Imagem de 3 acidentes aéreos que redefiniram a segurança nos voos no megacurioso

Alguns acidentes terríveis tiveram que acontecer para que os aviões se tornassem mais seguros

Por mais que muita gente tenha medo, voar em um <a href="https://www.megacurioso.com.br/aeronaves/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">avi&atilde;o comercial</a> significa embarcar em um dos transportes mais seguros que existem. Mas nem sempre foi assim. E pior: muitas melhorias na parte da seguran&ccedil;a dos voos s&oacute; aconteceu por conta de algum acidente tr&aacute;gico que exp&ocirc;s as fragilidades dos avi&otilde;es de sua &eacute;poca.
Neste texto, compartilhamos a hist&oacute;ria de tr&ecirc;s acidentes que foram fundamentais para a melhoria do sistema a&eacute;reo como um todo.
<h2>1. Acidente a&eacute;reo do Grand Canyon&nbsp;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/15/15132443687158.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Em 30 de junho de 1956, dois avi&otilde;es decolaram do Aeroporto Internacional de Los Angeles. S&oacute; que a rota deles acabou coincidindo e eles entraram em colis&atilde;o enquanto sobrevoavam o <a href="https://www.megacurioso.com.br/religiao/102643-geologo-experiente-tenta-provar-que-o-grand-canyon-foi-esculpido-por-deus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grand Canyon</a>. Todos os 128 passageiros e tripulantes a bordo das duas aeronaves morreram na hora.
Foi uma como&ccedil;&atilde;o no pa&iacute;s. Por conta desse acidente tr&aacute;gico, o governo federal iniciou um &oacute;rg&atilde;o que hoje &eacute; chamado de Federal Aviation Administration (FAA). Al&eacute;m disso, foi feito um investimento de mais de US$ 250 milh&otilde;es para atualizar o sistema a&eacute;reo dos Estados Unidos. Isso fez com que a ind&uacute;stria desse meio de transporte se expandisse e melhorasse muito.
S&oacute; que, 30 anos depois, em 31 de agosto de 1986, um avi&atilde;o Aeromexico DC-9 estava saindo do Aeroporto Internacional de Los Angeles quando uma pequena nave particular entrou em sua rota e ambos colidiram. Mais uma vez, a FAA estabeleceu mudan&ccedil;as, como uma regra que exigia que avi&otilde;es pequenos tivessem que usar transponder, al&eacute;m de sistemas de radar anti-colis&atilde;o.
<h2>2. Voo United Airlines 173</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/15/15132506713160.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Em 28 de dezembro de 1978, uma aeronave Douglas DC-8 sobrevoava Portland, nos Estados Unidos. O voo United Airlines 173 levava 181 passageiros a bordo. S&oacute; que, ao descer no aeroporto, aconteceu algum problema com o trem de pouso.
Os pilotos colocaram o avi&atilde;o em padr&atilde;o de espera enquanto buscavam uma solu&ccedil;&atilde;o. Acontece que eles demoraram tanto para tomar uma decis&atilde;o sobre o que fazer, j&aacute; que o capit&atilde;o e o engenheiro de voo n&atilde;o conseguiram entrar num consenso, que a nave come&ccedil;ou a ficar sem combust&iacute;vel. As grava&ccedil;&otilde;es mostraram que o conflito ocorreu por conta da arrog&acirc;ncia do capit&atilde;o.
O United Airlines 173 acabou ent&atilde;o sendo obrigado a fazer um pouso for&ccedil;ado, matando dez pessoas, por uma situa&ccedil;&atilde;o que envolvia apenas problemas de comunica&ccedil;&atilde;o entre os respons&aacute;veis pelo voo. Depois disso, a United Airlines imediatamente passou a trabalhar em novos procedimentos de treinamento da cabine, o que levou ao conceito chamado de Cockpit Resource Management, ou CRM.
O conceito prop&otilde;e a ideia de uma comunica&ccedil;&atilde;o aberta e igualit&aacute;ria entre a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116933-como-os-tripulantes-de-um-aviao-dormem-durante-os-voos-longos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tripula&ccedil;&atilde;o</a>, sem a premissa de que o capit&atilde;o seja a autoridade absoluta em um voo. Trata-se de uma no&ccedil;&atilde;o fundamental e que provavelmente j&aacute; salvou muitas vidas.
<h2>3. Voo Delta Airlines 191</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/15/15132411268156.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Em 2 de agosto de 1985, um jato identificado como Delta Airlines Flight 191 estava fazendo uma descida para pousar no Aeroporto Internacional de Dallas-Fort Worth. O tempo estava inst&aacute;vel, com temporal e chuvas fortes, quando um fen&ocirc;meno chamado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121054-por-que-o-vento-em-movimento-parece-ser-mais-fresco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cisalhamento de vento</a> causou uma micro-explos&atilde;o que atingiu o avi&atilde;o.
Os pilotos n&atilde;o sabiam o que fazer nesse caso. O avi&atilde;o acabou descendo com for&ccedil;a no solo e caindo no meio de uma rodovia, matando o motorista de um carro e 134 das 163 pessoas que estavam no jato.
Chocada com a trag&eacute;dia, a FAA come&ccedil;ou a fazer um estudo meticuloso sobre o que causou aquele acidente, pedindo at&eacute; a ajuda da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124645-nasa-e-boeing-trabalham-em-aviao-com-tecnologia-de-voo-sustentavel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA</a> para entender mais sobre o fen&ocirc;meno meteorol&oacute;gico em quest&atilde;o, que ainda era desconhecido. Sete anos depois, eles finalmente entenderam como funciona o cisalhamento do vento, o que fez com que radares mais avan&ccedil;ados fossem instalados em todos os avi&otilde;es comerciais. Por consequ&ecirc;ncia, este problema s&oacute; voltou a acontecer uma &uacute;nica vez durante um voo desde ent&atilde;o.

thumb-image-2024-02-29T14:07:05.262Z

3 acidentes aéreos que redefiniram a segurança nos voos

Imagem de Conheça os Yazidis, o povo defensor de uma fé de 7 mil anos no megacurioso

Considerados um dos povos mais odiados pelo Estado Islâmico, os yazidis foram massacrados no genocídio de Sinjar em 2014

Durante a invas&atilde;o do Estado Isl&acirc;mico (ISIS) no Iraque, em 2014, o povo da religi&atilde;o Yazidi foi colocado no centro das aten&ccedil;&otilde;es do mundo. O motivo? Naquele ano, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/104346-os-10-ataques-terroristas-mais-mortais-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">terroristas</a> for&ccedil;aram os yazidis a fugir de suas aldeias para escapar da morte, da escravid&atilde;o sexual ou de ficarem presos no Monte Sinjar.
Antes desses eventos, pouco se sabia sobre a religiosidade desse povo, que j&aacute; defendia sua f&eacute; antes mesmo do cristianismo, e ainda menos se sabia sobre a cidade sagrada de Lalish. Ent&atilde;o, por que os yazidis s&atilde;o t&atilde;o odiados pelo ISIS? Quais s&atilde;o as origens desse povo?
<h2>A religi&atilde;o Yazidi</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/15/15184435693411.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Compartilhando elementos com o zoroastrismo, o juda&iacute;smo, o cristianismo e o islamismo, a f&eacute; Yazidi &eacute; uma relig&atilde;o bastante antiga, com cerca de 7 mil anos. Seus ensinamentos s&atilde;o transmitidos verbalmente, pois seus crentes n&atilde;o t&ecirc;m acesso ao seu livro sagrado &mdash; tamb&eacute;m chamado de Livro Negro ou Meshef Resh.&nbsp;
Segundo a religi&atilde;o, esse livro teria sido roubado no passado. Dessa forma, pode-se fazer a mesma pergunta para dois yazidis sobre sua f&eacute; e obter respostas completamente diferentes. Inclusive, a aus&ecirc;ncia de um livro sagrado &eacute; um dos fortes motivos do porqu&ecirc; esse povo foi perseguido pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/85268-video-mostra-criancas-tendo-treinamento-militar-pelo-estado-islamico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ISIS</a> em 2014.
Entre quem &eacute; yazidi, existe a cren&ccedil;a de que seu profeta foi o &uacute;ltimo a existir e que No&eacute; era, de fato, um yazidi. Contudo, a religi&atilde;o tamb&eacute;m foi acusada de ser um culto ao diabo devido aos seus caminhos misteriosos e fechados, que s&atilde;o bem diferentes das tr&ecirc;s religi&otilde;es sem&iacute;ticas existentes no mundo.&nbsp;
Por exemplo, os yazidis n&atilde;o acreditam que L&uacute;cifer era um anjo ca&iacute;do, mas, na verdade, um dos anjos mais importantes. Em outras religi&otilde;es, cobras negras s&atilde;o vistas como um s&iacute;mbolo do diabo, mas n&atilde;o para esse povo. Em sua religi&atilde;o, os yazidis n&atilde;o enxergam as cobras como um animal trai&ccedil;oeiro, mas sim aquele que salvou a arca de No&eacute; usando seu corpo para tapar um buraco.&nbsp;
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124877-6-religioes-que-sao-consideradas-proibidas-ou-ilegais-ao-redor-do-mundo.htm" target="_blank" rel="sponsored">6 religi&otilde;es que s&atilde;o consideradas proibidas ou ilegais ao redor do mundo</a>
<h2>A cidade de Lalish</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/15/15184606072413.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Considerada o centro religioso dos yazidis, a cidade de Lalish carrega uma hist&oacute;ria de mais de 4 mil anos. Por&eacute;m, foi apenas quando o Sheikh Adi ibn Musafir, origin&aacute;rio do L&iacute;bano, conduziu seu povo para escapar da persegui&ccedil;&atilde;o <a href="https://www.megacurioso.com.br/religiao/99226-as-mulheres-e-o-isla-entenda-o-papel-feminino-no-mundo-muculmano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mu&ccedil;ulmana</a> na &eacute;poca, que a cidade finalmente ganhou maior import&acirc;ncia na regi&atilde;o.
Ao menos uma vez em sua vida, um yazidi deve fazer uma peregrina&ccedil;&atilde;o a Lalish, onde suas almas ir&atilde;o descansar depois da morte. A cidade tamb&eacute;m &eacute; palco para uma enorme festa de uma semana chamada "Festa da Assembleia", que acontece todos os anos em outubro. Esse &eacute; um momento importante dentro dessa f&eacute; para conhecer outras pessoas e arranjar casamentos &mdash; os quais s&oacute; s&atilde;o permitidos entre dois yazidis.
Para esse povo, Lalish carrega um templo sagrado extremamente importante e &eacute; o local para prestar homenagens ao t&uacute;mulo de Sheikh Adi, seu Santo Profeta.

thumb-image-2024-02-29T14:07:05.016Z

Conheça os Yazidis, o povo defensor de uma fé de 7 mil anos

Imagem de Conheça os maiores medos de 5 personalidades históricas no megacurioso

Napoleão Bonaparte, por exemplo, tinha medo de portas abertas... veja o que mais algumas figuras histórias temiam

Aranha, morte, trov&atilde;o... N&atilde;o importa a motiva&ccedil;&atilde;o, todo mundo tem algum <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109271-os-medos-mais-comuns-da-humanidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medo</a> na vida. Isso vale, inclusive, at&eacute; mesmo para aqueles que aparentam grande for&ccedil;a e poder.
Na sequ&ecirc;ncia, vamos falar sobre os pontos fracos de algumas figuras hist&oacute;ricas, sendo alguns bem comuns e outros um tanto quanto peculiares. Confira!
Leia tamb&eacute;m: <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125615-qual-a-diferenca-entre-medo-fobia-e-ansiedade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Qual a diferen&ccedil;a entre medo, fobia e ansiedade?</a>
<h2>1. Her&aacute;clio</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/16/wikimedia-commons-16130405687249.jpg" alt="Wikimedia Commons" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Her&aacute;clio, imperador romano que esteve no poder entre 610 e 641, segundo boatos, tinha pavor de &aacute;gua. Os rumores come&ccedil;aram ap&oacute;s sua entrada em Constantinopla, que s&oacute; aconteceu depois que v&aacute;rios barcos foram organizados para formar uma esp&eacute;cie de ponte para cruzar B&oacute;sforo, um estreito que liga o mar Negro ao mar de M&aacute;rmara.
Entretanto, h&aacute; quem acredite que isso tudo n&atilde;o passou de uma brincadeira. Entre estes, temos a pesquisadora Nadine Viermann, que disse que isso aconteceu mais para satirizar a fraqueza de suas a&ccedil;&otilde;es do que um medo propriamente dito.
<h2>2. Genghis Khan</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/15/15234426488010.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120629-o-reinado-de-genghis-khan-foi-uma-verdadeira-onda-de-morte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Genghis Khan</a> foi um grande guerreiro enquanto esteve &agrave; frente do Imp&eacute;rio Mongol, enfrentando qualquer inimigo que se colocasse em seu caminho sem medo. No entanto, o mesmo n&atilde;o aconteceria se ele encontrasse um cachorro.
John Man, autor do livro Genghis Khan: Vida, Morte e Ressurrei&ccedil;&atilde;o&nbsp;(2006), explica que quando o pai do guerreiro o deixou com a fam&iacute;lia da mo&ccedil;a com a qual iria se casar, recomendou que tentassem controlar seus cachorros, j&aacute; que o filho tinha medo deles.
<h2>3. Napole&atilde;o Bonaparte</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/15/15234501789011.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Estamos diante de mais um l&iacute;der de ex&eacute;rcito, capaz de invadir diversos campos de batalha para eliminar seus inimigos, mas que ficaria im&oacute;vel caso se deparasse com algo bastante comum: uma porta aberta.
Acredite se quiser, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119827-o-inacreditavel-plano-de-salvar-napoleao-bonaparte-do-exilio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Napole&atilde;o Bonaparte</a> tinha medo de portas abertas. Isso &eacute; t&atilde;o real que durante a exposi&ccedil;&atilde;o "Napole&atilde;o: Revolu&ccedil;&atilde;o para o Imp&eacute;rio" realizada na National Gallery of Victoria, foi dito que as pessoas que se encontravam com ele eram obrigadas a entrar na sala por uma pequena fresta e fechar rapidamente a porta.
<h2>4. Franklin Roosevelt</h2>
<span data-fonte="Keystone Features/Getty Images" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornal%C3%ADstica/franklin-delano-roosevelt-the-32nd-president-of-the-foto-jornal%C3%ADstica/3252562" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/16/keystone-features-getty-images-16130338067248.jpg" alt="Keystone Features/Getty Images" />(Fonte: Keystone Features/Getty Images)
"A &uacute;nica coisa de que devemos temer &eacute; do pr&oacute;prio medo". A frase marcou o discurso de Franklin Roosevelt, ex-presidente dos Estados Unidos, e servia facilmente para mostrar que nem mesmo ele estava imune a outras "amea&ccedil;as", como o n&uacute;mero 13.
Diversas pessoas diziam que o ex-presidente tinha pavor do n&uacute;mero 13.&nbsp;Tanto que ele era incapaz de realizar uma viagem em uma sexta-feira 13 e n&atilde;o gostava de se sentar em uma mesa com 13 pessoas, por exemplo.
<h2>5. Salvador Dal&iacute;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/15/15234812718013.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte:&nbsp;Terry Fincher/Daily Express/Hulton Archive/Getty Images)
G&ecirc;nio incontest&aacute;vel do surrealismo, Salvador Dal&iacute; tamb&eacute;m era uma pessoa que tinha uma fraqueza at&eacute; que "comum": medo de inseto.&nbsp;Em sua autobiografia, ele conta que uma vez chegou a se cortar v&aacute;rias vezes com uma l&acirc;mina de barbear tentando remover o que ele acreditava ser um carrapato.
"Em um ato de desespero, eu me cortei v&aacute;rias vezes, cego pelo sangue que j&aacute; estava jorrando. O carrapato finalmente se rendeu e, meio desmaiado, eu ca&iacute; no ch&atilde;o em meu pr&oacute;prio sangue", escreveu o autor que posteriormente descobriu estar, na verdade, lutando contra uma verruga.

thumb-image-2024-02-29T14:07:04.979Z

Conheça os maiores medos de 5 personalidades históricas

Imagem de 4 mulheres incríveis que lutaram nas Cruzadas no megacurioso

Algumas mulheres tiveram papel de destaque nas batalhas das Cruzadas cristãs

<head></head><body>As <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120209-cruzada-das-criancas-elas-acreditaram-que-reaveriam-jerusalem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cruzadas</a> foram uma onda de expedições religiosas e militares, ocorridas entre os séculos XI e XIII, em que exércitos europeus invadiram o Oriente Médio no intuito de resgatar a Terra Santa. O termo "cruzada", inclusive, foi cunhado por conta da cruz que eles usavam nas roupas.Milhares de pessoas se envolveram nessas batalhas, o que inclui também mulheres — que, embora tenham participado em menor número, foram bastante relevantes. Confira as histórias de 4 delas:<h2>1. Uma mulher e seu ganso</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/15/15105327279083.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)As Cruzadas envolveram várias batalhas e expedições organizadas por europeus cristãos. E pelo menos uma dessas expedições foi "guiada" por uma mulher e seu ganso.Trata-se da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/106005-descobriram-um-altar-da-epoca-das-cruzadas-na-basilica-do-santo-sepulcro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Cruzada</a> de 1096, que teria sido liderada por um sujeito chamado Pedro, que tentou levar milhares de pessoas pobres até Jerusalém. Contudo, eles nunca chegaram de fato até a Terra Santa. Aí, segundo contam os historiadores, o grupo teria aceitado o aconselhamento de uma mulher e de seu ganso sagrado.Segundo conta o historiador Guibert de Nogent, uma mulher que havia se juntado à cruzada notou que um ganso começou a segui-la. Um rumor então se espalhou de que o ganso havia sido enviado por Deus para libertar <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124333-fosso-milenar-em-jerusalem-esconde-marca-de-mao-misteriosa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jerusalém</a>. Os cristãos passaram a dizer então que a mulher não guiava o ganso, mas sim que ele a guiava rumo ao destino certo ao grupo. Infelizmente, os dois acabaram morrendo antes da chegada a Jerusalém.<h2>2. Leonor de Aquitânia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/15/15102324974051.png" alt="(Fonte: Wikipedia)">(Fonte: Wikipedia)Leonor da Aquitânia foi uma das mulheres mais ricas da Europa durante o século XII. Ela foi governante da região da Aquitânia, onde é hoje a França, e se casou com o rei Luís VII, da França, e depois com <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121535-um-passeio-para-conhecer-e-entender-as-eras-reais-britanicas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Henrique II</a>, da Inglaterra.Durante o casamento com Luís VII, ela se juntou à Segunda Cruzada, quando apoiou seu tio, o príncipe de Antioquia, para defender sua cidade dos sarracenos. Leonor então liderou seus vassalos e um grupo de mulheres da corte que ficaram conhecidas como amazonas.&nbsp;Contudo, a marcha não foi tranquila, pois o grupo francês que rumava até Jerusalém foi capturado. Leonor, que foi acusada de atrasar o exército por conta da quantidade de roupas que carregava, assumiu a culpa pela derrota. Ainda assim, Leonor e Luís VII chegaram à Terra Santa, mas acabaram desfazendo o casamento logo depois.<h2>3. Florine da Borgonha</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/15/15103403855061.jpeg" alt="(Fonte: Wikipedia)">(Fonte: Wikipedia)Não se sabe ao certo se Florine da Borgonha realmente existiu. Parte da desconfiança é que sua história parece heroica demais. Ela teria ocorrido durante a Primeira Cruzada, e foi registrada na crônica cristã de Alberto de Aix-la-Chapelle.Segundo consta, Florine foi casada com o príncipe dinamarquês Sueno. Ao lado do marido, ela teria liderado uma cruzada com cerca de 1.500 guerreiros dinamarqueses. Entretanto, eles acabaram sendo emboscados por cavaleiros turcos durante o trajeto.Nessa batalha, Florine foi atingida por sete flechas, mas seguiu lutando ao lado de Sueno. Ainda assim, todo o exército acabou liquidado, e Florine morreu ao lado de seu marido. Sua imagem brandindo sua espada em cima de seu cavalo consolidou seu simbolismo heroico na memória da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/126880-europa-perdida-5-cidades-antigas-que-sao-um-misterio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Europa</a> sobre as Cruzadas.<h2>4. Xajar Aldur</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikipedia&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/0c/%D8%B4%D8%AC%D8%B1_%D8%A7%D9%84%D8%AF%D8%B1_%D8%B9%D8%B5%D9%85%D8%A9_%D8%A7%D9%84%D8%AF%D9%8A%D9%86_%D8%AE%D8%A7%D8%AA%D9%88%D9%86.jpg/220px-%D8%B4%D8%AC%D8%B1_%D8%A7%D9%84%D8%AF%D8%B1_%D8%B9%D8%B5%D9%85%D8%A9_%D8%A7%D9%84%D8%AF%D9%8A%D9%86_%D8%AE%D8%A7%D8%AA%D9%88%D9%86.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/15/15104602890079.png" alt="(Fonte: Wikipedia)">(Fonte: Wikipedia)As mulheres do <a href="https://www.megacurioso.com.br/turismo-e-viagens/42967-conheca-15-belezas-naturais-do-oriente-medio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Oriente Médio</a> também tiveram papel importante nas Cruzadas. Xajar Aldur era viúva do sultão do Egito Sale Aiube, e teve um papel importante na derrota durante Sétima Cruzada. Xajar Aldur havia sido comprada como escrava por Sale Aiube, mas teve um filho dele. Mais tarde, quando ele se tornou sultão, ela virou sua esposa.Durante a Sétima Cruzada, seu marido ficou muito doente e morreu. Xajar ajudou a esconder o seu falecimento para não desmoralizar as tropas. Ela então deu ordens em nome do marido morto e falsificou sua assinatura.Mais tarde, com a derrota dos franceses, ela garantiu a segurança de sua nação e tornou seu filho o novo sultão. Entretanto, o novo governante acabou tomando decisões equivocadas e ela resolveu matá-lo, assumindo por fim o poder.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:04.877Z

4 mulheres incríveis que lutaram nas Cruzadas

Imagem de 4 benefícios de ser solteiro, segundo a ciência no megacurioso

Cada vez mais gente tem se dado conta que ser solteiro pode ser muito bom

<head></head><body>Cada vez mais pessoas têm optado por permanecerem solteiras ao invés de entrarem em relacionamentos não satisfatórios. E agora a ciência tem comprovado que, em boa parte das vezes, essa é uma decisão acertada.Falamos neste texto sobre quatro benefícios físicos e mentais de estar sozinho cada vez mais destacados pelos terapeutas. Confira!<h2>1. Solteiros tendem a fazer mais atividades físicas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/16/16174751594418.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)De acordo com um estudo publicado no Journal of Marriage and Family, os divorciados fazem mais <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124605-qual-e-o-melhor-horario-para-fazer-exercicios-fisicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">exercícios físicos</a> que os casados, mas os solteiros estão à frente deles na quantidade.Além disso, a revista Social Science &amp; Medicine apresentou uma pesquisa empírica feita em nove países europeus que mostrou que pessoas solteiras tendem a ter um <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125514-indice-de-massa-corporal-associacao-medica-norte-americana-sugere-racismo-e-sexismo-na-metrica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">IMC</a> menor do que as casadas. Em média, os solteiros pesavam cinco quilos a menos.E uma das razões disso, segundo a terapeuta Bonnie Scott, é justamente a disposição para as atividades físicas. "Os solteiros são menos propensos a faltar à academia, ou vão passear com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124556-seu-cao-entende-palavras-mais-complexas-do-que-voce-imagina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cachorro</a> com mais frequência, ou vão se matricular em uma aula de salsa", afirma à Insider.<div data-component-type="slideshow" data-slideshow-slide-container=""><div data-slide-wrapper=""><div data-e2e-name="slide-1" data-slide="" data-slide-anchor="#being-single-gives-you-the-space-to-think-1" data-slide-number="1" data-slide-title="Being single gives you the space to think"><h2 data-e2e-name="slide-title">2. Solteiros tendem a cultivar mais amizades</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/16/16175149515421.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Ser solteiro pode significar construir relacionamentos mais fortes com os amigos. É o que demonstra um estudo publicado na revista Contexts, que constatou que as pessoas solteiras costumam ser mais atenciosas com amigos e familiares.A ideia por trás, segundo este artigo, é que pessoas em <a href="https://www.megacurioso.com.br/relacionamento/84835-na-sua-opiniao-quem-e-mais-romantico-homens-ou-mulheres.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">relacionamentos românticos</a> investem mais energia em seus parceiros, que consideram o topo de sua hierarquia afetiva, diferente dos amigos. Mas vale lembrar que isso é uma construção social."As pessoas que pulam de relacionamento em relacionamento estão colocando todo o seu tempo apenas em seu parceiro, então não é de admirar que se sintam sozinhas. Você se sente sozinho porque deixou suas amizades irem embora", provoca a psicoterapeuta Anna Jackson.<h2>3. Os solteiros costumam ser mais flexíveis nas situações</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/16/16175548513425.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Segundo os especializados, de modo geral, ser solteiro nos torna pessoas melhores para lidar com situações imprevistas. A psicóloga Niloo Dardashti afirma que isso acontece por razões práticas. "É quase como se você não tivesse escolha. Quando você está sozinho, precisa ser mais <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122947-a-evolucao-cerebral-e-seu-papel-nas-suas-conexoes-neurais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">autossuficiente</a>", pontua à Time.Por não ter um parceiro, estas pessoas podem se sentir mais livres para irem atrás daquilo que realmente desejam para suas vidas. “É mais provável que você corra riscos, tenha aventuras e tenha mais novidades em sua jornada”, conclui Dardashti.<h2>4. Nem todo mundo deveria estar em um relacionamento</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/16/16180749553433.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Culturalmente, foi construída uma ideia de que "é impossível ser feliz sozinho". Mas isso não é verdade: estar em um <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/99814-5-sinais-de-que-um-relacionamento-vai-ser-duradouro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">relacionamento</a> amoroso não é necessariamente a melhor opção para todo mundo.Os psicólogos afirmam que é muito importante aprender a viver bem consigo mesmo, embora nem todo mundo esteja disposto a "enfrentar" essa situação. Gostar da própria companhia é uma característica bastante desejável, e que inclusive nos torna mais atraente para os outros.<div data-component-type="slideshow" data-slideshow-slide-container=""><div data-slide-wrapper=""><div data-e2e-name="slide-8" data-slide="" data-slide-anchor="#overall-learning-to-be-happy-alone-is-incredibly-important-8" data-slide-number="8" data-slide-title="Overall, learning to be happy alone is incredibly important">Ou seja, estar sozinho não deveria ser visto como algo ruim. "Você pode fortalecer suas amizades, pode esclarecer o que é importante para você – você tem muita liberdade. Você pode planejar seu melhor dia. Se você está gastando seu tempo solteiro ruminando sobre como vai conhecer alguém ou o que há de errado com você, você perde essa oportunidade", sugere a psicóloga clínica Jenny Taitz à Time.</div></div></div></div></div></div></body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:05.226Z

4 benefícios de ser solteiro, segundo a ciência

Imagem de Quem são os 3 maiores proprietários de terra do mundo? no megacurioso

Você fazia ideia que a família real britânica é dona de 1/6 da superfície do planeta?

<head></head><body>O que a <a href="https://stories.megacurioso.com.br/stories/a-linha-de-sucessao-ao-trono-da-familia-real/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">família real britânica</a>, o povo inuíte canadense e o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124126-os-8-papas-mais-velhos-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">papa</a> têm em comum? Eles são os maiores proprietários de terras do mundo. E isso é bizarro de imaginar, considerando que 71% da superfície da Terra é coberta por água, sobrando apenas cerca de 57 milhões de quilômetros quadrados de terra no planeta, o equivalente a 36 bilhões de acres.Boa parte dessa terra é considerada inabitável por ser montanhosa ou desértica, deixando cerca de 15 bilhões de acres de terra habitável no planeta. Considerando que existem 7,8 bilhões de habitantes, há pouco menos de 2 acres para cada pessoa, sem contar os muitos serviços e mercadorias públicas, como estradas e parques, que já consomem grande parte desse território.&nbsp;<h2>1. Família real britânica</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/16/16153842299309.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)A família real britânica atualmente possui em terras 1/6 da superfície do planeta, isso inclui locais em Londres, na Grã-Bretanha rural e mais de 90% das terras do Canadá. Ou seja, estamos falando de mais de 6 milhões de acres de terra em todo o mundo. Tudo isso está sob a governança do The Crown Estate, uma corporação estatutária que administra o patrimônio composto por terras e propriedades pertencentes ao monarca britânico, no caso o rei Charles III, como uma corporação única, tornando-se o patrimônio público do soberano.Segundo a própria empresa, todo esse império não se trata de propriedade privada do monarca reinante nem do governo, portanto, não pode ser vendida por ele, tampouco as receitas o pertencem. O The Crown Estate é registrada como uma corporação única e administrada por uma organização independente com a qual a família real não está envolvida.É preciso também ressaltar a distinção entre a riqueza das propriedades da corporação e a pessoal da família real. No caso, ela é proprietária de um patrimônio avaliado em mais de 365 milhões de euros. Desse total, 100 milhões de libras representam a coleção de selos pessoais da família da rainha, conhecida como Royal Philatelic Collection.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/16/16153922527310.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Apesar da corporação dizer que a família real não lucra em nada com os milhões em aluguéis de seus inquilinos, 25% dos lucros são devolvidos à coroa britânica como parte do Sovereign Grant, usado para financiar anualmente a própria família real. Ou seja, no final das contas, a própria fortuna pessoal da monarquia britânica está associada ao desempenho do The Crown Estate.Professora na Universidade de Lancaster e escritora, Laura Clancy diz que o The Crown Estate "reproduz seu poder", e argumenta que a família real escapa do escrutínio apropriado do governo por sua riqueza herdada em um momento de crescente desigualdade global, sobretudo na área de propriedades.Clancy também discorda que há uma distinção entre a riqueza pessoal da realeza britânica e a da corporação, visto que grande parte dos direitos de propriedade originais da monarquia que hoje são controlados pela empresa remontam a períodos de conquista e colonialismo.<h2>2. Igreja Católica</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/16/16154035625311.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Entre igrejas, escolas, florestas, terras agrícolas e fazendas, a Igreja Católica reúne mais de 177 milhões de acres por todo o mundo. Isso é maior do que o Texas e duas vezes o tamanho da Alemanha. Em 2016, Molly Burhans fundou a GoodLands, uma organização sem fins lucrativos com a ambição de criar um plano ecológico de uso da terra para a Igreja Católica.Isso porque ela descobriu que a Igreja carecia de um inventário abrangente de seu patrimônio de terras, o que não acontecia desde o Sacro Império Romano-Germânico. Após obter permissão do Vaticano, Burhans passou por um longo processo de trazer a Igreja para o século XXI, mapeando toda sua fortuna e propriedades, formando um banco de dados que fornece um panorama atualizado de tudo.Em 2021, o escritório central da Igreja Católica revelou que o Vaticano possui mais de 5 mil propriedades de igrejas e investimentos em todo o mundo, sendo que 4 mil delas estão na Itália, e a maioria é usada por grupos afiliados à Igreja ou alugada a preços reduzidos em vez de preços de mercado, conforme um relatório da Administração do Patrimônio da Santa Sé (APSA).<h2>3. Povo inuíte</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/16/16154121320312.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)O povo inuíte de Nunavut, no Canadá, tem cerca de 87 milhões de acres em sua posse, o que equivale a quase o tamanho da Alemanha, concedida legalmente pelo governo canadense como parte do Acordo de Reivindicações de Terras de Nunavut de 1993.O território foi e ainda é o maior assentamento de reivindicações de terras da história do Canadá, muito embora esteja bem longe de superar a quantidade de terras detidas coletivamente pelo povo inuíte. A região foi oficialmente separada dos Territórios do Noroeste em 1999, tornando-se também a mais nova subdivisão de alto nível do Canadá.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:05.320Z

Quem são os 3 maiores proprietários de terra do mundo?

Imagem de Tomé-Açu: o campo de concentração criado por Vargas na Amazônia no megacurioso

Em 1942, Getúlio Vargas perseguiu japoneses e demais imigrantes nativos de países que integravam as potências do Eixo na Segunda Guerra Mundial

<head></head><body>Em 22 de agosto de 1942, <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121169-getulio-vargas-a-vida-do-polemico-presidente-brasileiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Getúlio Vargas</a> tomou uma decisão: o Brasil se uniria aos Aliados para lutar na <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112268-entenda-como-comecou-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>. A princípio, quando <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121500-hitler-tinha-planos-de-aniquilar-a-etnia-polonesa-em-ate-20-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Adolf Hitler</a> deu início ao seu Fall Weiss contra a Polônia, em setembro de 1939, o governo de Vargas preferiu manter uma política de neutralidade.Uma vez que havia acabado de instaurar no Brasil um regime autoritário conhecido como Estado Novo, Vargas acreditava que manter a neutralidade poderia ajudar a evitar divisões internas e também a dar um certo grau de estabilidade política e econômica ao país. Afinal, a economia dependia fortemente das exportações de produtos como café, borracha e minérios.O endosso da neutralidade foi reforçado ainda mais em questões políticas, sociais e econômicas depois que o Japão atacou Pearl Harbor, em 7 de dezembro de 1941. O Brasil tinha fortes relações econômicas com países do Eixo e dos Aliados, bem como a sociedade brasileira estava extremamente dividida em relação à guerra. Tomar partido de alguma coalizão poderia causar uma ruptura interna complexa e controversa, gerando um conflito que Vargas não queria que acontecesse.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/17/17112902683100.jpg" alt="Getúlio Vargas. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Getúlio Vargas. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Contudo, ficar em cima do muro passou a se tornar um problema para o político, sobretudo porque o Estado Novo flertava muito com o nazifascismo, tanto no campo econômico quanto ideológico e político. Ao enxergar isso, os Estados Unidos foram os responsáveis por pressionar diretamente Vargas a assumir algum lado na guerra, considerando fatores diplomáticos a curto e longo prazo, relações econômicas, interesses estratégicos, riscos à segurança nacional do Brasil e impacto nas relações.A reação da sociedade brasileira foi diversa, especialmente aqueles mais alinhados com os valores democráticos e liberais, que viam o acordo com os Aliados como uma posição moralmente correta e uma forma de lutar contra o totalitarismo e a agressão das potências do Eixo. Esse não foi o caso dos japoneses e seus descendentes, que se preocuparam com sua segurança e bem-estar. E eles tinham todos os motivos, até porque não demorou para que eles fossem aprisionados em instalações como o campo de concentração de Tomé-Açu, na Amazônia.<h2>A perseguição</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Senado Federal&nbsp;" data-fonte-url="https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2019/07/04/senado-celebra-111-anos-da-imigracao-japonesa-no-brasil/Imigracao_Japonesa_13062008_013.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/17/17113106438102.jpg" alt="(Fonte: Senado Federal/Reprodução)">(Fonte: Senado Federal/Reprodução)Começou cedo o filme de terror dos mais de 200 mil japoneses que viviam ilegalmente no Brasil desde que o navio Kasato Maru aportou em São Paulo, em 18 de junho de 1908. Em janeiro de 1942, logo depois que Pearl Harbor foi atacado, Vargas instaurou a Lei do Daihonei, temendo possíveis ações de espionagem ou sabotagem por parte de pessoas de ascendência japonesa no Brasil. O decreto autorizava a prisão e o internamento de japoneses, estrangeiros de outros países inimigos ou aqueles considerados suspeitos de atividades prejudiciais à segurança nacional.O aparato de repressão do governo Vargas fez de tudo para persegui-los. Muitos japoneses tiveram seus bens patrimoniais e monetários confiscados, foram impedidos de viajar, se reunir, privados do acesso à informação, seja por jornais ou transmissões de rádio, foram forçados a viverem em locais designados pelo Estado e até submetidos à esterilização forçada. Isso, inclusive, fazia parte das políticas de higienização racial promovida pelo governo, de modo a oprimi-los por meio do nacionalismo brasileiro.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/17/17113315093103.jpg" alt="(Fonte: Rede Pará/Reprodução)">(Fonte: Rede Pará/Reprodução)Foi uma questão de tempo para que Vargas tivesse a ideia de estabelecer campos de concentração. Afinal, em 19 de fevereiro de 1942, o então presidente norte-americano Franklin Roosevelt já tomava essa medida ao assinar a chamada "Ordem Executiva 9066", que autorizava que comandantes militares indicassem áreas onde havia agrupamentos de habitantes japoneses para que fossem removidos de lá.A ordem também autorizava a construção de centros de realocação para abrigar esses “páreas” da sociedade. Ao total, estima-se que aproximadamente 120 mil nipo-americanos foram encarcerados nos dez centros de concentração espalhados pelo interior dos EUA, longe da costa, impossibilitando ataques ou qualquer tipo de resgate pelas tropas japonesas.O governo de Vargas começou seu projeto de campos de concentração a partir da colônia japonesa localizada às margens do rio Acará, no atual município de Tomé-Açu, a 200 quilômetros da capital Belém, no Pará.<h2>Cercas de Tomé-Açu</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil&nbsp;" data-fonte-url="https://s2-g1.glbimg.com/L0ZFZU22v5JTiBZSmX3U7vF0g1M=/0x0:624x624/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2020/5/n/Jl4y0UQvqvGO120V4I5w/rotina.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/17/17113516343108.jpg" alt="(Fonte: Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil/Reprodução)">(Fonte: Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil/Reprodução)Foi no início da década de 1930 que um grupo de imigrantes japoneses se estabeleceu na região, por meio da Companhia Nipônica de Plantação (Nantaku), que dispunha de terras em Tomé-Açu. A escolha do local foi influenciada também pelas condições climáticas e oportunidades econômicas, sendo que a agricultura e a pesca foram as atividades mais importantes para o desenvolvimento daquela pequena comunidade. Não é para menos que a expansão se deu em muito devido à consolidação da Cooperativa Agrícola do Acará, em 1935.A comunidade, composta por 49 famílias agricultoras, se manteve firme à cultura, às tradições e à língua, apesar da necessidade de se adaptar à realidade de um país estrangeiro. Vargas se aproveitou disso e do fato que eles estavam isolados do mundo, em sua maioria alheios ao que acontecia no Japão, e que o acesso ao local era restrito aos meios fluviais.Com isso, em 17 de abril de 1942, por meio de uma declaração de caducidade, os japoneses perderam o direito aos seus bens e a vila do rio Acará foi desmantelada e sitiada pela força militar de Vargas para dar início às obras do Campo de Concentração de Tomé-Açu. Todos da comunidade foram rotulados “prisioneiros de guerra”, com a imprensa passando a denominá-los “quinta coluna”, um termo utilizado em contexto de guerra para designar espiões, traidores e sabotadores a serviço de um país inimigo. Muitos japoneses foram recolhidos do Amazonas e Manaus, inclusive os dirigentes da Companhia Industrial Amazonense.A organização da instalação de Tomé-Açu foi praticamente igual àquela assumida pela Autoridade de Realocação de Guerra (WRA) nos EUA, estruturando o campo como uma verdadeira cidade murada. Não havia celas, mas tudo o que havia no perímetro isolado, do hospital às casas, foi subordinado ao poder do Estado e era vigiado por um destacamento militar, sob a administração do capitão João Evangelista Filho.<h2>Estigmatizados e empobrecidos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/17/17113716923111.jpg" alt="(Fonte: Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil/Reprodução)">(Fonte: Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil/Reprodução)As pessoas trazidas de fora do campo foram realocadas em barracas ou improvisaram casas durante o período em que foram confinadas. As mesmas diretrizes aplicadas na cidade valiam para Tomé-Açu. Os prisioneiros eram proibidos de se comunicarem uns com os outros, podendo ser penalizados com espancamento e até morte.O trabalho existia apenas para a manutenção e subsistência do próprio campo, seguindo à risca normas de trabalhos braçais estipuladas pelo governo. Por motivos de racionamento elétrico, o toque de recolher soava todos os dias às 21h, e nem uma lamparina poderia permanecer acesa.Assim como as demais instalações, o campo de concentração de Tomé-Açu durou até o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, mas esse foi apenas o início do problema para os imigrantes que passaram anos aprisionados. Estigmatizados e empobrecidos, eles não conseguiram voltar para sua terra natal. Muitos perderam para sempre a comunicação com familiares e também tiveram dificuldade para conseguir empregos ou até mesmo construir o próprio negócio. Como resultado, a maioria recorreu às condições precárias da vida agrícola para conseguir sobreviver.Em momento algum o governo se responsabilizou por desmontar a vida dessas pessoas, tampouco tentou torná-la mais fácil, muito pelo contrário. Apesar do fim da guerra, a sociedade continuou culpando os japoneses e os imigrantes no geral por todo o caos que aconteceu, por isso foram ofendidos, perseguidos e, por vezes, espancados nas ruas.O aparato do governo de Vargas fez um bom trabalho em sumir com os registros históricos e fotográficos desse período obscuro. Apesar da imprecisão dos números, estima-se que, durante os três anos de operação do campo de concentração de Tomé-Açu, cerca de 480 famílias de japoneses, 32 de alemães e alguns italianos, foram parar na instalação.Fora isso, nada mais se sabe. Tudo o que restou são as memórias preservadas pelos familiares daqueles que testemunharam na pele o horror daqueles anos.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:05.277Z

Tomé-Açu: o campo de concentração criado por Vargas na Amazônia

Imagem de "Drácula" pode ter sofrido de doença que o fazia chorar sangue no megacurioso

O príncipe que inspirou o Conde Drácula pode ter apresentado uma condição de saúde bem bizarra

<head></head><body>O famoso <a href="http://Vlad" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vlad</a>, o Empalador é o homem histórico que inspirou a história do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122953-a-rainha-elizabeth-era-descendente-de-dracula.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Conde Drácula</a>. Como isso não bastasse na sua biografia, há agora uma novidade em seu passado: pesquisadores sugerem que ele poderia ter uma condição física que o fazia chorar lágrimas de sangue.O problema teria fundo inflamatório e decorreria de uma doença de Vlad Draculea (cujo nome significa “Filho do Dragão”). Responsável por pelo menos 8 mil mortes, Vlad teria tido um problema raro de saúde — pelo menos de acordo com uma análise de suas cartas.<h2>Quem foi Vlad, o Empalador?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/15/15202421179446.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O príncipe Vlad III viveu na Valáquia, no sul da Romênia, entre 1431 e 1476, e foi um líder do Império Otomano. Sua história inspirou o escritor irlandês <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/108177-conheca-whitby-a-cidade-que-inspirou-bram-stoker-a-escrever-dracula.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bram Stocker</a> a criar sua famosa obra Drácula,&nbsp;de 1897.Isto se deveu porque Vlad foi extremamente temido. Parte de sua fama é porque ele tinha uma fascinação pelos <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/42768-sofrimento-vejam-quais-sao-as-tecnicas-de-tortura-mais-crueis-ja-criadas.htm#:~:text=1%20%E2%80%93%20Empalamento%2FEmpala%C3%A7%C3%A3o&amp;text=A%20t%C3%A9cnica%20consiste%20em%20inserir,dentro%20do%20corpo%20at%C3%A9%20morrer." rel="noopener noreferrer" target="_blank">empalamentos</a>, um método de execução e tortura em que se insere uma estaca de madeira que atravessa o corpo do torturado. Poder-se-ia, por exemplo, colocar a estaca do ânus e fazê-la sair na boca, ou usá-la para pregar um bebê no peito de sua mãe.Embora tenha se tornado um herói na Romênia, a crueldade do príncipe fez com que ele virasse um sinônimo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127012-arqueologos-encontram-restos-mortais-de-crianca-vampira-na-polonia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vampiro</a>. Não por acaso, o lugar em que o príncipe Vlad cresceu com seus irmãos se chama Transilvânia. Contudo, diferente do que diz a lenda, ele nunca foi conde do território.<h2>A descoberta sobre as lágrimas de Vlad</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/15/15202537594450.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Cientistas fizeram uma análise química em três cartas escritas por Vlad III em seus três reinados como líder militar da Valáquia. Eles usaram uma técnica chamada espectrometria de massa, que envolve a aplicação de etileno-acetato de vinila nas letras da carta.O produto recolheu <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124246-semaglutida-tudo-sobre-o-medicamento-que-trata-a-obesidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peptídeos</a>, que são sobras de proteínas e moléculas oriundas da época em que o conde manuseou estes papéis. Encontrou-se no total 500 peptídeos, sendo 100 de origem humana, que os pesquisadores entenderam vir do próprio Vlad.Ocorre que estes peptídeos estavam ligados às ciliopatias, transtornos genéticos causados por defeitos em genes relacionados a células conhecidas como cílios. Os cientistas ainda encontraram evidências de que Vlad pode ter tido uma infecção respiratória.Com base no que foi achado, eles concluíram que provavelmente o príncipe sofria de hemolacria, doença rara em que a pessoa desenvolve lágrimas com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121074-6-fatos-pouco-conhecidos-sobre-o-sangue-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sangue</a>. Eles não sabem o que pode ter causado isso, mas a condição pode estar ligada a uma lesão ocular ou mesmo uma conjuntivite."Para nós, esta é a primeira vez que tal pesquisa foi realizada e ajudou a trazer à tona o estado de saúde de Vlad Drácula, o Empalador. Não se pode negar que mais pessoas medievais podem ter tocado nesses documentos, mas também é presumível que as proteínas antigas mais proeminentes devam estar relacionadas ao príncipe Vlad, o Empalador, que escreveu e assinou essas cartas", escreveram os pesquisadores.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:05.066Z

'Drácula' pode ter sofrido de doença que o fazia chorar sangue

Imagem de 'Bella Ciao': por que a canção é considerada o "hino da liberdade"? no megacurioso

A famosa canção italiana foi muito usada pelos guerrilheiros no combate ao fascismo

<head></head><body>Em 13 março de 2020, às 18h de uma sexta-feira, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113737-italianos-criam-concerto-nacional-em-meio-ao-surto-de-coronavirus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cidadãos da Itália programaram uma espécie de concerto</a> para mostrar ao mundo que resistiriam ao avanço mortal do coronavírus. Naquela época, a Organização Mundial da Saúde havia decretado estado de calamidade internacional devido à disseminação da doença, tendo a Itália como o epicentro do problema na Europa.A iniciativa dos italianos isolados deu certo e a internet foi inundada com vídeos de pessoas cantando da janela de suas casas a música Bella Ciao (popularmente traduzida como “querida, adeus”). Essa não foi a primeira vez que a canção Bella Ciao foi usada como hino de resistência, na verdade, ela ganhou esse aspecto em 25 de abril de 1945, quando a Itália foi liberta do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109748-mas-afinal-o-que-e-o-fascismo.htm#:~:text=Fascistas%20costumam%20enxergar%20o%20poder,regimes%20fascistas%20adotem%20pr%C3%A1ticas%20similares." rel="noopener noreferrer" target="_blank">fascismo</a>.<h2>A história</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/15/15142816754216.jpg" alt="(GettyImages/Reprodução)">(GettyImages/Reprodução)Nem mesmo os historiadores conseguem determinar o surgimento exato da música Bella Ciao, apenas que no século XIX ela já era entoada pelos trabalhadores dos arrozais do Vale do Pó, no nordeste da Itália. As mondinas, trabalhadoras sazonais das plantações de arroz no norte da Itália, cantavam a canção como uma forma de lamentar as duras condições de trabalho de uma vida sofrida da qual elas não viam saída. Permanece a ideia de que elas cantavam as palavras "bela" e "adeus" em referência à fase considerada mais bela da vida, a juventude, e como elas se despediam não só dela, mas também de sua liberdade.Durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119905-como-teria-sido-o-mundo-sem-a-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial,</a> a canção reapareceu como uma espécie de protesto contra o sistema militar após o fracasso da Batalha de Caporetto, que terminou com a vitória dos exércitos austro-húngaro e alemão, em 1917. Já na década de 1940, a resistência <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122781-cable-street-o-confronto-popular-que-parou-o-fascismo-em-londres.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antifascista</a> a absorveu como hino ideológico e de liberdade contra a invasão nazista, em 1943, no norte da Itália.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/15/15142858795219.jpg" alt="(GettyImages/Reprodução)">(GettyImages/Reprodução)Os guerrilheiros aterrorizaram seu inimigo ao combatê-lo de igual para igual sob uma força extremamente bem treinada, tal como eram as tropas do Eixo. Naquele período, a resistência era formada por democratas-cristãos, comunistas, socialistas, republicanos e até monarquistas, cujas discrepâncias eram superadas ante a necessidade de combater o fascismo. Um exemplo disso é que o comandante da resistência era Raffaele Cadorna, um monarquista, e seu vice era Luigi Longo, um comunista.E no que é considerado a luta mais importante da história da Itália, Bella Ciao é responsável por dar voz a todo esse movimento contra o fascismo porque foi usada pelos manifestantes quase como uma oração, que podia ser recitada a qualquer momento sem represália, sobretudo pelo povo em geral.&nbsp;Não é para menos que Carlo Pestelli, autor do livro&nbsp;Bella Ciao: La Canzonne Della Libertà, disse que a música era destinada àqueles que não queriam manchar as mãos. Ao contrário de&nbsp;Fischia Il Vento, entoada pelos guerrilheiros garibaldinos e comunistas.<h2>A canção da liberdade</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/15/15142944702220.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)O ator e cantor franco-italiano Yves Montand é creditado como o responsável por levar Bella Ciao a uma audiência global. Nascido na Toscana, de uma família que fugiu para o sul da França durante o fascismo, ele apresentou a canção pela primeira vez fora da Itália em 1964.Desse momento em diante, ela foi cantada em vários momentos de protestos, como o do Parque Gezi, em 2013, em Istambul, contra o governo de Erdogan. Em 2012, François Hollande usou uma adaptação de Bella Ciao durante sua campanha presidencial francesa, sendo que no mesmo ano a canção foi usada como hino do movimento de ativismo ambiental "Do it Now".<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/15/15143045931221.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Até o Brasil a absorveu durante a campanha eleitoral de 2018 que elegeu Jair Bolsonaro como presidente. Os manifestantes do movimento #EleNão protestaram pelas ruas contra a ascensão de um governo repleto de falas e ideias fascistas.Bella Ciao se tornou uma canção popular tão usada porque é contra um invasor e a favor de algo que todos gostam: a liberdade. Esse invasor pode ser tanto o próprio homem, com seu capitalismo desenfreado, destruindo o meio ambiente, até mesmo o aparato de repressão de um governo.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:05.051Z

'Bella Ciao': por que a canção é considerada o 'hino da liberdade'?

Imagem de O que quer dizer "sair à francesa" e de onde veio esse hábito? no megacurioso

Entenda o que quer dizer essa expressão, que varia de acordo com o país.

<head></head><body>No início dos anos 1990, ficou muito popular uma música da cantora Marina Lima chamada À Francesa.&nbsp;Neste momento, muita gente no Brasil começou falar sobre "sair à francesa", sem saber direito a que estava se referindo.Mas você sabe o que quer dizer a expressão "sair à francesa"?<h2>O que quer dizer "sair à francesa"?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10142932776215.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Em artigo da revista Veja, o escritor e jornalista Sérgio Rodrigues explica que sair à <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126963-linhagem-humana-desconhecida-pode-ter-sido-encontrada-na-franca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">francesa</a> é uma locução que quer dizer "ir embora de um evento social sem se se despedir, e sendo muito discreto, tentando não ser notado".O mais curioso é que essa expressão tem variações de acordo com os países. Na França, por exemplo, fala-se filer à l’anglaise, ou seja, “sair à inglesa”. Já nos Estados Unidos, diz-se "sair à irlandesa" — e credita-se então às pessoas da Irlanda a tendência de sair de fininho.Por isso mesmo, há diferentes explicações sobre a origem da expressão. De acordo com o filólogo Antenor Nascentes, no livro&nbsp;Tesouro da fraseologia brasileira, a locução teria surgido por conta do espanto que os franceses teriam da saída seca dos ingleses em eventos sociais, por serem mais práticos e sem cerimônia.Em razão da relação de amor e ódio que França e Inglaterra mantinham entre si, os franceses acabaram replicando o comportamento no século XVIII, quando virou moda por lá.Já o "sair à irlandesa" (que também aparece na variação "despedida irlandesa") é uma expressão que teria surgido nos Estados Unidos na época da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125236-frederico-o-grande-o-rei-que-popularizou-as-batatas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grande Fome da Batata</a> na Irlanda, ocorrida no século XIX. Por conta disso, houve um êxodo do povo irlandês, e muitos deles foram parar na América.Uma das explicações para a origem da expressão americana é que, por beberem muito, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124621-por-que-nao-existem-cobras-na-irlanda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">irlandeses</a> teriam o hábito de fugir rapidamente de uma festa ou um bar para evitar o constrangimento.</body>

Cultura

Novidades