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Se a seleção do Catar não bate um bolão, pode deixar que os xeiques do país fazem isso fora do campo – e dentro dos bancos

No &uacute;ltimo m&ecirc;s, o Catar tem roubado os holofotes de todo o planeta, e n&atilde;o apenas por ser sede do campeonato de futebol mais famoso do mundo. O pa&iacute;s &aacute;rabe vem chamando a aten&ccedil;&atilde;o por seu estilo de vida luxuoso, bem como os t&atilde;o cobi&ccedil;ados xeiques que vivem por l&aacute;.
Segundo uma lista elaborada pela Global Finance com base no PIB, o Catar &eacute; o quarto pa&iacute;s mais rico do mundo, com US$ 112.789 per capita, atr&aacute;s apenas de Luxemburgo, Cingapura e Irlanda. Mas, afinal, qual &eacute; a fonte do dinheiro inesgot&aacute;vel dos &aacute;rabes rica&ccedil;os que adoram ostentar? Aproveite que as oitavas de final da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123606-a-evolucao-dos-mascotes-da-copa-do-mundo-da-fifa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Copa do Mundo</a> ainda n&atilde;o come&ccedil;aram e venha entender sem perder nenhum lance dentro do campo!&nbsp;
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123554-quais-sao-as-diferencas-entre-sultao-emir-e-xeique.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quais s&atilde;o as diferen&ccedil;as entre sult&atilde;o, emir e xeique?</a>
<h2>A sorte do petr&oacute;leo&nbsp;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/30/30161743596549.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
N&atilde;o &eacute; novidade para ningu&eacute;m que o Oriente M&eacute;dio tem uma baita sorte quando o assunto &eacute; o petr&oacute;leo. Isso porque, por l&aacute;, duas placas tect&ocirc;nicas est&atilde;o em choque constante. O atrito provoca a forma&ccedil;&atilde;o de v&atilde;os nas camadas geol&oacute;gicas, abrindo espa&ccedil;o para o ac&uacute;mulo do &oacute;leo. Al&eacute;m disso, uma quantidade enorme de sedimentos produzidos por eros&atilde;o se acumulou na regi&atilde;o, soterrando uma grande parcela de material org&acirc;nico que, decomposto, se tornou petr&oacute;leo.
Achou que era "s&oacute;" isso? Pois tem mais! A regi&atilde;o toda &eacute; rica em sal, que formando uma capa protetora na superf&iacute;cie do solo, impedindo a &aacute;gua de entrar por ele e contaminar o &oacute;leo. &Ocirc; sorte!&nbsp;
Entre os pa&iacute;ses do Oriente M&eacute;dio, os maiores produtores do combust&iacute;vel f&oacute;ssil s&atilde;o Ar&aacute;bia Saudita, Ir&atilde;, Iraque, Kuwait, Emirados &Aacute;rabes, Bahrain e, claro, o Catar! Segundo relat&oacute;rio do Banco Mundial, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123542-copa-do-mundo-2022-catar-acumula-polemicas-com-imigrantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pa&iacute;s sede da Copa do Mundo 2022</a> tamb&eacute;m possui as maiores reservas do mundo de g&aacute;s natural. Al&eacute;m de tudo isso, o Catar tem mais um grande benef&iacute;cio: sua popula&ccedil;&atilde;o &eacute; inversamente proporcional ao tamanho das suas reservas de riquezas &ndash; cerca de 2,8 milh&otilde;es de pessoas. &Eacute; a receita exata para o sucesso, n&atilde;o?
<h2 style="text-align: justify;">O luxuoso estilo de vida dos xeiques</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Freepik&nbsp;" data-fonte-url="https://br.freepik.com/fotos-gratis/homem-arabe-com-roupa-tradicional-mostrando-dinheiro-olhando-para-o-lado-e-sorrindo-confiante-mostrando-os-polegares-em-pe-sobre-a-parede-azul_12114719.htm"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/30/30061042679000.jpg" alt="(Fonte: Freepik)" />(Fonte: Freepik)
Antes de falarmos sobre a vida incrivelmente boa dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123629-todos-os-homens-que-usam-ghutra-sao-xeiques.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">xeiques &aacute;rabes</a>, vale uma explica&ccedil;&atilde;o r&aacute;pida do significado do termo. Segundo o Collins Dictionary, "o uso da express&atilde;o &eacute; aplicado para denominar o chefe de uma fam&iacute;lia &aacute;rabe, de um cl&atilde; ou de uma tribo".
Tamb&eacute;m &eacute; considerada xeique a pessoa que conclui os estudos isl&acirc;micos, especializando-se nos ensinamentos da religi&atilde;o Isl&atilde;, o Islamismo. Entretanto, o termo pode ser usado do mesmo modo quando o indiv&iacute;duo possui grande status social, tem muito dinheiro no bolso e &eacute; popular no grupo em que faz parte.&nbsp;
Para estes &uacute;ltimos, a riqueza n&atilde;o precisa ser apenas dinheiro. &Eacute; mais do que normal, por exemplo, esses milion&aacute;rios possu&iacute;rem tigres, le&otilde;es e outros animais ex&oacute;ticos como "bichinhos" de estima&ccedil;&atilde;o. As extravag&acirc;ncias tamb&eacute;m envolvem gastos com in&uacute;meros iates, companhias a&eacute;reas exclusivas, casamentos car&iacute;ssimos e luxuosos, e at&eacute; compras de importantes times de futebol, como o clube ingl&ecirc;s Manchester City, cujo o dono &eacute; o Xeique Mansour bin Zayed Al Nahyan.&nbsp;
<h2>A fam&iacute;lia mais rica do Catar &ndash; e uma das mais ricas do mundo</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="GTRES/Reprodu&ccedil;&atilde;o" data-fonte-url="http://images.gtresnews.com/en/asset/id/8104731/u511144/fromSearch/1/initiatorAction/fullTextSearch/mosaicCount/162/thumbIndex/21"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/30/30075911566000.jpeg" alt="(Fonte: GTRES/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: GTRES/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Se voc&ecirc; achava que n&atilde;o existia fam&iacute;lia mais poderosa que a da realeza brit&acirc;nica, conhe&ccedil;a os Al Thani! A dinastia &eacute; a terceira mais rica do mundo e det&eacute;m investimentos em propriedades por todo o planeta, incluindo o arranha-c&eacute;u Shard,&nbsp;localizado em Londres, a loja brit&acirc;nica Harrods&nbsp;&ndash; uma das mais famosas lojas de departamentos do mundo &ndash;, e at&eacute; o Empire State Building, em Nova York.&nbsp;
A realeza, chefiada pelo Xeique Tamin bin Hamad Al Thani &ndash; que sozinho vale US$ 2 bilh&otilde;es &ndash; tamb&eacute;m possui investimentos no Barclays Bank, na British Airways e na montadora Volkswagen. Tudo isso faz a fam&iacute;lia, com cerca de 8 mil membros, acumular a bagatela de US$ 335 bilh&otilde;es. Mas, pelo visto, briga por dinheiro e heran&ccedil;a ser&aacute; o &uacute;ltimo dos problemas.

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Por que (e como) os xeiques árabes são tão ricos?

Imagem de Por que o Paraguai é tão popular para compras? no megacurioso

Entenda porque tantos brasileiros se deslocam até o país vizinho para tentar obter descontos em uma enorme variedade de itens

<head></head><body>A maioria de nós conhece alguém que adora viajar ao Paraguai para ir às compras, mesmo que a situação econômica do país vizinho seja pior do que a do Brasil. Normalmente, turistas que vão até <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110757-maiores-cataratas-que-ja-existiram-na-terra-hoje-estao-completamente-secas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Foz do Iguaçu</a> tendem a cruzar a fronteira para garantir preços melhores em eletrônicos, bebidas ou seja lá o que for.Porém, será que realmente vale a pena ir até outro país para tentar garantir um desconto? O Paraguai é melhor que o Brasil em termos de comércio? Segundo especialistas, os preços podem chegar a ser 50% menores do que os praticados em nosso país e essa não é a única vantagem. Entenda!<h2>Dinâmica de preços</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/25/25171943357300.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Quando o assunto é mercadoria paraguaia, muitas pessoas tendem a acreditar que a relação dos preços mais baratos significa produtos falsificados ou de segunda linha. A verdade, porém, não é bem essa. Em geral, a logística e a distribuição desses itens é o que mais influencia na composição dos preços.Uma vez que um produto percorre um longo caminho até chegar à loja onde você o adquiriu, cada etapa adicional faz com que ele se torne mais caro. Como o Brasil possui um território muito mais extenso do que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122150-batalha-de-campo-grande-o-dia-em-que-criancas-viraram-soldados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Paraguai</a>, os preços só tendem a aumentar com a passagem em portos, aeroportos e rodovias.No território vizinho, o caminho é consideravelmente mais curto, o que faz com que o valor final para o consumidor seja mais agradável do que em outros mercados. Além disso, a dimensão do Paraguai facilita e agiliza a entrega dos produtos para os lojistas. Por fim, os impostos praticados sobre esses itens também é menor do que aqui, onde a legislação exige a tradução das informações contidas nas embalagens e manuais.&nbsp;<h2>Tributação de produtos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/25/25171945405301.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Ao contrário do que acontece no Brasil, o Paraguai adota uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122256-como-e-calculado-o-preco-da-gasolina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tributação</a> única todas as coisas, chamada de Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Entretanto, esse imposto não é cobrado de visitantes estrangeiros — tornando as compras em território paraguaio muito mais agradável para brasileiros.Quando vamos até lá adquirir produtos, temos isenção de 10% sobre o valor final. O mesmo não acontece aqui quando compramos algo que foi importado. Devido aos diversos impostos aplicados no nosso país, podemos chegar a pagar 70% a mais do que o valor original de um item quando compramos nas lojas mais perto de nossas casas.Porém, é preciso ressaltar que tudo tem um limite. Assim como acontece em outros países, nós podemos comprar um máximo de US$ 500 isentos de taxas no Paraguai — limitação com validade de 30 dias. Ou seja, se você extrapolou esse limite, só poderá comprar naquela região sem limitações após um mês.Portanto, realmente vale a pena ir até o Paraguai? Como vários itens em território paraguaio são comprados baseado na moeda norte-americana, os preços eram mais atraentes quando a disparidade entre Real e Dólar era menor. De qualquer forma, se você mora numa região próxima ao país vizinho ou estará lá para turistas, a ida ao mercado pode continuar sendo benéfica para poupar um dinheiro.&nbsp;</body>

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Por que o Paraguai é tão popular para compras?

Imagem de Como a música de Britney Spears ajuda a combater a pirataria na Somália no megacurioso

O método – incrivelmente eficaz – foi uma alternativa desesperada da Marinha Britânica em combater um problema que destruiu o país

<head></head><body>Assim como no Brasil, que tem suas raízes fundas e envolvem juízo de valores e questões socioeconômicas, a<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123101-por-que-a-pirataria-no-brasil-e-social-e-moralmente-aceita.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;pirataria</a> é uma verdadeira epidemia pelo mundo. Uma pesquisa levantada pelo Global Innovation Policy Center, em 2019, apontou que o dinheiro perdido por esse tipo de atividade ilegal chega a cerca de US$ 29 bilhões por ano.Em lugares como a Somália, onde a maioria dos habitantes são muçulmanos sunitas, o início da pirataria na costa mais longa da África começou com a Guerra Civil da Somália, na década de 1990, motivada pela adversidade de um país afundado em pobreza aguda, conflito e instabilidade política. Uma vez que os somalis nunca exploraram o potencial de seus mares, por várias razões, a pirataria se tornou uma prática de sobrevivência até que os recursos se esgotassem da região, deixando as águas poluídas com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118522-pe-de-elefante-a-massa-radioativa-que-se-formou-em-chernobyl.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">resíduos nucleares</a> e tóxicos.O prejuízo obrigou os somalis a testarem novas formas de ganhar dinheiro para sustentar seus meios de subsistência. Unindo-se à milícia e à juventude desempregada, eles começaram a sequestrar embarcações e exigir resgate, dando, de fato, início ao movimento de pirataria na Somália. Entre uma das soluções que as autoridades encontraram foi colocar músicas da Britney Spears para afastá-los.<h2>Afastando pelo ódio</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/18/18170510561465.jpg" alt="(Fonte: Defence Imagery/Flickr)">(Fonte: Defence Imagery/Flickr)Em 2012, o relatório anual da Oceans Beyond Piracy acerca dos custos econômicos da pirataria somali, estimou o prejuízo em até US$ 6,1 bilhões globalmente só naquele ano. Um dos métodos encontrados para enfrentar esse verdadeiro flagelo oceânico inclui a presença naval estável fornecida pelas forças da coalização, assim como o aumento da presença de guardas armados.No entanto, a Marinha Britânica revelou que outra técnica surpreendentemente incomum – e muito eficaz – é tocar os maiores hits da cantora Britney Spears, considerada a princesa da música Pop.“Suas canções foram escolhidas por membros da equipe de segurança porque acharam que os piratas as odiariam mais”, revelou a segundo oficial Rachel Owens, da marinha mercante, a uma matéria da Metro.<span class="img-fc" data-fonte="Christopher Polk/Getty Images" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/entertainer-britney-spears-speaks-onstage-during-the-foto-jornalistica/181510778"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/18/18170627542468.jpg" alt="(Fonte: Christopher Polk/Getty Images)">(Fonte: Christopher Polk/Getty Images)Os hits Oops! I Did it Again e Baby One More Time provaram ser os mais eficazes para coibir ataques dos bandidos e impedir o sequestro, isso porque as duas músicas são consideradas a síntese da cultura ocidental – tudo o que os muçulmanos detestam.Só em 2011 aconteceu 176 ataques a navios por gangues de bandidos no Chifre da África, resultando em milhões de libras perdidas. Por esse motivo, a região foi reforçada com mais de 1.500 marinheiros em 14 navios de guerra, operando patrulhas ininterruptas – mas ainda não foi o suficiente.<h2>Raízes do problema</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/18/18170728396471.jpg" alt="(Fonte: Mohamed Dahir/AFP/Getty Images)">(Fonte: Mohamed Dahir/AFP/Getty Images)Os alto-falantes desses navios foram voltados para o mar na esperança de perturbar e dispersar os piratas, fazendo a tática de tocar as músicas da Britney tão eficaz que a segurança do navio raramente precisa recorrer às armas de fogo.&nbsp;“Os piratas farão de tudo para evitar ou tentar superar a música”, disse Steven Jones, da Associação de Segurança para a Indústria Marítima.Muito embora direcionar essas explosões de música para os navios que se aproximam possa ser considerado violento de uma maneira diferente, é uma fonte de proteção contra o sofisticado empreendimento comercial somali, que recorre à tecnologia moderna e dispositivos de posicionamento global para rastrear suas presas.A pirataria no Índico acabou se consolidando muito também, porque companhias de navegação chegaram a assinar contratos com gangues criminosas e piratas para evitar serem perseguidas, acabando por consolidar as raízes do problema.<h2>O flagelo da Somália</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/18/18171033278478.jpg" alt="(Fonte: Randa Ghazy/Save the Children/Reprodução)">(Fonte: Randa Ghazy/Save the Children/Reprodução)Em 2008, os mares da África Oriental se tornaram os mais perigosos de todos os tempos, com pescadores capturando mais de 50 enormes embarcações no Golfo de Aden, uma via essencial entre a Europa e a Ásia para a economia global.Desde a Operação Atalanta, que aconteceu em 8 de dezembro daquele ano, e foi uma operação militar massiva de combate à pirataria no mar ao longo do Chifre da África e no Oceano Índico Ocidental – conduzida pela União Europeia –, os ataques diminuíram bastante, mas ainda são preocupantes devido ao tipo de recurso que a Marinha Britânica, por exemplo, precisa usar para manter a ameaça longe. Agora, aparentemente, o problema apenas mudou de região, crescendo no Golfo da Guiné, visto que o número de embarcações estrangeiras também aumentou.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/18/18171218956483.jpg" alt="(Fonte: AMISOM Public Information/Flickr)">(Fonte: AMISOM Public Information/Flickr)Em meio ao caos assustador que é o problema na Somália, essas medidas são consideradas apenas paliativas. Ainda que as superpotências internacionais tenham dado as mãos para acabar com a pirataria, as águas territoriais são muito grandes para serem policiadas, fazendo disso um indicador das limitações das máquinas de guerra convencionais contra as ameaças deste século. Além disso, é quase impossível competir com o poder de investimento dos piratas aliados às instituições mais influentes do país.Há duas décadas que a Somália tem um governo descentralizado e sem efetividade, focando suas únicas forças para lutar contra a insurgência para proteger a capital nas guerras internas. Portanto, seu olhar para a população foi totalmente esquecido, dando oportunidade para os piratas se aproveitarem e oferecerem um vislumbre de esperança aos jovens desempregados, pagando para alimentarem a máquina da pirataria, fazendo o mercado crescer drasticamente.Apesar de a extensão e dificuldade do problema, a comunidade internacional é a única capaz de ajudar a Somália, sustentando o peso de uma responsabilidade moral para uma solução duradoura.</body>

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Como a música de Britney Spears ajuda a combater a pirataria na Somália

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Corrupção é um dos maiores problemas da indústria da arte

<head></head><body>Em 15 de novembro de 2017, um leilão da Christie’s – a empresa de arte mais importante do mundo – vendeu a pintura Salvator Mundi,&nbsp;confeccionada por Leonardo da Vinci, por US$ 450,3 milhões, para Mohammad bin Salman, atual ministro da defesa da Arábia Saudita, em nome do Departamento de Cultura e Turismo de Abu Dhabi.Com isso, a tela de 1500, a última pintura feita por Da Vinci, e que carrega a imagem de <a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/99352-o-que-sabemos-sobre-a-existencia-de-jesus-cristo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jesus Cristo</a>, se tornou a obra de arte mais cara da História até o momento. Desprezando o peso histórico da peça, a quantia reacendeu a recorrente e controversa pergunta: por que obras de arte são tão caras?<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Ilya S. Savenok/Getty Images&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/christies-unveils-leonardo-da-vincis-salvator-mundi-foto-jornalistica/859765196"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/21/21155604051415.jpg" alt="(Fonte: Ilya S. Savenok/Getty Images)">(Fonte: Ilya S. Savenok/Getty Images)A maneira como a arte é enxergada e sua valorização é um debate espinhento, por vezes associado a caprichos e alavancas do capitalismo – o que, por vezes, acaba desvalorizando o próprio artista.&nbsp;Para boa parcela da sociedade, é absurdo pagar milhões por um objeto que vai ficar pendurado em uma parede ou exposto sobre uma mesa, sobretudo quando essa quantia de dinheiro é colocada em contraste com os níveis de disparidade social.<h2>A arte é para poucos?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/17/17084034752249.jpeg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Se você acha que a arte pertence a um pequeno grupo de ultra-ricos e constitui um status de poder, ou que sua supervalorização também está associada a manobras criminosas que acontecem por trás do mercado da arte, fique sabendo que essas ideias não estão totalmente erradas.O século XIX marcou o período em que os artistas começaram a se afastar do estilo realista de pintura – devido à ascensão da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123267-tangentes-o-conceito-do-design-que-explica-seus-memes-preferidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fotografia</a> –, uma vez que não havia mais a necessidade de que fosse criado imagens hiper-realistas, por isso telas antigas parecem justificar o alto preço e se tornam mais fáceis para as pessoas entenderem o motivo de serem tão caras.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/17/17084140569251.jpg" alt="(Fonte: Factum Arte/Reprodução)">(Fonte: Factum Arte/Reprodução)O conceito abstrato muito pregado pela contemporaneidade tende a afastar as pessoas da arte porque parece feito para alguém com um QI elevado ou de muito conhecimento artístico. No entanto, a típica ideia de que se uma obra de arte precisa de algum tipo de explicação, ela falhou em sua missão, prevalece. Ainda assim, existe a possibilidade que você consiga entender a mensagem, mas que ela pareça irrelevante.Portanto, a arte permanece um processo muito subjetivo e pessoal. Ela afeta seus espectadores de maneiras diferentes e caminha em um eixo de ideia muito tênue de expressão, refazendo o mesmo caminho que outros tipos de expressão artística, principalmente por, na maioria das vezes, não acabar fornecendo um elemento estético muito forte que chame atenção de uma pessoa.<h2>O problema da indústria</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;International Monetary Fund&nbsp;" data-fonte-url="https://www.imf.org/en/Publications/fandd/issues/2019/09/the-art-of-money-laundering-and-washing-illicit-cash-mashberg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/17/17084310686253.jpg" alt="(Fonte: International Monetary Fund/Reprodução)">(Fonte: International Monetary Fund/Reprodução)O que faz uma peça de arte ser cara é sua autenticidade e exclusividade – em qualquer nível –, pois a escassez gera valor, sobretudo quando o seu autor, como fonte última e direta de escassez, está morto. As pinturas de Da Vinci, por exemplo, se tornaram as mais caras do mundo porque ele confeccionou apenas 24 em vida, das quais apenas 20 são conhecidas.Um problema do mercado da arte que eleva seus preços é a enorme quantidade fluindo para meios de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123301-copa-do-mundo-2022-conheca-as-inusitadas-regras-para-turistas-no-qatar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lavagem de dinheiro</a>, embora isso pareça <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122661-5-teorias-da-conspiracao-esdruxulas-com-base-cientifica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">teoria da conspiração</a>. Recentemente, agentes federais derrubaram um antro de drogas na Filadélfia, Estados Unidos, e encontraram um acervo de obras de artes com peças que iam de Renoir a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117643-necrofilia-estupro-e-violencia-o-lado-sombrio-de-salvador-dali.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dalí</a>.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/17/17084403836254.jpg" alt="(Fonte: Max Loeffler/The New York Times/Reprodução)">(Fonte: Max Loeffler/The New York Times/Reprodução)Esta é uma consequência direta da falha na identificação dos compradores e vendedores das peças, beneficiando os criminosos que procuram esconder seus ganhos ilícitos. Enquanto isso, o outro problema que complementa esse lado da moeda do mercado de arte – e que perturba os profissionais sérios e atrasa seu trabalho –, está no uso das peças como investimento.Muitos magnatas adquiriram obras milionárias não por apreciação, tampouco para as pendurar em casa, mas sim para estocá-las em depósitos, esperando o melhor momento para vendê-las. O Porto Livre de Genebra, na Suíça, um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121707-bunkers-apocalipticos-o-negocio-que-fatura-milhoes-por-ano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bunker</a> usado por milionários, guarda uma infinidade de obras que poderiam estar em museus.É por movimentos como esse que as enormes somas pagas pelas obras raramente chegam ao artista, fazendo do mercado da arte mais sujo e obscuro do que já é.</body>

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Por que obras de arte são tão caras?

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O 'capitalismo verde', usado por empresas como a Apple, não é uma forma de ajudar o planeta e a economia

<head></head><body>Nos anos 2000, o biólogo Eugene Stormer e o químico Paul Crutzen cunharam a palavra “antropoceno” para se referir ao período da Grande Aceleração, a época no qual a taxa de impacto da atividade do homem sobre a geologia e os ecossistemas da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123396-como-o-mito-da-terra-plana-dura-desde-a-idade-media-ate-hoje.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Terra</a> começaram a aumentar significativamente, por volta da década de 1950.“Depois de 1950, você pode perceber que grandes mudanças no Sistema Terrestre se tornaram diretamente associadas às mudanças no sistema econômico global”, disse o professor Will Steffen, pesquisador da Universidade Nacional Australiana.Existe também a teoria popular de que o progresso da vida do homem começou a impactar diretamente no meio ambiente com o início da<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123379-shein-como-a-moda-fast-fashion-fatura-as-custas-do-trabalho-escravo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;Revolução Industrial de 1800</a>, com a atividade humana causando um grande impacto sobre o carbono e o metano na atmosfera do planeta. Por outro lado, há quem aposte que o início do Antropoceno deve ser a partir de 1945, com a atuação desenfreada dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122615-por-que-hiroshima-e-nagasaki-foram-alvo-de-bombas-atomicas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dispositivos atômicos</a> e testes químicos e biológicos em larga escala.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/07/07225324434009.jpg" alt="(Fonte: 89 Iniative/Reprodução)">(Fonte: 89 Iniative/Reprodução)Seja como for, foi apenas no início de 1970 que as nações passaram a se preocupar de maneira mais ativa com o papel do homem na deterioração do meio ambiente, enfrentando os negacionistas que não acreditam que as ondas de calor, incêndios florestais, secas e inundações que devastam comunidades pelo mundo têm alguma relação com a sombra do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122876-como-o-aquecimento-global-afeta-a-gravidade-da-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aquecimento global</a>.Governos, organizações internacionais e até mesmo gigantes do negócio que movimentam a economia mundial estão se curvando para a denominada "indústria verde" – ou assim parece –, cujo objetivo é apenas conceber estratégias de hedge sofisticadas para compensar o desastre climático sem afetar os processos de industrialização e, consequentemente, a máquina do capitalismo.Dessa forma, como iniciativa do setor privado, assim surgiu o capitalismo verde, mais conhecido como&nbsp;ecocapitalismo que, no entanto, especialistas consideram ser apenas mais um truque – principalmente midiático –, para evitar um acerto de contas real.<h2>Um esquema inteligente</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/07/07225901817011.jpg" alt="(Fonte: Science Nordic/Reprodução)">(Fonte: Science Nordic/Reprodução)Em linhas gerais, o ecocapitalismo diz que é possível usar as alavancas econômicas do mercado para consertar o meio ambiente quebrado. Em um mundo tecnológico e, sobretudo, mais conscientizado, onde as pessoas exigem cada vez mais clareza dos impactos do homem no planeta –, a ideia se tornou uma avalanche cultural, inserindo produtos ecologicamente corretos e usando de marketing para isso.Desde o despertar do homem na década de 1960 para os impactos ambientais, o discurso do capitalismo verde só se tornou cada vez mais difundido, com pessoas como o ex-senador dos EUA, John McCain, arrastando até um partido de céticos do aquecimento global para empregos de colarinho verde na eleição presidencial americana de 2008.Os defensores dessa forma de sustentabilidade, sem “ferrar” com a economia, argumentam que, uma vez que combustíveis fosseis e a maioria dos demais recursos naturais são limitados e minguantes no planeta, a economia inevitavelmente enfrentará escassez em certo ponto.&nbsp;Portanto, o lado positivo do capitalismo verde de usar menos recursos – energia, matérias-primas, água –, preservaria a Terra e também seria bom para os lucros. Afinal, quanto menos uma empresa gasta em insumos e quanto mais eficiente for sua linha de operação, maiores serão suas margens. Ou seja, ser ecologicamente prudente é uma maneira infalível de aumentar os resultados, fora que fica bem na frente mundial, sobretudo para derrotar concorrentes menos verdes.<h2>Uma verdade pouco verde</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/07/07230001772012.jpg" alt="(Fonte: Conserve Energy Future/Reprodução)">(Fonte: Conserve Energy Future/Reprodução)É provável que esteja se perguntando onde está o problema nisso tudo, certo? Afinal, de acordo com um levantamento do relatório da Global Sustainable Investment Alliance, os ativos de investimento sustentável cresceram globalmente para US$ 35,3 trilhões no ano passado, como reflexo no aumento de preocupação com desigualdades sociais e mudanças climáticas.Contudo, maior parte desse dinheiro, cerca de US$ 25 trilhões, está na estratégia chamada Integração ESG, cuja sigla se refere à Environmental, Social and Governance. Isso significa que os gestores estão incluindo esses dados em seus modelos financeiros, transmitindo a ideia de que os "chefões da economia" estão investindo em fazer o bem ao ter uma mente mais consciente.Mas, aparentemente, essas propostas, vendidas como ferramentas de urgência para reduzir emissões ou reverter a perda do ecossistema, não entregam nenhum dos dois. Em artigo ao The Guardian, Adrienne Buller, pesquisadora sênior da Common Wealth, especializada em finanças e crise climática, relatou que a motivação do investimento ESG não é alcançar os resultados positivos do mundo real, mas minimizar a exposição aos riscos – sejam regulamentações climáticas ou disputas trabalhistas – que podem prejudicar os retornos financeiros de grandes empresas, como Apple e Amazon, que detêm o principal fundo ESG do Vanguard.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/07/07230126555013.jpeg" alt="(Fonte: Berkley Political Review/Reprodução)">(Fonte: Berkley Political Review/Reprodução)O Vanguard é um fundo mútuo de índice ou ETF (fundo negociado em bolsa) que rastreia o desempenho de um benchmark de mercado específico, considerado o com menor despesa no setor, permitindo que os investidores economizem dinheiro em taxas e ajudem seus retornos a longo prazo.Atualmente, mais de 40% do fundo Vanguard é reservado para tecnologia e finanças, o que significa que, ainda que muitos possam esperar que um grande fundo ESG invista na transição urgente para energia renovável, seu espaço é de menos de 1% na conta final. Sendo assim, a pressão de ser ecologicamente correto o mais rápido o possível mostra que grande parte da indústria não está interessada em financiar diretamente um futuro sustentável, mas em garantir que sua agenda esteja alinhada com um.Por esse ângulo, fica claro que o ESG funciona mais como um meio de apostar na probabilidade de um futuro mais verde em vez de ajudar a construí-lo. Enquanto isso, o ecocapitalismo continua sendo vendido como ações imediatas, quando, na verdade, configuram apenas um futuro que pode chegar quando já for tarde demais.</body>

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Por que o ecocapitalismo é uma farsa?

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Entenda é o papel dos Ministérios e das Secretarias de Estado na condução do governo

<head></head><body>Dentro do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123022-7-sistemas-de-governos-nao-ditatoriais-que-existem-pelo-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poder</a> executivo brasileiro, exercido pela figura do presidente da República, os ministérios são organismos que auxiliam o presidente na condução do país. Os ministros, inclusive, são nomeados por ele, se tratando de uma função de extrema importância que abarca grandes responsabilidades.O papel dos ministérios está previsto na Constituição Federal em seus artigos 76, 84, 87 e 88. Neste último, inclusive, versa que a criação e extinção de Ministérios deve atender ao que é disposto em Lei. A legislação também estipula que alguns requisitos são necessários para assumir o posto de ministro, como ter mais de 21 anos e estar no exercício pleno dos direitos políticos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/04/04184653146204.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)É o presidente, portanto, quem os coordena, cabendo aos ministros a supervisão dos órgãos da sua competência, além de atuar para a execução das leis e decretos promulgados. As Secretarias de Estado, por sua vez, exercem um papel semelhante. Nelas, o nome escolhido para representar também detém status de ministro.A disposição desses órgãos serve para oferecer indicativos de quais são as prioridades de um determinado <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123306-qual-e-o-papel-do-vice-presidente-da-republica-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">governo</a>, indo além de demonstrar como ele irá se estruturar. Atualmente, o Brasil conta com 23 ministérios, 2 secretarias e 3 órgãos com poder de ministério. O fato de boa parte deles ter sido criada para atender às aspirações e necessidades do povo brasileiro, no entanto, não torna tal motivação uma regra fixa e que sempre foi adotada.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/04/04184654974205.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Isso explica a configuração ter variado em função dos diferentes chefes de Estado que assumiram a presidência do Brasil no decorrer do tempo. Por exemplo, enquanto no governo de Dilma (PT) contou com 35 pastas, seu sucessor, Michel Temer (MDB), tinha 27 ministérios. Essa mudança pode ocasionar tanto a exclusão da pasta quanto a sua fusão com outra, como a ocorrida com o Ministério da Cultura, que foi convertido numa secretaria vinculada ao Ministério do Turismo.&nbsp;Ou seja, o enxugamento dos ministérios não representa, necessariamente, a redução do quadro de colaboradores que compõem um determinada entidade ou mesmo de seu orçamento, mas apenas a sua realocação a outro ministério ou secretaria.De caráter mais <a href="https://www.megacurioso.com.br/politica/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">político</a>, é comum que nomes mais alinhados ao governo sejam selecionados para assumir os ministérios e secretarias, no entanto, não há nenhum impedimento que escolhas de caráter mais técnico sejam a base para a nomeação dos postos. A Esplanada dos Ministérios, local de trabalho dessa equipe, está localizada no Eixo Monumental, em Brasília, e conta com uma estrutura de 17 edifícios, estando também relativamente próxima do Congresso Nacional.</body>

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Para que servem os Ministérios e qual é a importância deles?

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Vários dados mostram que o novo governo terá desafios muito difíceis para enfrentar nos próximos quatro anos

<head></head><body>No dia de 30 de outubro, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123311-a-longa-trajetoria-da-consolidacao-do-voto-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eleições brasileiras</a> confirmaram Luiz Inácio Lula da Silva como o próximo presidente da República. A partir do dia 1º de janeiro de 2023, Lula irá para o seu terceiro mandato à frente do mais alto posto do país. Mas qual é a situação que o espera? Neste texto, desdobramos alguns aspectos do cenário brasileiro que o novo governo recebe de herança.<h2 dir="ltr">A herança econômica</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/02/02224954127017.jpg" alt="(Fonte: Unisinos)">(Fonte: Unisinos)Lula e sua equipe recebem uma economia com leve melhora nos índices do PIB, inflação e <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123319-como-se-mede-o-desemprego-de-um-pais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">taxa de desemprego</a>, após anos com inflação, juros e desemprego atingindo os mais altos patamares.&nbsp;O PIB está em 2,76%, segundo o Boletim Focus do Banco Central, divulgado no dia 24 de outubro. Em 2023, há a projeção de aumento de apenas 0,63%, o que significa uma desaceleração da economia e uma margem pequena para pensar em novos investimentos.Outro aspecto relevante é que o país está com taxas de crescimento inferiores em relação às nações vizinhas. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122699-reduflacao-quando-o-produto-fica-mais-caro-sem-subir-de-preco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inflação</a> segue acima da meta e há o desafio de enfrentar a necessidade de criação de novos postos de trabalho em regime CLT.O novo governo também precisará tomar decisões sobre a questão de programas de renda como o Auxílio Brasil, que foram impulsionados na véspera das eleições, sem muita responsabilidade com os cofres públicos.A inflação cresceu muito entre 2020 e 2022, chegando a uma taxa de 12% em abril este ano - o índice mais alto desde outubro de 2003. Isso só começou a baixar em agosto, em parte pela queda no valor dos combustíveis, cujo preço havia escalado nos últimos anos.O Banco Central já admitiu que a meta de inflação para 2022 será descumprida pelo segundo ano consecutivo. Há 93% por chance de ficar acima da meta.&nbsp;<h2 tabindex="-1">Desemprego e pobreza</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Banco de Alimentos&nbsp;" data-fonte-url="https://bancodealimentos.org.br/wp-content/uploads/2022/06/Mais-de-33-milhoes-de-brasileiros-passam-fome-segundo-pesquisa.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/02/02230011053018.jpg" alt="(Fonte: Banco de Alimentos)">(Fonte: Banco de Alimentos)Provavelmente o maior desafio do presidente Lula será lidar com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121559-projeto-quer-diminuir-a-pobreza-da-maneira-mais-simples-distribuindo-renda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">combate à pobreza</a>. Atualmente, há cerca de 33 milhões de pessoas no Brasil passando fome, e caberá à equipe do governo pensar em soluções viáveis para isso.De acordo com alguns especialistas, isto deverá ser feito por programas de transferência de renda. Contudo, segundo o professor de economia Renan Pieri, o desafio será pensar em soluções para além disso. Será preciso "criar políticas públicas para além de transferência de renda, especialmente aquelas com foco em educação, para que as pessoas saiam da armadilha da pobreza estrutural, que passa pelas gerações e limita o potencial de ganho econômico das famílias", declarou ao portal UOL.&nbsp;A taxa de desemprego é outro problema gravíssimo que terá que ser enfrentado. A queda no desemprego no último ano tem a ver com o aumento de trabalhos sem <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119240-clt-ou-pj-quais-as-vantagens-e-desvantagens-de-cada-modelo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">carteira assinada</a>. Segundo o IBGE, 2021 registrou a maior taxa de falta de empregos no Brasil desde o começo da série histórica, em 2012: são 15% de pessoas sem ocupação formal.O plano de governo de Lula diz que irá propor, "a partir de um amplo debate e negociação, uma nova legislação trabalhista de extensa proteção social a todas as formas de ocupação, de emprego e de relação de trabalho", com especial atenção "aos autônomos, aos que trabalham por conta própria, trabalhadores e trabalhadoras domésticas, teletrabalho e trabalhadores em home office, mediados por aplicativos e plataformas".<h2>A volta ao mapa da fome</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;UOL&nbsp;" data-fonte-url="https://conteudo.imguol.com.br/c/entretenimento/17/2021/12/02/fome-na-infancia-criancas-segurando-prato-de-comida-vazio-desnutricao-subnutricao-1638470398291_v2_900x506.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/02/02230122073019.jpg" alt="(Fonte: UOL)">(Fonte: UOL)O Brasil, depois de muitos anos, retornou ao Mapa da Fome, segundo a Organização das Nações Unidas. Ainda que o país tenha uma fortíssima produção agrícola, não consegue garantir que a sua população não passe fome.Segundo levantamento do FGV Social, 36% dos brasileiros estavam em 2021 em situação de insegurança alimentar, significando que não tinham dinheiro para comer ou fornecer comida para sua família. É o maior índice desde 2006.Dentre estes 33 milhões de brasileiros com fome, há ainda um viés racial: 65% dos lares habitados por pessoas pretas ou pardas sofrem com a restrição de alimentos. A grande questão para o novo governo, segundo os especialistas, será pensar em soluções novas."O auxílio emergencial levou a pobreza ao menor nível da série histórica desde que elas são geradas no Brasil. Desigualdade menos, mas pobreza com certeza", explicou o economista Marcelo Neri, diretor do FGV Social.&nbsp;<h2>Desafios na educação</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/02/02224832633014.jpg" alt="(Fonte: BEI Educação)">(Fonte: BEI Educação)O país também enfrenta uma situação crítica na <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">educação</a>, agravada pela pandemia. Dados do Unicef mostram que 2 milhões de meninos e meninas entre 11 e 19 anos não haviam terminado a educação básica e deixaram a escola.O dado é assustador: 11% das crianças e adolescentes estão fora da escola no Brasil. O problema se agrava nas classes C e D, com percentual de 17%. A razão principal do abandono da escola é ter que se sustentar ou ajudar a família.Segundo os especialistas, este é um problema gravíssimo que precisará ser enfrentado de cara pelo governo Lula. "Você imaginar uma criança ou jovem com escolaridade baixa — abaixo da conclusão do ensino médio —, isso vai significar para a vida dela: subemprego, dificuldade para se inserir economicamente e ter a sua dignidade mais básica garantida — como alimentação, habitação — e também gera outros efeitos, como gravidez precoce. Para o país, o efeito é de atividade econômica reduzida, maior concentração de renda, taxas de violência maiores, democracia fragilizada, cidadania fragilizada", pontua Priscila Cruz, presidente do movimento Todos Pela Educação.</body>

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Qual é a situação do país que o presidente Lula irá herdar?

Imagem de Os esquemas de enriquecimento rápido mais bobos da história no megacurioso

Na história, muita gente pobre enriqueceu por sorte, mas muito rico se deu por erros idiotas

<head></head><body>Os antigos já ensinavam: dinheiro que vem fácil, vai fácil. Mas, ao longo da história, não foram poucas as pessoas que acreditaram que haveriam caminhos para enriquecer rapidamente. Algumas, inclusive, se deram bem. Neste texto, contamos dois casos de pessoas que enriqueceram por sorte ou trapaça, e uma história de um homem muito rico que tomou atitudes muito burras.<h2>1. A sorte de Timothy Dexter</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/31/31161251310271.jpg" alt="(Fonte: All That's Interesting)">(Fonte: All That's Interesting)Timothy Dexter foi um empresário de Massachusetts, que viveu entre 1747 e 1806. Mesmo tendo nascido em família pobre, ele foi bem-sucedido em vários aspectos.Para começar a sua ascensão à alta sociedade, ele casou com uma viúva rica, mais velha que ele, e que já tinha quatro filhos. Mas os "sangues azuis" de sua época não o viram com bons olhos e o tratavam como um interesseiro de pouca instrução.Mesmo assim, Timothy Dexter não desistiu de subir na sociedade. Ele resolveu gastar todas as suas economias para comprar a moeda continental, que não valia nada. Todo mundo o julgou como um idiota. Mas, logo em seguida, o governo pagou pelas suas moedas e ele teve vários ganhos inesperados, tornando-se rico.Com os lucros, Dexter abriu uma transportadora para fazer negócios com a Europa e as Índias Ocidentais. Ele comprou panelas de aquecimento para tentar vender para as pessoas aquecerem suas camas no inverno.Só que a ideia parecia não ser muito esperta, já que as Índias eram muito quentes. Contudo, Timothy Dexter mais uma vez teve sorte e vendeu as panelas como cadinhos de fundição para a indústria do melaço, e lucrou novamente.Por fim, ele enviou luvas de lã para as Índias Ocidentais. Mas ao invés de perder dinheiro, ele teve a sorte de que comerciantes asiáticos que estavam lá comprassem o produto para revendê-las na Sibéria.<h2>2. O erro crasso de Marco Licínio Crasso</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/31/31165244924309.jpg" alt="(Fonte: Vernici Firewall)">(Fonte: Vernici Firewall)Marco Licínio Crasso (115 – 53 a.C.) foi o homem mais rico de Roma no tempo em que viveu. Sua fortuna era de 200 milhões de sestércios - o que significava que, hoje, ele seria 34 vezes mais rico que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113706-elon-musk-teme-nao-estar-vivo-quando-a-humanidade-chegar-em-marte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Elon Musk,</a> cuja riqueza é avaliada em US$ 200 bilhões.Mas ser tão rico não o impediria de tomar uma decisão que destruiria a sua vida. Crasso era um aliado do ditador Sula, e enriqueceu ao comprar propriedades confiscadas dos inimigos do Estado. Após a morte de Sula, ele continuou a acumular fortuna.Os prédios de Roma eram propensos a incêndios, então, quando um queimava, Crasso corria para comprar a propriedade em chamas por um preço bem baixo. Depois que o acordo se concretizava, os bombeiros que trabalhavam para Crasso finalmente entravam em ação para apagar o fogo.Na década de 70 a.C., Marco Licínio Crasso alavancou o poder de políticos como <a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/102528-7-licoes-de-lideranca-do-grande-conquistador-romano-julio-cesar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Júlio César</a>. Seu objetivo, no fim, era conquistar a glória militar. Para isso, ele liderou um exército de 50 mil para invadir a Pártia. Ele confiou em um chefe local para guiá-lo, mas era um enrascada. O exército foi conduzido a uma rota árida, levando ao um local em que as tropas (e Crasso) se deram de frente com os partos, que estavam preparados com uma artilharia pesada.Embora fossem mais numerosos, os soldados romanos foram massacrados e desmoralizados. Crasso foi incapaz de pensar em um plano. Ele resolveu então mandar seu filho para liderar o exército, mas ele foi rapidamente derrotado. Os partos provocaram o pai ao trazer a cabeça do filho de Crasso na ponta de uma lança.Por fim, Crasso abandonou os milhares de feridos e fugiu do conflito. Os partos o convidaram para negociar, e ele acabou indo. Foi o seu maior erro. O encontro se tornou uma batalha, os generais romanos foram mortos e os partos derramaram ouro na garganta de Crasso. Ele acabou se tornando um símbolo de alguém que enriqueceu rápido, mas que não era muito inteligente.<h2>3. A fraude da tribo de Tasaday</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/31/31165134567306.jpeg" alt="(Fonte: Oswald Iten)">(Fonte: Oswald Iten)Em 1971, uma notícia da NBC revelou a existência de uma pequena tribo de pessoas vivendo em uma selva nas <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117872-4-curiosidades-fascinantes-sobre-as-filipinas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Filipinas</a>. Esta tribo, chamada de Tasaday, teria um modo de vida que remetia ainda à idade da pedra.Quem cuidou do manejo desta tribo foi Manuel Elizalde, então chefe do órgão do governo filipino encarregado de proteger as minorias culturais. Foi ele que anunciou que aquela era um tribo isolada há mais de mil anos. Ele os descreveu assim: "eles não sabiam que existia um país. Eles não perceberam haver um mar além de Mindanao… eles nem sabiam o que era arroz. Eles não têm palavras para armas, hostilidade ou guerra".Entretanto, acabou-se descobrindo que os Tasaday era, na verdade, um golpe armado para que Elizalde enriquecesse. Os Tasaday apareceram na capa da National Geographic e imagens da tribo foram parar em noticiários do mundo todo. Até um livro foi escrito sobre eles, e celebridades se candidataram para visitá-los.<div data-pbjs-key="728x90" data-sizes="[[728,90],[1,1]]">O esquema de fraude só foi revelado depois da queda do ditador filipino <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122318-5-figuras-historicas-com-habitos-estranhos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ferdinand Marcos</a>, em 1986. Quando os jornalistas e antropólogos tiveram acesso aos Tasaday, descobriram que eles não eram primitivos. Na verdade, eles viviam em casas e usavam roupas modernas. Mas contaram que foram forçados por Elizalde para parecer viverem na Idade da Pedra.</div>A essa altura, Elizalde havia arrecadado milhões de dólares para protegê-los, e havia fugido com todo o dinheiro saqueado da fundação criada para os Tasaday.</body>

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Os esquemas de enriquecimento rápido mais bobos da história

Imagem de Shein: como a moda fast fashion fatura às custas do trabalho escravo no megacurioso

Sob condições análogas à escravidão, pessoas chegam a costurar até 500 peças de vestuário por 20 centavos cada

<head></head><body>A palavra <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120176-fast-fashion-por-que-a-moda-rapida-e-um-problema.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fast fashion</a> pode parecer estranha para você ou até mesmo desconhecida, porém, se é alguém que não viveu em baixo de uma pedra nos últimos anos, provavelmente já ouviu falar na Shein, a gigante varejista chinesa que vende roupas e acessórios online por preços acessíveis.Apesar de ter alcançado todas as idades, a empresa – avaliada em US$ 100 bilhões em abril de 2022, segundo a Bloomberg –, ganhou destaque principalmente entre os jovens, potencializada ainda mais pelas mídias sociais de maior alcance no momento – <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123178-geracao-z-e-a-obsessao-pela-fama-a-qualquer-custo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">TikTok e Instagram</a>. A popularização se deu por suas peças inspiradas em alta costura e retiradas da última tendência nas passarelas, desfiladas de Maison Margiela a Balenciaga, por preços muito baixos, mesmo no Brasil, com a conversão do dólar e as taxas. Em média, uma pessoa pode gastar R$ 300 em 10 peças de vestuário compradas na Shein.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/30/30184040740019.jpg" alt="Poder 360/Reprodução)">Poder 360/Reprodução)E é o conceito de&nbsp;fast fashion que faz da Shein tão barata. Depois que os processos têxteis foram aprimorados com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121277-de-relogios-humanos-a-maquinas-de-banho-3-habitos-curiosos-do-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Revolução Industrial</a> no século XIX, o padrão de produção foi catapultado na década de 1990 com o barateamento tanto da mão de obra quanto da matéria-prima na indústria têxtil, consolidando-se em seu conceito: a produção rápida para o consumo rápido e o descarte rápido. Isso gerou maior rentabilidade para indústria da moda – responsável por movimentar US$ 1,7 trilhões da economia mundial –, gerando empregos e produtos com custo acessível.Pelo outro lado, o fast fashion fez da indústria da moda a segunda mais poluente do mundo, devido à utilização de tinturas de baixa qualidade e tecidos; produtos insolúveis e à base de metais pesados; contribuindo para toneladas de emissões diárias de carbono para a atmosfera; e o aumento substancial de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120861-nurdles-um-dos-materiais-mais-toxicos-da-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">plástico nos oceanos</a>.Além desses impactos globais que reduzem o percentual de vida do planeta, está também o uso desenfreado da&nbsp;mão de obra escrava na indústria da moda, inclusive pela Shein.<h2>Apenas uma fachada bonita</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/30/30184142762020.jpg" alt="(Fonte: Factual 900/Reprodução)">(Fonte: Factual 900/Reprodução)Em 17 de outubro desse ano, o lançamento do documentário Inside Shein Machine: UNTOLD, produzido pela emissora britânica Channel 4, ganhou a mídia e a internet ao revelar as condições e precarização do trabalho por de trás da vitrine bonita e atraente da Shein.Ao infiltrar o repórter Panyu em uma das fábricas da gigante varejista, em Guangzhou, na China, foi descoberto que os empregados trabalham até 18 horas diárias, costurando, em média, 500 peças de roupa por dia, com direito a apenas uma folga mensal. Eles ganham cerca de R$ 0,20 por peça produzida, sendo que o primeiro pagamento do mês é retido pela empresa.Em caso de erro na produção de alguma peça, as pessoas são penalizadas dois terços do salário diário. Em condições análogas à escravidão, eles trabalham sob circunstâncias que violam as leis trabalhistas chinesas, que prevê, no máximo, 40 horas semanais de trabalho, com teto de 36 horas extras por mês e uma folga semanal, devendo faturar cerca de US$ 4 mil mensal.Entre a tristeza e exaustão, o documentário também capta mulheres lavando os cabelos durante os intervalos do almoço, comendo pequenas porções de comida em tigelas e lutando contra o sono. Nada ironicamente, a maioria dos empregados são <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119450-por-que-as-pessoas-insistem-em-culpar-imigrantes-por-causar-doencas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">imigrantes</a>.Em um e-mail ao site The Business of Fashion, a Shein declarou estar preocupada com as denúncias de trabalho escravo de seus parceiros – visto que o documentário foi feito em uma das fábricas terceirizadas da empresa –, e que estão cientes que isso viola o Código de Conduta acordado por todos os fornecedores da Shein.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/30/30184608984024.jpe" alt="(Fonte: Sourcing Journal/Reprodução)">(Fonte: Sourcing Journal/Reprodução)“Qualquer não-conformidade com este código é tratada rapidamente e encerraremos parcerias que não atendam aos nossos padrões. Solicitamos informações específicas ao Channel 4 para podermos investigar”, complementou a Shein.A resposta totalmente evasiva só adiciona mais uma vírgula em uma série de mistérios envolvendo a marca chinesa, que já existe há 8 anos no mercado, a começar pela sua origem. Não existe nenhum número de telefone ou contato com a imprensa online, sendo que até o nome de seu fundador permanece um enigma total.Tudo o que a Shein construiu nesses 8 anos de mercado foi se apoiando apenas em marketing digital e blogueiros, responsáveis por venderem seus produtos igual água no deserto. O site norte-americano da marca executa um tipo de programa para influenciadores digitais de moda enviando peças para promoção ou publicidade e, dessa forma, alimentar sua relevância digital.<h2>Exploração sem fim</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/30/30184658365025.jpg" alt="(Fonte: Refinery 29/Reprodução)">(Fonte: Refinery 29/Reprodução)Shein é apenas uma parcela – embora bem significativa – no mar do problema que é o conceito de fast fashion, por trás de Zara, H&amp;M, UNIQLO, Gap, Forever 21, Renner, Riachuelo, Primark, e entre outras marcas. O trabalho escravo se tornou, desde o surgimento dessa linha de produção rápida, uma das características principais depois dos impactos ambientais.A Organização Internacional do Trabalho levantou que cerca de 260 milhões de crianças estão empregadas em todo o mundo, das quais 170 milhões estão envolvidas em trabalho infantil realizado abaixo da idade mínima exigida, ou que, devido à sua natureza ou condições prejudiciais, é totalmente considerado inaceitável para uma criança, além de proibido.Apesar de o trabalho infantil ser proibido por lei na maioria dos países, ainda existe em muitas partes mais pobres do mundo, e muitas são recrutadas para trabalho escravo para alimentar a cadeia de suprimentos da moda, fabricando têxteis e roupas para consumidores da Europa à América.A demanda global do fast fashion,&nbsp;apoiada na cultura do consumismo desenfreado, obriga as empresas a encontrarem fontes de mão de obra cada vez mais baratas, e isso envolve imigrantes e crianças, retirados de um plano de fundo socialmente vulnerável.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/30/30184813861026.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)“Há muitas meninas em países, como Índia e Bangladesh, que estão dispostas a trabalhar por preços muito baixos, e são facilmente trazidas para essas indústrias sob falsas promessas de ganhar salários decentes”, disse Sofie Ovaa, coordenadora da campanha Stop Child Labor.Um relatório do Centro de Pesquisa em Corporações Multinacionais (SOMO) e do Comitê da Índia da Holanda (ICN) revelou que existem recrutadores dessas gigantes têxteis no sul da Índia convencendo os pais em áreas rurais extremamente pobres a enviar suas filhas sob falsas promessas de um emprego bem remunerado, acomodação confortável, refeições regulares e oportunidades de terem acesso a um direito básico: educação.No entanto, essas crianças acabam abandonadas em galpões de fábricas, trabalhando por horas a fio, sem acesso ao mundo, mal alimentadas e ganhando centavos por peça produzida, ou, por vezes, nem isso.<h2>Por conta própria</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Emily Elizabeth May&nbsp;" data-fonte-url="https://emilyelizabethmay.com/why-im-quitting-fast-fashion/child-labor-fast-fashion/?utm_source=rss&amp;utm_medium=rss&amp;utm_campaign=child-labor-fast-fashion"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/30/30184931961027.jpg" alt="(Fonte: Emily Elizabeth May/Reprodução)">(Fonte: Emily Elizabeth May/Reprodução)As crianças são consideradas alvos atraentes porque são obedientes como trabalhadoras e fáceis de gerenciar, fazendo passar despercebido o crime que as empresas cometem. Dos 75 milhões de trabalhadores operários na indústria da moda pelo mundo, estima-se que menos de 2% deles ganham um salário digno.É assim que esse comportamento servil se estende para o segundo grupo mais marginalizado no mundo: os imigrantes. As marcas têm como alvo os cidadãos em zonas de convulsões causadas pela guerra, mirando em refugiados sírios, por exemplo.Desesperados por salários, visto que mal conseguem sobreviver, com dívidas a pagar a familiares, agências de recrutamento, corretores ou traficantes –, eles acabam aceitando a má remuneração, principalmente com as políticas rígidas de asilo ou imigração nos países para o qual imigram.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/30/30185039812028.jpg" alt="(Fonte: The Brazilian Report/Reprodução)">(Fonte: The Brazilian Report/Reprodução)O que impede muitos de causar uma revolução diante à exploração desmesurada é a falta de voz, sobretudo, em países que não a exaltam e, pro vezes, tentam calá-la – afinal, poucos estão dispostos a ouvir que seu país é responsável por práticas de escravidão para que você possa continuar adquirindo o básico do consumismo: roupas. Os imigrantes têm medo de serem presos ou deportados, por isso nem se atrevem a deixar as fábricas, que acabam se tornando o seu próprio quarto, aumentando a linha de exploração.Alguns são os casos de trabalhadores que reagem às condições repressivas das indústrias de fast fashion, e vão a público fazer denúncias, como é o caso de refugiados birmaneses na fronteira com a Tailândia, envolvidos em processo judiciais e regularmente fazendo greve contra seus empregados.Em face a esse cenário terrível, é possível que esteja se perguntando onde está a justiça em meio a tudo isso. A resposta está na própria cadeia de suprimentos da moda que, devido a sua complexidade, é difícil para as empresas controlarem todas as etapas da produção. Além disso, não há mecanismos de fiscalização ou controle social, nada de sindicatos que possam ajudar os trabalhadores a lutar por melhores condições.No final das contas, eles estão por conta própria.</body>

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Shein: como a moda fast fashion fatura às custas do trabalho escravo

Imagem de O que é inserção política? Entenda a propaganda eleitoral no Brasil no megacurioso

O termo inserção política se tornou pauta por conta do questionamento feito pelo candidato Bolsonaro a supostas irregularidades cometidas por emissoras de rádio

<head></head><body>A equipe do presidente Jair Bolsonaro acusou publicamente 8 rádios localizadas na região Nordeste de não terem veiculado todas as inserções políticas enviadas por sua campanha eleitoral. Segundo o ministro das Comunicações Fábio Faria, 154 mil inserções de Bolsonaro não teriam sido incluídas nas grades destas rádios.O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) solicitou o envio de uma petição e, depois de recebê-la, decidiu não dar continuidade à investigação pelo pedido não conter “qualquer prova e/ou documento sério”, “limitando-se o representante a juntar um suposto e apócrifo 'relatório de veiculações em Rádio'”.Isto fez com que muita gente se perguntasse sobre como funcionam estas inserções políticas, e &nbsp;por que elas devem ir ao ar nas emissoras. Neste texto, explicamos como opera este mecanismo da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123077-o-que-e-proibido-e-permitido-na-semana-das-eleicoes-2022.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">propaganda eleitoral</a>.<h2>O que são as inserções políticas?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/27/27193425812483.jpg" alt="(Fonte: Gráfica Curitiba)">(Fonte: Gráfica Curitiba)Chama-se de inserção política o espaço que o candidato tem em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120208-a-globo-esta-falindo-mesmo-entenda-o-que-acontece-na-emissora.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">emissoras de TV</a> e rádio em certo horário para fazer sua propaganda eleitoral. As emissoras, por serem concessões públicas, são obrigadas a colocar estas inserções em sua programação, seguindo as determinações da lei 9.504/1997 e da resolução do TSE nº 23.610/2019.No segundo turno da eleição, conforme o artigo 61 da resolução de 2019, cada candidato tem 25 minutos diários de inserções nas emissoras, usados em períodos de 30 e 60 segundos, durante os sete dias da semana.Este conteúdo é criado pelos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123298-como-ditadores-tomam-o-poder-em-uma-democracia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">partidos políticos</a> e apresentado com até 40 horas de antecedência ao TSE, sendo mostrados em um mapa de mídia em que se indica os horários dessas veiculações.Em resposta ao questionamento feito pela equipe de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122753-o-que-e-o-hidrogenio-verde-que-bolsonaro-falou-no-jornal-nacional.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bolsonaro</a>, o TSE comunicou que “não é função do TSE distribuir o material a ser veiculado no horário gratuito. São as emissoras de rádio e de televisão que devem se planejar para ter acesso às mídias e divulgá-las seguindo as regras estabelecidas na Resolução TSE nº 23.610”.&nbsp;<h2>O que acontece se as emissoras não cumprem?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/27/27193514710485.jpeg" alt="(Fonte: Thiago Fagundes/Agência Câmara)">(Fonte: Thiago Fagundes/Agência Câmara)A fiscalização sobre a veiculação da propaganda eleitoral é feita pelos próprios partidos, coligações, federações partidárias, candidatas ou pelo Ministério Público. Em caso de alguma irregularidade, são eles que denunciam o desrespeito à legislação eleitoral cometido por alguma emissora.Só depois de uma denúncia é que a Justiça Eleitoral pode começar a investigar. O órgão pode determinar a abertura de um processo para a apuração do crime narrado, de modo a verificar de quem é a responsabilidade e definir as possíveis sanções.<h2>Os direitos de resposta concedidos a Lula</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/28/28095822748045.jpg" alt="(Fonte: Vinicius Andrade/A12)">(Fonte: Vinicius Andrade/A12)A equipe do candidato Luiz Inácio Lula da Silva recebeu direito de resposta por conta de propagandas de Bolsonaro que associavam Lula à <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122021-posse-de-armas-um-problema-que-destroi-a-sociedade-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">criminalidade</a>, alegando que ele teria sido o candidato mais votado em presídios. No total, o petista recebeu direito a 24 direitos de resposta, totalizando 116 inserções de 30 segundos na campanha de Bolsonaro na TV.É importante ressaltar que os direitos de resposta, previstos por lei, não configuram como novas inserções políticas, mas sim "veiculações" que visam retificar o erro cometido pelo candidato adversário.</body>

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