Imagem de Novo tratamento consegue curar pacientes com câncer de cólon no megacurioso

O estudo ocorreu nos EUA, com 12 pacientes que tinham câncer de cólon. Ao final da pesquisa, todos estavam em remissão

<head></head><body>Um estudo feito no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, nos EUA, apresentou resultados surpreendentemente positivos no tratamento do câncer de reto. Segundo os pesquisadores, todos os pacientes participantes da pesquisa tiveram remissão da doença, tornando o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121788-tumor-benigno-sera-que-ele-e-mesmo-inofensivo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tumor</a> indetectável nos exames.A droga usada nos testes se chama Dostarlimab (Jemperli) e é comercializada pelo laboratório GSK, do Reino Unido, uma das marcas mais valiosas do segmento farmacêutico em todo o mundo.<h2>Como foi conduzida a pesquisa?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/15/15153420176304.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)O principal ponto polêmico do estudo foi o número de participantes: apenas 12 voluntários. Isso aconteceu porque o objetivo do estudo era analisar os efeitos dessa droga no tratamento de um tipo específico de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110154-homem-se-cura-de-tumor-cerebral-no-dia-anterior-a-cirurgia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tumor</a> retal.A cada três semanas, os pacientes recebiam doses de Dostarlimab. Ao final do ciclo de testes, nenhum deles tinha mais sinais da doença e nem precisaram ser encaminhados a outros tratamentos, como cirurgias e rádio ou quimioterapia durante um ano, o que foi surpreendente.Contudo, apesar dos resultados animadores, a Dostarlimab ainda não será incluída nos tratamentos oficiais de câncer do reto, pois novos estudos precisam ser realizados com um grupo maior de voluntários.Também é necessário conhecer seus efeitos colaterais nesse caso específico, além de compreender o comportamento das células do câncer a longo prazo depois que o tratamento é finalizado.<h2>Dostarlimab será usada no Brasil</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/15/15153422536305.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)A partir de agosto deste ano, a Dostarlimab poderá ser usada no Brasil. No entanto, não será para o tratamento de câncer retal, mas para o tratamento da mesma doença no endométrio, que é um tecido que reveste a parede interna do útero.Mesmo nesses casos, o uso só ocorrerá nos casos em que a paciente não teve bons resultados com o tratamento tradicional. Esses casos são considerados raros e bem agressivos.Infelizmente, o preço desse medicamento ainda é bastante alto. No Reino Unido, onde sua comercialização já foi aprovada, o frasco com 500 mg/ 10 ml custa mais de 6 mil libras, o equivalente a cerca de R$ 36 mil. No Brasil, ainda não há um preço divulgado.<h2>Câncer de reto no Brasil</h2>Nos últimos 3 anos, o Brasil registou 20.540 casos de câncer de cólon e reto em homens e 20.470 em mulheres. Trata-se de um dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/106039-maior-tumor-cerebral-da-historia-e-retirado-de-indiano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tumores&nbsp;</a>com maior incidência no país.Para preveni-lo, a receita é velha conhecida de todos aqueles que querem uma vida mais saudável: dieta rica em verduras e prática de exercícios físicos. A obesidade é considerada um fator de risco para a incidência da doença, principalmente em homens.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:14.563Z

Novo tratamento consegue curar pacientes com câncer de cólon

Imagem de Por que a vacina contra malária levou 35 anos para ser criada? no megacurioso

Questão de saúde pública mundial: veja os avanços no desenvolvimento da vacina contra a malária depois de 35 anos de pesquisa

Se n&oacute;s aprendemos alguma coisa nos &uacute;ltimos dois anos &eacute; que a natureza dos v&iacute;rus &eacute; completamente mut&aacute;vel. Essa &eacute; uma caracter&iacute;stica que garante a sua sobreviv&ecirc;ncia e torna o seu combate ainda mais complexo.
A recente aprova&ccedil;&atilde;o da vacina contra a mal&aacute;ria pela Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial de Sa&uacute;de (OMS) &eacute; um exemplo de como o processo de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120816-7-fatos-surpreendentes-sobre-as-vacinas.htm" target="_blank" title="7 fatos surpreendentes sobre as vacinas">desenvolvimento de vacinas</a> pode ser longo, caro e cheio de imprevistos. Ap&oacute;s d&eacute;cadas de pesquisa, testes e investimentos podemos comemorar a exist&ecirc;ncia de um imunizante com efic&aacute;cia entre 71% e 77%.
<h2>Marco hist&oacute;rico: resultado de 35 anos de pesquisa</h2>
Segundo o Relat&oacute;rio Mundial sobre Mal&aacute;ria, publicado pela Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de, o ano de 2021 registrou um novo recorde no n&uacute;mero de infectados. Fechamos o ano registrando 241 milh&otilde;es de casos da doen&ccedil;a e 627 mil mortes.
Apesar desse n&uacute;mero de grandes propor&ccedil;&otilde;es, o desenvolvimento da vacina em aplica&ccedil;&atilde;o hoje foi conquistado somente ap&oacute;s 35 anos de estudos e testes. Por&eacute;m, esse processo de pesquisa come&ccedil;ou ainda no final da d&eacute;cada de 1960. Os primeiros prot&oacute;tipos de imunizantes come&ccedil;aram a ser aplicados em 1980 quando pesquisadores foram capazes de identificar a prote&iacute;na presente no parasita.
<h2>Complexidade no processo de pesquisa</h2>
Mesmo assim, n&atilde;o houve uma ampla vacina&ccedil;&atilde;o devido &agrave; complexidade do&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118365-4-doencas-horriveis-que-vieram-de-animais.htm" target="_blank" title="4 doen&ccedil;as horr&iacute;veis que vieram de animais">ciclo de vida do parasita</a> que causa a mal&aacute;ria. Isso quer dizer que uma vacina desenvolvida para combater um dos est&aacute;gios seria ineficiente quando o parasita fizesse a transi&ccedil;&atilde;o para a pr&oacute;xima fase de sua vida.
Outro fator que atrasou os esfor&ccedil;os foi a falta de tecnologia para auxiliar o processo de pesquisa. Mesmo os testes realizados no final dos anos 1990 e in&iacute;cio dos anos 2000 apresentavam somente 34% de sucesso na preven&ccedil;&atilde;o de casos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/13/a-13185541721454.jpg" alt="a" />(Fonte: Shutterstock)
<h2>Imuniza&ccedil;&atilde;o em larga escala</h2>
Esse resultado, foi o que deu origem &agrave;&nbsp;vacina RTS, S, que hoje &eacute; globalmente utilizada no combate &agrave; mal&aacute;ria. A coincid&ecirc;ncia com a pandemia de covid-19 tamb&eacute;m causou repercuss&atilde;o, uma vez que, se recursos tivessem sido alocados com o mesmo senso de urg&ecirc;ncia, a mal&aacute;ria poderia ser uma doen&ccedil;a erradicada.
Hoje, mais empresas farmac&ecirc;uticas est&atilde;o comprometidas com o desenvolvimento de novos modelos de vacina com o intuito de aumentar a sua efic&aacute;cia e prevenir a incid&ecirc;ncia da doen&ccedil;a nos pa&iacute;ses mais afetados, como &eacute; o caso da &Aacute;frica a da Am&eacute;rica Latina.

thumb-image-2024-02-29T14:06:14.243Z

Por que a vacina contra malária levou 35 anos para ser criada?

Imagem de 5 remédios que funcionam, mas não sabemos por quê no megacurioso

Alguns remédios que você tem em casa ainda não são totalmente compreendidos pela ciência

<head></head><body>Por mais que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medicina</a> e a indústria farmacêutica evoluam a cada ano, há uma série de remédios que são eficazes, mas ninguém sabe explicar exatamente o porquê. Neste texto, listamos 5 medicamentos que funcionam, mas que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ciência</a> ainda não sabe por qual razão.<h2>1. Abatacept</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/08/08090316158041.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)O fármaco Abatacept é usado no tratamento da <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/23684-cientistas-afirmam-que-os-dinossauros-tambem-sofriam-de-artrite.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">artrite</a> reumatoide. Sua ação é sobre a célula T, responsável pelo processo inflamatório sobre a erosão óssea, característica desta doença.Em 2015, um relato da revista Science abordou o caso de um menino de 12 anos que tinha uma doença genética rara que prejudicou seu sistema imunológico, com danos aos <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/42292-veja-a-diferenca-entre-um-pulmao-de-um-fumante-e-um-pulmao-sadio-video-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pulmões</a> e ao sistema intestinal.A recomendação dos médicos foi um transplante de medula óssea, mas ele estava muito fraco para o procedimento. Sem saber o que fazer, os médicos recomendaram Abatacept.&nbsp;Eles não tinham muito esperança, e imaginavam que o menino morreria. Mas seis meses depois, ele voltou bem melhor, e ninguém soube explicar direito por quê.<h2>2. Tylenol</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/08/08090405298042.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117617-a-crise-do-tylenol-um-crime-transformou-a-industria-de-remedios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tylenol</a> é um dos remédios mais populares do mundo. É um analgésico que muita gente costuma ter em casa, para tomar quando surge alguma dor.A questão é que ninguém sabe ao certo como ele funciona. Há algumas hipóteses: de que ele bloqueie uma enzima que faz o corpo sentir dor; que ele trabalhe no sistema endocanabinoide (tendo um efeito parecido ao THC da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121878-a-maconha-realmente-melhora-o-sexo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">maconha</a>); pode ser que ele afete o neurotransmissor serotonina, inibindo a dor.Pode ser que o Tylenol funcione de alguma dessas formas, ou mesmo por nenhuma delas.<h2>3. Lítio</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/08/08090517267043.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)O <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/231912-litio-importante-o-futuro-sustentavel-humanidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lítio</a> é um remédio que costuma ser usado para <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/100658-8-sinais-sutis-de-que-voce-pode-estar-com-depressao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">depressão</a> e transtorno bipolar. Ele é amplamente recomendado pelos médicos nessas situações graves pois pode diminuir o risco de suicídio em pacientes que estão cogitando fazer isto.A medicina sabe que a atuação do lítio é no sistema nervoso central, mas não entende exatamente como isso acontece. Pode ser que reforce as conexões do cérebro na regulação do humor, ou então suavize as mudanças de humor fazendo que o sistema nervoso se estabilize.<h2>4. Paroxetina</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/08/08090631189044.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)A paroxetina ou cloridrato de paroxetina é um antidepressivo que atua nos inibidores seletivos da recaptação da serotonina no corpo. Os médicos o prescrevem para outros distúrbios além da depressão, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/44740-momento-toc-do-dia-confira-algumas-imagens-que-podem-irritar-sua-cabeca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">transtorno obsessivo-compulsivo</a> (TOC), ataques de pânico e estresse pós-traumático. Além disso, ele também é recomendado para a ejaculação precoce.O remédio é considerado muito eficaz, mas não se sabe direito o porquê. A hipótese mais provável é que a paroxetina aumente o nível de serotonina no cérebro. Mas isso acontece por conta do aminoácido triptofano, que estimula a produção de serotonina.Acontece que o próprio mecanismo da geração de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120097-por-que-o-sol-nos-deixa-mais-felizes-a-ciencia-explica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">serotonina</a> ainda não é bem explicado - e é por isso que os pesquisadores ainda não entendem bem como a paroxetina funciona.<h2>5. Aspirina</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/08/08085856392036.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Aqui estamos diante provavelmente do fármaco mais popular do mundo. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108120-11-curiosidades-que-voce-talvez-desconheca-sobre-a-aspirina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aspirina</a> foi usada de forma quase exclusiva para a dor até os anos 1960, quando outros analgésicos surgiram. A partir daí, os cientistas começaram a investigar outras funções dela.Descobriu-se que a aspirina é um anticoagulante eficaz que reduz riscos de ataques cardíacos e derrames, e médicos passaram a recomendá-la de forma regular, em pequenas doses, aos pacientes.Recentemente, pesquisadores da Suécia sugeriram outro benefício da aspirina. Analisando os dados de 80 mil pacientes com câncer, eles descobriram que os pacientes com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115970-conheca-5-dos-principais-fatores-ligados-ao-surgimento-do-cancer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">câncer</a> de cólon ou pulmão que tomavam doses regulares de aspirina tendiam a ter menos avanços no tumor, o que favorecia o tratamento oncológico.Agora os cientistas seguem estudando e há uma expectativa de que a aspirina talvez possa ter alguma contribuição positiva aos doentes com câncer. A hipótese até agora é que as propriedade anti-inflamatórias da aspirina retardem os efeitos do câncer no DNA.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:13.849Z

5 remédios que funcionam, mas não sabemos por quê

Imagem de Como a penicilina foi descoberta? no megacurioso

Ao contrário do que alguns podem imaginar, o antibiótico foi descoberto por acaso em uma experiência que deu errado

<head></head><body>Atualmente temos à disposição diversos <a href="https://www.megacurioso.com.br/drogas-e-novos-medicamentos/59829-cientistas-descobrem-uma-nova-classe-de-antibioticos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antibióticos</a> que passaram por um longo processo de pesquisa antes de chegar ao mercado. Entretanto, há casos em que determinados compostos foram descobertos por acaso, e entre estes podemos citar a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/235365-penicilina-conheca-primeiro-antibiotico-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">penicilina</a>.<h2>O experimento que deu errado</h2>No ano de 1928, o médico e professor Alexander Fleming estava conduzindo uma pesquisa com o intuito de observar o comportamento do Staphylococcus aureus, bacilo capaz de causar infecção generalizada.Entretanto, acabou surpreso ao ver que, por conta do calor, as bactérias em questão acabaram morrendo após o surgimento de uma substância originária do fungo Penicillium chrysogenum, que tinha aparência de bolor. O mais curioso: esse composto conseguia matar muitas bactérias comuns que causam infecções em seres humanos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/25/25165347042395.jpg" alt="Penicilina começou a ser bastante utilizada após a Segunda Guerra Mundial. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)">Penicilina começou a ser bastante utilizada após a Segunda Guerra Mundial. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)Pouco tempo depois, Fleming deu a essa substância o nome de penicilina, conduzindo assim o primeiro passo na criação dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/39472-cientistas-criam-antibiotico-que-reage-a-luz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antibióticos</a> — palavra que nem sequer existia nessa época, mas se tornou comum com o passar das décadas seguintes.<h2>Uso amplo</h2>A descoberta do pesquisador foi anunciada ao mundo em 1929 com diversos estudos de viabilidade acontecendo nos anos seguintes. Apenas 12 anos depois, em 1941, foi publicado um teste com resultados benéficos em seres humanos. Porém, nesse período ainda havia o problema da produção em larga escala, cenário que mudou algum tempo depois.A partir daí, o antibiótico passou a ser mais divulgado e utilizado, especialmente durante o período da Segunda Guerra Mundial. Ele foi bastante eficaz para tratar diversos soldados feridos em batalha, fazendo seu criador ganhar vários prêmios por conta disso.O maior deles sem dúvidas veio ainda em 1945, quando Alexandre Fleming recebeu o Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia pela descoberta da penicilina. Isso aconteceu em conjunto com Howard Florey e Boris Chain, que ajudaram nessa caminhada.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:12.204Z

Como a penicilina foi descoberta?

Imagem de Primeiro humano recebe injeção experimental para matar câncer no megacurioso

Fórmula tenta reverter casos de câncer utilizando o chamado vírus oncolítico, um vírus geneticamente modificado para matar células cancerígenas

Um grande passo para um enorme avan&ccedil;o cient&iacute;fico foi dado em maio de 2022. Nesse m&ecirc;s, o primeiro paciente humano recebeu uma inje&ccedil;&atilde;o de um novo v&iacute;rus que supostamente &eacute; capaz de matar um c&acirc;ncer por completo. O v&iacute;rus, que tamb&eacute;m &eacute; conhecido como CF33-hNIS (Vaxinia), teve testes bem-sucedidos em animais at&eacute; ent&atilde;o e parece ser promissor.
Por&eacute;m, a sua efic&aacute;cia em seres humanos s&oacute; deve ser verdadeiramente testada no in&iacute;cio deste novo ensaio cl&iacute;nico. Os cientistas esperam que esse teste inovador releve mais evid&ecirc;ncias de uma nova maneira de combater com sucesso tumores cancer&iacute;genos no corpo das pessoas. Entenda mais sobre o tema nos pr&oacute;ximos par&aacute;grafos!
<h2>V&iacute;rus oncol&iacute;tico</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/26/26153800102431.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
O Vaxinia &eacute; o que os pesquisadores denominaram de v&iacute;rus oncol&iacute;tico, um organismo geneticamente modificado e projetado para infectar e matar seletivamente c&eacute;lular cancer&iacute;genas &mdash; deixando as c&eacute;lulas saud&aacute;veis para tr&aacute;s. No caso do CF33-hNIS, foi utilizado o v&iacute;rus da var&iacute;ola para gerar tal efeito.
Embora seja simples interpretar os v&iacute;rus como microrganismos mal&eacute;ficos e causadores de doen&ccedil;as em nossos corpos, nessa situa&ccedil;&atilde;o a ci&ecirc;ncia parece ter conseguido usar um mal para fazer o bem. Ao entrar no nosso organismo, esse v&iacute;rus geneticamente alterado passa a invadir as c&eacute;lulas cancer&iacute;genas e se multiplicar dentro delas.
Eventualmente, essa c&eacute;lula infectada explodir&aacute; e liberar&aacute; milhares de novas part&iacute;culas virais que atuar&atilde;o como ant&iacute;genos no corpo. O objetivo &eacute; que esse processo passe a estimular o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121157-fortalecer-o-sistema-imunologico-mitos-e-verdades.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sistema imunol&oacute;gico</a> humano a atacar outras c&eacute;lulas cancer&iacute;genas pr&oacute;ximas, destruindo qualquer rastro de um poss&iacute;vel tumor.
<h2>Pesquisas em laborat&oacute;rio</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/26/26153803540434.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Em estudos anteriores feitos em modelos animais, a droga se mostrou capaz de aproveitar o sistema imunol&oacute;gico para ca&ccedil;ar e destruir c&eacute;lulas cancer&iacute;genas. Por&eacute;m, at&eacute; pouco tempo, nenhum teste real havia sido feito em humanos.&nbsp;
Todo esse cen&aacute;rio mudou quando o Centro de Pesquisa e Tratamento do C&acirc;ncer City of Hope, em Los Angeles, e a empresa de biotecnologia Imugene, com sede na Austr&aacute;lia, anunciaram que o primeiro ensaio cl&iacute;nico em humanos estava em andamento. Ambas as institui&ccedil;&otilde;es s&atilde;o co-desenvolvedoras do medicamento.&nbsp;
A primeira fase do experimento est&aacute; totalmente focada na seguran&ccedil;a e tolerabilidade do medicamento em humanos. Estima-se que 100 participantes estejam envolvidos no estudo, sendo eles pacientes adultos com tumores s&oacute;lidos met&aacute;sticos ou avan&ccedil;ados e que j&aacute; tenham tentado pelo menos duas outras formas de tratamento padr&atilde;o.
<h2>Expectativas para o futuro</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/26/26153806602436.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Ao se inscreverem para o ensaio cl&iacute;nico, cada indiv&iacute;duo receber&aacute; baixas doses do tratamento experimental por <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119676-por-que-a-injecao-de-benzetacil-doi-tanto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inje&ccedil;&atilde;o</a> direta ou intravenosa. Se os resultados iniciais forem bem-sucedidos e o CF33-hNIS for considerado seguro, novos testes avaliar&atilde;o se o tratamento reage bem combinado com o pembrolizumab &mdash; um tratamento de anticorpos j&aacute; usado na imunoterapia contra c&acirc;ncer.
Medidas secund&aacute;rias, como a avalia&ccedil;&atilde;o de qu&atilde;o efetivo o medicamento &eacute; para reduzir tumores tratados, ser&atilde;o analisadas mais tarde. Como o teste est&aacute; previsto para durar dois anos em diversos campos cl&iacute;nicos, respostas mais concretas ainda devem demorar para surgir.
De qualquer forma, o v&iacute;rus oncol&iacute;tico tem gerado bastante esperan&ccedil;a na comunidade cient&iacute;fica e a expectativa por bons resultados existe. Na melhor das hip&oacute;teses, teremos encontrado um <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/103673-tratamentos-alternativos-para-o-cancer-aumentam-as-chances-de-morte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tratamento</a> supereficiente para diminuir casos de c&acirc;ncer ao redor do mundo.

thumb-image-2024-02-29T14:06:12.320Z

Primeiro humano recebe injeção experimental para matar câncer

Imagem de Vacina: como descobrimos a imunização contra doenças? no megacurioso

Um relato sobre as tentativas de imunização desenvolvidas no decorrer da história

Registros hist&oacute;ricos atribuem a Edward Jenner (1749-1823)&nbsp;a cria&ccedil;&atilde;o da vacina contra a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120645-por-que-as-vacinas-devem-sua-criacao-as-vacas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">var&iacute;ola bovina</a> no ano de 1796. O primeiro a receb&ecirc;-la, um menino de 13 anos, se tornou imune &agrave; doen&ccedil;a que, na &eacute;poca, era bastante comum em todo o Reino Unido.
Dois anos depois, o m&eacute;dico ingl&ecirc;s novamente conquistou notoriedade ao desenvolver a primeira vacina contra a var&iacute;ola. Esse experimento foi o que possibilitou erradicar a doen&ccedil;a em todo o mundo em 1979.
Apesar desse grande acontecimento, imuniza&ccedil;&atilde;o n&atilde;o &eacute; um assunto recente. Muitas pr&aacute;ticas j&aacute; foram desenvolvidas no decorrer da hist&oacute;ria para tornar pessoas imunes a v&iacute;rus e infec&ccedil;&otilde;es.
<h2>Primeiras tentativas na &Aacute;sia</h2>
Durante o s&eacute;culo XVI, a prote&ccedil;&atilde;o contra doen&ccedil;as n&atilde;o era inoculada por meio de uma inje&ccedil;&atilde;o, mas, sim, pelas vias a&eacute;reas. Diversos documentos explicam que na China e na &Iacute;ndia era comum secar e moer as cascas das feridas dos infectados pela doen&ccedil;a.
Esse p&oacute; era, ent&atilde;o, soprado no rosto de pessoas saud&aacute;veis para tornar o sistema imunol&oacute;gico capaz de combater a doen&ccedil;a de forma efetiva. Tamb&eacute;m h&aacute; indica&ccedil;&otilde;es que sugerem que esse p&oacute; tamb&eacute;m era depositado em arranh&otilde;es na pele, com o intuito de obter o mesmo resultado.
<h2>Experimentos feitos nas Am&eacute;ricas</h2>
O per&iacute;odo da coloniza&ccedil;&atilde;o das Am&eacute;ricas foi marcado por in&uacute;meros conflitos entre as tribos nativas e os colonizadores. Uma das amea&ccedil;as mais graves era a transmiss&atilde;o de doen&ccedil;as que eram, at&eacute; ent&atilde;o, desconhecidas no continente americano.
No territ&oacute;rio dos Estados Unidos, casos de var&iacute;ola e <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119272-febre-amarela-doenca-devastou-nova-york-em-1795.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">febre-amarela destru&iacute;ram comunidades inteiras</a>, transformando essa infec&ccedil;&atilde;o em uma verdadeira praga. Um dos poucos registros da &eacute;poca recomendava o isolamento dos infectados para conter a contamina&ccedil;&atilde;o. Outra publica&ccedil;&atilde;o, feita em Boston, declarava que os sobreviventes se tornavam imunes ao cont&aacute;gio.
<h2>Imuniza&ccedil;&atilde;o no continente africano</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/30/30225441403066.jpg" alt="(Fonte: Unsplash/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><figcaption style="text-align: center;">(Fonte: Unsplash/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Curiosamente, a descoberta dessa pr&aacute;tica na &Aacute;frica ocorreu a partir do relato de um escravizado nascido na L&iacute;bia. Em 1706, Cotton Mather (1663-1728)&nbsp;confirmou a sua teoria ao verificar que diversos escravizados em Boston tinham a mesma cicatriz e eram imunes a var&iacute;ola.
Embora a pr&aacute;tica variasse entre os grupos &eacute;ticos da regi&atilde;o subsaariana, esse m&eacute;todo de imuniza&ccedil;&atilde;o consistia em coletar flu&iacute;dos dos doentes aplic&aacute;-los em pequenos cortes feitos na pele dos bra&ccedil;os. Quem passava por esse tratamento recebia uma cicatriz e prote&ccedil;&atilde;o contra a doen&ccedil;a.
<h2>Dissemina&ccedil;&atilde;o de vacina&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o</h2>
O ano de 1853 marcou o surgimento da era da vacina&ccedil;&atilde;o obrigat&oacute;ria, na qual rec&eacute;m-nascidos recebiam a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120816-7-fatos-surpreendentes-sobre-as-vacinas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacina</a> contra var&iacute;ola j&aacute; nos primeiros 3 meses de vida. Historicamente, esse &eacute; o momento que identificamos como a origem do calend&aacute;rio vacinal que existe hoje.
Por causa desse esfor&ccedil;o, doen&ccedil;as como <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/112609-polio-tipo-3-e-erradicada-oficialmente-em-todo-o-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poliomielite</a>, sarampo, catapora, rub&eacute;ola e caxumba s&atilde;o consideradas erradicadas ou com pouqu&iacute;ssimas incid&ecirc;ncias na popula&ccedil;&atilde;o. Essa &eacute; uma vit&oacute;ria alcan&ccedil;ada por meio de um modelo de vacina&ccedil;&atilde;o robusto que come&ccedil;a nas primeiras horas de vida da crian&ccedil;a e deve continuar at&eacute; a idade adulta.
<h2>Origens do movimento antivacina</h2>
Pessoas contr&aacute;rias &agrave; vacina&ccedil;&atilde;o n&atilde;o s&atilde;o uma exclusividade dos tempos modernos. Quando a pr&aacute;tica come&ccedil;ou a ser disseminada no s&eacute;culo XIX, havia aqueles que eram contr&aacute;rios &agrave; preven&ccedil;&atilde;o de doen&ccedil;as.
Essa opini&atilde;o tem origem em preceitos religiosos: basicamente, para alguns, o cont&aacute;gio de qualquer doen&ccedil;a era causada por interven&ccedil;&atilde;o divina. Portanto, prevenir que algu&eacute;m se contaminasse seria um ato contra a vontade de Deus.
Hoje, esse movimento &eacute; muito mais forte e continua fazendo v&iacute;timas de doen&ccedil;as que eram consideradas erradicadas. Desde 2019, com a pandemia de covid-19, vivemos um per&iacute;odo de dissemina&ccedil;&atilde;o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/113487-62-dos-brasileiros-caem-em-fake-news-sem-perceber-diz-pesquisa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fake news</a> no que diz respeito a doen&ccedil;as &mdash; e isso inclui as vacinas desenvolvidas para combater o coronav&iacute;rus.
<figure style="position: relative; display: inline-block; text-align: center;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/30/30230322764068.jpg" alt="(Fonte: Unsplash/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Unsplash/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figure>
Devido a in&uacute;meros avan&ccedil;os m&eacute;dicos e cient&iacute;ficos, a cria&ccedil;&atilde;o de vacinas em tempo recorde &eacute; um dos milagres da modernidade e deve ser valorizada como a prote&ccedil;&atilde;o fundamental que representa.

thumb-image-2024-02-29T14:06:10.072Z

Vacina: como descobrimos a imunização contra doenças?

Imagem de O remédio revolucionário da Ilha de Páscoa e o cientista que morreu por ele no megacurioso

Substância descoberta no solo da remota Ilha de Páscoa, a rapamicina virou medicamento para transplantados e pacientes com câncer

A Ilha de P&aacute;scoa &eacute; uma das mais remotas do planeta, a 3700 quil&ocirc;metros da costa do Chile, pa&iacute;s ao qual pertence. Tamb&eacute;m &eacute; <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/48155-8-fatos-e-teorias-fascinantes-sobre-a-ilha-de-pascoa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cercada de mist&eacute;rios</a> e hist&oacute;rias fascinantes do seu passado, como suas enormes est&aacute;tuas de pedra &mdash; os moais. Mas, al&eacute;m disso, a ilha deu ao mundo um importante medicamento "desenterrado" de seu solo.
A rapamicina&nbsp;&eacute; uma subst&acirc;ncia que diminui a rejei&ccedil;&atilde;o a &oacute;rg&atilde;os transplantados e ajuda a tratar diversos tipos de c&acirc;ncer, entre outros efeitos positivos. Seu nome &eacute; uma homenagem ao nome dado &agrave; ilha pelos nativos &mdash; Rapa Nui &mdash;, mas ela tamb&eacute;m &eacute; chamada de sirolimo, na medicina.
Desde seu lan&ccedil;amento, em 1999, a rapamicina salvou milhares ou milh&otilde;es de vidas em todo o mundo &mdash; e continua salvando, conforme seu uso continua. Mas a hist&oacute;ria de sua descoberta, repleta de curiosidades, come&ccedil;a algumas d&eacute;cadas antes disso.&nbsp;
<span data-fonte="(Wikimedia Commons)" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/96/Rapamycin_plaque_on_Easter_Island.JPG/1024px-Rapamycin_plaque_on_Easter_Island.JPG" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/28/wikimedia-commons-28142655557253.jpg" alt="(Wikimedia Commons)" />Placa instalada na Ilha comemorando a descoberta da rapamicina. (Fonte: Wikimedia Commons)
<h2>A curiosidade que salvou vidas</h2>
Tudo come&ccedil;a quando o microbiologista Georges Nogrady partiu com outros 40 cientistas para uma expedi&ccedil;&atilde;o &agrave; Ilha de P&aacute;scoa. Ele tinha uma enorme curiosidade &mdash; como os ind&iacute;genas n&atilde;o morriam de t&eacute;tano, se caminhavam descal&ccedil;os no ch&atilde;o, com tantas oportunidades de cortar os p&eacute;s e se contaminar? O organismo que causa o t&eacute;tano pode ser encontrado no solo, afinal.&nbsp;
Para responder &agrave; sua d&uacute;vida, Nogrady dividiu o territ&oacute;rio em 67 partes e colheu amostras de cada uma delas. Ele s&oacute; encontrou esporos de t&eacute;tano em uma. A pesquisa era promissora.&nbsp;
Alguns anos depois, na virada da d&eacute;cada, as amostras chegaram aos laborat&oacute;rios da ind&uacute;stria farmac&ecirc;utica Ayerst. L&aacute;, os cientistas isolaram os microorganismos encontrados no solo, bem como as subst&acirc;ncias produzidas por eles, para encontrar o segredo anti-tet&acirc;nico Rapa Nui.&nbsp;
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120677-moais-o-que-sao-as-estatuas-da-ilha-de-pascoa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Moais: o que s&atilde;o as est&aacute;tuas da ilha de P&aacute;scoa?</a>
<h2>Um problema que virou solu&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/27/27204011247585.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
As subst&acirc;ncias do solo de Rapa Nui eram &oacute;timas para inibir o crescimento de fungos e a infec&ccedil;&atilde;o por eles. Mas tamb&eacute;m apresentavam um grande problema: tinham efeito imunossupressor fort&iacute;ssimo. Ou seja, deixavam o organismo vulner&aacute;vel a outras doen&ccedil;as, ao enfraquecer o sistema imunol&oacute;gico.&nbsp;
S&oacute; que um dos pesquisadores, Surendra Nath Sehgal, percebeu que esse "problema" poderia ser uma solu&ccedil;&atilde;o naqueles em que se quer, justamente, que o organismo pare a resposta imunol&oacute;gica &mdash; como transplantes. Nos anos 1970, a vida dos transplantados era bem complicada, j&aacute; que o corpo ficava "lutando contra" o novo &oacute;rg&atilde;o.&nbsp;
Por isso, o Dr. Sehgal investiu seus esfor&ccedil;os nessa nova linha de pesquisa. Tamb&eacute;m enviou as amostras para outros cientistas que investigavam rem&eacute;dios contra o c&acirc;ncer &mdash; isso porque, em suas experi&ecirc;ncias, ele notou que a subst&acirc;ncia tamb&eacute;m impedia o crescimento de c&eacute;lulas e, por isso, poderia fazer o mesmo com tumores.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/37415-cinco-casos-impressionantes-envolvendo-transplantes-de-orgaos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 casos impressionantes envolvendo transplantes de &oacute;rg&atilde;os</a>
<h2>Uma pesquisa clandestina</h2>
A hist&oacute;ria fica ainda mais curiosa na virada para os anos 1980. Nessa &eacute;poca, a Ayerst resolveu fechar seu centro de pesquisas no Canad&aacute; e realocar toda a equipe para os Estados Unidos &mdash;o que inclu&iacute;a o Dr. Sehgal e seu trabalho com a rapamicina.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/27/27204438513589.jpg" alt="(Fonte: Dev Benjamin/Unsplash)" />(Fonte: Dev Benjamin/Unsplash)
Contudo, a farmac&ecirc;utica n&atilde;o via potencial financeiro no projeto e ordenou seu encerramento. O Dr. Sehgal n&atilde;o gostou nada disso, ent&atilde;o, ele colocou amostras da subst&acirc;ncia em potinhos de vidro e escondeu no freezer da pr&oacute;pria casa. O filho dele, Ajai, ficou respons&aacute;vel por botar os vidrinhos na mudan&ccedil;a e garantir que eles chegassem inteiros ao novo lar.&nbsp;
Nos Estados Unidos, a rapamicina permaneceu congelada num canto da casa da fam&iacute;lia por alguns anos, at&eacute; que surgiu uma oportunidade: conforme o n&uacute;mero de transplantes crescia e surgia a necessidade por uma droga que inibisse o sistema imunol&oacute;gico, a Ayerst pensou em desenvolver tal medicamento. E o Dr. Sehgal chegou com a resposta pronta.
As pesquisas com a rapamicina voltaram, em 1987, e foram muito bem sucedidas. Em 1999, a ind&uacute;stria come&ccedil;ou a vender o Rapamune, rem&eacute;dio usado at&eacute; hoje. Al&eacute;m disso, Sehgal enviava amostras de rapamicina para outros centros de pesquisa, onde se descobriu seu princ&iacute;pio de funcionamento e outros usos para ela.&nbsp;
<h2>Tomando do pr&oacute;prio rem&eacute;dio</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/28/fonte-hghthai-pfizer-28142945854254.jpg" alt="(Fonte: Hghthai/Pfizer)" />(Fonte: Hghthai/Pfizer)
A incr&iacute;vel hist&oacute;ria do Dr. Sehgal e da rapamicina n&atilde;o termina a&iacute;. Em 1998, ele foi diagnosticado com um c&acirc;ncer de c&oacute;lon metast&aacute;tico em est&aacute;gio 4 e lhe deram seis meses de vida. Como tinha pouco a perder, ele decidiu testar sua droga em no pr&oacute;prio corpo.&nbsp;
O resultado foi &oacute;timo: sua sa&uacute;de melhorou, ele viveu por mais quatro anos e at&eacute; conheceu os netos que viriam. Mas Sehgal s&oacute; teria certeza de que essa melhora era gra&ccedil;as &agrave; rapamicina se parasse de tom&aacute;-la. Foi o que ele fez e, em seis meses, o c&acirc;ncer tomou conta de seu corpo.
Mesmo sabendo que a decis&atilde;o colocou um ponto final em sua vida, Sehgal sabia que isso era necess&aacute;rio para que a ci&ecirc;ncia evolu&iacute;sse. At&eacute; o &uacute;ltimo dia de vida, ele trabalhou em artigos que defendiam o uso da rapamicina no tratamento do c&acirc;ncer.

thumb-image-2024-02-29T14:06:09.301Z

O remédio revolucionário da Ilha de Páscoa e o cientista que morreu por ele

Imagem de Tem Coca aí na geladeira, mas será que tem cocaína na Coca-Cola? no site Mega Curioso

O boato de que o refrigerante mais vendido em todo o mundo contém a droga em sua composição continua até hoje, mas será que ele tem fundamento?

Algumas pessoas n&atilde;o vivem sem <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121508-coca-light-x-coca-zero-qual-a-diferenca-entre-as-duas.htm" target="_blank" title="Coca Light x Coca Zero: qual a diferen&ccedil;a entre as duas?">Coca-Cola</a>, o refrigerante mais popular do mundo. Dizem que cura ressaca, que mata a sede, que acaba at&eacute; com diarreia. O que ningu&eacute;m diz, por&eacute;m, &eacute; a lista de ingredientes que comp&otilde;e esse l&iacute;quido t&atilde;o cultuado.
A bebida, que teria sido criada por engano, &eacute; imitada por a&iacute;, mas os resultados &ldquo;gen&eacute;ricos&rdquo;, como voc&ecirc; bem sabe, n&atilde;o chegam nem perto do original. Qual seria, afinal, o ingrediente secreto da Coca-Cola? Tem gente por a&iacute; que acredita que h&aacute; coca&iacute;na no refrigerante e que seria por isso que gostamos tanto &mdash; e, inclusive, a droga seria o fator respons&aacute;vel por deixar alguns consumidores viciados.
<h2>J&aacute; teve Coca a&iacute; na geladeira!</h2>
A coca&iacute;na j&aacute; fez parte da receita da Coca-Cola, sim. Mas s&oacute; no passado. At&eacute; 1903, a bebida continha uma quantidade significativa da droga, afinal, os malef&iacute;cios do narc&oacute;tico s&oacute; foram conhecidos alguns anos depois &mdash; a droga chegou at&eacute; mesmo a ser usada como parte de terapias psicol&oacute;gicas e psiqui&aacute;tricas, e era legalizada nos EUA at&eacute; 1914.
<h2>Totalmente livre</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/28/a-28102133083104.jpg" alt="a" />Fonte: Shutterstock
Mesmo com todas as evid&ecirc;ncias comprovando que havia, sim, coca&iacute;na na f&oacute;rmula do refrigerante, h&aacute; mais de 100 anos a companhia que produz a Coca-Cola afirma que n&atilde;o existe, nem nunca existiu, coca&iacute;na entre os ingredientes de fabrica&ccedil;&atilde;o da bebida. O que se sabe &eacute; que em 1903 muitos consumidores exigiram que o narc&oacute;tico fosse retirado de todas as bebidas produzidas pela empresa.
Ainda assim, o produto s&oacute; foi considerado 100% livre da droga em 1929, quando cientistas aperfei&ccedil;oaram o processo de remo&ccedil;&atilde;o das subst&acirc;ncias psicoativas das folhas de coca. Ou seja: desde 1929 n&atilde;o h&aacute; mais vest&iacute;gios de coca&iacute;na na bebida.
A f&oacute;rmula da Coca-Cola ainda continua secreta, mas o que se sabe &eacute; que n&atilde;o h&aacute; mais coca&iacute;na nela. Isso, por&eacute;m, n&atilde;o significa que o refrigerante seja inofensivo: ele &eacute; fonte de muito a&ccedil;&uacute;car e outras subst&acirc;ncias capazes de prejudicar dentes, ossos e a sa&uacute;de de modo geral, principalmente se consumido em excesso. Nunca, nunca mesmo, substitua &aacute;gua por Coca-Cola!
<div id="gtx-trans" style="position: absolute; left: 6px; top: 976px;">
<div class="gtx-trans-icon"></div>
</div>

thumb-image-2024-02-29T13:58:03.657Z

Já teve cocaína na Coca-Cola mesmo?

Imagem de Entenda aqui como o Viagra funciona no site Mega Curioso

O medicamento é indicado aos homens com disfunções eréteis

Imagina como deve ser horr&iacute;vel querer muito fazer uma coisa e simplesmente n&atilde;o conseguir. &Eacute; isso o que acontece com muitos homens por a&iacute;, que, mesmo quando est&atilde;o estimulados sexualmente, n&atilde;o conseguem ter uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121307-5-coisas-no-corpo-que-sao-comandadas-pelo-subconsciente.htm" target="_blank" title="5 coisas no corpo que s&atilde;o comandadas pelo subconsciente">ere&ccedil;&atilde;o</a>.
O melhor tratamento para esse grande problema surgiu h&aacute; 15 anos nos EUA e, desde ent&atilde;o, tem feito a diferen&ccedil;a na qualidade de vida de muita gente. A popularidade do rem&eacute;dio &eacute; tamanha que &eacute; muito dif&iacute;cil encontrar algu&eacute;m que nunca tenha ouvido a palavra &ldquo;Viagra&rdquo;. O que muita gente nem faz ideia &eacute; como um comprimido pequeno pode fazer o efeito praticamente milagroso.
<h2>Anatomicamente falando</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/11/materias/9775376737124444.jpg" alt=" />Fonte da imagem: <a href="http://www.shutterstock.com/pic-144037513/stock-photo-bent-wrench-in-hand.html?src=klUgotnxfYx9ZiSsYA5GjA-2-14" target="_blank">Shutterstock</a>
O corpo humano, voc&ecirc; j&aacute; deve ter percebido, &eacute; uma m&aacute;quina natural fascinante, cheia de mist&eacute;rios e engenhocas surpreendentes. No caso da ere&ccedil;&atilde;o peniana masculina, &eacute; fundamental que se entenda a anatomia do p&ecirc;nis em primeiro lugar.
O&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119344-faloplastia-como-funciona-a-cirurgia-de-aumento-do-penis.htm" target="_blank" title="Faloplastia: como funciona a cirurgia de aumento do p&ecirc;nis?">&oacute;rg&atilde;o sexual masculino</a> tem duas fun&ccedil;&otilde;es b&aacute;sicas: eliminar urina e liberar esperma e l&iacute;quido seminal por meio do que &eacute; conhecido como ejacula&ccedil;&atilde;o. Quando est&aacute; tudo bem, o processo de ejacula&ccedil;&atilde;o envolve tr&ecirc;s passos simples: o homem precisa estar estimulado sexualmente, o p&ecirc;nis responde ficando ereto e a ejacula&ccedil;&atilde;o ocorre depois que o &oacute;rg&atilde;o &eacute; estimulado.
<h2>Contextualizando</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/11/materias/9775376737124529.jpg" alt=" />Fonte da imagem: <a href="http://www.shutterstock.com/pic-44406268/stock-photo-brown-bottle-with-scattered-blue-pills.html?src=jMWVv9UsNCpLxvwdBUfZ7g-1-15" target="_blank">Shutterstock</a>
Em alguns casos, por&eacute;m, a ere&ccedil;&atilde;o n&atilde;o acontece, o que torna a ejacula&ccedil;&atilde;o muito dif&iacute;cil ou at&eacute; mesmo imposs&iacute;vel. &Eacute; para esses momentos que o medicamento &eacute; indicado.
Antes de querer saber tudo a respeito, voc&ecirc; precisa entender uma coisa: o que faz seu corpo mexer s&atilde;o os m&uacute;sculos; da ponta do ded&atilde;o do p&eacute; ao bra&ccedil;o para segurar a bolsa, tudo envolve contra&ccedil;&atilde;o muscular. O p&ecirc;nis, por sua vez, fica ereto n&atilde;o por causa dos m&uacute;sculos, mas pela press&atilde;o que recebe.
Imagine que voc&ecirc; tem um bal&atilde;o vazio e, de repente, come&ccedil;a a ench&ecirc;-lo com ar. Logo ele vai ficar maior e mais consistente, certo? Com o p&ecirc;nis a coisa &eacute; bem parecida, exceto pelo fato de que, em vez de ar pressurizado, o que faz a diferen&ccedil;a &eacute; a press&atilde;o do sangue.
<h2>Corpos cavernosos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/11/materias/9775376737124548.gif" alt=" width="640" />Fonte da imagem: <a href="http://www.cabuloso.xpg.com.br/Anatomia-Humana/Sistema-Reprodutor/Viagra.htm" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Cabuloso</a>
O &oacute;rg&atilde;o sexual masculino tem duas cavidades cil&iacute;ndricas bastantes importantes conhecidas como corpos cavernosos, que ficam posicionadas paralelamente ao corpo esponjoso. Imagine que esses dois corpos cavernosos s&atilde;o dois bal&otilde;es cil&iacute;ndricos.
A verdade &eacute; que esses dois cilindros s&atilde;o constantemente inundados por sangue enviado diretamente de art&eacute;rias &ndash; depois, veias levam esse sangue a outras regi&otilde;es do p&ecirc;nis. E &eacute; basicamente isso o que garante a ere&ccedil;&atilde;o: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121074-6-fatos-pouco-conhecidos-sobre-o-sangue-humano.htm" target="_blank" title="6 fatos pouco conhecidos sobre o sangue humano">sangue</a>. Com a quantidade grande de sangue entrando, os corpos cavernosos ficam esticados e o p&ecirc;nis ereto.
<h2>Disfun&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/11/materias/9775376737124629.jpg" alt=" />Fonte da imagem: <a href="http://chasingyourfire.com/tag/life-planning/" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Chasingyourfire</a>
Se as art&eacute;rias ligadas ao p&ecirc;nis n&atilde;o ficarem abertas o suficiente para exercer a press&atilde;o sobre os corpos cavernosos e as veias, fica muito dif&iacute;cil ou at&eacute; mesmo imposs&iacute;vel que o p&ecirc;nis venha a ficar ereto. Trata-se, ent&atilde;o, do que &eacute; conhecido como <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121582-dieta-com-muita-proteina-pode-reduzir-testosterona-em-homens.htm" target="_blank" title="Dieta com muita prote&iacute;na pode reduzir testosterona em homens">disfun&ccedil;&atilde;o er&eacute;til</a>.
Na d&eacute;cada de 1980, um tratamento bem popular para esse problema era a inje&ccedil;&atilde;o de fentolamina, uma subst&acirc;ncia capaz de fazer com que as art&eacute;rias se abram e o sangue jorre para o &oacute;rg&atilde;o. O problema das inje&ccedil;&otilde;es era o seguinte: elas faziam efeito na hora, mesmo que o homem n&atilde;o estivesse sexualmente excitado.
<h2>Melhoras no tratamento</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/11/materias/977537673712475.jpg" alt=" />Fonte da imagem: <a href="http://iltalehti.fi/terveys/2010111012669681_tr.shtml" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Iltalehti</a>
O Viagra faz a mesma coisa, s&oacute; que de forma bem mais simples, com apenas o comprimido. Al&eacute;m do mais, o homem que toma o medicamento vai ter ere&ccedil;&atilde;o somente quando estiver excitado, gra&ccedil;as a uma capacidade de enviar as mensagens corretas e exatas aos neurotransmissores respons&aacute;veis pela movimenta&ccedil;&atilde;o muscular das art&eacute;rias e, consequentemente, pela ere&ccedil;&atilde;o do p&ecirc;nis.
Quando o homem est&aacute; sexualmente excitado, seu c&eacute;rebro &eacute; capaz de mandar mensagens ao p&ecirc;nis que, por sua vez, produz subst&acirc;ncias respons&aacute;veis por pedir mais sangue &agrave;s art&eacute;rias. Sem o rem&eacute;dio, as art&eacute;rias receberiam a mensagem e simplesmente n&atilde;o lhe responderiam. Todo mundo aqui sabe como isso &eacute; chato.
<h2>Resposta</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/11/materias/9775376737124740.jpg" alt=" />Fonte da imagem: <a href="http://www.huffingtonpost.com/2012/12/31/the-best-time-for-a-docto_n_2388391.html" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Huffingtonpost</a>
O Viagra age como o corretor chato, que fica ali, estimulando a art&eacute;ria a responder &agrave;s mensagens que recebe. Assim que isso acontece, o p&ecirc;nis &eacute; irrigado com muito mais sangue e a ere&ccedil;&atilde;o ocorre.
Homens mais velhos podem ter problemas de ere&ccedil;&atilde;o mesmo assim, simplesmente porque as art&eacute;rias n&atilde;o conseguem se dilatar muito mesmo quando o c&eacute;rebro manda a ordem para que isso aconte&ccedil;a. Existem outros meios n&atilde;o t&atilde;o populares de lidar com o problema e, se o Viagra n&atilde;o resolver, &eacute; importante procurar ajuda m&eacute;dica.
Todo medicamento pode vir acompanhado de efeitos colaterais, e com o Viagra n&atilde;o &eacute; diferente. Muitos pacientes j&aacute; relataram mudan&ccedil;as na <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/111719-9-curiosidades-sobre-daltonismo.htm" target="_blank" title="9 curiosidades sobre daltonismo">percep&ccedil;&atilde;o das cores verde e azul</a>, por exemplo. Isso sem falar em dores de cabe&ccedil;a e ataques card&iacute;acos &ndash; &eacute; fundamental estar em dia com o cardiologista antes de tomar o rem&eacute;dio. Casos de ere&ccedil;&otilde;es muito longas e ejacula&ccedil;&otilde;es doloridas tamb&eacute;m j&aacute; foram registrados.

thumb-image-2024-02-29T13:57:57.622Z

Viagra: entenda como o medicamento funciona

Imagem de Veneno de perigoso caracol é capaz de aliviar dores intensas no megacurioso

Capaz de matar até 20 homens adultos, veneno de caracol marinho pode ser mais potente que a morfina

<head></head><body>Em estudos recentes, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118293-4-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-venenos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">veneno</a> de uma das espécies mais mortais e perigosas de caracol-do-cone, a Conus regius, foi utilizado para sintetizar um composto chamado RgIA4. Isso significa que a síntese do veneno é capaz de impedir a transmissão dos sinais de dor por parte dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121394-acredite-e-possivel-criar-novos-neuronios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neurônios</a>, sendo até 1.000 vezes mais potente que os analgésicos opioides, como o ibuprofeno e a morfina.Os pesquisadores envolvidos na criação destes componentes apontam que o futuro dos analgésicos possa estar na sintetização do veneno do caracol. A existência de analgésicos criados a partir desses compostos poderia ser uma grande alternativa aos fármacos utilizados atualmente, resolvendo dois grandes problemas atuais: a tolerância do corpo devido ao uso contínuo e a dependência química.<h2>Como funcionaria um analgésico criado do veneno</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/27/27195326905014.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)Analgésicos são remédios utilizados para o alívio de dores, desde as que podem ser tratadas em casa, até as pós-operatórias ou oncológicas, ou seja, esses medicamentos são utilizados com frequência por todos nós. O problema disso é que o corpo pode desenvolver tolerância ao fármaco.Os que viessem a ser desenvolvidos a partir do veneno de espécies de caracol-do-cone atuariam sobre receptores diferentes das células nervosas: ao invés dos opioides, atuaria nos nicotínicos, interagindo com os neurotransmissores. Resumidamente, esses remédios impediriam a transmissão dos sinais de dor por parte dos neurônios.Uma das grandes motivações dessas pesquisas é conseguir contornar a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/232982-acaba-pandemia-parte-2.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">epidemia</a> de opioides que assola países como os Estados Unidos. Dados publicados na Science Mag mostraram que, nos EUA, há 12 milhões de pessoas no país dependentes de fentanilo, buprenorfina e oxicodona.<h2>Epidemia de opioides</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/27/27195434046015.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)Os analgésicos a base do veneno de caracóis seriam grandes aliados no combate à epidemia de opioides porque, apenas nos últimos 20 anos, cerca de 500 mil vidas foram ceifadas por overdose em medicamentos do gênero nos Estados Unidos.Esse cenário é reflexo de um problema criado há mais de 20 anos, quando a indústria farmacêutica iniciou campanhas agressivas de marketing incentivando a prescrição de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120168-extrato-de-planta-promete-acabar-com-vicio-em-opioides.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">opioides</a> em altas doses. Essa epidemia é considerada complexa e dinâmica, e tem sido combatida a partir da adoção de políticas públicas de combate ao uso indiscriminado de fármacos como o fentanil, por exemplo.<h2>Pesquisas concomitantes chegaram ao mesmo resultado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/27/27195142045013.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)Há quem caminhe pelas praias recolhendo conchas e caracóis. Suas formas bonitas e coloridas distraem do fato que esses animais invertebrados são assassinos marinhos que utilizam veneno paralisante, emitido por sua "língua", para capturar suas presas. O veneno de algumas espécies de caracóis-do-cone é extremamente perigoso e até mesmo fatal para os humanos.Mesmo perigoso, a sintetização do veneno já está em ensaios clínicos e um medicamente já está pronto para venda: o Prialt. Apesar de ser um ótimo substituto para os opioides, no entanto, o Prialt necessita de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119676-por-que-a-injecao-de-benzetacil-doi-tanto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">injeção</a> na espinha, motivando os pesquisadores a encontrar um método menos invasivo e acessível.</body>

Drogas e Novos Medicamentos

Novidades