Ciência
09/10/2021 às 12:00•3 min de leitura
Muitas pessoas se sentem bem, mais dispostas e com mais energia nos dias ensolarados. Em alguns casos, a relação entre o sol e a felicidade é tão evidente que até falamos em "personalidade ensolarada".
(Fonte: Samuel Theo Manat Silitonga/ Pexels/ Reprodução)
Mas será mesmo que o sol tem capacidade de induzir alguém ao bom estado de humor? E, se isso for verdade, quais são os elementos envolvidos nisso? Bom, a Ciência explica!
O sol é considerado uma das melhores fontes naturais de vitamina D, que é de graça porque o Brasil tem de sobra durante a maior parte do ano. Sendo assim, se expor a luz solar de forma segura é fundamental para que o nosso organismo receba regularmente a quantidade necessária desse composto.
(Fonte: C. Cagnin / Pexels/ Reprodução)
Nesse caso, a saúde dos ossos é a maior beneficiada. Todavia, é crescente a quantidade de estudos que relacionam a vitamina D a várias outras funções no organismo, inclusive a considerando essencial para isso. Por exemplo, uma das linhas mais estudadas é o efeito dela sobre o nosso humor.
A serotonina é um neurotransmissor que atua em várias áreas do corpo, como no sistema nervoso, auxiliando na regulação de funções como temperatura corporal, ansiedade, emoções, apetite e ritmo cardíaco. Apesar de ter muitas atribuições, esse hormônio é popularmente conhecido como "hormônio da felicidade", devido à sua íntima relação com o nosso humor.
(Fonte: Julia Avamotive/ Pexels/ Reprodução)
O fato é que as flutuações desse composto químico podem tornar uma pessoa mais feliz ou mais deprimida, dependendo dos seus níveis no organismo. E, novamente, "entra em cena" a vitamina D, visto que ela ajuda a aumentar os níveis de serotonina no corpo. Lembrando que o sol é o grande responsável por distribuir doses dessa vitamina. Calma, que ainda tem mais!
A glândula pineal, situada em nosso cérebro, tem a importante função de produzir melatonina. Esse hormônio tem uma forte relação com nosso estado de humor, incluindo até mesmo distúrbios complexos, como o transtorno afetivo sazonal.
Desenho de um cérebro humano mostrando a glândula pineal atrás do hipotálamo.
Também conhecida como depressão sazonal, essa condição ocorre principalmente durante o inverno, época do ano em que a incidência de raios solares diminui. Entre os sintomas estão o aumento do apetite, problemas de concentração, sono excessivo e, claro, tristeza.
A luz solar também participa do processo de liberação da melatonina, isso porque estimula o organismo a produzi-la apenas à noite. Mas não somente isso: o sol ajuda a transformar melatonina em serotonina que, como apontamos, é o hormônio responsável pela sensação de felicidade e bem-estar.
Vale ressaltar que a melatonina influencia o nosso ritmo circadiano, que consiste no ciclo de sono-vigília. Lembrando que é, por meio desse mecanismo, que os principais processos fisiológicos do corpo funcionam: hora de acordar, estar alerta, sentir fome, ter sono e assim por diante. Tudo isso também tem a ver com a nossa felicidade, afinal, se estamos dormindo bem, tendemos a ser mais felizes.
Não podemos esquecer dos impactos da amígdala, conhecida por ser a parte emocional do nosso cérebro, que é bem mais reativa após uma noite de sono ruim. Então, é bem provável que você fique de mau humor após uma noite maldormida. Por outro lado, quem toma sol regularmente tem um ciclo de sono bem melhor, o que inclui menor dificuldade de adormecer e menos chances de episódios de insônia.
O sol, de fato, nos deixa mais felizes, e quem diz isso é a Ciência. No entanto, nunca deixe de lado os cuidados básicos de proteção à pele, tais como usar filtro solar e evitar ficar exposto aos raios solares das 10h às 16h. No mais, é só curtir seus 15 ou 20 minutos diários aproveitando a luz solar, afinal, é da felicidade que estamos falando!