Imagem de Como um outdoor em forma de touro virou um símbolo da Espanha? no megacurioso

Os outdoors de touro foram criados para promover uma marca de conhaque, mas se tornaram um símbolo nacional espanhol

<head></head><body>Os outdoors em forma de touro foram reconhecidos oficialmente como símbolo nacional da Espanha em 1997. Inicialmente, esses touros foram criados como anúncios para promover o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124990-o-alcool-das-bebidas-alcoolicas-pode-estragar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">conhaque</a> Veterano Osborne, produzido pela empresa de mesmo nome. Porém, com o passar do tempo, eles adquiriram um significado muito mais amplo.Em 1957, o primeiro touro Osborne foi instalado em Cabanillas de la Sierra, perto de Madri, como uma forma de promover o novo produto da empresa. Naquela época, a Espanha estava começando a se abrir para o turismo e a se estabelecer como um destino atrativo. Os touros de lide eram associados à virilidade e à identidade espanhola.No entanto, os primeiros touros de madeira se mostraram frágeis e incapazes de resistir às condições climáticas adversas. Em 1961, eles foram substituídos por touros de metal, muito maiores e mais duráveis. Esses novos outdoors começaram a ganhar popularidade e, na década de 1970, mais de 500 deles estavam espalhados por toda a Espanha.<h2>Reconhecimento como símbolo nacional da Espanha</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/12/12101001673069.jpg" alt="Os touros Osborne estão em quase todo território espanhol. (Fonte: Wikimedia/Armillero/Reprodução)">Os touros Osborne estão em quase todo território espanhol. (Fonte: Wikimedia/Armillero/Reprodução)O reconhecimento dos touros Osborne como símbolos do país veio por diversas manifestações culturais. Em 1972, a capa da revista New York Times Magazine apresentava a imagem de um touro Osborne, representando a transformação que a Espanha estava passando durante o fim da ditadura de Franco.Na década de 1990, quando a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122179-a-cidade-espanhola-onde-a-agua-desafia-a-gravidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Espanha</a> proibiu os outdoors nas estradas devido aos riscos de distração para os motoristas, os touros enfrentaram um desafio. No entanto, graças à sua importância histórica e ao apoio popular, a empresa Osborne conseguiu argumentar que os touros não eram mais anúncios, mas sim elementos decorativos integrados à paisagem.Em 1997, o Supremo Tribunal espanhol decidiu que os touros poderiam permanecer, reconhecendo-os como símbolos culturais em vez de outdoors comerciais. Isso também abriu a possibilidade dos espanhóis realizarem modificações no leiaute original para expressão artística.<h2>Expressão cultural e política</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/12/12095515772057.jpg" alt="Até uma homenagem a Picasso foi feita nos outdoors em formato de touro. (Fonte: Wallpaperflare/Reprodução)">Até uma homenagem a Picasso foi feita nos outdoors em formato de touro. (Fonte: Wallpaperflare/Reprodução)Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124340-como-funcionava-o-culto-aos-touros-do-egito-antigo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">touros</a> se tornaram uma forma de expressão cultural e artística. Alguns foram pintados com temas sociais, como um touro que recebeu as cores da bandeira do movimento LGBT em 2011. Outros foram transformados em obras de arte, como um que foi pintado em homenagem ao famoso quadro Guernica, de Pablo Picasso.Apesar disso, a Osborne ainda detém os direitos autorais sobre o design. A empresa também continua responsável pela manutenção desses outdoors, mesmo que haja alguma intervenção artística ou política neles. Quando são vandalizados ou destruídos, a companhia promove a substituição do outdoor.A manutenção e reparo desses touros têm sido realizados pela família Tejada, proprietária de uma pequena ferraria em El Puerto de Santa María, desde a década de 1960. Os três irmãos Tejada, Félix, Jesús e Pedro, assumiram o trabalho de seu pai e continuam viajando pela Espanha para garantir a manutenção desse símbolo nacional espanhol.</body>

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Como um outdoor em forma de touro virou um símbolo da Espanha?

Imagem de Mergulho a cavalo: o bizarro esporte que fez sucesso nos EUA no megacurioso

Modalidade esportiva deixou de ser praticada há algum tempo, mas foi imortalizada no filme Mergulho em uma Paixão

<head></head><body>Ao longo da história, fomos apresentados a diversas <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118888-5-dos-esportes-profissionais-mais-estranhos-do-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">práticas esportivas</a> que, para o bem ou para o mal, ficaram para trás e se tornaram apenas memórias. Entre essas, uma que talvez muitos não conheçam é o mergulho a cavalo.Não, você não leu errado: nessa modalidade um tanto quanto peculiar, a ideia era literalmente montar em um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123888-cavalos-7-curiosidades-que-voce-provavelmente-nao-sabia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cavalo</a> e se lançar de uma plataforma que chegava a atingir 18 metros de altura rumo a uma piscina cheia de água (e sem nenhum tipo de proteção).<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/108904-10-dos-esportes-mais-bizarros-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">10 dos esportes mais bizarros do mundo</a></li></ul><h2>Prática antiga</h2>O mergulho a cavalo foi inventado por Frank Carver, um apaixonado pelo universo do Velho Oeste. Alguns relatos dizem que as primeiras propostas para esse esporte surgiram enquanto ele buscava ideias para montar um show com caubóis e tudo mais, mas a origem exata pode ter sido de duas fontes."Carver tinha duas versões [para essa ideia], mas acho que o que aconteceu foi baseado em algo totalmente diferente. Uma delas diz que havia alguns índios o perseguindo até o momento em que chegou a uma encosta que dava no Platte River, em Nebrasaka. Sem ter para onde ir, ele e seu cavalo pularam no rio para chegar do outro lado", conta Cynthia Braningan, autora do livro The Last Diving Horse in America&nbsp;(O último mergulho a cavalo na América, em uma tradução literal).<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Atlas Obscura&nbsp;" data-fonte-url="https://img.atlasobscura.com/ulXA-yUyWMsp3Q6UiCJ6nvGKBnsIL3UTNPim0PVjK3M/rs:fill:12000:12000/q:81/sm:1/scp:1/ar:1/aHR0cHM6Ly9hdGxh/cy1kZXYuczMuYW1h/em9uYXdzLmNvbS91/cGxvYWRzL2Fzc2V0/cy9mMWY0N2ZiZTYw/MzgzOWZlOWVfSG9y/c2VkaXZpbmc4IDIu/anBn.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/10/10230751526019.jpg" alt="Frank Carver, criador do mergulho a cavalo. (Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)">Frank Carver, criador do mergulho a cavalo. (Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)"Já a outra versão é uma variação do clássico 'era uma noite escura e chuvosa'. Ele estava ao ar livre em seu cavalo quando uma ponte quebrou e eles tiveram que pular no rio para chegar até a outra margem", comentou Cynthia.Entretanto, ela acredita em uma terceira versão. Nesta, Carver estava realizando um show temático de Velho Oeste e, em um determinado momento, a ponte em que os cavalos estavam acabou cedendo, fazendo os animais caírem em um tanque de água que estava abaixo. A partir dessa observação, surgiu o esporte.Seja qual for a verdadeira origem, o fato é que a prática do mergulho a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122531-por-que-cavalos-precisam-de-ferraduras-e-vacas-nao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cavalo</a> virou um show e acabou ficando muito popular no Steel Pier, situado em Atlantic City, nos Estados Unidos. À época, era comum ver centenas de pessoas reunidas para ver os atletas e seus cavalos realizando os saltos.A prática teve suas primeiras exibições abertas acontecendo a partir de 1928 e se manteve ativa no local por cerca de 50 anos, chegando a se tornar, inclusive, uma atração primária para aqueles que viajavam para Atlantic City. Porém, não demorou muito para que o esporte chamasse a atenção de algumas pessoas para fazer algo que pudesse impedi-lo.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Atlas Obscura&nbsp;" data-fonte-url="https://img.atlasobscura.com/EOR7kk6jzq6qleT4r9wRAGwu64GN1he7ywyde6dpNpI/rt:fill/w:1200/el:1/q:81/sm:1/scp:1/ar:1/aHR0cHM6Ly9hdGxh/cy1kZXYuczMuYW1h/em9uYXdzLmNvbS91/cGxvYWRzL2Fzc2V0/cy9jODRjODU4YjAy/ZDVjNDExZjlfSG9y/c2VkaXZpbmczLmpw/Zw.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/10/10230849510020.jpg" alt="Centenas de pessoas se reuniam no Steel Pier para ver a prática do mergulho a cavalo. (Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)">Centenas de pessoas se reuniam no Steel Pier para ver a prática do mergulho a cavalo. (Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)<h2>Do apogeu à queda</h2>A princípio, era muito comum ver atletas e cavalos realizando os saltos de duas a seis vezes por dia, o que exigia bastante e colocava a vida os praticantes em risco. Por conta disso, era bem comum ver alguns dos esportistas com ossos quebrados e outros tipos de ferimentos (do que se tem notícia, foram registrados apenas dois óbitos relacionados à prática), isso sem falar nos perigos para os próprios cavalos.<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121998-quando-os-humanos-domesticaram-os-cavalos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quando os humanos domesticaram os cavalos?</a></li></ul>Dessa forma, diversos ativistas dos direitos dos animais começaram a pressionar as autoridades para colocar um fim a essa prática, que continuou ativa até 1978. Por duas vezes, tentaram realizar a atividade mais uma vez no Steel Pier (em 1993 e em 2012), mas elas acabaram falhando e, aparentemente, colocando um fim nessa história.Aliás, a história só não ficou totalmente perdida por conta do filme Mergulho em uma paixão, lançado em 1991 e ambientado na Grande Depressão. Nele, vemos a trajetória de Sonora Webster, que treina para ser uma atleta do mergulho a cavalo, mas acaba sofrendo um acidente nesse processo — algo muito parecido com o que foi visto na realidade dos que se arriscaram nesse esporte.</body>

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Mergulho a cavalo: o bizarro esporte que fez sucesso nos EUA

Imagem de Infância de Anne Frank antes do Holocausto é contada em livro no megacurioso

Livro escrito por uma amiga de infância de Anne Frank joga luz sobre o seu passado antes do nazismo

<head></head><body>A história de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119782-anne-frank-historia-e-legado-da-jovem-martir-do-holocausto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Anne Frank</a>, uma menina que foi vítima do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122129-quadrinhos-foram-pioneiros-no-ensino-sobre-o-holocausto-aos-americanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Holocausto</a> nazista, ficou mundialmente famosa por conta de seu diário, no qual documentou como era a sua vida e de sua família durante os dois anos em que eles viveram escondidos em cômodos ocultos dentro de uma empresa, no período da ocupação alemã nos Países Baixos, ao longo da Segunda Guerra Mundial. Encontrado após a sua morte, o documento deu origem ao livro&nbsp;Diário de Anne Frank, publicado pela primeira vez em 1947.O livro foi lido foi milhares de pessoas que se comoveram com o relato tocante de Anne e que expôs os horrores instalados pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122408-se-hitler-era-do-terceiro-reich-qual-eram-os-outros-dois.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nazismo</a> entre as famílias judias. A repercussão foi tanta que muita gente se interessou em saber como teria sido a vida de Anne Frank antes de ela se tornar reclusa.Uma obra chamada My Friend Anne Frank lança luz sobre esta questão. A autora é Hannah Pick-Goslar, que foi a melhor amiga de Hannah durante a infância. O livro será lançado agora em junho.<h2>A relação entre Hannah e Anne Frank</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Smithsonian Mag&nbsp;" data-fonte-url="https://th-thumbnailer.cdn-si-edu.com/MffVwigIGdQNveg9lCDX348LhPU=/1400x1050/filters:focal(800x602:801x603)/https://tf-cmsv2-smithsonianmag-media.s3.amazonaws.com/filer_public/ed/74/ed74a32d-9c13-4800-9187-de14f431f9a9/opener_v1.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/16/16144827232229.jpg" alt="(Fonte: Smithsonian Mag)">(Fonte: Smithsonian Mag)Anne e Hannah se conheceram ainda crianças, em uma loja de bairro. A família Frank — composta por Otto, o pai, Edith, a mãe, e as filhas Margot e Anne — havia fugido da Alemanha para a Holanda. Lá, eles passaram a conviver com outras famílias judias refugiadas, incluindo os Goslar.As duas meninas frequentaram a escola juntas. Em um trecho relatado no livro, que se passa em 1934, as crianças estão convivendo no ambiente escolar. Hannah conta que foi levada a acreditar que a família Frank havia deixado o seu país abruptamente — quando, na verdade, eles ainda estavam em Amsterdam, mas escondidos.Hannah Pick-Goslar (que tinha o apelido Hanneli) e Anne Frank se encontravam pela última vez em 1945, em lados opostos de uma cerca em um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121183-auschwitz-o-que-aconteceu-la-apos-a-segunda-guerra-mundial.htm#:~:text=Auschwitz%20%C3%A9%20conhecida%20por%20ter,Hitler%20na%20Segunda%20Guerra%20Mundial." rel="noopener noreferrer" target="_blank">campo de concentração</a> de Bergen-Belsen, ao norte da Alemanha. Anne morreria pouco depois. Já Hannah sobreviveu, se mudou para Israel, virou enfermeira, casou-se e teve três filhos. Ela faleceu em 2022, quando tinha 93 anos.<h2>Detalhes da convivência</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/16/16144939157233.jpg" alt="(Fonte: DW)">(Fonte: DW)Na obra, Hannah lembra pequenos detalhes dessa convivência. Ela conta quando, no primeiro dia de aula, avistou uma garota de cabelo muito escuro que ela reconheceu ser a mesma que havia visto no mercado do seu bairro. As duas se abraçaram e criaram uma conexão muito profunda — fortalecida pelo fato de que ambas não falavam holandês.Anne é descrita por Hannah como uma mocinha de personalidade forte. "Anne tinha pele morena pálida e era mais ou menos uma cabeça mais baixa do que eu — uma menininha, quase frágil, com olhos escuros grandes e brilhantes que pareciam rir quando ela o fazia. Mas sua pequenez desmentia sua grande personalidade. Ela era excelente em iniciar ideias para jogos, liderando outras crianças. Ela tinha confiança suficiente para perguntar qualquer coisa a um adulto, o que parecia fazer constantemente. Fiquei maravilhada com a forma como ela surgiu com tantas perguntas", escreve.Ao descobrir que, além de colegas, eram vizinhas, Anne e Hannah ficaram ainda mais felizes. Elas passaram então a frequentar a casa uma da outra e a ir juntas para a escola todos os dias. Nesta convivência, ambas aprendiam as primeiras palavras em holandês e compartilhavam algumas lembranças sobre o passado na Alemanha.Com o passar do tempo, elas começaram a ver coisas estranhas pela cidade, como uma placa na frente de uma piscina pública do bairro que dizia “Juden Zutritt Verboten” — ou seja, que os judeus não eram permitidos ali. Um mês depois, os nazistas impuseram as Leis de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120049-tribunal-de-nuremberg-condenacao-de-nazistas-completa-75-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nuremberg</a>, retirando a cidadania judaica em nome da preservação da chamada “pureza do sangue alemão”. Os judeus haviam se tornado apátridas, e poderiam ser oficialmente discriminados.&nbsp;A família Frank se exilaria num esconderijo em julho de 1942. Em um dos momentos marcantes do livro, Hannah lembra do último aniversário de Anne que passou ao lado da amiga. A menina celebrava seus 13 anos, e sumiria com a família pouco depois. "Anne era uma daquelas pessoas que realmente amava seu aniversário; ela contaria a qualquer um que quisesse ouvir quando isso acontecesse", lembra Hannah.Hannah conta que descobriu que a família da amiga não estava mais lá quando bateu em sua porta para pegar uma balança. Um vizinho informou que os Frank haviam se mudado para a Suíça. Na verdade, eles passaram dois anos em um sótão, onde recebiam ajuda com mantimentos doados por amigos.No dia 4 de agosto de 1944, após uma denúncia anônima feita por um holandês, a Gestapo (Polícia Secreta do Estado Alemão), descobriu o esconderijo e prendeu seus moradores. O único que sobreviveu aos campos de concentração foi o pai, Otto, que mais tarde publicaria o diário da filha. </body>

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Infância de Anne Frank antes do Holocausto é contada em livro

Imagem de Hebreu: como a antiga língua judaica renasceu 2 mil anos depois no megacurioso

Considerada a língua escolhida por Deus para transmitir sua mensagem aos homens, o hebreu ficou adormecido por milênios

<head></head><body>Tida como extinta há menos de 150 anos, o hebraico, <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124486-por-que-pensamos-que-o-fruto-proibido-da-biblia-e-uma-maca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antiga língua do povo de Israel</a>, permaneceu “adormecida” durante mais de 2 mil anos até ser revivida e difundida globalmente, sendo hoje falada por milhões de pessoas no mundo inteiro. Conservada como a língua escolhida por Deus para transmitir sua mensagem, ela conseguiu reconectar socialmente um povo separado por sucessivas diásporas (dispersões) pelo mundo.O auge do "hebreu", que servia tanto para designar a linguagem como o próprio povo judeu, ocorreu entre os séculos XIII e II a.C. A primeira diáspora — migração em massa desse povo de sua Palestina natal para a Babilônia — ocorreu no século VI a.C., quando o rei Nabucodonosor II conquistou o Reino de Judá <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118844-4-fatos-interessantes-sobre-o-misterioso-templo-de-salomao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">e destruiu o Templo de Jerusalém</a>.&nbsp;Após 70 anos de exílio, os judeus retornaram, depois que os babilônios foram derrotados pelos persas, e reedificaram seu local de culto no Monte Moriá. Mas, no ano 70 d.C., o templo foi novamente incendiado e destruído, desta vez pelos romanos. Como consequência, a segunda diáspora judaica espalhou o povo para diversos locais do mundo, como Europa, Norte da África, Oriente Médio e outras regiões.<h2>O Povo do Livro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/15/15142301646271.jpg" alt="Os judeus eram conhecidos como &quot;Povo do Livro&quot;, por ler a Torá em voz alta.">Os judeus eram conhecidos como "Povo do Livro", por ler a Torá em voz alta.Espalhados pelo mundo, foi questão de tempo para que os judeus deixassem de usar a sua língua natal na vida diária, o que pode ter começado a acontecer por volta do século II a.C., segundo os especialistas. Isso fez com que o povo hebreu fosse se tornando cada vez mais marginalizado e órfão de sua cultura e tradições. Eles chegaram até a criar uma nova língua&nbsp;– o iídiche&nbsp;– que é uma mistura de hebraico, alemão e línguas eslavas.&nbsp;Sem falar seu próprio idioma, o povo judeu ficou conhecido como “Povo do Livro”, <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124817-pascoa-vermelha-quando-os-judeus-comemoravam-o-comunismo-na-urss.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">porque manteve sempre sua tradição religiosa</a> de estudar a Torá e ler essa coleção de textos sagrados do judaísmo em voz alta. Assim, a antiga língua, agora chamada de hebraico, era aprendida para ler a Bíblia e acabou mantida por mais mil anos na forma escrita por meio da prática religiosa.<h2>O despertar do gigante</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Bloximages&nbsp;" data-fonte-url="https://bloximages.chicago2.vip.townnews.com/americanisraelite.com/content/tncms/assets/v3/editorial/7/5c/75c850be-8965-11ea-94f8-57abcecc6c0d/5ea84cc169579.image.jpg?resize=599%2C429"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/15/15144902453283.jpg" alt="Primeiro Comitê de Linguagem Hebraica em Jerusalém, 1912.">Primeiro Comitê de Linguagem Hebraica em Jerusalém, 1912.No século XIX, um judeu nascido na Lituânia, Eliezer Ben-Yehuda, viajou para Paris em 1878 e liderou o crescente movimento nacionalista que lá florescia, <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122158-como-diferentes-idiomas-afetam-a-maneira-como-nos-pensamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">reconstruindo o que conhecemos hoje como hebraico moderno</a>. Em 1881, ele e sua esposa se mudaram para Jerusalém e criaram seu filho Itamar Ben-Avi para ser o primeiro falante nativo da língua revivida.&nbsp;Adormecido por milênios, o hebraico carecia de muitas palavras novas. Para isso, Ben-Yehuda fez um dicionário de novas palavras, que incluíam até o termo “milon”, que significa “dicionário”.Hoje, como consequência da abertura das primeiras escolas de hebraico em 1913 e da fundação do estado de Israel em 1948, existem 15 milhões de falantes da língua no mundo, sendo 9,5 milhões no país judeu.</body>

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Hebreu: como a antiga língua judaica renasceu 2 mil anos depois

Imagem de 3 fatos históricos que esses países fingem esquecer no megacurioso

Itália, Japão e EUA costumam evitar mencionar esses pontos importantes de suas histórias recentes

<head></head><body>Todos os países gostam de exaltar a sua história, destacando apenas aqueles acontecimentos considerados belos, heroicos ou vitoriosos. Sendo assim, é natural que muitas nações omitam alguns pontos importantes das suas trajetórias — mas isso não quer dizer que esses fatos deixaram de existir não é mesmo?Por isso, vamos listar alguns episódios históricos que determinados países se esforçam para esquecer — e, caso você esteja conversando com algum nativo dessa nação, essa pode ser uma sugestão de tema para se evitar.<h2>1. A participação da Itália na Segunda Guerra</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/15/15160736538344.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)A Alemanha é sempre apontada (e com razão) como a grande responsável pela tragédia humana que foi a Segunda Guerra Mundial. Contudo, se você se lembra das aulas de história, deve saber que Berlim tinha o apoio de Roma e de Tóquio, os países que formavam a chamada “Aliança do Eixo”.Ainda assim, os italianos parecem ignorar essa mancha em sua história e, mesmo que a figura do ditador fascista Mussolini não tenha caído no esquecimento, a Itália não costuma ser lembrada como uma grande apoiadora de Hitler — talvez porque a Itália tenha acumulado muitas derrotas no conflito e não conseguiu lograr seu objetivo de expandir seu território, além de ter abandonado a guerra por pressão popular antes dela ter acabado de fato.<h2>2. Os objetivos expansionistas do Japão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/15/15160840609347.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesAlém da Itália, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120599-9-coisas-que-voce-nao-deve-fazer-no-japao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Japão</a> também foi aliado de primeira-hora da Alemanha. Mas, ao contrário dos italianos, os japoneses foram bem-sucedidos em suas campanhas militares, tendo o país se tornado um pesadelo para os seus vizinhos, como a China e, principalmente, a Coreia, que viu suas cidadãs serem usadas como escravas sexuais pelos soldados japoneses.A Casa Branca também não tem boas lembranças do período. Em 1941, o Japão fez o ataque à base naval de Pearl Harbor, no Havaí, e matou mais de 2 mil soldados estadunidenses, além de causar danos aos navios e outras estruturas da Marinha dos EUA.Todavia, o fato mais lembrado sobre o Japão na Segunda Guerra foi o ataque atômico que o país sofreu.<h2>3. As mentiras como motivações para a Guerra do Iraque</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/15/15160927634349.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesOs EUA invadiram o Iraque no ano de 2003, apenas dois anos após os ataques do 11 de setembro. Por isso, muitos estadunidenses acreditavam que essa guerra tinha alguma relação com o fato anterior, o que nunca teve.A justificativa usada pelo então <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115624-george-h-w-bush-escapou-do-canibalismo-de-chichijima.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">presidente Bush</a> era que o ditador iraquiano Saddam Hussein tinha um arsenal de armas químicas que poderiam ser usadas contra seus vizinhos e, quem sabe, contra os EUA.O fato é que a guerra custou muito caro aos EUA. As armas químicas nunca foram encontradas e o Iraque se desestabilizou política e economicamente, lidando com as dificuldades do pós-guerra até hoje.Ainda que o governo de Saddam Hussein tenha terminado, ele tenha sido preso e condenado à morte, as consequências da guerra foram muito ruins para o Iraque e para a região, como se o remédio tivesse sido pior do que a doença.Conforme o trauma dos ataques às Torres Gêmeas era superado, os estadunidenses percebiam que mandar seus jovens para matar civis no Oriente Médio não era uma boa ideia.Oficialmente, a guerra acabou em 2011, embora os soldados estadunidenses só tenham saído do país em 2021. A popularidade do presidente Bush e do Partido Republicano caiu muito nesse período.Além disso, aumentou a desconfiança da comunidade internacional com os EUA, principalmente quando relatórios indicavam que as justificativas para o ataque não se mostravam verdadeiras. Estima-se que quase um milhão de pessoas, em sua maioria iraquianos, tenham morrido no conflito.</body>

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3 fatos históricos que esses países fingem esquecer

Imagem de Do manicômio às galerias: a obra de Arthur Bispo do Rosário no megacurioso

Bispo do Rosário passou a maior parte em instituições psiquiátricas, onde construiu um dos acervos mais importantes da arte brasileira

<head></head><body>O artista brasileiro Arthur Bispo do Rosário, que viveu 50 anos em instituições psiquiátricas, está sendo tema de uma exposição inédita nos Estados Unidos. A exposição, intitulada "Bispo do Rosario: todos os materiais existentes na Terra", ganhou uma exposição na galeria da Americas Society, em Nova York.Nascido em Japaratuba, Sergipe, em 1909, Bispo recebeu uma revelação em 1938, na qual acreditava ter sido escolhido por vozes celestiais para "representar todas as coisas existentes na Terra". Diagnosticado com esquizofrenia paranoide, foi internado em <a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/74168-barbacena-o-local-onde-morreram-mais-de-60-mil-brasileiros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">instituições psiquiátricas</a>, incluindo o Hospital Nacional de Alienados e a Colônia Juliano Moreira.<ul><li style="font-weight: bold;">Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121456-4-obras-de-arte-inspiradas-em-terriveis-acontecimentos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">4 obras de arte inspiradas em terríveis acontecimentos</a></li></ul>Convicto de sua missão divina, Bispo transformou sua cela em um ateliê e passou a criar obras de arte utilizando materiais diversos, como lençóis, uniformes, pedaços de madeira, chinelos e talheres. Ele catalogou e organizou "o caos do mundo" em preparo para o Dia do Juízo Final, criando mais de mil objetos sem assinatura ou data.<h2>Arte única</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/16/16033642006001.jpg" alt="Bispo do Rosário usava seu isolamento a favor da produção artística. (Fonte: Zeal Harris/Flickr/Reprodução)">Bispo do Rosário usava seu isolamento a favor da produção artística. (Fonte: Zeal Harris/Flickr/Reprodução)Arthur Bispo do Rosário, de fato, enfrentou diversos estigmas e desafios ao longo de sua vida, sendo marginalizado por sua condição social, étnica e mental. No entanto, sua genialidade artística permitiu que ele transcendesse essas barreiras e oferecesse uma nova perspectiva sobre a realidade.Por meio de sua obra, Bispo do Rosário ressignifica o universo ao criar um vasto conjunto de objetos e instalações que representam sua visão única do mundo. Ele transforma materiais comuns em arte, trazendo à tona a beleza e o potencial encontrados nas coisas mais simples e descartadas pela sociedade.Ao propor a ideia de reunir e apresentar o universo no dia do juízo final, Bispo desafia a noção tradicional de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124383-grito-dos-excluidos-as-manifestacoes-dos-marginalizados-pela-independencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">exclusão</a> e marginalização. Sua obra busca dar voz e significado àqueles que são frequentemente ignorados ou excluídos, reafirmando a importância e a dignidade de cada indivíduo, independentemente de sua condição social ou mental.<h2>Reconhecimento artístico</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/16/16033813996003.jpg" alt="Exposição na Bienal de Veneza em 2013. (Fonte: SunOfErat/Flickr/Reprodução)">Exposição na Bienal de Veneza em 2013. (Fonte: SunOfErat/Flickr/Reprodução)Bispo do Rosário mantém sua produção artística em segredo durante muitos anos, escondendo suas obras em um espaço que ele mesmo chama de "museu particular". Somente em 1979, após ser descoberto pelo crítico de arte Frederico Morais, sua arte começa a ganhar reconhecimento.Apesar de ter vivido à margem da sociedade e ser considerado "louco", suas obras foram expostas em galerias e museus no Brasil e no exterior, incluindo a Bienal de Veneza, onde sua arte foi aclamada como vanguardista.Considerado um dos maiores artistas brasileiros, Bispo deixou um acervo de mais de mil objetos sem categorização, representando sua visão singular do mundo. Sua arte, que expressa uma estética da precariedade e da pobreza, continua a fascinar o público e a crítica especializada, deixando um legado artístico único.A vida e obra de Arthur Bispo do Rosário inspiraram filmes, livros, teses e peças de teatro. Sua arte, marcada pela estética da precariedade e pela representação da existência na Terra, conquistou reconhecimento internacional.</body>

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Do manicômio às galerias: a obra de Arthur Bispo do Rosário

Imagem de A cidade italiana que celebra o início da primavera com cobras vivas no megacurioso

No dia 1º de maio, a cidade italiana de Cocullo celebra a chegada da primavera com a imagem de San Domenico Abate coberta de cobras vivas

<head></head><body>No dia 1º de maio, uma celebração bizarra ocorre nas ruas da cidade de Cocullo, uma comuna de 350 habitantes <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118140-6-tipos-de-macarrao-e-a-historia-por-tras-deles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">localizada na região de Abruzzo</a>, na Itália: a estátua do padroeiro Santo Domenico Abate percorre as ruas, coberta de cobras vivas. Embora a festa do santo seja fixada pela Igreja Católica em 15 de fevereiro, o ritual está ligado a antigas práticas pagãs relacionadas ao culto das serpentes.Ligada à celebração da chegada da primavera, a preparação da festa tem início no final de março, tão logo a neve começa a derreter. Quando isso ocorre, grupos de pessoas descendentes dos andarilhos medievais, chamados de serpari, juntamente com os encantadores de serpentes ciaralli&nbsp;sobem o monte Catini à procura de cobras não venenosas.Usando <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120001-manejo-de-serpentes-a-perigosa-pratica-crista-nos-apalaches.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">suas habilidades de caça e manejo de serpentes</a>, os serpari evitam as víboras peçonhentas que vivem na região e capturam apenas répteis não venenosos. Eles os mantêm em caixas de madeira especialmente preparadas para esse fim, onde as cobras são alimentadas com ovos cozidos e ratos vivos.<h2>Rito das Serpentes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/15/15164351191373.jpeg" alt="A festa de San Domenico Abate e o Rito das Serpentes são tratados como um evento único.">A festa de San Domenico Abate e o Rito das Serpentes são tratados como um evento único.No dia 1º de maio, pouco antes da missa das 8h, os fiéis se reúnem na capela de San Domenico para puxar o sino com os dentes. Isso porque, além de proteger contra mordidas de cobra e raiva, o santo também cura as dores de dente. Ao meio-dia, os serpari&nbsp;chegam à praça principal, onde mostram orgulhosamente todas as serpentes&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125064-como-o-quarto-branco-se-tornou-um-dos-piores-metodos-de-tortura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que farão parte da procissão.</a>Da igreja, quatro carregadores chegam com a estátua do santo em um andor, para que as cobras sejam colocadas sobre ela. De acordo com a tradição, se as cobras se enrolarem na cabeça do santo, esse é um bom presságio para o ano, mas se caírem, o pior pode acontecer. Enquanto o cortejo com a estátua e as cobras passam, a multidão aguarda ávida para tocar a imagem sagrada.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Abruzzo Official/Facebook&nbsp;" data-fonte-url="https://scontent.fjdf2-2.fna.fbcdn.net/v/t39.30808-6/343988487_232656162743596_5314750113493304276_n.jpg?_nc_cat=101&amp;ccb=1-7&amp;_nc_sid=8bfeb9&amp;_nc_eui2=AeHoUhXbLCEb-p76qaiHTf2hJOut8qKuzm4k663yoq7ObjsX17x3Ptuckz44bSthrGsyPplvEtJW2EOvikgKc2jb&amp;_nc_ohc=GsEkcxMe8IkAX8j_rhQ&amp;_nc_ht=scontent.fjdf2-2.fna&amp;oh=00_AfCvA-qiQx9XO9GLGri2_ej9gEy7_S3O0pnNYqEo2HZWcA&amp;oe=64676AC4"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/15/15171422593400.jpg" alt="Segundo a tradição, 2023 será um bom ano, pois as cobras se enrolaram à cabeça do santo.">Segundo a tradição, 2023 será um bom ano, pois as cobras se enrolaram à cabeça do santo.<h2>Por que o rito pagão foi incorporado à tradição católica?</h2>Pesquisadora das festividades em Cocullo, a professora de Antropologia Cultural da Università degli Studi Chieti e Pescara, Lia Giancristofaro, rejeita as teorias de que os rituais tenham se originado em culto a Hércules (<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/110411-10-fatos-que-voce-ainda-nao-sabe-sobre-a-mitologia-grega.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que esmagou duas cobras em seu berço</a>) ou à deusa Angizia. Para a antropóloga, a origem da festa é mais recente e é um produto do próprio cristianismo.Falando ao Atlas Obscura, ela afirma que o fenômeno “nasceu na Idade Média e está relacionado com a prática dos curandeiros em nome de São Paulo”. O chamado Apóstolo dos Gentios teria sobrevivido a uma picada de cobra em Malta. Nesse sentido, "o contato com a cobra inofensiva representa uma espécie de libertação da angústia", afirma Giancristofaro.</body>

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A cidade italiana que celebra o início da primavera com cobras vivas

Imagem de Pintura de Van Gogh muda de nome após chef achar erro em museu no megacurioso

Ernst de Witte notou que obra nomeada após morte do artista retratava alhos em vez de cebolas

O Van Gogh Museum, em Amsterd&atilde;, nos Pa&iacute;ses Baixos, renomeou um quadro do pintor <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/111698-descubra-alguns-dos-significado-das-obras-de-van-gogh.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vincent Van Gogh</a> ap&oacute;s a observa&ccedil;&atilde;o atenta de um chef de cozinha e f&atilde; de arte.
O quadro em quest&atilde;o &eacute; "Repolhos vermelhos e cebolas", de 1887, mas que foi batizado postumamente apenas em 1928. A partir de agora, ele se chama Repolhos vermelhos e alhos, j&aacute; que a institui&ccedil;&atilde;o foi convencida de que o&nbsp;alimento retratado estava identificado de forma incorreta.
O respons&aacute;vel pela mudan&ccedil;a &eacute; Ernst de Witte, que cozinha profissionalmente h&aacute; quase 20 anos e virou pintor h&aacute; quatro. Ele visitou v&aacute;rias vezes a galeria em que as obras do holand&ecirc;s est&atilde;o expostas, mas s&oacute; na &uacute;ltima passagem pelo local que notou o poss&iacute;vel erro gastron&ocirc;mico.
<h2>Processo de convencimento</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/15/15133146557219.jpg" alt="O que voc&ecirc; v&ecirc;: cebolas ou alhos? (Fonte: Van Gogh Museum/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />O que voc&ecirc; v&ecirc;: cebolas ou alhos? (Fonte: Van Gogh Museum/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Quando de Witte viu que o que era descrito como cebola, na verdade, eram cabe&ccedil;as de alho, ele preparou uma apresenta&ccedil;&atilde;o completa para mostrar ao museu.&nbsp;
O chef usou tanto a profiss&atilde;o quanto o hobby para apontar a semelhan&ccedil;a de formato da cabe&ccedil;a de alho e, inclusive, identificar na obra as linhas que indicavam os dentes. Estudando diferentes esp&eacute;cies de ambos os alimentos, Ernst fez uma compara&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m com cebolas retratadas em outras pinturas de Van Gogh.
O museu concordou com o apontamento ap&oacute;s consultar um bi&oacute;logo para uma segunda opini&atilde;o e oficializou a mudan&ccedil;a em novembro de 2022, inclusive no cat&aacute;logo que consta <a href="https://www.vangoghmuseum.nl/en/collection/s0082V1962" rel="noopener noreferrer" target="_blank">no site oficial</a>.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/15/15133210605220.jpg" alt="O chef respons&aacute;vel pela mudan&ccedil;a e seus autorretratos. (Fonte: Ernst de Witte/Artnet News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />O chef respons&aacute;vel pela mudan&ccedil;a e seus autorretratos. (Fonte: Ernst de Witte/Artnet News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Segundo o Artnet News, que recebeu uma nota da institui&ccedil;&atilde;o, quadros t&ecirc;m o t&iacute;tulo alterado com certa frequ&ecirc;ncia, quando h&aacute; diverg&ecirc;ncias sobre quais os elementos retratados.
Repolhos vermelhos e alho (1887) j&aacute; foi emprestado a outro museu de Amsterd&atilde;, o Stedelijk Museum, e foi inicialmente exposto em uma galeria de Paul Cassirer, em Berlim. A obra n&atilde;o recebeu um nome oficial quando foi finalizada pelo pintor.
<h2>Homenagem na cozinha</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/15/15133237606223.jpg" alt="Repolhos vermelhos e alho em forma de refei&ccedil;&atilde;o. (Fonte: Ernst de Witte/Artnet News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Repolhos vermelhos e alho em forma de refei&ccedil;&atilde;o. (Fonte: Ernst de Witte/Artnet News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O observador atento at&eacute; se sentiu inspirado pelo caso para criar um prato no restaurante em que ele &eacute; chef de cozinha, o Restaurant Feu, na cidade de Utrecht.
A refei&ccedil;&atilde;o &eacute; um repolho com caldo de alho assado e creme de alho defumado, al&eacute;m de um vinagrete que tem como erva-cidreira, estrag&atilde;o e absinto &mdash; bebida favorita do pintor holand&ecirc;s.

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Pintura de Van Gogh muda de nome após chef achar erro em museu

Imagem de Será que é realmente necessário preaquecer o forno? no megacurioso

Toda receita que vai ao forno instrui o seu preaquecimento, mas será que é realmente necessário?

<head></head><body>Na hora de preparar uma receita, pode acontecer de nem tudo sair conforme o esperado — e faz parte. Mas se você imagina que deixou passar algum detalhe, pode ser que tenha faltado apenas preaquecer o forno. Seja por esquecimento, ou mesmo pela impressão que não faz a diferença, trata-se uma etapa que não pode ser ignorada.Preaquecer o forno, seja ele <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125106-forno-a-gas-ou-forno-eletrico-qual-e-o-melhor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">elétrico ou a gás</a>, garante que o calor irradie de forma constante e uniforme no seu interior. Assim, o alimento não leva mais tempo que o necessário para assar, e nem há o risco que apenas um dos lados fique gratinado ou assado.<h2>Preaquecendo o forno antes de assar pães e bolos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/12/12101015401070.jpg" alt="Ao contrário do que alguns dizem por aí, preaquecer o forno não é um desperdício de gás! (Fonte: Gettty Images)">Ao contrário do que alguns dizem por aí, preaquecer o forno não é um desperdício de gás! (Fonte: Gettty Images)A importância de preaquecer o forno pode ser percebida em várias ocasiões, sobretudo ao assar massas, como pães e <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117719-18-bolos-realistas-demais-para-serem-cortados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bolos</a>. Realizar esse processo na temperatura indicada garante que eles sofram o choque térmico necessário para o seu preparo e que, além disso, ocorra a fermentação da massa.Dessa forma, o alimento começa a ser assado assim que é colocado dentro do forno, de modo que ele cresça e apresente o aspecto ideal ao término do preparo. Na falta do preaquecimento, por outro lado, aquele bolo feito com tanto carinho pode acabar "solando" – ou seja, ficando duro.<h2>Preparando carnes e outros alimentos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/12/12125528523212.jpg" alt="Assar carnes em forno preaquecido é importante para que elas fiquem no ponto ideal. (Fonte: Getty Images)">Assar carnes em forno preaquecido é importante para que elas fiquem no ponto ideal. (Fonte: Getty Images)Para outras variedades de pratos levados ao forno, incluindo as <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123666-as-6-carnes-mais-caras-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">carnes</a>, esse processo assegura que o alimento fique suculento e cozido por dentro sem passar do ponto. No caso das carnes, por exemplo, dificilmente elas ficarão com a crosta dourada se o forno estiver frio no início do preparo.O mesmo vale para os vegetais, pois deixar o alimento na temperatura ideal desde o início garante que não ocorra perda de água e ele termine num processo de cozimento — que é o efeito oposto do desejado, nesse caso em particular.Para os cozinheiros distraídos ou impacientes de plantão, não custa reforçar: deixar o forno preaquecendo na temperatura máxima também não é recomendado! Lembre-se que cada receita exige que o alimento seja assado numa temperatura específica. Essa medida ainda evita que, em meio à distração, você deixe o alimento assar numa temperatura bem acima da indicada.</body>

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Será que é realmente necessário preaquecer o forno?

Imagem de O que é a delicada "síndrome do filho mais velho"? no megacurioso

Quando voc&ecirc; pesquisa "filho mais velho" no Google, esta &eacute; a primeira pergunta que aparece: "&eacute; muito dif&iacute;cil ser o filho mais velho?". Para isso, a Aha Parenting&nbsp;responde que, ainda que n&atilde;o importa quantos anos voc&ecirc; tenha, espera-se que os mais velhos assumam mais responsabilidades. Essa &eacute; considerada uma das raz&otilde;es pelas quais os filhos mais velhos costumam ser descritos como respons&aacute;veis, sens&iacute;veis, perfeccionistas e um pouco mais ansiosos que os seus irm&atilde;os mais novos.
Na tese Ordem de Nascimento e Seu Efeito na Depress&atilde;o em Adultos, Sumbul Zaidi levantou a hip&oacute;tese de que o filho primog&ecirc;nito &eacute; mais suscet&iacute;vel &agrave; <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122908-depressao-conheca-os-6-tipos-mais-comuns-da-doenca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">depress&atilde;o</a> do que o filho do meio e o mais novo, isso porque ele tem mais expectativas a seguir em rela&ccedil;&atilde;o aos seus hom&oacute;logos. Eles acabam desenvolvendo ansiedade devido &agrave; press&atilde;o em corresponder &agrave;s expectativas dos pais, que incluem a necessidade em ser um modelo de intelig&ecirc;ncia, compet&ecirc;ncia e responsabilidade entre os irm&atilde;os.
Esses fatores, associados ao medo de errar e a press&atilde;o em ser o filho perfeito, s&atilde;o respons&aacute;veis pelo que os psic&oacute;logos chamam de s&iacute;ndrome do filho mais velho.
<h2>O primeiro amado</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/15/fonte-getty-images-15125422292176.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
A princ&iacute;pio, existem v&aacute;rias vantagens em ser o <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/102993-sera-que-pais-mais-velhos-tem-filhos-mais-inteligentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filho mais velho</a>. Normalmente, &eacute; ele quem tem o primeiro direito a escolha, bem como &eacute; considerado o mais confi&aacute;vel e respons&aacute;vel por deter a admira&ccedil;&atilde;o dos mais jovens. Isso, no entanto, pode durar muito pouco, ou se transformar em uma necessidade megaloman&iacute;aca.
Os filhos mais velhos podem acabar apresentando comportamento mand&atilde;o e/ou dominador, com uma necessidade extrema em ser perfeccionista, uma autoestima muito acima da m&eacute;dia, e comportamento competitivo doentio. Essas caracter&iacute;sticas implicam em enxergar seus irm&atilde;os como uma esp&eacute;cie de asseclas, podendo se colocar at&eacute; mais alto que os pais por deter um suposto conhecimento que n&atilde;o existe sobre os demais.
Por outro lado, o psiquiatra Alfred Adler adiciona que o filho primog&ecirc;nito pode tamb&eacute;m apresentar caracter&iacute;sticas totalmente opostas, podendo ser obstinados e independentes, ou complacentes para agradar a todos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/15/getty-images-15125522579178.jpg" alt="Getty Images" />(Fonte: Getty Images)
Com apenas os pais para admirar ou pedir conselhos, &eacute; prov&aacute;vel que um sentimento de isolamento possa surgir, afetando sua personalidade. Frank Sulloway, autor de Born to Rebel, alega que s&atilde;o esses papeis que os irm&atilde;os adotam que levam a diferen&ccedil;as de comportamentos, com os pais tendendo a for&ccedil;&aacute;-los, quer percebam ou n&atilde;o.
Publicado no Journal of Gerontology: Social Sciences, a professora Jill Suitor, da Pardue University, liderou um estudo em que foi analisado que os filhos considerados favoritos por suas m&atilde;es correm maior risco de sofrer de depress&atilde;o em rela&ccedil;&atilde;o aos demais irm&atilde;os. Ela teve como base os dados observados nos n&iacute;veis de proximidade emocional, conflito, orgulho e decep&ccedil;&atilde;o entre os filhos adultos.
&ldquo;Isso vem da maior tens&atilde;o entre irm&atilde;os experimentada por filhos adultos favorecidos pela proximidade emocional ou pelos maiores sentimentos de responsabilidade pelo cuidado emocional de sua m&atilde;e&rdquo;, disse Megan Gilligan, que tamb&eacute;m trabalhou na pesquisa.
<h2>O outro problema</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/15/fonte-getty-images-15125549491179.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
O outro lado da moeda que afeta os primog&ecirc;nitos diz respeito a como a estrutura deposita o fardo emocional em mulheres, encorajadas a assumir o cargo de chefe de fam&iacute;lia desde a mais tenra idade, indo muito al&eacute;m de ser apenas um exemplo para seus irm&atilde;os mais novos. &Eacute; depositado a tarefa de ajudar nos afazeres dom&eacute;sticos, cuidar dos pais doentes, fazer listas de compras e outras tarefas.
Com objetivo de lan&ccedil;ar luz sobre o problema e falar acerca das de que meninas s&atilde;o naturalmente melhores em cuidar, subiu a #EldestDaughterSyndrome no TikTok. A trend&nbsp;reuniu adolescentes falando sobre a quantidade injusta de trabalho n&atilde;o remunerado e n&atilde;o apreciado que fazem em suas fam&iacute;lias, al&eacute;m de discutirem os efeitos adversos que isso causa em seus estudos, sa&uacute;de e bem-estar.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/15/getty-images-15125622866181.jpg" alt="Getty Images" />(Fonte: Getty Images)
No estudo "Estrutura do agregado familiar e tarefas dom&eacute;sticas: avaliando as contribui&ccedil;&otilde;es de todos os membros do agregado familiar", Jonathan Gershuny e Oriel Sullivan mostraram que as meninas entre 5 e 14 anos gastam 40% mais tempo no trabalho dom&eacute;stico do que os meninos. Trata-se n&atilde;o s&oacute; de um processo de parentifica&ccedil;&atilde;o como reprodu&ccedil;&atilde;o da desigualdade de g&ecirc;nero no trabalho dom&eacute;stico de uma gera&ccedil;&atilde;o para outra.
A cura do problema &eacute; considerada "simples": reconhecimento do fardo injusto que os pais depositam nas filhas mais velhas e redistribui&ccedil;&atilde;o das tarefas de maneira igualit&aacute;ria. No entanto, enquanto a quest&atilde;o n&atilde;o for vista como estrutural e parar de ser normalizada, o progresso ser&aacute; &aacute;rduo.

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