5 remédios que funcionam, mas não sabemos por quê

09/06/2022 às 12:002 min de leitura

Por mais que a medicina e a indústria farmacêutica evoluam a cada ano, há uma série de remédios que são eficazes, mas ninguém sabe explicar exatamente o porquê. Neste texto, listamos 5 medicamentos que funcionam, mas que a ciência ainda não sabe por qual razão.

1. Abatacept

(Fonte: Unsplash)(Fonte: Unsplash)

O fármaco Abatacept é usado no tratamento da artrite reumatoide. Sua ação é sobre a célula T, responsável pelo processo inflamatório sobre a erosão óssea, característica desta doença.

Em 2015, um relato da revista Science abordou o caso de um menino de 12 anos que tinha uma doença genética rara que prejudicou seu sistema imunológico, com danos aos pulmões e ao sistema intestinal.

A recomendação dos médicos foi um transplante de medula óssea, mas ele estava muito fraco para o procedimento. Sem saber o que fazer, os médicos recomendaram Abatacept. 

Eles não tinham muito esperança, e imaginavam que o menino morreria. Mas seis meses depois, ele voltou bem melhor, e ninguém soube explicar direito por quê.

2. Tylenol

(Fonte: Unsplash)(Fonte: Unsplash)

O Tylenol é um dos remédios mais populares do mundo. É um analgésico que muita gente costuma ter em casa, para tomar quando surge alguma dor.

A questão é que ninguém sabe ao certo como ele funciona. Há algumas hipóteses: de que ele bloqueie uma enzima que faz o corpo sentir dor; que ele trabalhe no sistema endocanabinoide (tendo um efeito parecido ao THC da maconha); pode ser que ele afete o neurotransmissor serotonina, inibindo a dor.

Pode ser que o Tylenol funcione de alguma dessas formas, ou mesmo por nenhuma delas.

3. Lítio

(Fonte: Unsplash)(Fonte: Unsplash)

O lítio é um remédio que costuma ser usado para depressão e transtorno bipolar. Ele é amplamente recomendado pelos médicos nessas situações graves pois pode diminuir o risco de suicídio em pacientes que estão cogitando fazer isto.

A medicina sabe que a atuação do lítio é no sistema nervoso central, mas não entende exatamente como isso acontece. Pode ser que reforce as conexões do cérebro na regulação do humor, ou então suavize as mudanças de humor fazendo que o sistema nervoso se estabilize.

4. Paroxetina

(Fonte: Unsplash)(Fonte: Unsplash)

A paroxetina ou cloridrato de paroxetina é um antidepressivo que atua nos inibidores seletivos da recaptação da serotonina no corpo. Os médicos o prescrevem para outros distúrbios além da depressão, como transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), ataques de pânico e estresse pós-traumático. Além disso, ele também é recomendado para a ejaculação precoce.

O remédio é considerado muito eficaz, mas não se sabe direito o porquê. A hipótese mais provável é que a paroxetina aumente o nível de serotonina no cérebro. Mas isso acontece por conta do aminoácido triptofano, que estimula a produção de serotonina.

Acontece que o próprio mecanismo da geração de serotonina ainda não é bem explicado - e é por isso que os pesquisadores ainda não entendem bem como a paroxetina funciona.

5. Aspirina

(Fonte: Unsplash)(Fonte: Unsplash)

Aqui estamos diante provavelmente do fármaco mais popular do mundo. A aspirina foi usada de forma quase exclusiva para a dor até os anos 1960, quando outros analgésicos surgiram. A partir daí, os cientistas começaram a investigar outras funções dela.

Descobriu-se que a aspirina é um anticoagulante eficaz que reduz riscos de ataques cardíacos e derrames, e médicos passaram a recomendá-la de forma regular, em pequenas doses, aos pacientes.

Recentemente, pesquisadores da Suécia sugeriram outro benefício da aspirina. Analisando os dados de 80 mil pacientes com câncer, eles descobriram que os pacientes com câncer de cólon ou pulmão que tomavam doses regulares de aspirina tendiam a ter menos avanços no tumor, o que favorecia o tratamento oncológico.

Agora os cientistas seguem estudando e há uma expectativa de que a aspirina talvez possa ter alguma contribuição positiva aos doentes com câncer. A hipótese até agora é que as propriedade anti-inflamatórias da aspirina retardem os efeitos do câncer no DNA.

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