Artes/cultura
03/12/2022 às 10:00•3 min de leitura
No último mês, o Catar tem roubado os holofotes de todo o planeta, e não apenas por ser sede do campeonato de futebol mais famoso do mundo. O país árabe vem chamando a atenção por seu estilo de vida luxuoso, bem como os tão cobiçados xeiques que vivem por lá.
Segundo uma lista elaborada pela Global Finance com base no PIB, o Catar é o quarto país mais rico do mundo, com US$ 112.789 per capita, atrás apenas de Luxemburgo, Cingapura e Irlanda. Mas, afinal, qual é a fonte do dinheiro inesgotável dos árabes ricaços que adoram ostentar? Aproveite que as oitavas de final da Copa do Mundo ainda não começaram e venha entender sem perder nenhum lance dentro do campo!
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(Fonte: Shutterstock)
Não é novidade para ninguém que o Oriente Médio tem uma baita sorte quando o assunto é o petróleo. Isso porque, por lá, duas placas tectônicas estão em choque constante. O atrito provoca a formação de vãos nas camadas geológicas, abrindo espaço para o acúmulo do óleo. Além disso, uma quantidade enorme de sedimentos produzidos por erosão se acumulou na região, soterrando uma grande parcela de material orgânico que, decomposto, se tornou petróleo.
Achou que era "só" isso? Pois tem mais! A região toda é rica em sal, que formando uma capa protetora na superfície do solo, impedindo a água de entrar por ele e contaminar o óleo. Ô sorte!
Entre os países do Oriente Médio, os maiores produtores do combustível fóssil são Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait, Emirados Árabes, Bahrain e, claro, o Catar! Segundo relatório do Banco Mundial, o país sede da Copa do Mundo 2022 também possui as maiores reservas do mundo de gás natural. Além de tudo isso, o Catar tem mais um grande benefício: sua população é inversamente proporcional ao tamanho das suas reservas de riquezas – cerca de 2,8 milhões de pessoas. É a receita exata para o sucesso, não?
(Fonte: Freepik)
Antes de falarmos sobre a vida incrivelmente boa dos xeiques árabes, vale uma explicação rápida do significado do termo. Segundo o Collins Dictionary, "o uso da expressão é aplicado para denominar o chefe de uma família árabe, de um clã ou de uma tribo".
Também é considerada xeique a pessoa que conclui os estudos islâmicos, especializando-se nos ensinamentos da religião Islã, o Islamismo. Entretanto, o termo pode ser usado do mesmo modo quando o indivíduo possui grande status social, tem muito dinheiro no bolso e é popular no grupo em que faz parte.
Para estes últimos, a riqueza não precisa ser apenas dinheiro. É mais do que normal, por exemplo, esses milionários possuírem tigres, leões e outros animais exóticos como "bichinhos" de estimação. As extravagâncias também envolvem gastos com inúmeros iates, companhias aéreas exclusivas, casamentos caríssimos e luxuosos, e até compras de importantes times de futebol, como o clube inglês Manchester City, cujo o dono é o Xeique Mansour bin Zayed Al Nahyan.
(Fonte: GTRES/Reprodução)
Se você achava que não existia família mais poderosa que a da realeza britânica, conheça os Al Thani! A dinastia é a terceira mais rica do mundo e detém investimentos em propriedades por todo o planeta, incluindo o arranha-céu Shard, localizado em Londres, a loja britânica Harrods – uma das mais famosas lojas de departamentos do mundo –, e até o Empire State Building, em Nova York.
A realeza, chefiada pelo Xeique Tamin bin Hamad Al Thani – que sozinho vale US$ 2 bilhões – também possui investimentos no Barclays Bank, na British Airways e na montadora Volkswagen. Tudo isso faz a família, com cerca de 8 mil membros, acumular a bagatela de US$ 335 bilhões. Mas, pelo visto, briga por dinheiro e herança será o último dos problemas.