Ciência
16/05/2023 às 12:00•2 min de leitura
Todos os países gostam de exaltar a sua história, destacando apenas aqueles acontecimentos considerados belos, heroicos ou vitoriosos. Sendo assim, é natural que muitas nações omitam alguns pontos importantes das suas trajetórias — mas isso não quer dizer que esses fatos deixaram de existir não é mesmo?
Por isso, vamos listar alguns episódios históricos que determinados países se esforçam para esquecer — e, caso você esteja conversando com algum nativo dessa nação, essa pode ser uma sugestão de tema para se evitar.
(Fonte: Getty Images)
A Alemanha é sempre apontada (e com razão) como a grande responsável pela tragédia humana que foi a Segunda Guerra Mundial. Contudo, se você se lembra das aulas de história, deve saber que Berlim tinha o apoio de Roma e de Tóquio, os países que formavam a chamada “Aliança do Eixo”.
Ainda assim, os italianos parecem ignorar essa mancha em sua história e, mesmo que a figura do ditador fascista Mussolini não tenha caído no esquecimento, a Itália não costuma ser lembrada como uma grande apoiadora de Hitler — talvez porque a Itália tenha acumulado muitas derrotas no conflito e não conseguiu lograr seu objetivo de expandir seu território, além de ter abandonado a guerra por pressão popular antes dela ter acabado de fato.
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Além da Itália, o Japão também foi aliado de primeira-hora da Alemanha. Mas, ao contrário dos italianos, os japoneses foram bem-sucedidos em suas campanhas militares, tendo o país se tornado um pesadelo para os seus vizinhos, como a China e, principalmente, a Coreia, que viu suas cidadãs serem usadas como escravas sexuais pelos soldados japoneses.
A Casa Branca também não tem boas lembranças do período. Em 1941, o Japão fez o ataque à base naval de Pearl Harbor, no Havaí, e matou mais de 2 mil soldados estadunidenses, além de causar danos aos navios e outras estruturas da Marinha dos EUA.
Todavia, o fato mais lembrado sobre o Japão na Segunda Guerra foi o ataque atômico que o país sofreu.
Fonte: Getty Images
Os EUA invadiram o Iraque no ano de 2003, apenas dois anos após os ataques do 11 de setembro. Por isso, muitos estadunidenses acreditavam que essa guerra tinha alguma relação com o fato anterior, o que nunca teve.
A justificativa usada pelo então presidente Bush era que o ditador iraquiano Saddam Hussein tinha um arsenal de armas químicas que poderiam ser usadas contra seus vizinhos e, quem sabe, contra os EUA.
O fato é que a guerra custou muito caro aos EUA. As armas químicas nunca foram encontradas e o Iraque se desestabilizou política e economicamente, lidando com as dificuldades do pós-guerra até hoje.
Ainda que o governo de Saddam Hussein tenha terminado, ele tenha sido preso e condenado à morte, as consequências da guerra foram muito ruins para o Iraque e para a região, como se o remédio tivesse sido pior do que a doença.
Conforme o trauma dos ataques às Torres Gêmeas era superado, os estadunidenses percebiam que mandar seus jovens para matar civis no Oriente Médio não era uma boa ideia.
Oficialmente, a guerra acabou em 2011, embora os soldados estadunidenses só tenham saído do país em 2021. A popularidade do presidente Bush e do Partido Republicano caiu muito nesse período.
Além disso, aumentou a desconfiança da comunidade internacional com os EUA, principalmente quando relatórios indicavam que as justificativas para o ataque não se mostravam verdadeiras. Estima-se que quase um milhão de pessoas, em sua maioria iraquianos, tenham morrido no conflito.