Imagem de Os problemas e perigos dos remédios para emagrecer no megacurioso

Muitas pessoas colocam a vida em risco na procura de uma solução para perder peso

<head></head><body>Em março deste ano, a Anvisa&nbsp;proibiu mais de 140 medicamentos entre chás e remédios para emagrecer. O órgão tomou essa decisão após uma enfermeira de São Paulo morrer devido ao uso dessas substâncias.Os comprimidos para perder peso&nbsp;não são uma coisa nova e a vontade de ser “magro” também não. Embora essa categoria de medicamentos seja conhecida pelos perigos e efeitos colaterais intensos, a sua popularidade tem aumentado.&nbsp;O Brasil é um exemplo disso, já que ocupa o posto de líder no consumo desses remédios entre os países da América Latina.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/01/01143926997270.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock/ Reprodução)">(Fonte: Shutterstock/ Reprodução)<h2>Os perigos das pílulas de dieta</h2>O pior cenário relacionado aos remédios para emagrecer perigosos é que eles podem ser fatais. Algumas fórmulas pouco estudadas, mas colocadas no mercado para o consumidor já até foram indicadas como causadoras de câncer, pressão alta, danos à válvula cardíaca, depressão e ansiedade.Outros efeitos colaterais bastante comuns são:<ul><li>dor de estômago com vômitos e náuseas;</li><li>manchas oleosas na pele;</li><li>inquietação;</li><li>tontura;</li><li>dores de cabeça;</li><li>ritmo cardíaco acelerado.</li></ul>Além disso, as consequências negativas dos remédios para emagrecer podem envolver o vício e até um quadro de overdose. Isso sem contar os problemas que podem surgir devido ao abuso e a possibilidade de a pessoa experimentar sintomas de abstinência.Tentar controlar o peso com comprimidos e outras substâncias dietéticas é um processo complicado. Muitos sistemas do organismo interagem com esses medicamentos e, quando não são seguros, a pessoa ainda pode ter problemas sérios com seu metabolismo a longo prazo.<h2>Propaganda enganosa</h2>E mesmo nas situações em que os efeitos adversos sejam menos graves, boa parte dos remédios para emagrecer não são seguros para o consumo, graças aos absurdos e afirmações extraordinárias. Isto é, muito marketing, pouca pesquisa.Dificilmente um especialista em saúde física e nutricional dirá que é normal e saudável perder dois quilos por semana. No entanto, é possível encontrar com facilidade remédios que afirmam que a pessoa pode perder 15 quilos em 30 dias. Essas alegações, além de irreais, são perigosas.<h2>Natural não significa seguro</h2>Outra questão que merece atenção são os remédios para emagrecer naturais. O termo “natural” faz passar uma imagem de algo saudável e de poucos impactos negativos no corpo.O problema é que existe muita propaganda enganosa. Todos os anos surgem centenas de novas curas naturais autoproclamadas para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/117445-os-verdadeiros-motivos-pelos-quais-voce-nao-consegue-emagrecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">excesso de peso</a>. Geralmente, essas soluções são acompanhadas de testemunhos sobre sua eficácia.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/01/01143929653271.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock/ Reprodução)">(Fonte: Shutterstock/ Reprodução)Mas é bom tomar cuidado: quanto mais extraordinária a promessa, mais se deve suspeitar.&nbsp;Essa é uma estratégia de venda bem comum usada por marcas suspeitas com a finalidade de esconder a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121471-respiratorianismo-a-perigosa-dieta-das-pessoas-que-vivem-de-ar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">falta de dados e pesquisas</a> sobre a eficácia do remédio, e até mesmo o fato de que estão enganando o consumidor já que há compostos sintéticos em suas fórmulas.Ou seja, prometem tanta coisa e de uma forma que faz parecer tudo seguro que a pessoa até se esquece de procurar saber se houve alguma pesquisa séria ou se a empresa que produz o medicamento existe e tem aval dos órgãos reguladores para funcionar.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/01/01143932215272.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock/ Reprodução)">(Fonte: Shutterstock/ Reprodução)Portanto, se decidir usar algum remédio para emagrecer lembre-se que ele precisa ser aprovado pela Anvisa, tem que ser seguro e adquirido de uma fonte séria.&nbsp;Além disso, é fundamental fazer um acompanhamento com especialistas em saúde metabólica, física e nutricional para evitar fazer algo que possa colocar sua vida em risco e, claro, ser enganado comprando algo nocivo para sua saúde achando que faria bem.</body>

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Os problemas e perigos dos remédios para emagrecer

Imagem de Corticoides: o que você precisa saber sobre esse medicamento? no megacurioso

Mesmo eficientes, efeitos colaterais dos corticoides limitam seu uso

<head></head><body>Os corticoides, a exemplo da&nbsp;prednisona e da cortisona, são uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119751-6-remedios-comuns-que-podem-provocar-uma-overdose.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">classe de medicamentos&nbsp;</a>anti-inflamatórios chamados de esteroides. Antes de qualquer coisa, é preciso esclarecer que o termo “esteroides”, nesse caso, não tem relação com os anabolizantes usados para ganhar massa muscular.Por agirem rápido no organismo não é raro que esses remédios sejam usados para tratar sintomas graves e súbitos como, por exemplo, ajudando a gerenciar uma crise alérgica.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/25/25125244917214.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock/ Reprodução)">(Fonte: Shutterstock/ Reprodução)<h2>Usos dos corticoides</h2>Entre as principais condições tratadas com os esteroides estão: doença pulmonar obstrutiva crônica, urticária, eczema, psoríase, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121110-o-que-e-a-alergia-ao-gluten-e-por-que-caucasianos-correm-mais-riscos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alergias</a>, asma, doença inflamatória intestinal, síndrome de Crohn, lúpus, esclerose múltipla, artrite reumatoide e doença de Addison.Esses medicamentos estão disponíveis de diferentes formas. Normalmente, os comprimidos são recomendados nos casos de dor devido a condições como artrite e lúpus, assim como para quadros de inflamação. As pomadas são indicadas para problemas de pele, enquanto os inaladores e sprays para casos de asma e alergia.Em algumas situações, os médicos também podem usar corticoides durante o processo de recuperação de pacientes de transplante de órgão.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/25/25125247979215.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock/ Reprodução)">(Fonte: Shutterstock/ Reprodução)<h2>Possíveis efeitos colaterais</h2>A prednisona e outros corticoides, somente são prescritos pelos médicos quando os potenciais benefícios superarem os riscos.Geralmente, quem usa inaladores, toma injeções ou faz uso de curto curso de comprimidos corticoides não sente nenhum efeito colateral grave.&nbsp;Por outro lado, quem precisa de&nbsp;esteroides em altas doses para um tratamento prolongado, especialmente com comprimidos, pode ser afetado por diversos efeitos.Nesse sentido, os mais comuns incluem:<ul><li>aumento do risco de infecções;</li><li>pele mais sensível e com mais facilidade para se machucar;</li><li>acne;</li><li>aumento do apetite e um possível ganho de peso;</li><li>diabetes;</li><li>mudanças no humor;</li><li>pressão alta;</li><li>osteoporose.</li></ul>É importante ressaltar que o médico precisa ser informado do uso de <a href="https://www.megacurioso.com.br/drogas-e-novos-medicamentos/46959-como-alguns-medicamentos-comuns-interagem-com-o-alcool.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">outros medicamentos</a>, visto que eles podem&nbsp;interagir com os esteroides causando complicações.<h2>Corticoides e inchaço</h2>O inchaço&nbsp;também está entre os possíveis efeitos colaterais do uso prolongado de corticoides. A principal causa é a retenção de líquidos no organismo em decorrência de alterações na maneira como o sódio é eliminado do corpo.Como consequência, a pessoa pode apresentar inchaços em algumas regiões, como no rosto. No entanto, como essa condição é causada pelo uso do medicamento, ela tende a desaparecer quando o indivíduo para de tomar os corticoides.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/25/25125251542216.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock/ Reprodução)">(Fonte: Shutterstock/ Reprodução)<h2>Sintomas do uso contínuo dos corticoides</h2>Além dos possíveis efeitos colaterais, quem faz uso desses esteroides anti-inflamatórios ainda pode ter sintomas de abstinência. Entre os mais comuns estão as dores abdominais, vômitos, diarreia, náuseas, perda de peso, diminuição do apetite, fadiga e fraqueza.A retirada dos corticoides pode envolver diversos fatores, incluindo a dependência fisiológica deles. A redução gradual pode ajudar a diminuir os sintomas de abstinência, mas não preveni-los completamente. Por isso, seja qual for a situação, qualquer decisão deve ser tomada junto com o especialista.</body>

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Corticoides: o que você precisa saber sobre esse medicamento?

Imagem de História do movimento antivacina foi da liberdade ao negacionismo no megacurioso

Movimentos antivacina surgiram no século XIX, mas sua força e popularidade cresceram mesmo no século XX

<head></head><body>A pandemia do novo coronavírus trouxe aos holofotes um grupo que, não se engane, é antigo na arte de questionar a ciência — e passar vergonha por conta disso. Os primeiros relatos sobre o movimento antivacina remontam à Inglaterra do século XIX.Àquela época, o governo havia ordenado que a vacina contra a varíola fosse aplicada a toda a população. Houve, é claro, uma rebelião popular, que via exagero dos governantes em exigir a vacinação, enquanto alguns temiam que a vacina fosse perigosa e estivessem sendo utilizados como cobaias.Pode parecer piada, mas o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120221-5-pessoas-que-foram-antivacina-ao-longo-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">movimento antivacina</a> surgiu no mesmo instante que a primeira vacina foi criada. Historiadores apontam que a responsabilidade disso é dos próprios governantes, que tiveram dificuldades de se comunicar apropriadamente com a população.<h2>A origem libertária do movimento antivacina</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/07/07110310480114.jpg" alt="Obra &quot;A primeira vacinação de Edward Jenner&quot; (Fonte: Melingue Gaston/The Economist)">Obra "A primeira vacinação de Edward Jenner" (Fonte: Melingue Gaston/The Economist)O conceito que conhecemos até hoje de vacinação se originou com uma prática chamada de inoculação. Muito difundida no Oriente Médio e na China, a inoculação chegou à Europa no século XVIII. Resumidamente, médicos inoculavam uma quantidade controlada de varíola nos pacientes, de modo que seu organismo desenvolvesse resposta ao vírus.&nbsp;O método era eficaz, ainda que fosse perigoso para o paciente e para a população, afinal essa inoculação ainda era contagiosa. A solução veio quando, em 1790, Edward Jenner desenvolveu uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120934-conheca-6-mitos-sobre-as-vacinas-que-devem-ser-combatidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacina</a> para a varíola, ao perceber que pessoas que contraíram a forma bovina da doença eram imunes ao vírus que acometia humanos. Por sinal, a palavra "vacina" se origina da forma latina para vaca.Em 1853, a vacinação tornou-se obrigatória, o que levou ao surgimento de um movimento antivacinação organizado. Historiadores afirmam, porém, que neste caso, o movimento tinha menos apelo negacionista e mais libertário, já que a população acreditava que não deveria ser imposta pelo governo a maneira como cada cidadão cuidava de sua saúde.Isso, no entanto, não significa dizer que não existiam preocupações de cunho religioso ou ideológico, apenas que a resistência da população surge e se manifesta de diferentes formas.<h2>Negacionismo foi importado pela Inglaterra</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Historical Medical Library of The College of Physicians of Philadelphia/The Atlantic&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.theatlantic.com/thumbor/Ql0ePIy_nesFbn_p1Aq-EAyUqN8=/0x76:1093x691/976x549/media/img/mt/2015/07/antivaccination/original.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/07/07105947651109.jpg" alt="(Fonte: The Historical Medical Library/The Atlantic)">(Fonte: The Historical Medical Library/The Atlantic)Os inúmeros protestos que tomaram cidades inglesas se tornaram, em algum momento no final do século XIX, um dos principais produtos de exportação da Inglaterra. Mesmo com a eficácia da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119438-a-controversa-origem-da-vacina-da-variola.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacina da varíola</a>, que fez recuar em 50% a taxa de mortalidade entre crianças, os ativistas antivacinas se organizaram e espalharam a mensagem pela Europa, iniciando pela França. Mas foi atravessando os oceanos que os movimentos contrários à vacinação ganharam maior relevância.Comitiva de ativistas saíram do Reino Unido e foram até os Estados Unidos, onde disseminaram dúvidas a respeito da vacina. É neste momento que a roupagem deixa de ser somente libertária e assume a vergonhosa capa de negacionista. Isso persiste por quase toda a segunda metade do século XIX.Já na entrada do século XX, há uma considerável diminuição na relevância do agrupamento. Governantes foram, pouco a pouco, deixando a obrigatoriedade de vacinação de lado. Sem ter contra o que lutar, afinal você poderia escolher se tomaria ou não a vacina, os antivacinas quase somem. Este também foi um período de fortalecimento da confiança pública na medicina como ciência, com o crescimento dos serviços públicos de saúde e o consequente aumento da qualidade de vida das populações graças às medidas tomadas neste âmbito.<h2>Segunda metade do século XX viu reacender movimento antivacina</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/07/07110058558112.jpg" alt="(Fonte: Sasha Krasutska/Coda Story)">(Fonte: Sasha Krasutska/Coda Story)Apesar dos bons resultados das políticas de saúde pública em todo o mundo, a pesquisa científica passou por controversos episódios, como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/policia/89519-4-falcatruas-escandalosas-que-foram-expostas-ao-longo-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">experimento Tuskegee</a>, que, mesmo com tratamento para a sífilis, permitiu que homens negros contaminados morressem para executarem seus estudos nos anos 1940.A imprensa, infelizmente, também contribuiu para o reavivamento destes grupos negacionistas, especialmente quando deu publicidade a estudos controversos e a pesquisadores que propagavam boatos ligando vacinas ao surgimento de doenças. Todas essas atitudes contribuem para certo descrédito público com as vacinas, e o distanciamento entre pesquisa e público parece ter aumentado ainda mais.Em um cenário com tantos países sem sistema público de saúde, ganhou peso, ainda, a ideia de que laboratórios de pesquisa estariam interessados apenas em aumentar seus lucros, criando falsas doenças e utilizando cidadãos como cobaias. Esse cenário ficou evidente com a pandemia de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120882-covid-19-5-duvidas-sobre-a-pandemia-que-ainda-nao-desvendamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a> e o movimento de países em tornar a vacinação obrigatória. Talvez, o que a história ensine, é que essa confiança precisa ser conquistada, e uma maneira eficaz seria maior investimento em programas de saúde pública.</body>

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História do movimento antivacina foi da liberdade ao negacionismo

Imagem de Da Penicilina a Amoxicilina: conheça a história dos antibióticos no megacurioso

Saiba como os primeiros antibióticos foram criados e como a indústria farmacêutica evoluiu até o que conhecemos agora

Ao longo da evolu&ccedil;&atilde;o da humanidade, n&atilde;o foram poucas as tentativas do uso de subst&acirc;ncias e materiais com a inten&ccedil;&atilde;o de secar feridas, curar febres, diminuir as dores e por a&iacute; vai. Por esse motivo, chega a ser praticamente imposs&iacute;vel determinar qual a origem exata de medicamentos t&atilde;o importantes quanto os&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115767-bacterias-avisam-outras-sobre-ataque-de-antibiotico-quando-morrem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antibi&oacute;ticos</a>.
Mesmo assim, existem partes importantes dessa hist&oacute;ria que precisam ser estudadas e contadas para as pr&oacute;ximas gera&ccedil;&otilde;es, desde o surgimento da penicilina at&eacute; a origem da amoxicilina. Ent&atilde;o, vamos discutir um pouco mais desse tema nos pr&oacute;ximos par&aacute;grafos. Veja bem!
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119751-6-remedios-comuns-que-podem-provocar-uma-overdose.htm" target="_blank">6 rem&eacute;dios comuns que podem provocar uma overdose</a>
<h2>Origem do termo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/09/fonte-shutterstock-09152810963460.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Embora o termo "antibi&oacute;tico" seja bem difundido hoje em dia, nem sempre foi assim. Originalmente, o termo inicial proposto pelo fil&oacute;sofo Jules Vuillemin em 1889 era "antibiose", que era uma defini&ccedil;&atilde;o do antagonista dos seres vivos. Em 1942, entretanto, o bioqu&iacute;mico Selman Abraham Waksman sugeriu a mudan&ccedil;a de nome.
Waksman redefiniu o termo para uma subst&acirc;ncia produzida por microrganismos &mdash; sejam eles bact&eacute;rias, fungos ou actinomicetos &mdash; que fosse antagonista &agrave; vida de outros microrganismos em alta dilui&ccedil;&atilde;o no nosso corpo. Com o tempo, o pesquisador e outros microbiologistas notaram, estudando amostras de fezes, que algumas bact&eacute;rias tinham a capacidade de destruir ou inibir outras.
Portanto, antibi&oacute;ticos nada mais s&atilde;o do que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118872-o-que-sao-medicamentos-off-label-e-quando-devem-ser-usados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medicamentos</a> contra a vida de micr&oacute;bios. Como algumas dessas drogas funcionam para uma enorme gama desses microrganismos e outras possuem um espectro mais estreito, existe uma grande diversidade de medicamentos desse tipo no mercado.
<h2>Desenvolvimento dos antibi&oacute;ticos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/09/09145246585394.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />Alexander Fleming. (Fonte: Wikimedia Commons)
Apesar de v&aacute;rios experimentos medicamentais terem sido feitos no passado, foi s&oacute; em 1928 que Alexander Fleming descobriu o primeiro antibi&oacute;tico verdadeiro: a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119676-por-que-a-injecao-de-benzetacil-doi-tanto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">penicilina</a>. Por&eacute;m, foi necess&aacute;rio mais uma d&eacute;cada inteira para que esse medicamento fosse introduzido como tratamento para infec&ccedil;&otilde;es bacterianas.&nbsp;
Antes disso, o prontosil, desenvolvido pelo alem&atilde;o Gerhard Domagk, tornou-se o primeiro antibacteriano comercialmente dispon&iacute;vel em 1930. O medicamento era feito de uma sulfanomida, um grupo de antibi&oacute;ticos bastante usado pelo baixo custo e pela sua efic&aacute;cia contra algumas infec&ccedil;&otilde;es bacterianas, como o tracoma e as do trato urin&aacute;rio.
Em 1945, a penicilina finalmente foi purificada o suficiente para ser usada por humanos e passou a ser distribu&iacute;da em larga escala. O trabalho foi feito pelos pesquisadores Ernst Chain e Howard Florey. Essa, inclusive, passou a ser considerada a &eacute;poca de ouro dos antibi&oacute;ticos ao redor do mundo.
<h2>Era de ouro dos antibi&oacute;ticos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/09/fonte-shutterstock-09152910182464.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Por conta de suas descobertas, Alexander Fleming ganhou o Pr&ecirc;mio Nobel de Fisiologia e Medicina. N&atilde;o demorou muito para que a penicilina se tornasse um verdadeiro sucesso no mundo todo. Inclusive, foi amplamente utilizado no tratamento de soldados durante a Segunda Guerra Mundial, curando infec&ccedil;&otilde;es de feridas no campo de batalha e pneumonia.&nbsp;
Com o sucesso desse medicamento, a ind&uacute;stria farmac&ecirc;utica criou uma corrida para produzir outros antibi&oacute;ticos e por esse motivo existem tantas variedades nos dias de hoje. Somente nos Estados Unidos, estima-se que 150 milh&otilde;es de prescri&ccedil;&otilde;es de antibi&oacute;ticos s&atilde;o escritas a cada ano. Ciprofloxacino, Amoxicilina, Ampicilina, Azitromicina, Cefalexina, Tetraciclina s&atilde;o todos exemplos de medicamentos que surgiram nesse boom de antibi&oacute;ticos.
Por&eacute;m, o mundo passou a entrar recentemente em um per&iacute;odo complicado: atualmente existem poucos novos antibi&oacute;ticos sendo produzidos. Isso significa que os antibi&oacute;ticos que faziam muito sucesso no passado est&atilde;o se tornando respons&aacute;veis por criar bact&eacute;rias cada vez mais resistentes e cada vez mais comuns. Sendo assim, se a ci&ecirc;ncia n&atilde;o voltar suas aten&ccedil;&otilde;es de volta para essa &aacute;rea da sa&uacute;de e voltar a produzir novos compostos, n&oacute;s corremos um s&eacute;rio risco de enfrentarmos uma crise sanit&aacute;ria.

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Da Penicilina a Amoxicilina: conheça a história dos antibióticos

Imagem de 6 fatos bizarros sobre o Zolpidem  no megacurioso

Procurando um remédio para insônia? Saiba o que pode acontecer se você manter o uso prolongado do famoso hemitartarato de zolpidem

<head></head><body>O hemitartarato de zolpidem, ou simplesmente zolpidem, é um remédio normalmente indicado para quem busca um tratamento a curto prazo para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/75499-este-exercicio-pode-acabar-com-a-sua-insonia-em-1-minuto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">insônia</a>. Pertencente ao mesmo grupo de medicamentos das imidazopiridinas, entretanto, esse remédio não deve ser usado por muito tempo por um mesmo indivíduo.E qual o motivo por trás disso? Seu uso em excesso pode gerar dependência e tolerância, além dos diversos efeitos colaterais que um paciente pode sentir. Por isso, nós separamos uma lista com seis fatos bizarros sobre o zolpidem para você ficar atento e tomar cuidado. E lembre-se: o uso deste medicamento só deve ser feito com prescrição de um médico!<h2>1. Acidentes de carro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/16/16103458684123.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Visto que o zolpidem é um remédio para o tratamento de insônia, é normal que um de seus efeitos seja deixar as pessoas com bastante sonolência. Portanto, recomenda-se que esses mesmos indivíduos não participem de atividades que exijam alerta após se medicar, incluindo dirigir veículos.Um estudo feito na Coréia do Sul demonstrou que uma pessoa que tomou apenas 10mg de zolpidem continua sentindo efeitos mesmo após oito horas de duração. Segundo a pesquisa, cerca de 15% das mulheres e 3% dos homens se mostraram incapazes de dirigir nesse cenário, correndo o risco de sérios acidentes.<h2>2. Alucinações</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/16/16103646668140.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Um dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/36309-leia-a-bula-conheca-7-efeitos-colaterais-absurdos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">efeitos colaterais</a> mais bizarros que um paciente pode ter após a ingestão do zolpidem são as famosas alucinações, que podem durar entre uma e sete horas. Porém, esse efeito é mais frequente em indivíduos que também estão tomando medicações como inibidor seletivo de recaptação de serotonina e antidepressivos.Vale ressaltar que nem sempre esse tipo de reação será engraçada e divertida. Na maioria dos casos, pessoas que sofrem com alucinações podem passar por momentos bem difíceis.<h2>3. Risco de quedas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/16/16103855934143.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Por deixar o corpo desatento e desacordado, o uso de zolpidem pode resultar em um aumento considerável no risco de sofrer quedas — especialmente na população mais idosa. Como consequência, é possível que esses acidentes gerem lesões cerebrais ou fraturas de quadril.Para esse grupo de pessoas, recomenda-se monitoramento constante e sempre manter-se afastados de escadas e lugares mais altos da casa.<h2>4. Infecções no trato respiratório</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/16/16103954965145.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)O uso excessivo de zolpidem também pode facilitar para que pacientes adquiram infecções no trato respiratório superior, assim como infecções de ouvido e fortes dores de garganta.&nbsp;Além disso, estudos demonstram que esse tipo de complicação também aumenta os riscos desses indivíduos desenvolverem pneumonias em quadros mais severos.<h2>5. Memória prejudicada</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/16/16104101028148.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Sobretudo na população adulta, que corre mais risco de sofrer com os efeitos colaterais de zolpidem, as chances de desenvolver algum tipo de problema de memória são ainda maiores. Isso inclui comprometimento da memória, delírio (pensamento confuso), perambulação noturna e agitação.Um estudo recente feito em Taiwan demonstrou que pacientes que tomam o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119751-6-remedios-comuns-que-podem-provocar-uma-overdose.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">remédio</a> por um número de dias considerado alto, ao longo de um ano (mais que 180 vezes), possuíam uma probabilidade muito maior de desenvolver doenças como Alzheimer do que aqueles que se medicaram menos que 28 dias.&nbsp;<h2>6. Problemas de comportamento</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/16/16104159872150.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Por mais curioso que isso seja, existem diversos casos de pessoas que cometeram crimes violentos colocando a culpa no zolpidem na hora de ir ao tribunal, afirmando que as ações foram consequência dos efeitos colaterais do medicamento.Embora crimes violentos sejam casos extremos e completamente fora do padrão, é verdade que comportamentos anormais relacionados ao "sono excessivo" gerado pelo remédio realmente acontecem — o que pode ser preocupante devido a sua popularidade. Porém, seria isso suficiente para inocentar um assassinato? Só a Justiça poderá dizer.</body>

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6 fatos bizarros sobre o Zolpidem 

Imagem de Ibuprofeno: como esse medicamento age no seu organismo? no megacurioso

Anti-inflamatório e analgésico, o ibuprofeno é usado para combater dores e febre. Conheça mais sobre ele

<head></head><body>Presente em medicamentos muito vendidos nas farmácias brasileiras, o ibuprofeno é um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118922-usar-anti-inflamatorios-continuamente-faz-mal-para-a-saude.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anti-inflamatório</a> e analgésico que reduz a formação no corpo de substâncias que causam inflamação e dor não muito intensas. As principais indicações de uso para medicamentos com este princípio ativo é no combate à febre e dores diversas.O ibuprofeno está presente em medicamentos que são isentos de prescrição, ou seja, você pode adquiri-los em farmácias sem receita — o que não significa que deva fazer uso sem prescrição médica.<h2>Para que serve e quando utilizar ibuprofeno</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/10/10095251573041.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Os remédios que contém ibuprofeno são usados para tratar transtornos menores, como febres, dores musculares, cólicas menstruais e dores de garganta, cabeça e dente.Ele é um anti-inflamatório do tipo não esteroidal (o que significa que não deriva de hormônios), o mais intenso deles. É a razão para que médicos indiquem seu uso no combate a dores de cirurgias pequenas, como as de extração de dentes, ou mesmo no tratamento de artrite.O ibuprofeno age em cerca de 15 a 30 minutos. De acordo com as informações científicas sobre ele, o alívio dos sintomas dura entre quatro e seis horas, dependendo da causa e da intensidade da dor. As situações em que médicos aconselham o uso do medicamento são:<ul><li>Febre</li><li>Gripes e resfriados comuns</li><li>Dor de garganta</li><li>Cólica menstrual</li><li><a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/43020-a-dor-de-dente-piora-mesmo-no-periodo-da-noite.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dor de dente</a></li><li>Dor de cabeça tensional</li><li>Dor muscular</li><li>Dor na coluna ou no nervo ciático</li><li>Osteoartrite e artrite reumatoide</li></ul><h2>Quais são as contraindicações ao uso de ibuprofeno</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/10/10095354729042.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Como outros medicamentos, o ibuprofeno pode causar reações adversas. As mais comuns são tontura, coceira, enjoo e diarreia ou constipação. Caso você note qualquer sintoma que considere suspeito, suspenda imediatamente o uso do remédio e procure um médico.Nenhum medicamento com ibuprofeno deve ser utilizado caso:<ul><li>O paciente tenha hipersensibilidade (alergia) ao princípio ativo</li><li>For alérgico a qualquer outro componente da fórmula</li><li>For alérgico a outros anti-inflamatórios não esteroidais, como ácido acetilsalicílico</li><li>Portadores da "tríade do ácido acetilsalicílico"</li><li>Pacientes que façam tratamento perioperatório na cirurgia de revascularização da artéria coronária</li><li>Pacientes com insuficiência renal, hepática e cardíaca grave</li><li>Bebês menores de 6 meses, grávidas e lactantes</li><li>Pessoas que sofrem com úlcera gastroduodenal e sangramento gastrointestinal</li><li>Pessoas com asma</li><li>Não recomendado em caso de suspeita de dengue e outras doenças causadas pelo Aedes aegypti</li></ul>Não se esqueça que todo medicamento deve ser recomendado por um médico. E mesmo assim, é importante que você sempre leia a bula, que lhe fornecerá todas as informações pertinentes à administração do remédio.<h2>Diferenças entre o ibuprofeno e o paracetamol</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/10/10095545949047.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)O paracetamol, em conjunto com o ibuprofeno, são os analgésicos mais comuns do mundo, geralmente utilizados no combate a dores de cabeça, cólicas ou febre. Desde que tomados na dosagem correta e sob recomendação médica, ambos são seguros e eficazes.Com ação um pouco mais rápida e efeito mais duradouro, o ibuprofeno também reduz inflamações. Enquanto isso, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113191-paracetamol-pode-diminuir-empatia-e-aumentar-egoismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">paracetamol</a>, apesar de similar em muitos aspectos, não tem as mesmas propriedades anti-inflamatórias. Contudo, possui menos efeitos colaterais, sendo uma alternativa para quem possui estômago sensível a medicamentos.Reforçamos que o uso de ambos remédios deve ser feito com prescrição médica, respeitando as orientações da bula e sem nunca incorrer em uso excessivo ou por período prolongado sem indicação de um médico.</body>

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Ibuprofeno: como esse medicamento age no seu organismo?

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Antes do movimento antivacina durante a pandemia de covid-19, a humanidade já teve grupos contrários à vacinação em diferentes épocas

A pandemia de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120882-covid-19-5-duvidas-sobre-a-pandemia-que-ainda-nao-desvendamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a> causou medo e apreens&atilde;o, sendo respons&aacute;vel por colocar em foco os movimentos antivacina, constitu&iacute;dos por grupos de pessoas contr&aacute;rias &agrave; obrigatoriedade da vacina&ccedil;&atilde;o.
A <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120816-7-fatos-surpreendentes-sobre-as-vacinas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacina</a> &eacute; uma das maiores inven&ccedil;&otilde;es da hist&oacute;ria da Medicina. A primeira foi criada no s&eacute;culo XVIII pelo m&eacute;dico Edward Jenner para combater a var&iacute;ola, naquele momento a maior amea&ccedil;a &agrave; humanidade.
De l&aacute; para c&aacute;, muitos mitos foram criados a respeito delas, colocando pessoas em risco e at&eacute; retornando doen&ccedil;as que estavam pr&oacute;ximas &agrave; erradica&ccedil;&atilde;o. Conhe&ccedil;a seis desses mitos e ajude a espalhar a informa&ccedil;&atilde;o correta.
<h2>1. Sistema imunol&oacute;gico infantil n&atilde;o suporta vacinas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/17/17221614657041.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Quando crian&ccedil;as deixam de ser vacinadas, cria-se um grupo que passa a ser suscet&iacute;vel a contrair determinadas doen&ccedil;as. Elas tamb&eacute;m se tornam agentes infecciosos para quem escolhe n&atilde;o ser vacinado, al&eacute;m dos que, por raz&atilde;o m&eacute;dica, n&atilde;o podem se imunizar.
Movimentos antivacina levantaram suspeitas de que a alta carga de vacinas recomendadas a beb&ecirc;s e crian&ccedil;as de at&eacute; 2 anos (s&atilde;o 11 no total) sobrecarregariam o sistema imunol&oacute;gico deles. Segundo essas pessoas, o correto seria, caso fosse o desejo, iniciar a vacina&ccedil;&atilde;o apenas quando o sistema imunol&oacute;gico estivesse mais "maduro".
&Eacute; importante frisar que as vacinas usam vers&otilde;es modificadas dos micro-organismos para fazer que o corpo das crian&ccedil;as fique preparado para quando, efetivamente, entrar em contato com o agente patog&ecirc;nico.
<h2>2. Vacina Tr&iacute;plice (DTP) provoca problemas neurol&oacute;gicos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/17/17221517797040.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Na d&eacute;cada de 1970, muitos movimentos antivacina eclodiram na Europa, &Aacute;sia e Am&eacute;rica do Norte contra a vacina Tr&iacute;plice (DTP), que combate a difteria, o t&eacute;tano e a coqueluche. No Reino Unido, difundiu-se a mensagem de que 36 crian&ccedil;as teriam sofrido problemas neurol&oacute;gicos ap&oacute;s a imuniza&ccedil;&atilde;o com a vacina.
A imprensa, neste caso, infelizmente acabou repercutindo uma suposta controv&eacute;rsia com a vacina, levando preocupa&ccedil;&atilde;o ao p&uacute;blico. At&eacute; uma associa&ccedil;&atilde;o foi criada por pais cujos filhos teriam sido, supostamente, afetados negativamente pela vacina&ccedil;&atilde;o. Assim,&nbsp;um comit&ecirc; de especialistas se mobilizou para tentar reverter a confus&atilde;o p&uacute;blica que havia tomado conta e levou &agrave; diminui&ccedil;&atilde;o dos &iacute;ndices de vacina&ccedil;&atilde;o.
<h2>3. A Vacina Tr&iacute;plice Viral (MMR) pode causar autismo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/17/17221402391039.jpg" alt="(Fonte: Prefeitura de Jaboat&atilde;o)" />(Fonte: Prefeitura de Jaboat&atilde;o)
Andrew Wakefield foi um m&eacute;dico que questionou a vacina Tr&iacute;plice Viral (MMR). Ele alegou que ela n&atilde;o havia sido testada o suficiente antes de ser colocada em uso e levantou a possibilidade de que ela tivesse rela&ccedil;&atilde;o com autismo.
Wakefield publicou um artigo na The Lancet, uma das mais antigas e respeitadas revistas cient&iacute;ficas sobre Medicina, defendendo sua falaciosa tese. Posteriormente, descobriu-se que ele havia falsificado dados, ocasionando a perda de seu registro m&eacute;dico.
Mesmo desmistificadas, as alega&ccedil;&otilde;es do agora ex-m&eacute;dico seguem repercutindo. Na Inglaterra, a taxa de vacina&ccedil;&atilde;o da Tr&iacute;plice Viral est&aacute; abaixo do recomendado pela Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS).
<h2>4. S&oacute; est&aacute; adoecendo quem foi vacinado</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Senado Federal&nbsp;" data-fonte-url="https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/02/05/furar-fila-da-vacinacao-pode-ser-tipificado-como-crime/VACINACAO_QUILOMBOLA_02-1.jpg/@@images/image/imagem_materia"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/17/17221259079038.jpg" alt="(Fonte: Senado Federal)" />(Fonte: Senado Federal)
Um argumento constante entre pessoas antivacinas &eacute; afirmar que "a maioria das pessoas que adoece foi vacinada", tornando-se uma frase fora de contexto. Nenhuma vacina tem efic&aacute;cia de 100%, no entanto isso n&atilde;o quer dizer que elas n&atilde;o s&atilde;o importantes.
Como a rea&ccedil;&atilde;o &agrave; vacina&ccedil;&atilde;o &eacute; algo particular, nem todos ficar&atilde;o imunes. Contudo, se a maioria das pessoas for vacinada, elas tamb&eacute;m ser&atilde;o a maioria num&eacute;rica das que s&atilde;o infectadas. J&aacute;, proporcionalmente, a frequ&ecirc;ncia de adoecimento &eacute; maior em quem n&atilde;o se vacina.
<h2>5. A ind&uacute;stria farmac&ecirc;utica s&oacute; lan&ccedil;a vacinas pensando no lucro</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/17/17221117953037.jpg" alt="(Fonte: Guia da Farm&aacute;cia)" />(Fonte: Guia da Farm&aacute;cia)
O mercado global de vacinas valia US$ 24 bilh&otilde;es no ano de 2013, de acordo com economistas da OMS. Isso representa menos de 3% do valor total do mercado farmac&ecirc;utico naquele ano.
N&atilde;o se questiona que as vacinas s&atilde;o uma &aacute;rea importante para as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117527-farmaceutico-terraplanista-sabota-lote-de-vacinas-da-covid-19-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">farmac&ecirc;uticas</a>, mas o investimento em vacina&ccedil;&atilde;o ajuda as na&ccedil;&otilde;es pouparem despesas com o sistema de sa&uacute;de. O maior investimento em vacinas resulta, por exemplo, em menor gasto com rem&eacute;dios, que s&atilde;o uma fatia mais expressiva do mercado farmac&ecirc;utico.
Pesquisa conduzida pela Universidade Johns Hopkins, em 2016, estimou em US$ 16 a poupan&ccedil;a em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; sa&uacute;de de cada d&oacute;lar investido. Esse n&uacute;mero levou em considera&ccedil;&atilde;o os 94 pa&iacute;ses de menor renda m&eacute;dia do nosso planeta.
<h2>6. Posso n&atilde;o me vacinar para doen&ccedil;as pr&oacute;ximas &agrave; erradica&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/17/17221010563035.jpg" alt="(Fonte: Hospital Pequeno Pr&iacute;ncipe)" />(Fonte: Hospital Pequeno Pr&iacute;ncipe)
Ter um ciclo imunizacional completo ajuda a reduzir a incid&ecirc;ncia de doen&ccedil;as consideradas evit&aacute;veis. Por&eacute;m, n&atilde;o se pode considerar que uma doen&ccedil;a em ritmo de erradica&ccedil;&atilde;o esteja sob controle na perspectiva global.
Como algumas doen&ccedil;as s&atilde;o end&ecirc;micas (aquelas sempre presentes e que acontecem com determinada frequ&ecirc;ncia), seus agentes patog&ecirc;nicos podem ser transmitidos a partir de turistas, reavivando doen&ccedil;as em pa&iacute;ses cuja cobertura vacinal para aquela enfermidade esteja em decl&iacute;nio.
Um bom exemplo desse caso aconteceu no Brasil, em 2018, quando um surto de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206730-numero-casos-sarampo-2019-maior-em-23-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sarampo</a> fez a doen&ccedil;a ser motivo de preocupa&ccedil;&atilde;o entre autoridades sanit&aacute;rias, 2 anos depois do pa&iacute;s ter recebido o certificado de elimina&ccedil;&atilde;o do v&iacute;rus.

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Conheça 6 mitos sobre as vacinas que devem ser combatidos

Imagem de A Grande Farra: quando drogas foram usadas para tratar até bebês no megacurioso

Apesar de no Velho Oeste Americano crian&ccedil;as e beb&ecirc;s j&aacute; tiverem feito o uso de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120161-embate-quais-sao-as-drogas-mais-poderosas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">drogas</a> por meio de medicamentos, a Grande Farra (Great Binge) &mdash; termo cunhado no s&eacute;culo XXI pelo historiador Gradus Protus van den Belt &mdash; foi o per&iacute;odo entre 1870 e 1914 em que houve uma explos&atilde;o na disponibilidade de v&aacute;rias drogas pela Europa e na Am&eacute;rica do Norte.
Antes da Lei de Farm&aacute;cia aprovada no Reino Unido em 1868, qualquer pessoa poderia adquirir o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119098-em-1930-japao-tentou-viciar-nacoes-com-o-uso-de-drogas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&oacute;pio</a>, uma das subst&acirc;ncias mais viciantes do mundo, e isso n&atilde;o era muito diferente em outras partes da Europa e dos Estados Unidos (EUA), onde o l&aacute;udano (&oacute;pio dissolvido em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119778-lei-seca-nos-eua-quando-o-alcool-foi-banido-por-13-anos-do-pais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&aacute;lcool</a>) era usado para dores de cabe&ccedil;a, ins&ocirc;nia, diarreia e no tratamento da c&oacute;lera.&nbsp;
Estima-se que mais de 12 mil quilos de &oacute;pio entraram nos EUA&nbsp;entre 1827 e 1842 por meio da British Levan Company e a British East India Company, as maiores importadoras da &eacute;poca. A droga foi vendida em papelarias, tabacarias, barbeiros, mercados e farm&aacute;cias, prescrita por m&eacute;dicos para tratar adultos e crian&ccedil;as.
<h2 class="uk-text-justify">O abuso da ind&uacute;stria&nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;&nbsp;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/23/23202130752716.jpg" alt="(Fonte: PodSpace/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: PodSpace/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A Grande Farra patrocinou o uso da coca&iacute;na para hemorroidas, indigest&atilde;o, supress&atilde;o do apetite e fadiga. At&eacute; mesmo Sigmund Freud (1856-1939) sugeriu a droga como tratamento terap&ecirc;utico para depress&atilde;o e alcoolismo. A ind&uacute;stria comercializou pastilhas com coca&iacute;na para dores de dente e "curar" timidez em crian&ccedil;as.
Em 1895, a diacetilmorfina foi sintetizada a partir da morfina por Heinrich Dresse e Felix Hoffmann enquanto trabalhavam para a empresa Bayer Company, na Alemanha. Demorou mais de 3 anos at&eacute; que a hero&iacute;na, como o novo produto qu&iacute;mico era chamado, estivesse dispon&iacute;vel no mercado para ser comercializado como um analg&eacute;sico n&atilde;o viciante.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/23/23202357221718.jpg" alt="(Fonte: 9GAG/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: 9GAG/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O Xarope Calmante da Sra. Winslow contendo uma dose alta de &aacute;lcool e morfina, considerado um "assassino de beb&ecirc;s" pela American Medical Association, foi administrado em beb&ecirc;s, sendo que uma colher de sopa continha 20 gotas de l&aacute;udano, cerca de 65 mg de morfina. Conforme a Wellcome, milhares de crian&ccedil;as na Calif&oacute;rnia entraram em coma ou morreram s&oacute; na d&eacute;cada de 1860 em decorr&ecirc;ncia do xarope.
Foi s&oacute; no come&ccedil;o do s&eacute;culo XX que a Grande Farra come&ccedil;ou a perder for&ccedil;a com a assinatura da Conven&ccedil;&atilde;o Internacional do &Oacute;pio, em 23 de janeiro de 1912, em Haia (Holanda). Era o primeiro tratado internacional para coibir o uso de drogas para fins m&eacute;dicos.&nbsp;
Foi s&oacute; no final do ano que todas as pot&ecirc;ncias da Europa foram convidadas a assinar, bem como os EUA foram solicitados a entrar em uma jornada para obter assinaturas dos pa&iacute;ses latino-americanos. No final, por&eacute;m, a conven&ccedil;&atilde;o foi ratificada apenas pela China, Holanda, EUA, Honduras e Noruega.

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A Grande Farra: quando drogas foram usadas para tratar até bebês

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Embora não seja o autor da ideia original, Edward Jenner foi o primeiro a perceber a relação entre a varíola de vaca e a prevenção da varíola humana

Quando as pessoas correm hoje para a fila da vacina&ccedil;&atilde;o, para tomar a sua dose de refor&ccedil;o do imunizante, poucos sabem que os termos &ldquo;vacina&rdquo; e &ldquo;vacina&ccedil;&atilde;o&rdquo; t&ecirc;m <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119438-a-controversa-origem-da-vacina-da-variola.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">origem nas vacas</a>. &Eacute; que o primeiro trabalho escrito sobre o assunto, de autoria do chamado &ldquo;Pai da Imunologia&rdquo;, Edward Jenner, foi intitulado Inquiry into the Variolae vaccinae known as the Cow Pox.
Traduzindo o ingl&ecirc;s e o latim, percebemos que se trata de uma pesquisa sobre a Var&iacute;ola das Vacas, ou seja, o &ldquo;vaccinae&rdquo; a&iacute; refere-se &agrave;quelas senhoras ruminantes que eventualmente nos fornecem leite. Mas, para saber como surgiram as vacinas, precisamos retornar &agrave; Europa do s&eacute;culo XVIII, quando a var&iacute;ola &mdash; uma das doen&ccedil;as mais contagiosas do mundo &mdash; devastava imp&eacute;rios e comunidades pelo mundo afora.
Causada por um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112069-virus-da-variola-deve-ser-mantido-para-estudo-ou-destruido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">v&iacute;rus do g&ecirc;nero Orthopoxvirus</a>, a doen&ccedil;a pode ter matado, no in&iacute;cio daquele s&eacute;culo, quase 400 mil pessoas por ano. A estimativa &eacute; de que um ter&ccedil;o dos adultos infectados morria, e pelo menos 80% das crian&ccedil;as. Dos sobreviventes, muitos ficavam cegos e outros desenvolviam cicatrizes permanentes.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/14/14164942636658.jpg" alt="Fonte: Shutterstock/Reprodu&ccedil;&atilde;o." />(Fonte: Shutterstock/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>Os tratamentos da var&iacute;ola</h2>
Alguns tratamentos empregados na &eacute;poca eram completamente bizarros, como proibir o consumo de mel&atilde;o, enrolar os doentes em panos vermelhos, e at&eacute; um que fez muito sucesso (mesmo entre os n&atilde;o infectados), no qual os m&eacute;dicos prescreviam 12 garrafas de cerveja a cada 24 horas.
Mas havia um tratamento eficaz, por&eacute;m arriscado: a variola&ccedil;&atilde;o, ou inocula&ccedil;&atilde;o, que consistia em pegar o pus de um paciente afetado pela var&iacute;ola e pass&aacute;-lo na pele de uma pessoa saud&aacute;vel. Uma variante da t&eacute;cnica injetava o p&oacute; das cascas das feridas no nariz daqueles que ainda n&atilde;o haviam se infectado. Levada da &Aacute;sia e &Aacute;frica para a Europa e Am&eacute;rica do Norte, a t&eacute;cnica tanto curava quanto espalhava casos graves e mortais da doen&ccedil;a.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/14/14164945542659.jpg" alt="Fonte: Shutterstock/Divulga&ccedil;&atilde;o." />(Fonte: Shutterstock/Divulga&ccedil;&atilde;o)
<h2>O experimento de Jenner</h2>
No in&iacute;cio do s&eacute;culo XVIII, bem antes do nascimento de Jenner, moradores da zona rural da Inglaterra sabiam que mulheres que trabalhavam ordenhando vacas tornavam-se imunes &agrave; var&iacute;ola, mas contra&iacute;am a var&iacute;ola bovina (Cow Pox) em suas m&atilde;os, que desaparecia em pouco tempo sem deixar cicatrizes.
Isso deu uma ideia a um fazendeiro chamado Benjamin Jesty: em 1774, ele esfregou pus das les&otilde;es das tetas de uma vaca com var&iacute;ola diretamente na pele de sua esposa e dos seus filhos. Nenhum deles contraiu a doen&ccedil;a. Mas somente 22 anos depois, o m&eacute;dico ingl&ecirc;s <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119390-voce-sabe-como-surgiram-as-vacinas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Edward Jenner</a> tomaria conhecimento dos experimentos de Jesty.
Para comprovar a teoria, Jenner realizou seu pr&oacute;prio &ldquo;ensaio cl&iacute;nico&rdquo;: retirou o pus de les&otilde;es de Cow Pox das m&atilde;os de uma ordenhadora e decidiu aplicar na pele de um garoto de oito anos chamado James Phipps, filho do seu jardineiro. Ap&oacute;s a crian&ccedil;a desenvolver uma doen&ccedil;a branda, o m&eacute;dico ingl&ecirc;s inoculou a crian&ccedil;a com uma bolha da var&iacute;ola. James (felizmente) n&atilde;o desenvolveu a doen&ccedil;a e a vacina foi assim inventada.

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Por que as vacinas devem sua criação às vacas?

Imagem de Casos de lesões misteriosas na pele dobram em Pernambuco no megacurioso

Número de pessoas com o problema chega a 427, e 13 cidades no estado têm casos notificados

O estado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115948-chuva-de-meteoros-gera-caca-ao-tesouro-no-sertao-de-pernambuco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pernambuco</a> tem sofrido alta no n&uacute;mero de casos de les&otilde;es de pele que causam coceira. Segundo os dados notificados pelos munic&iacute;pios, o &iacute;ndice de pessoas com suspeita do problema praticamente dobrou no prazo de 1 semana. Como a causa ainda n&atilde;o foi detectada, o surto levantou grande preocupa&ccedil;&atilde;o entre os profissionais da Sa&uacute;de da regi&atilde;o.
Os pacientes alegam les&otilde;es por toda a pele, principalmente na regi&atilde;o do tronco e dos bra&ccedil;os, que v&ecirc;m acompanhada de coceira. Foram relatados 427 casos no &uacute;ltimo fim de semana, de acordo com os n&uacute;meros compartilhados pelas prefeituras. Em compara&ccedil;&atilde;o, eram apenas 185 casos na ter&ccedil;a-feira (23).&nbsp;
<h2 class="uk-text-justify">Coceira se espalhando pelo estado</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/02/02103102796095.jpg" alt="(Fonte: Arquivo Pessoal/Folha de S. Paulo)" />(Fonte: Arquivo Pessoal/Folha de S. Paulo)
Embora o surto estivesse concentrado em apenas 3 cidades do grande Recife at&eacute; semana passada, agora j&aacute; se espalhou por 13 munic&iacute;pios em Pernambuco, inclusive alguns dentro da Zona da Mata. O maior n&uacute;mero de casos est&aacute; localizado em Recife, capital pernambucana, onde 185 pessoas constataram as les&otilde;es na pele.
Foi tamb&eacute;m em Recife que os primeiros casos come&ccedil;aram a "pipocar" pelos cantos. No in&iacute;cio de outubro, alguns habitantes relataram ter <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/70168-realmente-sentimos-coceira-ou-sera-que-ela-e-uma-coisa-da-nossa-cabeca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coceira</a> intensa, com les&otilde;es avermelhadas espalhadas pela pele. Como a origem do surto ainda &eacute; desconhecida, as autoridades locais t&ecirc;m dado continuidade &agrave;s investiga&ccedil;&otilde;es.
As ocorr&ecirc;ncias na capital do estado se distribuem em 39 bairros, mas aparecem predominantemente na zona norte, especialmente entre Dois Irm&atilde;os e Guabiraba. A tend&ecirc;ncia &eacute; que o setor de sa&uacute;de da regi&atilde;o continue realizando question&aacute;rios nos locais de maior incid&ecirc;ncia e realize novos exames laboratoriais durante as pr&oacute;ximas semanas.
<h2 class="uk-text-justify">Hip&oacute;teses para o problema</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;TV Globo/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://s2.glbimg.com/WnJOJ8oromvXtFnS-jDdpvwA-L4=/0x0:1920x1080/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/c/Z/ObDp69S7ADCZfV72t18Q/coceira.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/02/02103148655096.jpg" alt="(Fonte: TV Globo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: TV Globo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em nota, a Secretaria Estadual de Sa&uacute;de (SES) indicou que n&atilde;o houve registro de agravamento das les&otilde;es associado a esse quadro. Al&eacute;m disso, foi refor&ccedil;ado que casos dessa natureza est&atilde;o sendo constantemente verificados junto &agrave;s secretarias municipais em parceria com as Ger&ecirc;ncias Regionais de Sa&uacute;de (Geres) para criar a notifica&ccedil;&atilde;o oficial.&nbsp;
No dia 19 de novembro, a SES descartou a possibilidade de o surto ter sido transmitido por meio de alimentos. A principal suspeita dos especialistas &eacute; de que sejam casos de sarna humana, alergia ou um tipo de arbovirose causada por mosquito. Por esse motivo, os munic&iacute;pios devem contar com o aux&iacute;lio constante de dermatologistas e at&eacute; mesmo cogitar a instala&ccedil;&atilde;o de armadilhas para insetos.
Na sexta-feira (26), a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) levantou a hip&oacute;tese de que o surto possa estar sendo gerado pelo uso indiscriminado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120469-cloroquina-e-ivermectina-para-que-servem-afinal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ivermectina</a>, um verm&iacute;fugo usado para o tratamento de sarna e piolho, mas que tamb&eacute;m foi integrado no "kit covid" para combater a covid-19 sem qualquer efic&aacute;cia comprovada.
<h2 class="uk-text-justify">Cuidados pessoais</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/03/03102746006122.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Para tentar conter o surto de casos, a Secretaria de Sa&uacute;de do Recife pediu para que as pessoas n&atilde;o se automediquem, busquem manter as m&atilde;os sempre higienizadas e procurem uma unidade de sa&uacute;de para receber orienta&ccedil;&otilde;es e tratar os sintomas.&nbsp;
A orienta&ccedil;&atilde;o no estado &eacute; que os profissionais da Sa&uacute;de notifiquem os casos suspeitos em um prazo de 24 horas. A partir desse momento, cada caso ser&aacute; investigado pela SES em parceria com os munic&iacute;pios, para ent&atilde;o conseguir chegar a uma eventual conclus&atilde;o a respeito do que vem causando o surto. &nbsp;&nbsp;

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