Nshamba, a 12 quilômetros de Kashasha, mais de 200 pessoas foram contaminadas. A situação só foi controlada em junho de 1964, quando todas as vilas com pessoas rindo compulsivamente foram colocadas em quarentena. Ninguém tinha autorização para entrar ou sair dos locais, até que não fosse mais registrado pessoas rindo de maneira descontrolada.<h2>As causas do surto</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/01/01110304772065.jpg" alt="">Christian Hempelmann, da Texas A&amp;M University, que fez pesquisas sobre o incidente, descreve a epidemia do riso como um caso de doença psicogênica ou sociogênica. Esse tipo de doença pode ter várias causas, mas está normalmente relacionada ao estresse. No caso do surto de 1962, sua origem pode ter origem no processo de independência de Tanganyika, que aconteceu um mês antes do incidente.Em um artigo de 2007, Hempelmann apresentou explicações de outros autores para o surto. Além dos tempos sociais politicamente turbulentos, as alunas também podem ter iniciado seus risos porque estavam em um ambiente rígido de internato. Até hoje as causas que desencadearam o surto são debatidas.O caso serve para demonstrar a complexidade dos surtos psicológicos. Ele também reforça o quanto nós somos criaturas sociais e como podemos ser facilmente influenciadas pelas ações de outras pessoas.</body>

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